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domingo, 23 de março de 2014

Apesar de Obama, uma revolução energética nos EUA

O extraordinário recrudescimento na exploração de gás natural e petróleo nos EUA, tornado possível pelo desenvolvimento do fracking (fracturação hidráulica) e da perfuração horizontal, vem ocorrendo em terrenos na posse de privados e dos estados federados. Ao invés, nos terrenos federais, o que se tem verificado é a redução dos níveis de produção. E, ironia das ironias, tudo isto sem prejuízo de, em simultâneo, se ter verificado uma acentuada redução nas emissões de dióxido de carbono um poluente alimento das plantas. Obama reclama para si créditos por estes resultados (entre os quais as novas centenas de milhar de empregos) pretendendo com isso fazer passar a ideia falsa que as "novas renováveis" tenham tido algum impacto significativo nesta evolução. Uma dúzia de minutos fascinantes. (Via Carpe Diem)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Por que é o gás natural 3 vezes mais caro na Europa que nos EUA?

Para além da vantagem estratégica que a geografia lhe confere, e de que a Rússia, através da Gazprom, pretende continuar a tirar partido (praticando preços "altos"), parte importante da explicação reside no facto de a shale revolution que vem ocorrendo nos EUA (de que Matt Ridley aqui falava) não ter ainda chegado à Europa (por mera agenda política dos governos europeus, ainda inebriados no delírio das renováveis). Ao que precede, acrescem as decisões idiotas das administrações americanas de tudo fazerem para dificultar a exportação de gás natural no modo liquefeito (LNG na sigla inglesa), invocando razões "estratégicas" de "segurança nacional de abastecimentos".



Preços mundiais do Gás Natural Liquefeito, Outubro de 2013

Gráficos retirados do blogue do Prof. Mark Perry.

quinta-feira, 14 de março de 2013

De como a queima de combustíveis fósseis está tornando o planeta mais verde

Literalmente, segundo a opinião de Matt Ridley, o surpreendente "Optimista Racional", que se refere ao crescimento da mancha verde na Terra (reflorestação incluída) contrariando assim o que muitos vêm propagando (e que eu próprio acreditava piamente).


Via ReasonTv

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Custos de interesse particular

é a correcta retroversão dos orwellianos CIEG (Custos de Interesse Económico Geral), só possíveis pelo acobertamento estatal e pelo politicamente correcto, dos governos e, muito em especial, de Bruxelas, "justificados" por um suposto aquecimento global que os termómetros teimam em não registam nos últimos 16 anos (daí o entretanto rebaptismo para "alterações climáticas"). Sócrates foi um seu agressivo agente, mas como repetidamente tenho chamado a atenção, e o Prof. Pinto de Sá aqui explicita, relativamente ao pensamento do vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, este é um tema que tem sido alimentado (e explorado) por boa parte do "centrão". A factura, para os consumidores e para as empresas, virá já a seguir.

Imagem retirada daqui
Mas há alguns motivos para estar moderadamente optimista para, pelo menos, se conseguir suster a insanidade de concretização de negócios sustentados em agendas políticas (na mira dos subsídios e empréstimos que sempre acompanham estas políticas "activas"). É o tema do artigo recentemente publicado no Wall Street Journal sob o título "Silicon Valley's Green Energy Mistake".

Um outro sinal, a meu ver bem relevante, é o tom lúgubre com que George Monbiot, no Guardian, reconhece o esmorecimento do fervor eco-teócrata, que a ausência do tema na campanha para as presidenciais americanas denotou.

Por último, a título só aparentemente de comédia, via NoTricksZone, um sinal quiçá indicativo da aproximação do estertor eco-teócrata (e ecofascista), foi o do episódio do psicótico professor de música da universidade de Gartz, na Áustria, que achou por bem propor a "terminação" física de todos os "negacionistas" do aquecimento global em ordem a evitar a morte futura de centenas de milhões de pessoas no futuro. Entre os indivíduos a liquidar está, segundo o Professor Richard Parncutt, o próprio papa! Para quem não acreditar, vá até aqui certificar-se de que é mesmo verdade.

Entretanto, tem sido esta a evolução das emissões de CO2 nos EUA, que agora regressaram aos níveis de 1992. Principal responsável por este resultado, de longe: a adopção generalizada do gás natural tornada possível pela exploração das imensas jazidas de gás de xisto.
Imagem retirada daqui

domingo, 19 de agosto de 2012

A recorrente vitória de Julian Simon

50 anos após a publicação, pelo Clube de Roma, do deplorável, alarmista e totalmente errado The Limits to Growth, Steven Horowitz assina Julian Simon Wins Again, But Will Anyone Learn? (tradução minha):
Talvez tenha dado conta desta história da AP, sobre a "surpreendente" redução nas emissões de CO2, que regressaram aos níveis de 1992. Uma explicação para esta diminuição está no número de centrais americanas produtoras de electricidade que migraram do carvão para o gás natural. Este último reduz drasticamente as emissões de CO2. O que explica então esta mudança?

Bem, para os economistas, não é surpresa: foram os preços relativos.

O gás natural tornou-se significativamente mais barato, levando a que mais centrais levassem a cabo a reconversão. Uma razão para que o gás seja mais barato, é evidente, está na tecnologia da fracturação [fracking]. Deste modo, os nossos amigos ambientalistas têm aqui um pequeno dilema: a oposição ao fracking significa oposição (ao mais barato) gás natural, o que significa oposição à substituição das poluidoras centrais alimentadas a carvão, grandes produtoras de CO2. Uma vez mais, os sinais emitidos pelos lucros levam os empresários a encontrar substitutos para os caros e poluidores processos e, por essa via, ao desenvolvimento de novas tecnologias que criam recursos utilizáveis e valiosos onde eles não existiam anteriormente. Isto conduz à redução de  preços desse substituto, o que conduz à substituição da tecnologia antiga e poluidora.

Julian Simon, aceite uma vénia.

Se ler a reportagem da AP, encontrará o ambientalista do costume, relutante e vacilante, afirmando que "esta não é realmente uma solução" e observando a  "ironia" do gás natural reduzir as emissões de CO2. Não é ironia, pessoal! Pensar que se trata de ironia apenas se deve à recusa em ouvir o que os economistas e pessoas como Julian vêm dizendo há décadas: os mercados solucionam estes problemas melhor do que os decretos governamentais.

De notar igualmente a surpresa pelo facto de que as centrais eléctricas se tenham convertido tão rapidamente do carvão para o gás. Isto não é surpresa para ninguém com um conhecimento básico da economia. Os sinais emitidos pelos lucros são poderosos e as pessoas respondem às mudanças de preços relativos. Isso faz parte da cadeira de Introdução à Economia logo na sua 2ª semana. As mesmas pessoas que estão surpreendidas por isto também foram surpreendidas pela rápida reconversão após a Segunda Guerra Mundial. A surpresa neste caso é apenas uma palavra rebuscada para "ignorância".

A prova dos argumentos de Julian Simon e de outros talvez nunca tenha sido mais evidente do que a transmitida nesta história, mas os verdadeiros dogmáticos não são aqueles de nós que são cépticos não da ciência das alterações climáticas mas da acompanhante ciência social e política, os dogmáticos são os que continuam a negar o poder dos processos de mercado, mesmo quando a evidência está bem à sua frente.

É pedir muito para que exemplos como este possam levar a um repensar do seu dogma? Provavelmente.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Combater os combustíveis fósseis... com combustível fóssil

pode, à superfície, ser tido pelos greenies, como um autêntico sacrilégio. E porém, até já no New York Times, se escrevem artigos como este de que retirei o extracto inicial (minha tradução):
A batalha contra as alterações climáticas está a ser perdida. O movimento ambientalista e a indústria da energia, ao mesmo tempo que se envolvem num acalorado debate sobre temas desde a energia nuclear ao das areias betuminosas, estão a perder a "visão da floresta".

Há um reduzido reconhecimento por ambos os lados que as actuais políticas para reduzir as emissões de dióxido de carbono não são suficientes para lidar com a ameaça que representam. É o crescimento, movido a carvão, de países como China e Índia, que gera grande parte dessas emissões. A menos que seja encontrado, rapidamente, um substituto barato e rapidamente mobilizável para o carvão, será quase impossível controlar com segurança os níveis de dióxido de carbono que estão a crescer em todo o mundo.

Embora o movimento ambientalista possa ter, à primeira vista, o gás de xisto como um inimigo nessa luta, ele pode na verdade vir a constituir-se como um amigo. Um amplo desenvolvimento dos recursos de gás de xisto - com adequadas salvaguardas ecológicas - pode ser a melhor via para atingir as rápidas reduções na concentração de dióxido de carbono que precisamos para manter um ambiente habitável da Terra.
Ironias!

Ler aqui o artigo na íntegra: Shale Gas to the Climate Rescue.

domingo, 12 de agosto de 2012

A tecnologia da fracturação hidráulica

conjugada com a da perfuração horizontal, torna hoje possível chegar às formações de xisto a uma profundidade média de cerca de 2500 metros e explorar as jazidas de gás e petróleo que há muito se sabia lá existirem (mas que não constituíam reservas provadas enquanto não foi desenvolvido o conjunto de tecnologias necessárias). A animação que se segue, da responsabilidade da Marathon Oil, procura ilustrar como decorre o processo.


(Via Carpe Diem)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Pico quantos? (3)

No seguimento de Pico quantos e Pico quantos (2), via Carpe Diem, de onde retirei o gráfico abaixo, soube que a Energy Information Administration, uma agência governamental americana, actualizou as suas estimativas de reservas provadas de petróleo e gás natural nos EUA por referência a 2010. Mais 12,8% e 11,9%, respectivamente. Significa isto que nunca quanto agora foram tão elevados os montantes de reservas provadas, ou seja: apesar do crescente consumo, as reservas não cessam de aumentar!


Os alarmistas de profissão não compreendem por que razão as suas profecias teimam em não se concretizar e isto porque desconhecem os mecanismos básicos de funcionamento dos mercados e do mecanismo dos preços assim como - e este é o seu principal pecado - subestimam a capacidade daquele que Julian Simon designou como o Derradeiro Recurso: o Homem.

É certo que um pouco por todo o lado, cegos pelas ruinosas mas politicamente correctas doutrinas "verdes", os próprios governos sabotam, ou pelo menos, atrasam a exploração dos combustíveis fósseis como a pergunta que James Delingpole fazia não há muito tempo ilustrava: Por que razão não celebramos as boas notícias?

Mas o vento está a mudar. O caos financeiro em que se encontram a generalidade dos estados europeus está progressivamente a impor o abandono dos tão megalómanos quanto ineficazes e ruinosos investimentos em fontes de energia intermitentes. Vai chegar a vez do gás de xisto também à Europa, por muito que isso custe a Vladimir Putin que hoje nos tem bem agarrados por onde mais pode doer.

Mas, como o blogue Terrorismo Climático bem ilustra, na tradução que nos proporciona deste artigo, será da China que virá, a prazo, o maior change game logo que disponha do domínio das novas tecnologias necessárias para exploração das enormes reservas que dispõe de shale gas. Também estou convencido do mesmo.

sábado, 14 de julho de 2012

O segredo do shale gas

ou por que razões se verifica um extraordinário  boom na exploração de gás de xisto nos EUA (e correspondente espectacular quebra no seu preço) enquanto no passa nada na Europa, como Christopher Booker assinalava na semana passada. Do editorial de hoje do WSJ, via Carpe Diem (meus realces):
"One of the few bright patches in the Obama economy is the booming production of shale gas and, increasingly, oil. The U.S. ranked 159th in GDP growth last year. But in natural gas production, it's now No. 1.

How did that happen? Partly it's the luck of geology, though plenty of other countries have abundant shale resources. Partly, too, it's American technological leadership in developing hydraulic fracturing (fracking) and horizontal drilling. But those techniques are now widely understood the world over.

What gave the U.S. its edge is that the early development risks were largely borne by small-time entrepreneurs, drilling a lot of dry holes on private land. These "wildcat" developers were gradually able to buy up oil, gas and mineral leases from private owners while gathering enough geological data to bring in commercial producers.

Now compare this to Europe, which sits on an estimated 639 trillion cubic feet of shale gas yet remains heavily dependent on Russian imports. The governments of France and Bulgaria have banned fracking on dubious safety grounds, with nary any pushback from their publics. That might not be the case if French farmers, for example, were able to profit from the riches underneath their terroir.

Countries such as Poland and Great Britain are willing to develop their shale potential. Yet in both places the absence of private mineral rights has delayed exploration and production.

In time, perhaps even the French will recognize their lost opportunity and lift their ban on fracking. But the deeper lesson is that this is a revolution that came about not through government planning or foresight, but through a combination of individual risk-taking and private property. Europeans could benefit by doing more to broaden the latitude for both."

domingo, 8 de julho de 2012

A ruína energética e a religião verde

Certeiro como poucos, Christopher Booker: You can’t have shale gas – it might halve your bills. A tradução e o link que introduzi são meus.
Uma das coisas mais notáveis que neste momento está ocorrendo no mundo é a revolução no mercado energético dos EUA provocada pelo barato gás de xisto. Em quatro anos, esta revolução reduziu a metade o custo do gás, possibilitando poupar aos consumidores de energia nos EUA cerca de 100 mil milhões de dólares. Graças à crescente substituição do carvão pelo gás, também as "emissões de carbono" dos Estados Unidos, admitindo que tenham alguma importância, caíram para o nível mais baixo nos últimos 20 anos.

Na Grã-Bretanha, graças à absoluta incompetência dos responsáveis pela nossa política energética, aconteceu o oposto. O aumento do custo do gás importado levou as nossas empresas produtoras de electricidade a voltar ao carvão, o qual, nas últimas duas semanas, vem contribuindo com pelo menos 40 por cento da produção total de electricidade. Por mais de uma ocasião, no entanto, o contributo de todas as nossas 3500 turbinas eólicas, por junto, tem sido tão pouco quanto 0,2%, com as centrais eléctricas a carvão a representar 200 vezes mais.

Quanto ao gás de xisto, do qual também possuímos enormes reservas, o nosso Governo parece despender todos os esforços para desencorajar a sua exploração. Isto é assim porque se trata de outro combustível fóssil que não nos irá ajudar a cumprir a nossa meta (totalmente inatingível), via UE, de gerar 32% da nossa electricidade, em 2020, a partir de "renováveis" - tais como daqueles inúteis moinhos de vento. Deste modo, a nossa factura energética continuará a subir e, com metade de nossas centrais de produção de electricidade a carvão condenadas a encerrar obedecendo a uma directiva da UE, a perspectiva de as lâmpadas da Grã-Bretanha se apagarem e os computadores se desligarem vai-se aproximando a cada mês que passa. Será que alguma vez houve, na história do nosso país, uma fuga mais louca da realidade?
A loucura a que Booker se refere é exactamente a mesma que subjaz a esta inanidade inspirada e expirada pelas metástases da religião verde e politicamente correcta de Bruxelas. Anunciar que Portugal pode (reparem no "pode") poupar 1200 milhões de euros em energia se se concretizarem os cenários cor-de-rosa do Roteiro Nacional do Baixo Carbono 2050 (!!!) é pura ficção e total desperdício de tempo e dinheiro ao mesmo tempo que se deixam acumular custos cada vez mais incomportáveis na factura energética e na segurança da sua disponibilidade. Caramba! Até a Quercus reconhece que ter gasto 50 milhões de euros com o carro eléctrico (250 exemplares em todo o país até agora) foi "exagerado".

terça-feira, 3 de julho de 2012

Mercado vs estatismo dirigista

Olhando para o gráfico abaixo (retirado daqui e construído a partir de dados do governo federal dos EUA), será importante ter presente que os EUA nunca ratificaram o protocolo de Kyoto e que a presidência de Obama apenas ocorre a 20 de Janeiro de 2009.

Clicar na imagem para ver melhor
Acrescente-se que, em 2011, do total de energia consumida nos EUA (dados federais), 1,2% proveio de origem eólica enquanto a solar representou 0,1%. Fácil é concluir, congelada que está a energia nuclear, que esta notável evolução, especialmente em 2011 (e prosseguindo já este ano) decorre, essencialmente, da revolução que o gás de xisto veio provocar, substituindo o carvão como fonte principal geradora de energia. 

Em que é que a administração Obama contribuiu para esta alteração estrutural? Praticamente, nada. N-A-D-A!! (Veja-se, por exemplo aqui, o contraste entre as diferentes fontes de produção de energia e os subsídios federais diferenciados à sua produção).

Empreendedorismo, tecnologia e não intromissão estatal no mecanismo dos preços. É o que basta. A alternativa é bem conhecida: são as rendas (sempre "excessivas", por definição), os subsídios a esmo e a corrupção generalizada. Em suma: distribuição de benefícios privados à custa do dinheiro seja dos contribuintes seja dos consumidores (John Stossel coligiu aqui uma lista de casos esclarecedores do mito da energia verde, exemplo do dirigismo militante).

sábado, 16 de junho de 2012

Lovelock: The UK should be going mad for fracking

Interessantíssima entrevista de James Lovelock ao.... Guardian! Defensor do nuclear ainda que céptico que possa ser uma resposta efectiva, pelo menos a médio prazo, após Fukushima; devastadoramente crítico das eólicas e, por fim, um grande promotor do gás de xisto para satisfazer as necessidades energéticas e, simultaneamente, descarbonizar. Pelo meio, faz penitência por ter participado do discurso alarmista dos eco-teócratas. É caso para dizer, como faz James Delingpole, que quanto mais velho mais sábio. Não admira que os greenies o detestem hoje.

domingo, 10 de junho de 2012

A nova realidade energética na América

Daniel Yergin, autor do famosíssimo The Prize: The Epic Quest for Oil, Money and Power, escreve hoje no New York Times: America’s New Energy Reality. Uma nova realidade que tem muito pouco a ver com o despesismo distributivo (e rentista) de subsídios da administração de Obama (como antes de Bush) e muito mais com o funcionamento do mercado (quando o mecanismo da formação dos preços ainda não foi completamente distorcido pelos governos).





A evolução dos discursos de Obama nos seus discursos ao Congresso, apesar da liderança retórica, limita-se a ir a reboque da realidade, não a liderá-la.
24-02-2009 (16 menções a 'energy' e uma a 'clean energy'; 2 a 'oil' e 0 a 'natural gas'):

«We have known for decades that our survival depends on finding new sources of energy. Yet we import more oil today than ever before (...) We know the country that harnesses the power of clean, renewable energy will lead the 21st century (...)  [T]o truly transform our economy, protect our security, and save our planet from the ravages of climate change, we need to ultimately make clean, renewable energy the profitable kind of energy»

27-01-2010 (15 referências a 'energy' e 10 a 'clean energy'; 2 a 'oil' e 0 a 'natural gas')

«[T]o create more of these clean energy jobs, we need more production, more efficiency, more incentives (...) Even if you doubt the evidence [on climate change], providing incentives for energy efficiency and clean energy are the right thing to do for our future, because the nation that leads the clean energy economy will be the nation that leads the global economy.»

24-01-2012 (24 referências a 'energy', 10 a 'clean energy', 11 a 'oil' e 5 a 'natural gas')

«[N]owhere is the promise of innovation greater than in American-made energy. Over the last three years, we’ve opened millions of new acres for oil and gas exploration (...) This country needs an all-out, all-of-the-above strategy that develops every available source of American energy (...)»
E, cereja no bolo, atente-se neste gráfico (retirado daqui):

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Antecipando a celebração do Dia da Terra

no próximo Domingo, o Prof. Mark Perry preparou os gráficos que se seguem para ilustrar o quão têm os americanos que agradecer à Mãe Natureza por lhes ter proporcionado tão abundantes e baratas fontes de energia. Quer na produção, onde o contributo da energia e solar é absolutamente notável,


 quer no consumo:


sexta-feira, 13 de abril de 2012

O gás de xisto dos EUA é um change game

realidade agora também reconhecida pelo próprio Vladimir Putin, em voz alta, dirigindo-se à Duma (tradução minha):
"Os EUA estão activamente desenvolvendo tecnologias para a produção de gás de xisto. Tal poderá reconfigurar seriamente a estrutura dos mercados de hidrocarbonetos" pelo que "as empresas de energia nacionais [russas], obviamente, têm de responder a esses desafios".
É perfeitamente natural que Putin esteja preocupado. Para um país que tem nas exportações de petróleo e gás as fontes principais de divisas a evolução verificada nos preços do gás natural nos EUA, essencialmente de shale gas, deve constituir um verdadeiro pesadelo. Ora vejam como evoluiu o preço do gás natural nos EUA e o de origem russa entre Março 2007 e Março de 2012 (Fonte: http://www.indexmundi.com/commodities/):

Evolução dos preços do gás natural nos EUA (Hub de Louisiana)

Evolução dos preços do gás natural de origem russa (à fronteira da Alemanha)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Julian Simon reemerge em Moçambique e em África

Boom time for Mozambique, once the basket case of Africa, no Guardian. Um excerto (realce meu):
A construction boom is under way here, concrete proof of the economic revolution in Mozambique. Growth hit 7.1% last year, accelerating to 8.1% in the final quarter. The country, riven by civil war for 15 years, is poised to become the world's biggest coal exporter within the next decade, while the recent discovery of two massive gas fields in its waters has turned the region into an energy hotspot, promising a £250bn bonanza.

The national currency was the best performing in the world against the dollar [!]. Investment is pouring in on an unprecedented scale; as if to prove that history has a sense of irony, Portuguese feeling Europe's economic pain are flocking back to the former colony, scenting better prospects than at home. Increasingly this is the rule, not the exception in Africa, which has boasted six of the world's 10 fastest-growing economies in the past decade. The first oil discovery in Kenya was confirmed on Monday, while the British firm BG Group announced that one of its gas fields off the Tanzanian coast was bigger than expected and could lead to billions of pounds of investment.

terça-feira, 27 de março de 2012

Um mistério que se adensa para os alarmistas de profissão

Mark Perry, editor do Carpe Diem, proporciona-nos excelentes gráficos (isto é, informativos). A figura abaixo denota a evolução recente do número de perfurações em busca de gás (a azul) e de petróleo (a vermelho:


Notável que num espaço de pouco mais de dois anos se tenha invertido a proporção (de 1/3 e 2/3). Mais notável ainda que essa inversão tenha ocorrido sem que - vejam só! - tenha havido qualquer programa federal de "estímulo" à pesquisa e extracção de petróleo. Não! A explicação reside, tão e só e apenas, na evolução dos preços relativos entre os dois produtos. E é este o mecanismo que explica alguns aparentes paradoxos que os alarmistas neo-malthusianos são incapazes de compreender (ou se recusam a compreender).

Vejam, por exemplo, este outro boneco retirado daqui, a propósito do patético papagueio que Obama vem fazendo (até mais ou menos um mês e meio atrás quando o preço da gasolina começou a interferir nas suas possibilidades de reeleição...). Segundo Obama, porque os EUA apenas possuem actualmente 2% do total de reservas mundiais, a resolução (?) do problema energético dos EUA, a médio e longo prazo, não poderá estar no petróleo. Num primeiro instante, poderá parecer um argumento válido. Mas depois, olhando para este boneco...


Então os EUA tinham em 2010 o mesmo volume de reservas de petróleo (reservas conhecidas por extrair) das existentes em 1944 e, nesse período, a produção foi de 8 vezes o total dessas reservas então conhecidas? A conclusão que podemos retirar a posteriori é que, afinal, as "reservas" de 1944 eram efectivamente mais de nove vezes maiores. O primeiro gráfico, ao evidenciar com clareza o efeito da evolução dos preços relativos, dá uma pista sobre o que irá suceder proximamente. Se a ela aliarmos o efeito da (r)evolução tecnológica, os resultados podem ser portentosos - já estão a sê-lo - tanto que Obama, hipocritamente, tenta agora chamar a si os méritos do fantástico recrudescimento  da extracção de petróleo e muito especialmente do gás natural quando, na realidade, tudo ocorreu apesar das suas políticas que tudo fizeram para dificultar essa extracção ao mesmo tempo que, de forma insane e economicamente criminosa, promovia as sucessivas Solyndras, Volt e& Cia admiravelmente aqui retratadas.

Julian Simon lives

sexta-feira, 2 de março de 2012

Gás de xisto por todo o lado

Estimam-se em 25 triliões de metros cúbicos as reservas de shale gas recuperáveis de que a China dispõe o que corresponderia às necessidades estimadas para 200 anos de consumo. Tem sido vertiginoso o ritmo a que se sucedem as descobertas de gigantescas jazidas um pouco por todo o mundo. Peak quê?

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A nova "solução" energética de Obama: as algas!

Obama é justamente acusado por muitos de tudo ter feito para dificultar, quando não impedir, o desenvolvimento das indústrias extractivas ligadas aos combustíveis fósseis no próprio território americano (não atribuição de novas licenças para perfurações em áreas federais, regulações tão absurdas quanto de implementação caríssima, não aprovação do pipeline Keystone XL, etc.). Como por várias vezes tenho recordado, não há lugar a nenhuma surpresa nessa actuação quando o póprio Obama admitia (vídeo), que "Under my plan of a cap-and-trade system, electricity rates would necessarily skyrocket. Coal-powered plants, you know, natural gas, you name it, whatever the plants were, whatever the industry was, they would have to retrofit their operations. That will cost money. They will pass that money on to consumers".

O plano de Obama assenta(va) na progressiva diminuição do recurso à energia de origem fóssil taxando-a activamente e em simultâneo promovendo, sem olhar a custos, as novas energias renováveis (eólica e solar)  que seria óptimo pela criação de "empregos verdes" e de energia "limpa" como os excelentes exemplos espanhóis e dinamarqueses "demonstravam"...

Veio porém a suceder que o spin mediático do "aquecimento global" / "alterações climáticas" esmoreceu significativamente com os Climategate 1.0 e 2.0, continuados no recentíssimo Fakegate; que o esquema do "cap-and-trade" faliu; que os escândalos das empresas "verdes" se multiplicaram e que os tais empregos verdes pouco mais eram que miragens; que o carro eléctrico é, ainda, pouco mais que uma anedota. Ao invés, a revolução do shale - promovida por empreendedores privados em terras privadas - evidenciou um vastíssimo potencial energético e de criação de riqueza e empregos reais, não subsidiados.

Ultimamente, com as cotações do petróleo a levar gasolina a um limiar de preço ($US 4 por galão (um pouco mais que 3,5 litros), o dobro de quanto Obama ascendeu à presidência) considerado perigoso para um presidente à procura da reeleição, Obama reagiu. Na 5ª feira passada, afirmou, respondendo à insistência dos republicanos para que o governo federal promova activamente não dificulte a prospecção e extracção de petróleo e gás - o famoso "drill, drill, drill" - que "The American people aren't stupid," e que essa reivindicação " [is] not a strategy to solve our energy challenge" (vídeo) até porque os EUA já o estariam a fazer (o que em parte até é verdade apesar das políticas federais). Para Obama, a "estratégia" passa por "soluções de futuro". Exemplo, pelo próprio: explorando o potencial energético das algas!!!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A incessante procura de rendas à pala do estado

...e, infalivelmente, em prejuízo de contribuintes e consumidores. O senhor T. Boone Pickens, a quem o Ecotretas já dedicou vários posts, que já foi um defensor estrénuo das eólicas, de há algum tempo que defende que o governo lidere a iniciativa no sentido de promover a substituição da gasolina e do diesel, usados nos transportes por gás natural, para desta forma a América conseguir diminuir a sua dependência do petróleo da OPEP e, em simultâneo, usando energia mais "limpa". Veja-se o artigo que escreveu hoje ontem, no The Chicago Tribune.

O senhor T. Boone Pickens, um empreendedor e capitalista de longa data (tem 83 anos de idade), tem naturalmente o direito de defender uma maior utilização do (aliás, abundante) gás natural americano, tal como qualquer cidadão. Coisa diferente é a forma como se posiciona para explorar o filão que se avizinharia caso o governo federal liderasse esta ideia, ou seja, adivinha-se: financiasse uma rede de abastecimento de gás, introduzisse regulações no sentido de a conversão se tornar obrigatória, etc.

A defesa do subsídio em nome de um superior interesse "público" e do seu carácter "estratégico" para, na realidade, e em primeiro lugar, encher os bolsos de indivíduos que se aprestam para se apossar de "rendas" garantidas pelos estados é uma das características do crony capitalism ou do corporatismo mussoliano. Nada disto tem a ver com o capitalismo. É, antes, o seu contrário.