Mostrar mensagens com a etiqueta Zines. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Zines. Mostrar todas as mensagens

13 de dezembro de 2019

Encantados e arruinados ante os restos do banquete. José Feitor (Imprensa Canalha)


É hoje lançado o volume que reúne a trilogia de José Feitor de livros com imagens e textos que perfazem um contundente "Fia-te na Virgem e não corras" a toda a humanidade. São esses livros dois que foram publicados anteriormente e de que demos conta, a saber, Uma perna maior que a outra e Pimenta no cu dos outros para mim é refresco. e um inédito, intitulado Ainda que fosses capaz, não o farias (Notas esparsas e incoerentes sobre aquilo que tem corrido mal), . Juntos, ganham título-mor: Encantados e arruinados ante os restos do banquete. Muitos dos desenhos originais destes livros, serigrafias associadas e fontes estiveram expostas na Tinta nos Nervos, entre 19 de Setembro e 16 de Novembro: A Mercadoria é Medonha, vai vender que nem ginjas. Nessa altura, produziu-se um texto para a folha de sala, que poderá servir igualmente de resenha ao novo capítulo e à obra em geral. Aqui o recuperamos e publicamos para toda a gente. O lançamento é hoje, às 18h30, na livraria-galeria Tinta nos Nervos.

30 de agosto de 2019

Três zines da Sapata Press.



Serão hoje mesmo lançados três novos títulos pela Sapata Press, cujo papel não é tão somente criar a possibilidade de publicar fanzines de novos “autorxs” (que me perdoem, mas não domino ainda esta novilinguagem), como a de proporcionar um importante espaço público para todo um debate complexo em torno das questões da identidade, que não se reduz de forma alguma apenas ao sexo, sexualidade, género ou outras categoriais sociais. (Mais) 

26 de agosto de 2019

Pêra Verde & Manuel inútil. Patrícia Guimarães (C. M. Beja & fanzines e martelos)



Um é um pequeno apontamento, talvez autobiográfico, sobre pêras verdes comidas e deixadas na infância. O outro uma pequena ficção, um fado, sobre uma personagem patética e trágica. Em termos de género, de tom e humor, não haveria nada em comum. O desenho tem afinidades, claro, mas Patrícia Guimarães lança mãos de várias técnicas na forma como constrói o desenho, persegue as linhas, fecha os contornos e preenche o espaço com aguadas mínimas, quase ríspidas. (Mais)

11 de abril de 2018

Quireward # 03.

O terceiro número da Quireward está finalmente disponível. 

Com histórias em inglês, este número inclui: o terceiro e último episódio de "Matias", desenhado pelo Sérgio Sequeira; um capítulo auto-suficiente de uma série de ficção científica, "David Kino", desenhada pelo André Pereira; uma curta história desenhada pela Marta Teives; duas das peças antes publicadas na Cais desenhadas por Vasco Ruivo e Catarina Coroado - todas elas escritas por mim -; e uma história de Nuno Fragata à qual acrescentei texto. 

A capa é de Wagner Willian e o design de Playground Atelier. Impresso a uma cor em risografia. Será agora lançada em Portugal na Feira Raia, este fim-de-semana, no Anjos 70. 34 páginas. 100 exemplares.

[sobre # 01]

[sobre # 02]

24 de novembro de 2016

Outro Mundo Ultra Tumba. Rodolfo Mariano (auto-edição)

Apesar de não conter uma lombada, este volume de mais de quarenta páginas, todas elas ocupadas por matéria gráfica-narrativa, constitui-se um verdadeiro álbum, apresentando uma narrativa organizada em torno de um só núcleo. Conforme havia sido prometido em As Crónicas da Cemitéria, há todo um universo de referências que é repetido, como se o autor trabalhasse sob a noção de “tema-e-repetição”, ou algo que equivalesse à metáfora de melodias sobre um tema. De novo vemos o regresso da figura antropomórfica da morte, ora sob a imagem de uma encapuzada de gadanha ora sob a de uma caveira, guitarras clássicas, espadas, ampulhetas e garrafas falantes, e personagens advindas de um caldo genérico de high fantasy e sword & sorcery: guerreiros cimérios, princesas sedutoras, druidas, criaturas maléficas, corvos, e acrescentando-se a este bestiário criaturas do espaço, como Chewbaccas ferozes. (Mais) 

8 de julho de 2016

Quireward # 02.

O novo número da Quireward está já disponível. 

Toda em inglês, tem o segundo e último episódio da adaptação de Ricardo Santo de A dama de pés-de-cabra, o segundo episódio de "Matias", escrito por mim e desenhado por Sérgio Sequeira, e ainda "Blahnik", uma transformação de um conto curto em prosa meu com André Coelho. 

Capa de Cláudia Loureiro e design de Playground Atelier. Impresso a uma cor em risografia. Amanhã à venda na Feira Morta da Bedeteca dos Olivais. 32 páginas. 100 exemplares.

[sobre # 01]

29 de abril de 2016

Feira Morta/ZDB: Quireward # 01 & outros zines.

Serve o presente post para pura publicidade. 

Apesar de já termos posto a circular numa anterior Feira Morta a publicação Quireward (graças ao apoio do Clube do Inferno), é amanhã que será feito o seu lançamento oficial (e aqui, virtual). A nova Feira Morta decorrerá Sábado 30 de Abril e Domingo 1 de Maio, entre as 15h e as 20h, na galeria ZDB, ao Bairro Alto, Lisboa.

A Quireward é uma publicação da nossa lavra, publicada pela Montesinos. Um fanzine risografado (impresso a azul) de 24 páginas de banda desenhada, em inglês, o primeiro número conta com uma história curta completa escrita por nós e desenhada por Mao, o primeiro capítulo de três de uma outra também escrita por este vosso criado e desenhada pelo Sérgio Sequeira, e ainda a primeira parte de duas de uma adaptação da lenda da Dama de Pé-de-Cabra por Ricardo Santo. A capa "wraparound" é do André Pereira, e o design dos Playground. 

Para além da Quireward, a Montesinos lançará uma pequena colecção de contos ilustrados, e terá à venda outras publiações. Estaremos na mesa da Oficina do Cego. 


Será também a estreia mundial de várias publicações de Juno Moura, entre bandas desenhadas narrativas (A princesa Sara e o passarinho bebé), um livro de etiqueta (capa aqui ao lado) e um livro-jogo. Fanzines fotocopiados a cores, foram produzidos totalmente de forma autónoma. A própria estará presente na Feira no Sábado.


2 de fevereiro de 2016

Norak e outros títulos. J.-M. Bertoyas (Kobé/auto-edição)

O texto presente não se focará somente em Norak, le fils de Parzan, o último número da série de fanzines Kobé do autor francês Bertoyas, mas antes é um comentário sobre a obra deste autor. Relativamente obscuro fora dos circuitos da edição independente francófona europeia, mas neles uma referência apolínea, temos tido a fortuna de trocar alguma correspondência que leva ao acesso às suas publicações caseiras. É com Norak, que na verdade não se distingue em termos de grau de trabalho das anteriores, que finalmente conseguimos tecer estas ideias soltas que se seguem. (Mais) 

28 de janeiro de 2016

Volcan, Komikaze # 14, Hollow, Ping-Pong. Amanda Baeza, outros artistas (várias editoras)

Como introdução ao “campo específico” em que emergem todas estas publicações, remetemos os leitores às considerações tecidas a propósito de Mould Map e à introdução da bateria sob a designação “art comics”, a qual, não sendo explicativa nela mesma nem sequer produtiva em todos os seus quadrantes, admite porém uma circunferência suficientemente bem enquadrada para capitalizar as forças destes projectos. A razão, porém, da junção destes títulos deve-se ao trabalho contínuo e cada vez mais consolidada, inclusive em plataformas internacionais, de Amanda Baeza. Duas destas publicações são exclusivamente da sua responsabilidade, ao passo que outras duas contêm trabalhos seus. (Mais) 

21 de janeiro de 2016

Bagatelas: treze pequenos livros e fanzines. AAVV

Mesinha de Cabeceira # 27. XXXMas Special: Nadja, Ninfeta Virgem do Inferno. Nunsky (Mmmnnnrrrg) Depois de um tremendo intervalo entre os dois livros acabados do bravio autor do norte, eis que Nunsky regressa às lides rapidamente com um pequeno opúsculo. Mas todos os instrumentos são bem diversos dos de Erzsébet: a história completa que ocupa todo o número 27 do MdC é, a um só tempo, pesada e leve, séria e cómica, fresca e desesperante. A ninfeta do título vê o seu jovem namorado toxicodependente a perder a vida com um chuto mal-sucedido, e segue-lhe na peugada até ao Inferno, onde faz um pacto com o demónio que a torna numa personagem trágica e romântica. Ser-lhe-á concedido tempo de redenção com o namorado quantas mais almas conquistar para o Príncipe das Trevas. Este relato parece prometer-se como o primeiro episódio de muitas aventuras, e seguramente que haveria estômago para aguentar tamanha crueldade, morte sanguinária, heavy metal à anos 1980, e risadas à custa de beatos de séries de televisão de cartão canelado de décadas ainda mais rebuscadas. Um autêntico exercício de citação de bonecos-feitos, Nadja é, em termos figurativos, uma espécie de clash entre a luxúria e os laivos de fotorrealismo ma non troppo de um de Will Elder ou Angus McKie (e, no que diz respeito às cores, a explosão de diversidade do segundo e a o esbatimento do segundo, sobretudo na fase da Playboy, com H. Kurtzmann) e o pormenor quase doentio nas expressões e distribuição de moral, e até alguns aspectos do conteúdo, de Jack Chick (das “Chick Bibles”). Existem traços de alguma soberba crença na mundividência católica e a associada crença no Demo. Tratar-se-á este Nadja de um tortuoso panfleto de um Católico atormentado por gostar dos discos dos Slayer e Iron Maiden e querer ver realizadas as suas capas? Uma homenagem a todo um historial de comics de séries Z? Interprete-se como se desejar, e para mandar fora um cliché, Nadja é um bafejo de hálito quente e cerveja quente. 
(Mais)

25 de agosto de 2015

RecidIVist. Zak Sally (auto-edição)

É algo difícil ler um livro que cria obstáculos à sua própria leitura. Um livro que, descaradamente, nos apresenta matéria verbal para ser lido e depois nos nega essa possibilidade dadas as formas e estratégias de impressão. Algo que, para todos os efeitos, é uma banda desenhada, e pretende que se institua um diálogo permanente entre as imagens, aparentemente narrativas, e um texto, aparentemente complementar. E depois se nega a completar essa união. Recidivist é um livro que não pode, pelo menos de forma fácil, ou ininterrupta, ou rápida, ou cabal, ser lido. E se for esse o propósito? (Mais) 

19 de junho de 2015

Mais uma pilha de zines.

A convergência do Festival de Beja, o lançamento da Mundo Fantasma enquanto plataforma de projectos em risografia, as possibilidades de trocas e amizades criadas online, ou nas escolas, ou em encontros informais, e um genuíno interesse em ir criando banda desenhada, publicá-la e ver no que esse caminho traz são alguns dos factores desordenados que levam ao encontro de publicações variadas. A edição independente, de pequenos grupos de autores, ou o surgimento de soluções simples de edição e circulação estão hoje ao alcance de muitos autores. Não são apenas as fotocópias, mas outras tecnologias de reprodução; não são apenas os blogs e tumblrs que existem para trocar informação mas uma vontade em ocupar papel; não é apenas uma ideia vaga, é meter as mãos à obra. A produção não é pouca. Eis algumas dessas presas. (Mais) 

11 de maio de 2015

Fanzines e outros animais.



Os fanzines estão de viva saúde e recomendam-se. A Feira Morta – tal como Festival de Beja e outros momentos - continua a ser um excelente ponto de partida e de encontro para a produção actual, e é curioso notar o surgimento de novos projectos quer de novos agentes quer de veteranos, mas onde a circulação tem o mesmo peso. Existem outros canais de distribuição destes objectos, é claro, sendo a correspondência um dos principais, mas estamos em crer que a organização de certames específicos leva as coisas a melhor porto. Remetendo a experiências anteriores neste espaço, faremos aqui algumas considerações sobre alguns títulos que nos chegaram às mãos, ora na Feira Morta, ora por outras vias. Diferentes entre si, criam também uma comunidade alargada que explicitará o que antes já expuséramos (há muito!) em “Um fanzine é…” (Mais) 

23 de janeiro de 2015

Pizza Man/Space. Afonso Ferreira (El Pep)

Ainda no seguimento dos posts anteriores, como se se tratasse de um grau de diferenciação incremental que fosse dos fanzines fotocopiados ao mundo da pequena edição, falemos hoje de duas publicações de Afonso Ferreira, que têm todas as condições editoriais de zine, mas que graças à política de descoberta e edição da El Pep (política que, de resto, é seguida por praticamente todos os pequenos editores em Portugal, de forma acertada e intensa), ganham uma outra projecção material. (Mais) 

22 de janeiro de 2015

Três títulos do Clube do Inferno.

Uma vez que falámos de alguns fanzines há dois posts, regressemos a este território que, independentemente do acesso a novos modos de produção e distribuição, sobrevivem enquanto formato válido e, muitas vezes, particularmente reveladores de novas tendências. Pode-se considerar, esperamos, o Clube do Inferno como um colectivo e artistas. Se a esmagadora maioria dos seus títulos são a solo, havendo alguns casos de colaborações cruzadas, e não tendo havido nenhuma publicação verdadeiramente conjunta, estamos em crer que todos os passos da produção de cada título conta com o apoio mútuo de cada membro. Além disso, se as características estilísticas, visuais, compositivas e até de género são bem distintas, quase ao ponto de impossível irmanação entre eles, isso também contribui de forma decisiva à variedade interna do grupo. (Mais) 

20 de janeiro de 2015

Preto no branco (Façam fanzines e cuspam martelos)

Depois do momento em que se aventara o fim das publicações de papel pelo advento das plataformas digitais, e a compreensão de que esse aparecimento tinha um propósito e limitações específicas, e que levaria a uma paradoxal maior atenção à produção cuidada do livro enquanto objecto, atomizando e entrosando com uma maior acessibilidade e democratização dos meios de produção (pelo menos no “nosso” mundo ocidental), observando a multiplicação de meios e formas de edição, materiais e ferramentas, não deixa de ser salutar e razão de celebração encontrar quem ainda cultive modos de produção agora vistos como “clássicos”. Falamos dos fanzines em formato A5. Existindo ainda quem os cultive afincadamente, a experiência de rigor editorial levada a cabo pela plataforma Façam fanzines e cuspam martelos, um trabalho coordenado entre os artistas Catarina Domingues e Tiago Baptista, este último partilhando de forma mais contínua os mundos da banda desenhada e das artes visuais, tornam este título em particular, Preto no branco (primeiro número de Setembro de 2012, último de Novembro de 2014), um objecto obrigatório de seguir. (Mais) 

6 de novembro de 2014

War is Hoover... Filipe Abranches (Imprensa Canalha)

Criado na sequência do convite estendido ao artista de estar presente no Festival de Treviso, no qual Portugal foi o país convidado, e se publicou uma colectânea de trabalhos traduzidos editados por Marcos Farrajota, este pequeno fanzine é na verdade um projecto de resgate em duas acepções. Num sentido da prática artística e no da narrativa aqui oferecida. (Mais) 

5 de novembro de 2014

Uma perna maior que a outra. José Feitor (Imprensa Canalha)

Lenta, mas de modo contundente, e pouco inócua quando o faz, cá martela a Imprensa Canalha os seus pequenos objectos gráficos, que habitam aqueles terrenos baldios entre a banda desenhada, a ilustração, o desenho, o exercício de junção de ideias soltas, apontamentos, rabiscos e fragmentos de frases. Uma última fornada providencia-nos com dois títulos, um do seu editor, José Feitor, e outro de Filipe Abranches, de que falaremos em seguida. Comecemos pelo primeiro, Uma perna maior que a outra. (Mais) 

23 de outubro de 2014

Molly. Rudolfo (Ruru Comix)

Agora que a Lodaçal Comix parece ter confirmado a sua descontinuidade, Rudolfo inflecte os seus esforços editoriais ao serviço do seu próprio trabalho. O autor tem-se desdobrado em vários campos, mesmo se nos atermos somente à banda desenhada, alguns dos quais em colaborações com outros argumentistas, outros dando continuidade a projectos seus anteriormente começados e, como este em particular, dando início a um novo trajecto. (Mais) 

26 de abril de 2014

Exposição "Succedâneo" na Moagem (Fundão).

Serve o presente post para divulgar mais alargadamente um texto que escrevemos para a folha de sala referente à exposição "Succedâneo", n'A Moagem - Cidade do Engenho e das Artes. Trata-se de uma mostra das produções fanzinísticas de João Bragança, do famoso Succedâneo e outros fanzines-objecto. Esta exposição estará patente entre 12 de Abril e 18 de Maio, e é merecedora de uma visita, uma vez que estes objectos, apesar de terem já estado expostos noutras ocasiões, como por exemplo no Tinta nos Nervos, encontra-se aqui apresentada não apenas de forma exclusiva, o que permite sublinhar a sua importância, o seu lugar único na produção nacional, mas também internacional, mas além disso abrindo um caminho para, de uma forma especial e exclusiva, pensar estes objectos e território sem pedir favores a outras áreas artísticas de maior consolidação social. O texto procurou responder às várias solicitações necessárias a uma folha de sala para uma exposição desta natureza, de uma forma o mais sucinta possível (o que é uma qualidade, como sabem, desconhecida para este escrevinhador). Ficam aqui os agradecimentos a João Bragança e a Pedro Novo pelo convite, e os parabéns pelos 10 anos de estranhezas.(mais)