- À partida, esperar-se-ia que fosse ao contrário. Ou seja, faria mais sentido o Porto materializar a sua vantagem na segunda parte, onde o terreno esteve mais "jogável". Não foi, mas apenas por uma questão de eficácia, porque foi mesmo esse o período onde os portistas mais fizeram valer a sua superioridade. Aliás, da mesma forma que se pode dizer que o Porto foi feliz pela eficácia que conseguiu na primeira parte, pode também afirmar-se que foi a mesma eficácia que lhe custou, na segunda parte, o sofrimento final. Duas notas. A primeira para referir que, por muito excepcionais que possam parecer estes jogos, a verdade é que todos os anos os há. Ou seja, fazem parte do "programa" do campeonato e quem quer ser campeão tem de estar preparado para os disputar. A boa parte é que são estas vitórias - sofridas e perante situações inesperadas - que mais motivação geram. A outra nota vai para o penalti. Não sei exactamente qual é o critério para a escolha do marcador, mas imagino que passe muito por jogar com a motivação que marcar um golo sempre dá. Dentro desta ideia, calculo que o facto de Moutinho não ter ainda marcado pesou na escolha. Não quero fazer "prognósticos de segunda feira" e não me vou referir ao aspecto técnico. Apenas me parece que, se a motivação é realmente um critério, talvez não seja Moutinho quem mais precisa de golos para manter os seus níveis de confiança...
- Um pouco antes, também com chuva, o Braga perdeu em Vila do Conde. Pesou muito o detalhe de alguns lances. As bolas nas costas marcaram o inicio, com ambas as defesas a sentir dificuldade em controlar esse espaço, quando a bola os ultrapassava e perdia velocidade. O Braga criou mais ocasiões, mas falhou. O Rio Ave não marcou, mas ganhou o lance que condicionou o jogo. O maior mérito do Rio Ave, em meu ver, vem depois. Soube esperar pelo seu momento no jogo e não sobrevalorizou a vantagem numérica. Ou seja, não se desposicionou, permitindo que o Braga tirasse partido do espaço em transição. É um erro comum em quem joga 11 contra 10. Depois, e já com 1-0, novo momento feliz para os vilacondenses. Bola ao poste de um lado, golo do outro. Acontece. É justo para o Rio Ave, que tem mais qualidade do que indica a tabela, mas precisa urgentemente de confiança. É penalizador para o Braga, que agora provavelmente lidará com objectivos mais realistas. Sempre me pareceu um disparate colocar o Braga ao lado de Porto e Benfica na candidatura ao título, mas também continuo a afirmar que é um sério candidato a um lugar entre os 3 primeiros.
Fica mais um excelente vídeo, com relato, do VascoNapoleão
- Um pouco antes, também com chuva, o Braga perdeu em Vila do Conde. Pesou muito o detalhe de alguns lances. As bolas nas costas marcaram o inicio, com ambas as defesas a sentir dificuldade em controlar esse espaço, quando a bola os ultrapassava e perdia velocidade. O Braga criou mais ocasiões, mas falhou. O Rio Ave não marcou, mas ganhou o lance que condicionou o jogo. O maior mérito do Rio Ave, em meu ver, vem depois. Soube esperar pelo seu momento no jogo e não sobrevalorizou a vantagem numérica. Ou seja, não se desposicionou, permitindo que o Braga tirasse partido do espaço em transição. É um erro comum em quem joga 11 contra 10. Depois, e já com 1-0, novo momento feliz para os vilacondenses. Bola ao poste de um lado, golo do outro. Acontece. É justo para o Rio Ave, que tem mais qualidade do que indica a tabela, mas precisa urgentemente de confiança. É penalizador para o Braga, que agora provavelmente lidará com objectivos mais realistas. Sempre me pareceu um disparate colocar o Braga ao lado de Porto e Benfica na candidatura ao título, mas também continuo a afirmar que é um sério candidato a um lugar entre os 3 primeiros.
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