A Câmara de Torres Vedras
inaugura no sábado [1 de Julho 2017] o Centro de Interpretação das Linhas de
Torres Vedras, fortificações construídas há 200 anos para defender Lisboa das
tropas francesas.
"A exposição que o centro
alberga procura valorizar o papel fulcral do sistema defensivo das Linhas de
Torres para o desfecho da Guerra Peninsular e proporcionar ferramentas ao
visitante para uma maior fruição do património", afirmou a vereadora da
Cultura, Ana Umbelino, à agência Lusa.
Até aqui, o município possuía
apenas um núcleo dedicado à temática no Museu Municipal Leonel Trindade, também
em Torres Vedras (distrito de Lisboa).
Por isso, decidiu investir 115
mil euros a requalificar o Forte de São Vicente, localizado numa das principais
estruturas militares daquele sistema defensivo, na periferia da cidade, para
albergar o centro de interpretação.
"A abertura do centro é um
sinal inequívoco da aposta do município nas Linhas de Torres Vedras enquanto
produto turístico-cultural capaz de projetar a região internacionalmente",
sublinhou a autarca, frisando que, com este investimento, o município quer
atrair mais visitantes, sobretudo estrangeiros.
A autarquia quer fazer deste novo
espaço uma âncora "na organização de percursos e roteiros de
visitação" e uma "porta de entrada" para os turistas que visitam
aquele património.
O investimento pretende ainda
homenagear os milhares de portugueses que construíram mais de uma centena de
fortificações ou que foram atingidos pela política de terra queimada e que, com
grande sacrifício, deixaram as suas casas e colheitas e partiram rumo a Lisboa,
contribuindo para a vitória luso-britânica.
O centro de interpretação dispõe
de infografias, maquetas, peças museológicas da coleção do Museu Municipal de
Torres Vedras e recursos audiovisuais e multimédia, como um documentário, com
enquadramento histórico da época e com destaque para a terceira invasão francesa.
As Linhas de Torres Vedras
designam o conjunto das 152 fortificações e estradas militares espalhados pelos
concelhos Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres
Vedras e Vila Franca de Xira.
As estruturas foram construídas
há 200 anos sob a orientação do general inglês Wellington, comandante das
tropas luso-britânicas, no período das invasões francesas, para defender Lisboa
das forças napoleónicas entre 1807 e 1814.
De acordo com a Associação para o
Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres, por ano recebem
10 mil visitantes
Do site da Câmara M. Torres Vedras:
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