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dezembro 31, 2009

Espelho cilíndrico


a realidade não pode traduzir
já que os sonhos vezes mil são minhas trilhas
os verbos não conseguem descrever
já que meus desejos mudam com os ventos
as virtudes não sabem legitimar
já que meus desvios têm múltiplas faces
os dias não alcançam decifrar
já que meus passos acendem e apagam no tempo

nem que eu escreva mil poemas
distribua meu desenho em mares de panfletos...
pouco terá alcançado o mais profundo de mim
porque um texto tem intenções demais
porque uma estrofe tem rimas banais
mesmo um poema, nem este é capaz
sobre nós mesmos tudo que se diz é gasto
caminho longo, horizonte vasto...

acima das minhas palavras estão meus olhares
o que eles trazem
além dos meus verbos gritam meus silêncios
o que está na alma
antes dos meus projetos trago minhas mãos
o que elas produzem
sobre meus anseios avançam minhas estradas
o que elas concluem

a meu respeito embora nunca apresentado
o instante calado é tanto quanto sou e vivo
é sobre mim por dentro e fora o real
o mais próximo das mentiras do espelho

Fogo obsessor

                 A velha placa de metal com os dizeres “A mulher que tudo vê e ouve, e que de todas as coisas sabe” estava na parte super...