Há pequenos oásis verdes em Lisboa. O Jardim da Estrela é um deles. É sempre com prazer e com os sentidos despertos que o atravesso.
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sexta-feira, 1 de maio de 2015
quarta-feira, 18 de março de 2015
a viagem
Da janela olho a chuva cair e as gotas fugirem do vidro. A rua chama-me. De repente, a chuva para. Sorrio. Pergunto à minha mãe se posso descer. Ela consente.
Abro a porta do quarto. Não há ninguém à vista. Desço as escadas de madeira a correr. Um cheiro a comida vem da cozinha e invade devagar o resto da casa da Missão. Abro a porta. Tenho o jardim à minha frente, quase a perder de vista. Sou invadida pelo cheiro a relva e terra molhada. O sol continua escondido. Passo pelo local onde há uns dias plantei uma árvore. Disseram-me que ia demorar para conseguir ver alguma coisa a brotar da terra, ainda assim, insisto diariamente em espreitar, não vá a coisa acontecer mais depressa do que o esperado.
Chego perto do rio cheia de esperança. Espero um pouco. Lá estão eles! Os patos adultos e os bebés, vestidos de um amarelo vivo. Nada nos bolsos. Volto a casa. A correr, claro. Detenho-me no quintal, nas traseiras da cozinha, muito quieta. Aparentemente, estar quieta era na altura sinal de bom comportamento. Quanto mais estátua e silenciosa estivesse, mais bonita era. Correr e saltar não encaixava no bom comportamento esperado pela cozinheira e mais alguns. Olho impaciente para dentro da cozinha. Uma cara amigável espreita e sorri-me. Uma estudante espanhola que tinha um filho de uma ano e meio que gostava de comer apenas as coberturas dos bolos, para desespero da cozinheira.
"Bread?", pergunta.
"Yes, please!" respondo quase a saltar.
Volta para dentro e traz-me um saquinho pequeno, transparente, com pão de forma esmigalhado.
Retribuo com um sorriso tímido e vou embora a correr. Passo o quintal e piso a relva do jardim outra vez. Dou a maior corrida que consigo [já vos disse o quanto ainda hoje gosto de correr?] e chego novamente ao pé do rio, rodeado de altas e densas árvores. Começa então um dos meus momentos preferidos do dia: dar de comer aos patos. Devagar, juntam-se à minha volta. Atiro-lhes pão e converso com eles. O tempo parecia muitas vezes parar ali. Sem etiquetas estonteantes. Apenas eu e os patos. Quando eles iam embora, corria de braços abertos pelo relvado e sonhava com uma casa na árvore que não existia. Fazia casas atrás de arbustos e imaginava que os pássaros e árvores falavam. Inventava mil histórias que tinham a sua continuidade no dia seguinte.
Ouve-se um sino ao longe. Regresso. Volto a correr para a casa da Missão e vou lavar as mãos. Na sala de refeições uma mesa comprida espera-me e o som de várias línguas enche a sala. Sento-me ao lado da minha mãe. Olho pela janela. A chuva recomeça a cair.
A buzina de um automóvel soa. Abro os olhos. Estou no jardim da Estrela, em Lisboa e já não tenho sete anos.
A buzina de um automóvel soa. Abro os olhos. Estou no jardim da Estrela, em Lisboa e já não tenho sete anos.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
sexta-feira, 12 de julho de 2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
surpresas no jardim
ah... gosto muito quando descubro que mais uma flor desabrochou. uma alegria infantil que sempre me faz esboçar um sorriso e parar. olhar de perto.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
chegaram!
Sempre estive na expectativa de ver crescer malmequeres no meu jardim, já que há uma boa parte dele que continua "selvagem". Há esperas mais longas, mas esta chegou ao fim. E nasceram brancos, que são os que eu mais gosto.
Não me recordo de onde vem este gosto por malmequeres, desde que me lembro que gosto deles. Em pequena costumava apanhá-los com a minha avó Guida.
Não me canso de mirá-los.
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quarta-feira, 22 de maio de 2013
quando a manhã que chega de mansinho
acordar e levantar às 5 da manhã não é usual para mim, mas ainda
bem que aconteceu.
há uma quietude que só encontramos na madrugada, quando o mundo inteiro parece ainda dormir. como se por alguns momentos largos o tempo abrandasse até ao amanhecer ou ficasse suspenso.
há uma quietude que só encontramos na madrugada, quando o mundo inteiro parece ainda dormir. como se por alguns momentos largos o tempo abrandasse até ao amanhecer ou ficasse suspenso.
a manhã traz consigo uma oportunidade de ouvir
Deus sossegadamente, sem distracções ou outras vozes, em exclusividade. sinto a Sua
presença, a Sua mão amorosa. isso basta-me.
o mistério de mais um dia
está à minha frente, carregado de desafios e oportunidades de amar,
aprender e crescer. a casa ainda dorme tranquila. às respirações dos meninos junta-se o cantar dos pássaros lá fora.
não
sei o que o dia de hoje trará, mas sei que posso confiá-Lo ao Deus que
já o conhece detalhadamente. o mesmo Deus que está a cuidar dos
pássaros que fazem música.
cá dentro:
"in the morning, O Lord You hear my voice; in the morning i lay my requests before You and wait in expectation." Psalm 5:3
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sexta-feira, 17 de maio de 2013
passo a passo
porque há tempo de nos recolhermos e tempo de desabrocharmos e darmo-nos a conhecer.
cada momento no tempo certo.
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