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16.3.12

História

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A última meia hora retira algum brilho e a possibilidade de uma vitória que, a acontecer, teria sido uma das mais improváveis (aqui, probabilidade não é minha) da História do clube. Mas não retira o essencial, uma qualificação que será também ela histórica e certamente relembrada (há muito que o Sporting não eliminava um adversário deste calibre). Muito mérito durante 150 minutos e um súbito desnorte, que quase deitou tudo a perder, durante 30 minutos. Interessante o contraste, e a forma como durante tanto tempo o Sporting manteve o City relativamente longe do golo e, de repente, pareceu ser incapaz de passar 5 minutos sem um sobressalto. A importância que um golo teve na atitude dos jogadores! Sobre os minutos finais, em destaque a "oferta" de dois golos, o primeiro numa má abordagem no desarme, e o segundo num pontapé de canto onde o Sporting repetiu o erro algo básico de não sair para a linha da bola na sequência do canto. Já em Alvalade sofrera dois sobressaltos por lapsos semelhantes. E são lapsos, porque o posicionamento sugere exactamente esse comportamento. Recupero a dúvida hipotética, na sequência do que já deixara para o Benfica: o que precisa exactamente de fazer o Sporting nas restantes competições para "salvar" um eventual 4º ou 5º lugar na liga?

A hipótese que avançara no inicio desta fase a eliminar confirmou-se, e não foi preciso esperar muito. De novo, os favoritos mais mediáticos caem na Liga Europa. Por muito que Mancini o contrarie, e mesmo que o pense (deverá ter pensado mesmo, pela gestão que fez dos recursos), é muito difícil manter níveis de motivação quando os jogadores quereriam era estar na Champions, e por isso mesmo é que este "fenómeno" se continua a repetir. O único dos oito qualificados que mantém aspirações a um título interno é o AZ, e isso talvez seja mais contributo para que possa ser o mais desejado dos adversários.

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9.3.12

A vantagem de não ter que dominar

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- A nível interno, não há muito para escolher em termos de opções estratégicas. Para os "grandes", o empate é uma derrota e por isso nada mais resta do que dominar, ou seja, tomar de assalto a bola e o espaço. Na Europa e nesta fase da competição, não é assim. Sabendo-se que realisticamente não poderia ter os dois, Sá Pinto podia escolher entre a bola e o espaço. É claro, todos estaremos conscientes do que se diria de Sá Pinto se as coisas tivessem corrido mal na sequência de uma estratégia especulativa, como aquela que escolheu (ou das substituições que fez, de resto). Não seria um argumento original. Mas o treinador está onde está para ganhar jogos, e não para preparar desculpas para as derrotas, e por isso a sua opção foi a mais acertada, quer tivesse ganho ou não. No campeonato, voltará a ter de atacar as vitórias pelo domínio total, pela bola e pelo espaço, e aí veremos como a equipa vai evoluir. Terei menosprezado as dificuldades que acabou por encontrar na imposição do futebol que idealiza, mas a atitude do treinador e a sua consciência do que é preciso para ganhar, tem correspondido à minha expectativa.

O City, creio, não esperava o Sporting fechado que lhe apareceu pela frente. Nem foi esse o Porto que teve (aliás, foi o City quem jogou no erro na eliminatória anterior), nem as suas observações do Sporting lhe terão dado essa indicação (a última vez que me lembro de algo semelhante, em Alvalade, foi frente ao Porto na época anterior). Por outro lado, parece-me que foi um cenário que trocou as voltas ao treinador italiano em termos de gestão do actual ciclo de jogos. Havia poupado Silva e Aguero para este jogo, e percebe-se pelo calendário que quereria resolver já a eliminatória, uma vez que a segunda mão está entre uma deslocação a Swansea e a recepção ao Chelsea, e a Premier League será sem dúvida a prioridade. São mais boas notícias para o Sporting!

Finalmente, uma nota para os centrais do Sporting, ultimamente muito em foco pela negativa mas que, de repente, aparecem em bom nível num jogo de maior grau de dificuldade. Parece contraditório, mas quando se joga mais baixo, mais protegido e sem trabalhos forçados em construção, é mais fácil não errar.

- No duelo mais interessante da ronda, logicamente que não se pode dizer que se esperava uma derrota do United, mas também nunca esperaria outra coisa que não fosse uma séria relativização do favoritismo dos ingleses. Há dois pontos que quero focar a este respeito. Uma, para o mérito do Bilbao de Bielsa. Trata-se, provavelmente, da grande novidade em termos tácticos das principais ligas deste ano. Uma equipa que consegue o sucesso através de uma abordagem comportamental profundamente atípica. Uma fuga ao paradigma actual, que mostra que no futebol a qualidade não tem de ser monótona. Entre todos, talvez o comportamento que mais espanto crie seja o uso de referências individuais como ponto de partida para o pressing em zonas mais afastadas da sua baliza.

O outro ponto tem a ver com algo que escrevi há algumas semanas, à cerca da Liga Europa e da forma como várias equipas abordam esta competição. Para o Bilbao será um feito eliminar o United, mas para os ingleses não vem grande mal ao mundo se saírem eliminados da prova. Quem sabe, com a ajuda do Sporting, não ficam já pelo caminho os dois gigantes da cidade?

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22.2.12

Do City of Manchester para a Luz

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- Há equipas contra quem lançar a toalha não acaba com o sofrimento, apenas o agrava. Não há muitas, mas nos tempos que correm, o City é uma delas. Há duas formas de ver as coisas: uma é pensar que os erros individuais determinaram uma eliminatória que até poderia ter sido equilibrada. A outra, é pensar que se o incidente do segundo golo tivesse surgido mais cedo, a coisa poderia ter acabado de forma ainda mais embaraçosa.

A fase da temporada, porém, não justifica que se perca muito tempo a olhar para trás. Em breve jogar-se-á tudo e não há outro remédio que não seja concentrar todas as atenções nos embates decisivos que se aproximam, particularmente o da Luz. O clássico ainda não começou, mas já se joga. Começou a jogar-se com a derrota do Benfica em Guimarães, que aumenta a pressão sobre os encarnados. Continuará a jogar-se na próxima jornada, especialmente e de novo, para o Benfica que tem uma deslocação teoricamente mais complicada. Mas poderá também ter tido hoje um dado novo, não pela eliminação, mas pela volumetria da derrota. Perder por 4 pode não fazer diferença na sentença da eliminatória, mas não é liquido que não faça na confiança dos jogadores.

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17.2.12

É outro campeonato...

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- Muito semelhante o jogo do Sporting, em relação ao do Benfica, 24 horas antes. A diferença maior será mesmo o golo que o Benfica ofereceu quando parecia ter já extraído empate tão generoso como o que o Sporting agarrou. É claro que o Zenit não é o Legia, e as dificuldades do Sporting parecem ter como explicação uma abordagem menos ajustada da equipa, em relação à do próprio Benfica. Afinal, que tempo teve a nova equipa técnica para preparar este jogo? Ver um Sporting a parecer fazer uma aprendizagem "on the job", com todos os riscos que isso tem, voltou a fazer-me coçar a cabeça sobre o timing desta mudança técnica: Na situação do Sporting, foi quase como mudar de equipa técnica a 3 dias de uma final: foi mesmo só por questões técnicas?! A irracionalidade pode chegar a este ponto?! Sobre o futuro imediato do Sporting, o resultado acaba por importar bem mais do que a exibição. Sobre Sá Pinto e o seu futuro imediato, mantenho o mesmo prognóstico, que não é muito diferente daquele que faria caso Domingos tivesse permanecido. Ou seja, adivinha-se um contexto favorável à evolução da equipa, com o regresso de alguns jogadores e uma série de jogos caseiros onde a probabilidade de vitória é grande. Eu penso que as melhorias virão rapidamente, já quanto aos pormenores, ainda vamos ter de esperar mais um pouco para saber, porque ainda não houve tempo para nada...

- No Dragão, o Porto perdeu quando parecia ter feito o mais difícil para ganhar. O que salta à vista para quem está habituado a ver o Porto jogar semana após semana para o campeonato, é a diferença de resposta a cada duelo individual. Uma diferença que marcou, em grande parte, o destino do jogo. No primeiro caso, Álvaro Pereira faz tudo bem, antecipa a diagonal de Balotelli nas costas dos centrais, ganha-lhe a frente e impede-o de chegar à bola. O problema é que quando se encostou ao italiano para o afastar definitivamente... foi ele quem voltou para trás. Quantos avançados da nossa liga teriam a mesma capacidade física? Se calhar, nenhum. Depois, uma, duas, três, ..., inúmeras vezes vemos o Porto forçar a saída em posse a partir de zonas baixas. Com Moutinho, então, parece sempre infalível. Desta vez, não foi. O problema é que quando se tem Aguero, Nasri e Touré nas costas, uma vez pode ser tudo o que é preciso. São outros campeonatos...

- Quando me pedem projecções sobre a Liga Europa, quase sempre a conversa encerra na volatilidade dos favoritos. Para a maioria das equipas das 5 principais ligas, esta prova é assim como que uma espécie de Taça da Liga Europeia, e por isso é que raramente os favoritos a ganham, ao contrário do que acontece, por exemplo, na Champions. Este ano a Europa tem os olhos colocados nos gigantes de Manchester, mas não daria como definitivo que seja assim tão simples. Para já, não houve grandes surpresas (os 2 ingleses não jogam no fim de semana), mas vamos ter de esperar pelas eliminatórias em que os jogos sejam intercalados com a fase decisiva das principais ligas, onde todos os pontos contam para definir campeões ou apuramentos para a Champions League. É capaz de ser um frete para muitas destas equipas... Redknapp e os franceses que o digam!

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23.9.09

Análise vídeo: lances da jornada

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Foi um jogo marcado pelo equilíbrio, é certo, mas isso não significa que não tivessem acontecido oportunidades dignas de destaque. E, no caso dos portistas, com alguns denominadores comuns. Na primeira parte, em organização ofensiva, pelo lado direito e aproveitando o espaço entre linhas e alguma falta de capacidade defensiva do lado esquerdo do meio campo contrário. Isto, claro, só possível porque existe do lado portista uma saída a jogar organizada sobre as alas, com qualidade e rotina. Tudo isto, claro, não chegou para ganhar nem mesmo para evitar a derrota. É que para além disto, houve pouco mais e, para além disto ainda, sobrou uma exibição essencialmente desinspirada e com pouco intensidade. Em especial no inicio do segundo tempo.


Hulk & Guarin – A primeira nota vai para o papel de Meyong, quem melhor pressiona no Braga. A sua acção obriga o Porto a organizar pela direita, dando uma vantagem ao Braga que deveria ter encurralado os portistas. Não foi isso que aconteceu. Não houve agressividade dos restantes jogadores e abriu-se uma linha de passe para Hulk, a quem também foi permitido rodar e sair da zona de pressão. Depois percebe-se a pouca reactividade de Viana que perde totalmente o controlo sobre o espaço nas suas costas, explorado por Guarin. Como o Braga joga com 2 linhas de 4 e não tem nenhum jogador posicional entre elas, o colombiano ficou completamente livre para atacar a zona mais recuada dos minhotos.

Meireles & Hulk – De novo a distância entre linhas. Desta vez, notória entre os avançados e a linha média. Este factor aliado à pouca agressividade de Mossoró sobre Meireles permitiu que o médio azul ganhasse tempo e espaço para libertar Hulk no flanco oposto. Um 1x1 muito perigoso e que apenas não teve outras consequências porque Evaldo conseguiu evitar o pé esquerdo de Hulk.

Guarin & Varela – De novo o lado direito portista. O primeiro ponto a realçar é a boa dinâmica entre o extremo e o médio, com troca de posições entre eles. Um rotina bem assimilada e que é solução comum na saída de bola portista, seja à esquerda, seja à direita. O ponto aqui tem a ver com a forma como Varela consegue rodar, não havendo a pressão exigível para a situação em que se encontrava. Aliás, este lance tinha tudo para dar uma recuperação e originar transição do Braga. Mas não deu. E tudo por Viana e Paulo César voltaram a denotar grande insuficiência defensiva e porque, claro, houve qualidade do lado contrário. Aliás, esta dupla não só permite que Varela rode como depois perde controlo sobre o extremo portista, não compensando, nenhum deles, o espaço de Evaldo que vem pressionar Guarin. Só por muito pouco este lance não termina em golo.

Desacerto azul – Se há lance que espelha a desinspiração portista é aquele que culmina numa finalização de Vandinho. Uma das mais perigosas do Braga. É que a jogada só acontece porque há uma série de deslizes individuais na sua origem. Primeiro o mau pontapé de Hélton, depois o não domínio de Guarin e, finalmente, uma trapalhada de Fernando finalizada com uma "assistência" em zona central. Ainda assim, saiu barato...

Pateiro – O Benfica ganhou em Leiria, mas muito facilmente poderia ter... perdido. Tudo isto por causa de um lance de inspiração de Pateiro que só não terminou em golo porque dos pés de Kalaba não houve a qualidade correspondente. Muito mérito, obviamente, para a acção de Pateiro, mas é também curioso analisar porque é que tudo foi possível. A última arma da transição defensiva encarnada é o fora de jogo, executado ao limite e, diga-se, com excelentes resultados até ao momento. Ora, quando todos esperavam o passe de Pateiro, este bateu, ele próprio, o fora de jogo. Ainda assim não parece uma fórmula copiável para casos futuros.

Rabiola – O primeiro golo do Olhanense em Alvalade tem os holofotes sobre Carriço e Abel. Podemos começar por aí e por dizer que, na minha opinião, não há nada de errado com o comportamento dos 2 defesas. Existe um 2x2 nessa zona, o que torna tudo muito complicado caso, como aconteceu, o cruzamento saia bem. Aliás, Carriço está bem posicionado e reage bem à trajectória da bola. Simplesmente não chegou e fica muito claro que o principal motivo é a falta de... centímetros. O grande erro está, por isso, na origem do lance. Ou seja, do lado esquerdo e na falta de agressividade sobre a posse de Ukra. Quando se cria uma zona de 1x3 tem de haver maior agressividade e aqui é Vukcevic quem deveria ter impedido o jovem extremo de ter uma solução de recuo. Isso não aconteceu, Ukra teve muito mérito e Miguel Garcia apareceu para dar a solução que o Sporting permitiu.

Edgar – O Marítimo começa a ameaçar ser uma desilusão séria desta liga. Pela segunda semana consecutiva com tudo para vencer e, de novo, incapaz de o fazer. Desta vez 1 lance compôs o cenário improvável no derby madeirense e perante um Nacional com 10 jogadores. Edgar foi o protagonista e trabalhou muito bem a jogada, mas... o que dizer de Olberdam?! Permitir que o avançado cortasse para dentro quando tinha já um ângulo tão fechado... e tão facilmente ele o fez! Assim, torna-se difícil...

Xavi & Messi – Há alguém que não conheça esta jogada? Há alguém que nunca tenha visto Xavi a receber da esquerda, virar-se e solicitar a diagonal de Messi nas costas do lateral?! Não me parece. Jogadores e treinadores sabem todos disto e, no entanto, tudo se repete com sucesso. E pensar que tantas vezes ouvimos gente a falar de previsibilidade pelo conhecimento que se tem das equipas. Hoje em dia nada é imprevisível, tudo é conhecido, tudo é previsível. A diferença está na qualidade. É por isso que Messi há-de marcar mais golos tão “previsíveis” quanto este...

Eto’o & Milito – Eto’o não marcou, não assistiu, mas que impacto teve! O Inter perdia e foi muito pelo camaronês que a situação se inverteu. Sempre ligado, sempre reactivo, pressionou e provocou a perda que isolou o mortal Milito. É uma característica que não dá nas vistas, mas vale muito mais do que se pensa.

Foster & Ferdinand – Um derby que ganhou outra dimensão e que teve uma emoção invulgar. O United ganhou, mas bem se esforçou para que isso não tivesse acontecido. O erro de Foster é primário, mas o que faz Ferdinand no último minuto é difícil de classificar. Valeu-lhes o “Mickey”.

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17.4.09

Taça Uefa - O fantástico 3-3 e as meias finais

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No inicio desta eliminatória tinha falado da supresa pelas presenças de Marselha, PSG e Man City, antecipando uma provável sensação ucraniana na prova. Confirmou-se a eliminação destas 3 equipas, uma consequência, em muito boa parte, da concentração que todas depositam nas suas competições internas. Confirma-se também um finalista ucraniano que, aliás, até poderiam facilmente ser 2 caso Kiev e Shakhtar não se cruzassem já.

Já tinha confessado também algum desapontamento pela performance da Udinese na primeira mão da eliminatória, sobretudo no que respeita à eficácia. Os italianos acabaram por pagar cara essa factura e nem o bom esforço protagonizado no segundo jogo valeu para compensar a desvantagem trazida da Alemanha. Este foi, de resto, um jogo altamente emocionante com menos golos mas com bem oportunidades do que o tão elogiado 4-4 de Terça Feira. Na Udinese, na ausência de Di Natale, destacou-se o espectacular Quagliarella, num jogo que teve apenas o esboço de um promissor e talentoso Alexis Sanchez. No Bremen, fantástico Diego que, exagerando, pode dizer-se que qualificou sozinho a sua equipa. De resto, os alemães confirmaram a sua assumida vocação ofensiva, bem expressa no contraste entre a incapacidade para controlar minimamente o adversário e o notório poderio no último terço, responsável por 6 golos em 2 jogos. Terá sido seguramente um dos jogos do ano nas competições europeias.

Meias finais
Os duelos podem favorecer Bremen e Dinamo. A razão para isto é a menor preocupação com as competições domésticas, já que ambas as equipas têm a sua classificação praticamente definida. Ao contrário, Hamburgo está envolvido na acesa luta pelo título e acesso directo à Champions, ao passo que o Shakhtar, fruto de uma péssima campanha interna, ainda terá de garantir o segundo lugar. Ainda assim, se pedirem um prognóstico, arriscaria Bremen e Shakhtar na final, com uma meia final com muitos golos entre os alemães.
Uma coisa é certa, a Taça Uefa pode não ser a competição mais mediática pelo afastamento dos grandes emblemas europeus, mas é uma competição extremamente interessante, com o equilíbrio e imprevisibilidade a serem muito mais vincados do que na Champions
.

Dinamo Kiev 3-0 PSG
Marselha 1-2 Shakhtar
Man City 2-1 Hamburgo

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10.4.09

Taça Uefa: Notas da 1ª mão dos quartos

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Shakhtar 2-0 Marselha - Tinha feito a previsão de uma surpresa ucraniana e a hipótese vai ganhando forma. Em Donetsk, o Shakhtar foi feliz mas creio que acabou por vir ao de cima 3 factores importantes. A qualidade individual já realçada nos embates com o Sporting, o relevante factor casa e, finalmente, a tal importância dada à prova por parte dos ucranianos, em relação a um Marselha envolvido numa luta pelo título que lhe diz, pelo menos para já, muito mais.

PSG - Dínamo Kiev – No outro jogo entre ucranianos e franceses, também um bom resultado para o Dínamo em Paris embora o nulo possa, como já se provou, ser um presente envenenado para a segunda mão. Este novo nulo caseiro do PSG traz à memória a caminhada do Rangers no ano anterior, tirando partido da ansiedade do adversário com o passar do tempo na segunda mão. Qualquer semelhança entre esse Rangers e este PSG é, no entanto, pouco mais do que coincidência. Ainda assim, novo favoritismo Ucraniano para esta eliminatória, pelos mesmos motivos que enunciei para o Shakhtar – Marselha.

Werder Bremen 3-1 Udinese – Dois resultados idênticos para os alemães ainda em prova. Mais surpreendente para mim o do Bremen, devido à boa qualidade da Udinese que tinha tudo para marcar mais golos nesta primeira mão. A Udinese é a última esperança do futebol Italiano para ter 1 equipa nos últimos 8 das provas europeias e é também uma desilusão da Serie A, apesar da qualidade que se lhe reconhece. A eliminatória não está terminada e vai haver uma reacção forte em Udine seguramente, mas aqueles 2 golos consecutivos (o de Diego vale a pena ver) e as oportunidades desperdiçadas por Quagliarella poderão ter sido decisivos.

Hamburgo 3-1 Man City – Em Hamburgo, o jogo começou com uma fantástica combinação entre Ireland e Robinho (notável controlo e definição da jogada), mas seria muito dificil o City escapar de uma derrota neste jogo. O Hamburgo será provavelmente o mais sério candidato à bundesliga e terá tido no Galatasaray um opositor bem mais difícil do que o City. A equipa inglesa não tem no colectivo a mesma qualidade individual e, sobretudo, está muito mais concentrada na sua prestação interna. A sua falta de consistência foi “denunciada” na segunda mão frente ao Alborg. Em casa tudo é ainda possível, mas prevejo que Olic (grande jogo!) e Guerrero possam ser suficientes para marcar golos decisivos na segunda mão.


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3.9.08

Ferguson: Quem ri por último...

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O último dia do mercado reforçou o resultado da “novela-Ronaldo”. Ferguson começou bem cedo a ser “atacado” pelo poderio da pressão mediática do Real Madrid para a saída de Ronaldo. O caso chegou a parecer perdido para os “Red Devils” mas o tempo e astúcia do velho Ferguson deu a volta à situação. Uma conversa com Ronaldo no momento em que o tiroteio de imprensa começava a tornar-se redundante e desgastante para todas as partes fez o jogador rever a sua posição, dando uma grande baixa nas expectativas “merengues” para um negócio difícil mas muito bem preparado em Madrid.

Paralelamente a Ronaldo, em Inglaterra vivia-se um caso semelhante: Berbatov. Curiosamente aqui o papel de Ferguson era inverso, sendo ele próprio o protagonista dos movimentos de rapina sobre o talentoso búlgaro. Ao contrário do escocês, o Tottenham e Juande Ramos não conseguiram nunca fazer do tempo um aliado. Antes pelo contrário. No último dia, o Tottenham estava sem Berbatov e com um péssimo arranque de temporada, ligando-se essa catastrófica performance aos nefastos efeitos psicológicos do “caso Berbatov”. A corda quebrou do lado londrino e Ferguson venceu mais este duelo.

Mas há mais. Em Espanha, Robinho tornou-se num efeito colateral da novela Ronaldo. De orgulho ferido e sangue quente, o jogador protagonizou uma conferência de imprensa bombástica nas vésperas do final do mercado, tornando muito complicada a permanência do ex-camisola 10 merengue. O resultado foi o milionário negócio de última hora para o Man City que, por muito dinheiro que tenha valido, revelou-se no derradeiro contributo para o fiasco Madrileno, não só não conseguindo atingir qualquer dos alvos prioritários (Ronaldo e Villa) como ainda perdendo um jogador cuja evolução revelada no último ano permitia pensar poder tornar-se num candidato a bola de ouro num futuro próximo.

O resultado de tudo isto é uma vitória em toda a linha para Ferguson que, no mínimo, deve ter aberto uma das suas melhores garrafas de vinho para festejar. O plantel foi reforçado com o alvo que ele definira inicialmente e, como se não bastasse, conseguiu indirectamente provocar um duro golpe no Real Madrid que perdeu Robinho sem ter tempo para colmatar essa baixa. A cereja no topo do bolo terá sido mesmo a entrada em cena do Man City, levando Robinho de Madrid e... desviando-o do concorrente Chelsea.

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4.7.08

Jô: Mais um resgate brasileiro feito a leste

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Tal como acontecera com Elano há um ano atrás, o Man City confirmou a contratação de um brasileiro vindo do leste. O seu nome é Jô e, se a operação Elano custou cerca de 12 milhões de Euros, a de Jô representou um novo recorde do clube azul de Manchester, ultrapassando a verba paga pelo jogador então contratado ao Shakhtar.

Este sinal de disponibilidade financeira do City pode deixar a entender uma tentativa de assalto às primeiras posições da Liga nos próximos tempos, sendo que, claro, para lá chegar é preciso um pouco mais do que o simples investimento. Por exemplo, pode questionar-se como é que no meio de tantos investimentos (e numa altura em que se fala em Ronaldinho) em busca de mais valias, se opta por contratar Mark Hughes, um treinador que é “mais do mesmo” na Premier League...

Quanto a Jô, é mais uma das curiosidades que a liga inglesa nos reserva. Há muito nas bocas do mundo pela sua aparição precoce, Jô só espanta por ter ainda 21 anos. Trata-se de um jogador que no CSKA de Moscovo confirmou os predicados que se lhe apontavam quando despontou no Corinthians, parado apenas por algumas lesões, que apareceram com maior regularidade do que era desejável. A Premier League pode ser agora o palco certo para Jô se afirmar como um dos candidatos ao 9 da canarinha, uma camisola aparentemente sem dono após o eclipse de Ronaldo. Quanto às suas características, dir-se-ia que o 1,89m de altura não impede que o pé esquerdo e mobilidade sejam os maiores atributos de um jogador que, um pouco à imagem de Kanu ou Adebayor, se encaixa no “estilo Saci Perere”!

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8.5.08

Eles cantam por Eriksson!

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"We don't need no Phil Scolari...
We don't no Mourinho...
Hey, Thaksin, leave our Sven alone!"


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19.12.07

As curvas no destino de Nery

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Aquando da sua ida para o Shakhtar comentei aqui aquilo que me parecia ser um passo ao lado para um jogador que desde muito cedo pareceu destinado a pisar os grandes palcos do futebol mundial. Pois bem, 6 meses depois, Nery Castillo foi apresentado como novo reforço do Manchester City.
A verdade é que a inversão de rumo e a troca dos dólares do Shakhtar pelo mediatismo da Premier League têm uma história que explica também a ausência de Castillo do jogo decisivo da Champions frente ao Benfica. Aconteceu num jogo da Liga Ucraniana, quando Castillo fez birra por um penalti que estava destinado a ser cobrado por Lucarelli. Castillo falhou e a brincadeira não foi apreciada pelos responsáveis do clube que afastaram o jogador da equipa. A ironia é que, depois de ter optado pela Ucrânia por motivos financeiros, Castillo também teve de abdicar de algum dinheiro para que esta escapatória de 1 ano no City pudesse ocorrer. Esperemos que, ao menos, aproveite no campo esta dádiva do destino (digo eu!).

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21.8.07

Caminhos trocados

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Em Inglaterra os dias de são marcados por uma atípica inversão nas posições dos clubes de Manchester. De um lado, o City de Eriksson que comanda a Liga, de outro o United de Ferguson que leva apenas 2 pontos em 3 partidas realisadas.
Quanto ao City, olhado com desconfiança pela empresa no inicio da temporada e apontado com um dos potenciais despromovidos em Maio próximo, tem em Eriksson uma mais valia que, de repente, os Ingleses pareciam ter ignorado pela sua passagem sem títulos pela Selecção. A verdade é que, como bem sabemos em Portugal, Eriksson é um senhor do futebol e a sua passagem pela City está apenas a ser mais uma bofetada de luva branca na pouco racional imprensa Inglesa (o The Sun ironizava “Eriksson for England” na sua primeira página de ontem).
Em Old Trafford, as contratações de Sir Alex parecem confirmar a sua visão de longo prazo mas apenas pela ausência de resultados imediatos. A verdade é que o United sente muito a falta de Rooney e Ronaldo, as suas armas do título, e estas ausências têm servido para animar o debate em torno da lacuna de homens de área no plantel do gigante Inglês. É uma questão curiosa num clube com orientação Escocesa, e que já foi aqui brevemente abordada durante o defeso. O tempo parece-me ainda curto e, embora seja da opinião que um 9 é essencial, tenho de reconhecer que o United venceu em 06/07 com a mesma fórmula e que as ausências são, de facto, um “handicap” que coloca em cheque qualquer avaliação mais concreta à estratégia do quase eterno treinador Escocês...


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24.3.07

Georgiou Kinkladze - a lenda de Maine Road

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Há alguns anos tive o privilégio de ter acesso àquele que será, talvez, o mais mítico programa de resumos de jogos do mundo. Estou a falar do “Match of the day” da BBC. Nessa altura a Premier League dava os seus primeiros passos, com um futebol ainda muito britânico e distante do dito estilo “Continental”. A estratégia (que hoje tem de ser vista como um sucesso) passava por recrutar jogadores de outros campeonatos que pudessem trazer algo de novo à liga. Lembro-me de ver Zola, Gullit ou Asprilla. Eram jogadores que em Inglaterra faziam maravilhas e que, por isso, faziam os encantos dos adeptos e do referido programa.

Há um jogador, no entanto, que mais do que qualquer outro entusiasmava. Nunca teve projecção mundial – o que eu sempre estranhei – mas esperar por um resumo do Manchester City naquela altura valia mesmo a pena! Georgiou Kinkladze é o nome do protagonista de quem falo. É Georgiano e tinha a capacidade de serpentear entre os adversários sempre em progressão. Kinkladze chegou ao City em 1995 e depressa fez furor (não, não era só eu!) na Premier League e em particular entre os adeptos da segunda equipa de Manchester. O jogador foi falado como possível reforço de grandes clubes europeus mas não terá tido a melhor gestão para a sua carreira. Jurou fidelidade ao clube e acabou por sofrer com isso uma vez que o City foi sucessivamente despromovido arrastando consigo o talentoso Georgiano. Ainda assim, Kinkladze teve uma milionária transferência para o Ajax mas o seu impacto foi limitado devido a opções tácticas pouco ajustadas às suas qualidades. Kinkladze voltou aos escalões secundários ingleses para jogar emprestado no Derby onde entrou na “casa dos 30”. Kinkladze deu sequência à fase descendente da carreira rumando ao Chipre e depois à Rússia. Hoje tem 33 anos e continua a ser um dos maiores ídolos dos adeptos do Manchester City!


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