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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

A primeira






























O post mostra a pista que já foi chamada de "A mais rápida da Europa".

A Opel-Rennbahn, foi contruída em 1920, nos arredores da cidade de  Mainz.

Sendo a primeira pista permanente da Alemanha.

Lembrando que Avus foi contruída em 1921, Nurburgring em 1927 e Hockenheim em
1932.

O motivo da construção foi a reclamação dos moradores em relação ao barulho e a
condução perigosa, já que os testes da Opel eram realizados nas ruas da cidade.

A pista chegou a receber 50.000 espectadores na realização de diversas corridas de moto
e carro, que serviam de teste para os veículos da fábrica.

Inclusive o famoso carro foguete da empresa foi testado alí.



















Durante a Segunda Guerra Mundial o autódromo foi usado apenas para testes militares.

Após esse período a pista quase não foi mais utilizada.

Além disso, foi construída uma rodovia que destruiu 380 metros de uma das retas.

Hoje a cidade de Mainz é proprietária da pista.

Escondida sob a vegetação, acabou virando parte da Rota do Patrimônio Industrial Alemão.

sábado, 26 de setembro de 2020

Jack Prince































 Outro dia estava assistindo a Indy.

Me lembrei de algo intrigante.

Vale contar uma história que pouca gente sabe.

Sobre um inglês que influenciou o automobilismo americano de tal maneira que ainda
hoje vemos sua sombra nos autódromos ianques.

John Shillington Prince era um apaixonado pela velocidade.

Jack, como era conhecido, competiu e venceu várias vezes sobre duas rodas.

Os velódromos franceses o deixavam fascinado.

E não saíram de sua cabeça.

Isso mudou sua vida para sempre.

Prince enxergou outras possibilidades para as pistas de madeira além das bicicletas.

Carros e motos.

Ao se aposentar das competições europeias, Prince decidiu ir para os Estados Unidos
em 1889.

Se especializou em planejar e construir esse tipo de pista para os ciclistas acelerarem.

Era um engenheiro.

Com mais prática do que estudo.

Mas sabia o que fazia.

Elaborou o ousado projeto do seu primeiro Motordrome em Los Angeles.

Associado ao conhecimento de Fred Moskovics, um ex-membro da equipe Daimler
Mercedes, e com os petrodólares do empresário americano Frank Garbutt.

O projeto de Playa del Rey ficou pronto em 1910.

E foi o seu divisor de águas.

Ali a coisa explodiu.

O público ficava em êxtase ao ver os carros em alta velocidade dentro daquela arena.
























De repente todos queriam ter um circuito daquele.

Depois da Califórnia apareceram Motordromes em Illinois, Iowa, Nebraska,
Nova York, Washington, Pensilvânia, Ohio, Missouri e Carolina do Norte.

Chegou até a Flórida.

Mais de vinte pistas funcionaram ao mesmo tempo nos Estados Unidos.

Uma verdadeira febre tomou conta do país.

Sempre com lotação esgotada.

Certa vez em Chicago foi registrado que 80.000 pessoas estavam nas arquibancadas.

O sucesso era tamanho que em alguns circuitos havia iluminação para realização de
disputas noturnas.

A premiação era excelente.

Atraindo dessa forma os melhores pilotos.

E muitos malucos também.

Alguns chegavam a ganhar 20.000 dólares por ano.

Uma fortuna para a época.

No entanto poderia custar a vida.

As pistas de madeira não tinham segurança nenhuma.

As mortes eram comuns.

Tanto de motoristas como de expectadores.

Nas corridas de moto quando havia um acidente de menor gravidade, no minimo,
o sujeito acabava coberto por farpas.

A manutenção deixava muito a desejar.

Com o tempo apareciam espaços e buracos entre as tábuas.























Durante uma prova em Beverly Hills um dos pilotos chegou aos boxes apavorado.

Disse que algum acidente horrível havia acontecido pois ele viu uma cabeça rolando
na frente do seu carro.

Não era nada disso.

Os moleques da região ficavam embaixo da pista e colocavam a cara nos espaços
entre as placas para poderem ver os carros.

Surreal.

Mas os pedidos para novos autódromos não paravam de chegar.

Eram tantos que Prince chegou a se associar ao engenheiro civil Art Pillsbury
para dar conta de todos.

Rolava muita grana.

A margem de lucro era enorme.

Alguns promotores então resolveram ampliar as fronteiras.

Dessa forma levaram o conceito até a Austrália.

Foram feitas pistas em Sidney e Melbourne na década de 20.

Apesar da inclinação imitar os dos Motordromes americanos elas eram de
concreto e não de madeira.



































Apesar do material ser diferente a carnificina foi a mesma do outro lado do mundo.

Para evitar que as motos e carros voassem no público os australianos tiveram a
brilhante ideia de colocar arame farpado em torno da pista.

Imaginou o resultado?

A dificuldade de manutenção e a Grande Depressão de 1929 foram fatores
determinantes para o fim da Era dos Motordromes.

Ao todo foram 20 anos de loucuras.

Com heróis e tragédias de todos os tamanhos.

É uma parte obscura da história do automobilismo.

Porém o seu legado ficou.

A herança pode ser vista na TV durante os finais de semana.

Os ovais atualmente utilizados pela Nascar e Indy devem seu conceito a
visão apresentada por Jack Prince no início do século XX.

Onde o público pode enxergar toda a ação.

Alguns acham até mais do que isso.

Que os graves acidentes, que até hoje ocorrem neste tipo de autódromo
de altíssima velocidade, poderiam ser debitados também na conta do criativo
e pioneiro projetista inglês.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Salem





























Já fiz uma série sobre a história das pistas americanas de madeira.

Os Motordromes do início do Século XX.

Até leões correram nessas arenas.

A imagem acima mostra o Rockingham Speedway em outubro de 1928.

Os carros chegavam a atingir 200 km/h nessa coisa.

As partes escuras na foto não são apenas manchas.

Revelam onde a pista estava cedendo.

Poucos meses depois, em 1929, o circuito foi interditado e demolido.

A madeira estava completamente apodrecida.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Ralph De Palma






























As fotos acima são do piloto italiano Ralph De Palma.

Além de ser vencedor da lendária 500 milhas de Indianápolis é um dos recordistas de voltas lideradas.

De Palma fez sua história durante as loucas décadas de 20 e 30.

Seus números são assustadores.

O cara participou de 2889 provas na Europa e nos Estados Unidos.

Em 2557 ele terminou como vencedor.

Olhando a terceira foto dá pra notar que coragem não faltava.

Repare o Motordrome (pista de madeira) no fundo.

Na sua época era obrigatório correr com um mecânico ao lado nas 500 Milhas.

Coisa útil.

Ainda mais que o cara tinha a mesma vontade de De Palma na busca pela vitória.

Ou mais.

Já que a história conta que certa vez seu co-piloto pulou no capô do carro em movimento.

Para apagar um princípio de incêndio...

sábado, 16 de maio de 2020

Palácio Chrysler































Impressionante essa edificação na Argentina.

A história do luxuoso Palácio Chrysler é bem interessante. 

O prédio funcionava em seu início para distribuição de peças da empresa 
automobilística.

Poucos anos depois da sua criação, foi reformado para receber atividades
de montagem e assistência técnica.

O mais notável nas modificações foi a construção de uma pista de provas
e uma arquibancada com capacidade para 3.000 pessoas no teto!!

Circuito que acabou sendo usado também para corridas de motos.

Tudo isso no final dos anos 20 e início dos 30.

Mais tarde tudo foi desativado e esse patrimônio passou para as mãos do
exército argentino, que o usou como local para guarda de arquivos.

Principalmente nos anos de chumbo da ditadura argentina.

Hoje, funciona no prédio o museu da Renault.

No andar térreo acontecem exposições de arte e automóveis antigos.

Se você for até lá não deixe de visitar.

Um verdadeiro tesouro escondido dentro de Buenos Aires.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Fordlândia































O ciclo da borracha na Amazônia trouxe riquezas para a região.

Na virada do Século XIX para o Século XX cidades como Belém e Manaus figuravam
entre as mais prósperas do mundo.

A matéria-prima da borracha, o látex, era monopolizado pelo Brasil.

Tudo isso acabou quando um cidadão inglês surrupiou mudas de seringueira.

Com isso os Britânicos passaram a cultivar a planta em suas colônias asiáticas.

Biopirataria.

O mercado passou a ser controlado pela Inglaterra.

Os preços dispararam.

Causando estragos.

Um dos atingidos foi o americano Henry Ford.

Ford precisava resolver o problema que aumentava os custos de fabricação dos pneus de
seus carros.

Assim ele teve uma ideia.

Fundar um núcleo produtor de borracha em plena Floresta Amazônica.

Aparadas as arestas com o governo brasileiro, Ford inicia sua aventura.

Numa região inóspita o industrial americano precisava criar condições para que seu plano
desse certo.

Daí surge a Fordlândia.

Em 1927 Ford manda dois navios para o Brasil com peças para a montagem de uma cidade
pré-fabricada.

Uma cidade mesmo.

Com uma usina de força, fábricas, casas, hospitais e escolas.

Portos, estações de rádio, centros de pesquisa e estações de tratamento de água.

Tudo.

Cada pedaço vindo direto de Detroit.

Contruída às margens do Rio Tapajós.

As fotos estão aí em cima.

Uma coisa inacreditável.

Foram plantadas inicialmente 1.900.000 seringueiras.

Porém tudo deu errado.

As plantações sofreram com o ataque de pragas.

O modo de produção entrou em conflito com a mão-de-obra local.

Os caboclos não estavam acostumados com crachás, sapatos e comida enlatada.

Tentando salvar o investimento, Ford tentou utilizar terras mais ao norte em Belterra.

Construiu toda a estrutura lá também.

Tinha até cinema.

Esperando condições melhores plantou 3.200.000 mudas na cidade paraense.

Veio gente do Brasil todo trabalhar na nova fronteira.

Durante dois anos, entre 1938 e 1940, Belterra virou capital mundial da borracha.

E foi só.

Até surgimento da tecnologia de produção da borracha sintética a partir do petróleo.

Era o fim do sonho de Ford.

Cheio de prejuízos, o projeto foi encerrado com um acordo.

O governo brasileiro quitou todas as obrigações trabalhistas.

E ficou com todas as benfeitorias.

Indenizando a empresa.

Quanto?

250 mil dólares.

Está tudo lá abandonado pra quem quiser ver.

As fotos abaixo mostram isso.

Uma história bem doida.

Fordlândia se transformou numa cidade fantasma.


segunda-feira, 6 de abril de 2020

Linas-Montlhéry


























Amo essas coisas!

Quatro imagens do Circuito francês de Linas-Montlhéry.

Preciosidade inaugurada na década de 20 pra rivalizar com Brooklands, Monza
e Indianápolis.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Garage Hélicoidal



























Fotos do prédio que abriga a Garage Hélicoidal.

Edificação inaugurada em 1932 para atender a crescente demanda por vagas
de estacionamento da cidade de Grenoble no sul da França.

Está preservada por ser considerada um monumento histórico local.

Excelente.

Destino melhor do que recebeu outra construção fantástica.

A Garage Banville de Paris.

Mesmo tendo mais história acabou engolida pela especulação imobiliária.

Ah sim, o edifício da Hélicoidal não foi palco de corridas.

Corridas?

Clique aqui para entender .

sábado, 29 de setembro de 2018

Lucrando
























Fotos avulsas da Era dos Motordromes.

Quando os Estados Unidos foram tomados por board tracks no início do século
passado.

Não é fácil encontrar material sobre o assunto.

Até porque as pistas, por serem de madeira, foram todas destruídas.

Quando aparece, é um recorte de jornal, uma notinha ou um resultado de corrida.

Outro dia estava pesquisando sobre as pistas de Chicago.

Sei que eram duas.

Riverview Park de 1911 e Park Speedway de 1915.

Pistas que chegavam a receber até 10.000 pessoas em dias de corrida.

Claro que aconteciam muitos acidentes.

A falta de segurança aliada a alta velocidade é uma receita fatal.

Em Riverview os pilotos chegavam a decolar.

Acabavam no rio ao lado do circuito.

Houve uma época que as autoridades locais resolveram contratar oficialmente o  
vigia do autódromo para recolher os corpos caso isso acontecesse.

O sujeito ganhava 25 dólares por cada retirada macabra.

Serviço extra que ajudava a completar seu salário.

E sempre havia trabalho por fazer.

Uma reportagem da época diz que ele chegava a receber até 75 dólares.
 
Por semana.

domingo, 12 de agosto de 2018

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Thundercats



Monarch era um leão bem alegre e esperto.

O felino pulou pela primeira vez para um carro com 3 semanas
de vida.

Quem contou como tudo começou foi o Destemido Egbert.

Seu dono.

A reportagem do jornal data de 1931.

Egbert era um showman.

Um britânico que arriscava sua vida nos Silodromes.

Um muro da morte.

 A versão pocket dos motordromes americanos.

Alguns já até viraram posts aqui no Blog.

Playa del Rey, Saint Louis, Legion Ascot.

Como a matéria prima era madeira, todos praticamente desapareceram
após a Segunda Guerra Mundial.

Porém logo surgiu uma versão para parques de diversão.

O tal Silodrome.

O nome vem do formato parecido com um silo de armazenagem
de grãos.

Na verdade apenas retiraram as retas dos antigos motordromes.

Eram baldes gigantes de madeira.

Numa versão bem compacta para facilitar o transporte que a vida
circense exigia.

Dentro da coisa motos e carros giravam para delírio do público
que assistia a tudo de cima.

Uma festa regada a algodão doce e pipoca.

A cada ano os espetáculos ficavam mais ousados.

É justamente nesta parte da história que entraram os leões.

Egbert adaptou o seu carro para que seu leão participasse do show.

Monarch não usava qualquer tipo de cinto.

Um repórter do Yorkshire Evening Post foi ver algumas apresentações.

E notou as atitudes curiosas do grande gato.

"Todas as vezes em que sua jaula era aberta ele ia imediatamente para
sua posição ao lado do piloto.

Caso Egbert demorasse a dar a partida, Monarch logo soltava um rugido
para demonstrar sua impaciência.

Se parasse o carro cedo demais, durante o número, o leão africano não
descia do veículo.

O felino também ficava entediado com tantos giros.

Egbert sabia a hora de parar, pois a cabeça de Monarch ia se aproximando
de seu rosto..."

Havia variações do número em outros parques.

Alguns usavam Sidecars.

Isso mesmo.

Leões de moto!

Outros soltavam o leão no Silodrome para caçar as motos que
giravam ao seu redor na horizontal.

Felizmente, apesar das tentativas, não há registro que alguma moto
tenha sido alcançada.

A festa acabou em 1964.

Quando um outro leão chamado King revidou uma provocação.

Um bêbado maluco colocou a mão dentro de sua jaula.

Para salvar o sujeito a polícia atirou e matou o animal.

King era o último leão de sua espécie.

Aquela que não tinha medo da velocidade.


domingo, 16 de julho de 2017

1923




















Algumas imagens da temporada do automobilismo de 1923.

Destacando a turma enfrentando a parede do Circuito de Sitges na Espanha
e as fotos da equipe Bugatti.

Mais de 90 anos atrás...

segunda-feira, 6 de março de 2017

Piero Taruffi























Piero Taruffi era Romano.

A maioria dos que nasceram na antiga capital do mundo gostam de ser reconhecidos
assim.

A família não sofria com problemas financeiros.

Por isso o jovem conseguiu estudar em ótimas escolas.

Sempre se destacou como atleta no meio de seus amigos.

Entre outras coisas, dizem, era um ótimo tenista.

Quando estava cursando o doutorado em engenharia industrial descobriu
as pistas de corrida.

Primeiro sobre duas rodas.

Na louca década de 20.

Se tornou campeão nacional das 500cc.

Com apenas 22 anos de idade.

Nessa época já estava envolvido em algumas disputas de automóveis também.

Na década seguinte se dedicou a quebrar recordes de velocidade.

Usando inclusive seus conhecimentos para construir seus próprios bólidos.

É sempre importante estudar.

Quando dirigiu pela Bugatti, na lendária Mille Miglia, logo despertou o interesse
de Enzo Ferrari.

O fundador tinha bons olhos para escolher seus cordeiros.

Assim Piero pilotou por um tempo pela Scuderia Italiana.

Taruffi continuava a dividir seu tempo entre carros e motos.

E ainda achava brechas para competir em campeonatos de esqui.

De verdade.

Falo de Olimpíadas.

O Commendatore não suportava essa divisão.

A dedicação deveria ser exclusiva.

Sempre.

Por isso o piloto acabou se mudando para a Maserati.

Nesse período ele obteve vários resultados expressivos em provas conhecidas.

24 horas de Spa-Francorchamps, Coppa Ascoli, Coppa Acerbo...

Após a Segunda Guerra Mundial, Taruffi voltou a atividade na Fórmula 2 italiana.

Vieram as pazes.

Graças a suas seguidas vitórias recebeu novamente o convite da Ferrari.

No entanto sua estréia na Fórmula 1 se deu a bordo de uma Alfa-Romeo em 1950.

Já no ano seguinte, aí sim na equipe Maranello, ele teve a oportunidade de participar
praticamente de toda a temporada.

O Silver Fox (apelidado assim devido ao seus cabelos grisalhos) terminou em 6° na
classificação final.

Em 1952 aconteceu sua única vitória na categoria.

Justamente no GP da Suíça.

Que abria o campeonato daquele ano.

Apesar do excelente começo, terminou a temporada na terceira posição.

Ao todo foram 18 participações na categoria máxima do automobilismo.

Fora da Fórmula 1 o piloto romano continuou a faturar muitas vitórias significativas.

Volta da Sicília, Targa Florio e a Mille Miglia, a última no formato de competição.

De 1957.

A fatídica prova onde ocorreu o acidente de Alfonso de Portago.

Clique aqui.

O acontecimento destruiu Taruffi por dentro.

Tanto que prometeu a esposa que nunca mais iria correr novamente.

Ali morreu o piloto.

O homem se foi muito tempo depois, em 1988, com 82 anos.

Não devia ser fácil ver seus companheiros perderem a vida.

Talvez por isso Taruffi sempre esteve a frente de seu tempo quando nem se
falava em segurança.

Ele foi um dos pioneiros no uso de cintos e de capacetes rígidos.

Com essa preocupação conseguiu chegar até a velhice e acompanhou toda a
evolução do automobilismo.

E viu como a coisa se tornou um negócio gigantesco nas mãos de um ex-piloto
que brigou com ele por posições nas pistas da Inglaterra.

Sem o mesmo talento que Taruffi, é preciso dizer.

Mas que no final acabou sendo o grande vencedor desse jogo.

Um tal de Bernie Ecclestone.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Garagem
































Impressionante.

Já tinha visto quase todos os tipos de corrida.

Aqui no Blog de vez em quando aparece uma história ou outra de pistas de madeira e
circuitos ovais suicidas.

Agora eu nunca havia visto o que as fotos acima mostram.

Trata-se da corrida relizada dentro da Garage Banville.

Na década de vinte a França ganhou o primeiro edifício-estacionamento do
mundo.

A coisa nasceu assim: após a Primeira Guerra Mundial, vários pilotos franceses se
reuniram para fazer um empreendimento destinado aos ricos de Paris.

Pelo projeto a construção teria dois andares de subsolo e mais seis andares acima
do nível da rua.

Além das garagens, haveria uma revendedora de carros no térreo.

Na cobertura ficariam as quadras de tênis, o ginásio, o restaurante e a piscina.

Tudo ligado por rampas.

Devido aos custos, apenas a piscina não saiu do papel.

Fantástico.

Em 1927 a Garage Banville foi inaugurada.

Como estratégia de publicidade a direção resolveu realizar um tipo de Hill Climb
(aquelas corridas de subida de montanha) dentro da edificação.

Parecia uma loucura.

Porém o plano de divulgação deu certo.

E 15 carros participaram do evento.

A fama do Banville cresceu e se tornou um negócio tão bom que nem a
Grande Depressão da década seguinte o abalou.

Após um intervalo causado pela Segunda Guerra Mundial, a garagem voltou a
funcionar com o mesmo sucesso de antes.

Tanto que a empresa expandiu.

E comprou várias garagens pela França nos anos seguintes.

Somente em meados dos anos 80 a Garage Banville foi desativada.

Engolida pelos novos tempos.

A empresa que detinha sua propriedade foi adquirida por empresários americanos.

Em busca de lucro, transformaram a edificação em um prédio de escritórios.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Beverly Hills 90210





Mais um pedaço da história dos Motordromes americanos.

As fotos mostram a Beverly Hills Speedway.

Toda construída em madeira.

Foi mais um projeto de Jack Prince.

O mesmo que idealizou o motordrome de Playa del Rey.

Clique aqui .

A diferença é que em Beverly Hills o dinheiro para a construção veio do cinema.

Parte da indústria do entretenimento em conjunto com alguns atores bancaram a
ideia.

Inaugurada em 1919, a pista só perdia em popularidade para Indianápolis.

Cerca de 80.000 pessoas lotavam as arquibancadas durante as provas realizadas
ali.

Com carros passando com velocidade média acima dos 180 km/h, o show estava
garantido.

Havia também corridas de motos.

A coisa durou 4 anos.

Mas aí a terra valorizou muito e veio a especulação imobiliária.

O circuito acabou mudando para Culver City.

Ficando vizinho ao estúdio da MGM (aquele do leão).

As imagens de Culver estão aí embaixo.




As corridas em Culver City começaram em 24 de fevereiro de 1924.

Algumas foram  até transmitidas por rádio tamanho era o interesse do
povo.

Entretanto, apesar do sucesso, depois de apenas 3 anos Los Angeles
perderia seu Motordrome para sempre.

Os estúdios de cinema reivindicaram a área para suas construções.

Uma parte da história do automobilismo americano praticamente esquecida.

Quem sabe não aparece um filme sobre as lendárias Board Tracks para
reparar o malfeito...

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Resumo USA
























Muito legal a imagem acima.

(clique para ampliar)

Mostra onde as corridas eram realizadas nos Estados Unidos no final da
década de 50.

Olhando os circuitos ao longo da história, conseguimos enxergar as diversas
fases do automobilismo americano.

Coloquei um monte de links para ilustrar.

Vem comigo.

1 - No início do Século XX, o princípio.

Época da Vanderbilt Cup, da Era dos Motordromes e das corridas da região
da Califórnia.

clique aqui , aqui e aqui

2 - Após a Segunda Guerra Mundial.

Os pilotos utilizam as estradas (as Roads Tracks) e os aeroportos, abundantes 
no país. 

Surge as 12 horas de Sebring

clique aqui

3 - Já próximo da década de 60 são construídos diversos circuitos famosos:
Riverside,  Laguna Seca, Elkhart Lake são deste período.

clique aqui

4 - Chegamos ao modelo atual dos ovais, que tem como marco a construção de
Daytona.

clique aqui

Sem esquecer de Indianápolis, que é um caso a parte, pois esteve presente
durante toda a história das corridas na Terra dos Ianques.

clique aqui

Uma viagem!