Mostrar mensagens com a etiqueta Newman-Haas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Newman-Haas. Mostrar todas as mensagens

domingo, 22 de abril de 2018

Youtube Motorsport Documentary: O ano de Mansell na CART

Há precisamente 25 anos, Nigel Mansell causava impacto quer na Formula 1, quer na CART. O seu campeonato no ano anterior, ganho com facilidade graças ai FW14 desenhado por Adrian Newey, não teve tanto impacto como a sua saída-surpresa da Williams, para correr na CART americana, ao serviço da Newman-Haas. 

Na realidade, Mansell não queria correr com Alain Prost, que já tinha sido contratado no inicio de 1992 para correr com eles. Ele já tinha tido a experiência em 1990 pela Ferrari e ele não queria virar novamente segundo piloto ao francês. Assim, aceitou o desafio de correr pela equipa de Paul Newman e Carl Haas, ao lado de Mário Andretti, que tinha sido o seu primeiro companheiro de equipa na Lotus, em 1980.

Ao longo de 45 minutos, este documentário mostra o que foi o primeiro ano do "brutânico" na competição, acabando por vencê-la e deter por alguns dias os títulos de campeão do mundo de Formula 1 e de campeão da CART.

Já agora, esta também é uma maneira de assinalar o post numero catorze mil neste blog (14.000), um feito em pouco mais de onze anos e dois meses de existência. É muito tempo a escrever sobre aquilo que se gosta. 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

The End: Carl Haas (1930-2016)

O americano Carl Haas, um dos nomes mais conhecidos do automobilismo americano, morreu aos 86 anos de idade. O anuncio foi feito hoje, mas a sua morte aconteceu no passado dia 29 de junho, na sua casa de Lake Forest. A familia falava que sofria de doença de Alzheimer.

Haas, conhecido pelo seu inseparável charuto, encontrava-se retirado do automobilismo desde o final de 2011, depois de mais de 40 anos de carreira como dono de equipa, trabalhando com uma míriade de pilotos lendarios, e tendo como sócios nomes como Mike Laningan e o ator Paul Newman. Haas teve também uma passagem pela Formula 1, em 1986, numa equipa apoiada pela Ford e que teve colaboradores como Teddy Mayer e Tyler Alexander.

Nascido a 26 de fevereiro de 1930, em Chicago, e de origem suíça, Haas começou por ser piloto, em 1952, correndo na SCCA (Sports Car Club of America) e guiando carros como MG’s, Porsches, Jaguares e Ferraris, sempre com resultados modestos. Em 1962, decidiu pendurar o capacete e tentar a sua sorte no lado da gestão. Tornou-se importador da Lola a partir de 1967, e nos anos 70, montou a sua própria equipa, correndo em séries como a Can-Am e Formula 5000.

Nesse período, Haas teve como pilotos nomes como Patrick Tambay, Jacky Ickx, Jackie Stewart, Peter Revson, David Hobbs e Alan Jones, entre outros. A sua passagem pela Can-Am não deu muito sucesso - o seu melhor resultado foi em 1971, quando Stewart foi terceiro classificado com o seu Lola - e na Formula 5000, foi só em 1974 que alcançou o sucesso, com Brian Redman ao volante. Até 1980, os Lolas em seu nome foram os grandes dominadores na competição, com Jones, Ickx e Tambay como pilotos, ao mesmo tempo em que também vencia corridas na regressada Can-Am.

Em 1982, Haas vai para a CART, com a sua própria equipa, como sempre, com chassis Lola. Conseguiu contratar Mário Andretti, mas pouco depois, o italo-americano propôs que Haas fizesse uma associação com outro proprietário, este pouco convencional: Paul Newman.

O ator americano, com jeito para os carros, não tinha grande consideração por Haas, e o sentimento era recíproco. Mas Andretti convenceu ambos a juntarem forças, eles que tinham uma admiração mútua por ele. Em 1983, o acordo fica selado e iria começar uma aventura que iria durar quase três décadas, além da morte do ator, em 2008.

A parceria dava os primeiros grandes resultados em 1984, quando Andretti venceu o campeonato, mas por esta altura, Haas tinha outros grandes objetivos: a Formula 1. Com o apoio do conglomerado Beatrice, Haas decide montar uma equipa com chassis Lola e motores Ford Turbo. E com o dinheiro que tinha conseguido, decidiu formar a FORCE (Formula One Race Car Engeneering) e constituir uma equipa de sonho. 

Como diretor desportivo, foi buscar Teddy Mayer, que cuidou da McLaren por uma década, e trouxe consigo Tyler Alexander, outro fundador da marca. A sua sede europeia foi montada em Colnbrook, na Grã-Bretanha, e contrataram o projetista Neil Oatley, que tinha vindo da Williams, que trouxe consigo um jovem engenheiro, de seu nome Ross Brawn. Mais tarde, juntou-se outro jovem projetista, Adrian Newey, que tinha dado cartas na March ao desenhar os carros da CART naquela altura.

A aventura começou no final de 1985, com o australiano Alan Jones ao volante, e com motores Hart turbo, pois os Ford Turbo ainda não estavam prontos. Os resultados foram modestos, mas esperava-se melhor na temporada seguinte, com os motores Ford Turbo e um companheiro de equipa, na figura do francês Patrick Tambay, ex-Renault. Contudo, apesar dos motores e de toda esta gente, a Beatrice deixou de financiar e no final de 1986, a equipa abandona a Formula 1, regressando aos Estados Unidos.

Em paragens americanas, a Mário juntou-se o seu filho Michael, e ele tornou-se campeão em 1991. No final do ano seguinte, este decidiu mover-se para a sua curta aventura na Formula 1, e no seu lugar veio o britânico Nigel Mansell, que tinha sido companheiro de Andretti na Lotus, em algumas corridas de 1980. O britânico, que tinha sido campeão em 1992, pela Williams, ficou com o título em 1993, tendo sido durante algumas semanas, o único piloto na história a ter ambos os titulos ao mesmo tempo. No ano seguinte, Mário Andretti pendurou o capacete de vez, aos 54 anos de idade, e depois, para o lugar, veio pilotos como Paul Tracy e o brasileiro Christian Fittipaldi.

Em 2002, o brasileiro Cristiano da Matta tornou-se campeão ao serviço da equipa, para logo depois rumar para a Formula 1, ao serviço da Toyota, e no seu lugar veio o francês Sebastien Bourdais. Entre 2004 e 2007, o piloto alcançou quatro títulos seguidos e vencendo a grande maioria das corridas nesse período. Mas por essa altura, a CART estava em decadência, e em 2008, ambas as categorias fundiram-se, com a Newman-Haas a ser uma das equipas sobreviventes, com pilotos como Graham Rahal.

Em setembro de 2008, Paul Newman morria e Carl Haas sentia a velhice. Apareceu um novo sócio, Mike Lannigan, e a equipa se manteve até 2011, com o canadiano James Hintchcliffe e o espanhol Oriol Serviá. No final, devido à falta de patrocinio, a Newman-Haas acabou a sua saga na IndyCar, mas o legado permanece ao longo de todos estes anos. Ars lunga, vita brevis, Carl.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Youtube Motorsport Trailer: A carreira de Paul Newman... nas corridas

Quase sete anos após a sua morte, e no ano em que faria o seu 90º aniversário, a vida de Paul Newman vai ter um documentário. Não como ator de Hollywood, mas sim como piloto de corridas. De seu nome "Winning: The Racing Life of Paul Newman", é produzido por Adam Carrola, também ator e notório "petrolhead", e o trailer saiu esta semana. A sua estreia em Hollywood acontecerá a 16 de abril, antes do lançamento nas salas de cinema a 22 de maio. 

Newmann pode não ter sido Steve McQueen e ter feito Sebring, mas esteve em Le Mans e quase ganhou, num Porsche 935, ao lado do alemão Rolf Stommelen. Começou muito tarde - tinha 43 anos - e venceu as resistências iniciais quer da comunidade cinematográfica e da comunidade automobilistica e acabou por ser respeitado, sendo piloto da Nissan na IMSA e vencer corridas por lá, na década de 80.


Para além disso, fez uma das melhores equipas da CART, ao lado de Carl Haas, a Newman-Haas, e contratou pilotos que foram desde o calibre de Mário Andretti (foi por ele que Newman e Haas se uniram, pois eles não eram os melores dos amigos...), o seu filho Michael Andretti, Nigel Mansell, Christian Fittipaldi e no fim, Sebastien Bourdais.


Já agora, vi isto em primeiro lugar no Flatout! Brasil. 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A história de Tyler Alexander, um discreto fundador (parte 5)

(continuação do episódio anterior)

Quando Carl Haas tinha decidido entrar na Formula 1, com uma operação a complementar o que tinha nos Estados Unidos, não havia equipas americanas na categoria máxima do automobilismo desde 1980, quando desapareceu a Shadow. E este projeto era ambicioso: uma companhia de distribuição alimentar, a Beatrice, era a grande patrocinadora, complementada por outras companhias mais pequenas, a Ford tinha decidido dar um motor Turbo, preparado pela Cosworth. Com esse dinheiro, poderia contratar alguns dos melhores incluindo Alexander e Teddy Mayer.

"Como o Carl vendia Lolas nos Estados Unidos, ele chamou o carro de Lola, mas na realidade, não era. O chassis era desenhado pelo Neil Oatley, que tinha vindo da Williams, nós tínhamos Ross Brawn e John Baldwin, e depois tivemos o Adrian Newey na equipa. Tínhamos uma fábrica em Colnbrook, construimos um bom carro, tinhamos tudo para dar certo. Infelizmente, as politicas é que estragaram tudo".

Eles queriam começar no final daquela temporada com os motores Ford Turbo, mas atrasos no desenvolvimento desse motor fizeram com que eles tivessem de recorrer aos motores Hart. Alan Jones correu cm o primeiro carro no final dessa temporada, mas não era nem competitivo, nem fiável. Contudo, o chassis THL2 era melhor, e com o Patrick Tambay ao volante, havia esperanças para a temporada de 1986.

"Keith Duckworth odiava turbos. Cosworth fazia montes de promessas de que teriam o motor pronto a tempo, mas no dia 1 de janeiro, fui a Northampton e me disseram: 'não temos o motor pronto até ao GP do Mónaco.' No regresso, parei na primeira cabina telefónica, liguei ao Teddy e ao Neil e lhes disse: 'é melhor estarem sentados quando vos contar isto'. Tivemos de mudar os chassis de volta para os Hart, com um sistema de arrefecimento diferente, radiadores, escapes... tudo, para estarmos prontos para a primeira corrida, no Rio de Janeiro. 

"Tive muitos períodos da minha vida sem dormir, mas aquele fevereiro foi inesquecível. Nós trabalhamos da forma mais dura que posso imaginar. Tivemos o nossos primeiro motor Cosworth em abril, em Imola, e no Mónaco, ambos os carros já o tinham. Mas quando ligavas o botão da pressão do turbo, para fazeres uma volta rápida ou para ires mais veloz, começava a aquecer. Mas fizemos progressos, na Austria os nossos carros acabaram no quarto e no quinto lugar. Em Monza tínhamos um motor novo, e porque era-nos desconhecido, Teddy colocou-o no carro do Tambay. Nos treinos, Tambay passa na reta colado ao Lotus do Senna. Na volta seguinte, ainda estava lá. Descobrimos que ele era 18 km/hora mais veloz nas retas do que o Jones. Ele começou a reclamar, foi para o motorhome e ficou por lá."

"Com as pessoas que tínhamos, poderíamos ter feito as coisas bem, mas no automobilismo, aconteceram coisas dos quais não resultaram como queríamos. No final daquela temporada a Beatrice tinha sido vendida, e tudo parou. Depois, Carl me pediu se não queria vir para os Estados Unidos dirigir a Newman-Haas Racing com o Andretti, e perguntou se não queria levar o Adrian para dirigir a parte técnica. Então eu disse a ele 'se fores, eu vou contigo'. Ele aceitou e e fui com ele."

Nessa altura, a Newman-Haas era das melhores equipas da IndyCar e tinha ao volante um dos melhores pilotos de então, Mário Andretti. Apesar da longa carreira de ambos, quer na IndyCar, quer na Formula 1, só em 1987 é que tiveram a oportunidade de trabalhar juntos.

"Não conhecia bem o Mário até aquela altura, mas ficamos amigos em 15 minutos. É uma pessoa mágica. Independentemente de ter o capacete posto, no carro, ou quando está a conversar contigo nas boxes, têm uns olhos mágicos. Não sei como explicar, era como o Bruce, hipnotiza-nos".

"Quando o carro veio da Lola, e os motores da Ilmor, fomos testar para Laguna Seca e as coisaas até correram bem, até que a asa traseira se soltou. Mário voltou às boxes a pé, com uma parte do carro num lado, e a outra parte do carro do outro. descobrimos depois que a asa não tinha sido fixada propriamente, o que nos desagradou bastante. Mas nós consertamos o carro, fomos para a primeira corrida do ano em Long Beach e o Mário faz a pole. 

"Na pré-grelha, tou a andar com o Paul Newman, que era uma pessoa verdadeiramente amistosa, demos de caras com o George Harrison e o Tom Petty e ele diz: 'Depois da corrida, venham ter à nossa motorhome para bebermos um copo de vinho'. Então, o Mário vence a corrida, e eles aparecem. Foi uma festinha inesquecivel. A seguir, veio Phoenix, Mário estava outra vez na pole, mas desistiu com um problema mecânico. Depois, veio Indianápolis. Mario era o mais veloz ao longo de todo o mês, coloca-nos na pole-position, lidera grande parte da corrida, até que a dez minutos do fim, uma das valvulas interiores quebra-se. Não sabia se iria chorar ou vomitar."

"Estive na Newman-Haas por quase três anos. Eu era o 'manager', o Carl era o vendedor, vendia o negócio a todos que esatavam ao seu alcance, e o Paul era o relações públicas. Em 1989, decidi que iria colocar um segundo carro na equipa, e o Michael veio ter conosco. Fiquei a dirigir a equipa, mas entretanto, aparece uma carta vinda do sr. Ron Dennis: estaria interessado em voltar à McLaren? Sabe, não conhecia ninguém que tinha trabalhado com o Ron e tivesse voltado.

"No final, chegamos a um acordo, e apareci por lá em Suzuka, no final de 1989. Foi no fim de semana em que o Alain Prost bateu no Ayrton Senna, ele foi pela escapatória, e desclassificaram por isso. Depois disso, o Nelson Piquet disse aos comissários: 'Que raio vocês andam a fazer? É para isso que serve a escapatória, Vocês estragaram tudo'. O que é surpreendente, vindo do Piquet, porque como sabes, não havia amizade entre eles."

(continua amanhã)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Noticias: Newman-Haas encerra as suas atividades

A Newman-Haas anunciou esta noite o encerramento das suas atividades. Em comunicado oficial, a equipa anunciou aos seus fãs que os empregados da companhia ficarão libertos das suas obrigações profissionais a partir do dia 31 de dezembro. “O clima económico impede que a Newman/Haas Racing continue a participar no automobilismo a partir do ano que vêm” afirmou Carl Haas, dono e co-fundador da Newman/Haas Racing, no seu comunicado oficial.

A equipa, que fez uma temporada bem sucedida em 2011 com o veterano piloto catalão Oriol Serviá e o canadiano James Hintchclife, onde embora não tenha vencido qualquer corrida, conseguiu três pódios e o quarto lugar na classificação final, numa das melhores classificações da equipa desde a sua chegada à IndyCar Racing.

Fundada em 1983 pela fusão das equipas de Carl Haas e do ator americano Paul Newman, o objetivo era de dar uma equipa condigna ao italo-americano Mario Andretti. Este ficou até à sua retirada competitiva, dez anos depois, conseguindo pelo meio o título de pilotos em 1984. Pouco dpeois, em 1989, o seu filho Michael Andretti juntou-se à equipa e venceu novo campeonato em 1991, antes de passar em 1993 para uma curta aventura na Formula 1. O seu substituto nesse ano foi o britânico Nigel Mansell, que facilmente alcançou o título nesse mesmo ano.

A Newman-Haas tornou-se numa das potências da então CART, a par da Penske ou Chip Ganassi, ao longo dos anos 90 e inicio do século XXI, e permaneceu na CART mesmo após a sua divisão em duas, com o surgimento da Indy Racing League e posterior deserção das equipas acima referidas. A equipa, então recebeu outros pilotos, como os brasileiros Christian Fittipaldi, Cristiano da Matta (que venceu o título em 2002) e Bruno Junqueira, bem como o francês Sebastien Bourdais, que venceu os quatro últimos títulos da CART, entre 2004 e 2007.

Em 2008, com a fusão entre ambas as categorias e a categoria rebatizada de IndyCar, caiu de competitividade, com pilotos como o britânico Justin Wilson, o americano Graham Rahal e o japonês Hideki Mutoh, antes de recuperar algum do seu prestígio na temporada de 2011.

terça-feira, 2 de março de 2010

O piloto do dia - Mario Andretti (3ª e última parte)

(continuação do capitulo anterior)

Com a Formula 1 para trás das costas, Mario Andretti concentrou-se na CART. Correu em 1982 pela Patrick, mas no inicio do ano seguinte, era piloto de uma nova equipa que surgia no panorama americano: a Newman-Haas. Constituida por Carl Haas e pelo actor e entusiasta do automobilismo, Paul Newman, ambos tinham em comum o facto de gostarem de Andretti e de o ter nas suas fileiras, pois Newman e Haas não morriam de amores um por outro. Mas este era o inicio de uma aliança que existe até aos dias de hoje, e seria a equipa onde Mario Andretti iria passar o resto da sua carreira automobilistica. Em 1983, Andretti vence duas corridas e termina na terceira posição no campeonato.

Por esta altura, o seu filho Michael Andretti já se tornava num piloto de primeira linha, uma das esperanças americanas no automobilismo e digno sucessor do pai. Nesse ano, Mario e Michael alinharam juntos nas 24 Horas de Le Mans, a bordo de um modelo Porsche 956, com o francês Philippe Alliot, e terminaram a corrida no terceiro lugar.

Em 1984, a temporada corre melhor para Mario. Ganha na primeira prova da temporada, em Long Beach, e mais cinco corridas, entre os quais Road America, Meadowlands, e termina o ano com 196 pontos e o título da CART. Aos 44 anos de idade!

Durante o resto da década, mantêm-se competitivo, vencendo corridas e mantendo-se constante no pelotão da CART, mesmo contra nomes como Scott Goodyear, Danny Sullivan, Al Unser Jr., Rick Mears, Emerson Fittipaldi, o seu filho Michael, Arie Luyendyk, Teo Fabi e outros, naquilo que foi a fina flor do automobilismo americano.

Mesmo perto dos 50 anos, ainda perseguia uma nova vitória nas 500 Milhas de Indianápolis. Em 1985 esteve lá perto, quando foi segundo, batido apenas por Danny Sullivan, que se tinha despistado à sua frente a meio da corrida, perdendo tempo, mas não batendo no muro de protecção. Em 1987, Andretti dominou quer os treinos, quer a corrida até à volta 179, quando desistiu com um motor partido. "Mario is slowing" tornou-se num dos mais famosos bordões de Indianápolis.

Em 1989, a Newman-Haas contrata o seu filho Michael para companheiro de equipa, fazendo com que acontecesse algo inédito: pai e filho corriam juntos pela mesma equipa. A dupla era imbatível e em 1991, Michael torna-se campeão da CART, no mesmo ano que outro dos seus filhos, Jeff Andretti, também se estreasse na CART, sendo o "Rookie do Ano". Outro parente, John Andretti, venceu a corrida de abertura, em Surfers Paradise e terminou o ano na sétima posição do campeonato, imediatamente atrás do tio.

O título de Michael, em 1991, foi o suficiente para Mario começasse a procurar uma vaga para que o seu filho pudesse fazer a mesma coisa do que ele: andar na Formula 1. Foi algo que consegue em 1993, ao serviço da McLaren e ao lado do tri-campeão do mundo, o brasileiro Ayrton Senna. Contudo, contra um opositor de calibre, a temporada foi um fracasso e conseguiu apenas seis pontos e um pódio. Curiosamente, este foi em Monza, a terra natal do seu pai...

Por esta altura, e apesar de se sentir em forma e de vencer algumas corridas, o ocaso da carreira de Andretti estava a chegar. No inicio de 1994 decidiu que esta seria a sua última temporada. Não tinha sido uma decisão fácil, mas havia motivos, para além da idade: um acidente sério nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis de 1992, onde partiu ambos os tornozelos, e a convivência difícil com Nigel Mansell, seu companheiro na Lotus em 1980, como terceiro piloto, precipitaram a sua decisão. Não foi uma temporada para recordar, mas teve uma despedida digna.

Passada a vida activa na CART, tentou de novo o velho sonho de Le Mans. Em 1995, juntamente com o seu filho Michael, terminaram a corrida no segundo lugar da classificação, a melhor de sempre. Tentou sempre a sua sorte até 2000, data da sua última passagem pela maior prova de Endurance.

Entretanto, ficava perto do seu filho Michael na sua equipa Andretti Racing, e no inicio de 2003, surpreendeu tudo e todos ao ser escolhido como piloto de testes nas 500 Milhas de Indianápolis, no carro do brasileiro Tony Kanaan. Andretti até se portou bem até aos dia 24 de Maio desse ano, quando ia na recta oposta, atrás do carro do sueco Kenny Brack. Uma peça do carro de Brack soltou-se, passando por cima do carro de Andretti, catapultando-o e dando várias piruetas no ar. Por sorte, esta caiu com as quatro rodas no chão e Andretti saiu ileso. Mas esta tinha sido a sua última vez em Indianápolis.

Resta a ele gozar a reforma e a receber os galardões que merece, na pátria que adoptou. Em 2000 foi eleito o Piloto do Século nos Estados Unidos e faz parte do International Motorsports Hall of Fame, o National Sprint Car Hall of Fame e o Motorsports Hall of Fame of America. Seis anos depois, foi a vez da Itália o concecorar, ao conceder-lhe o "Commendatore dell'Ordine dall Merito della Republica Italiana". Tal como Enzo Ferrari, agora Mario Andretti pode ser tratado como... Commendatore.

E nesse ano surgiu a terceira geração do clã Andretti. Então com 19 anos de idade, Marco Andretti participou na IRL pela equipa do pai, onde termina a corrida no terceiro posto, tornando-se "Rookie do Ano", título ganho pelo seu pai e seu avô. Marco Andretti é visto como um valor de futuro, e claro, a ideia de seguir os passos do avô e do pai na Formula 1 não deve fugir de algumas pessoas... pelo menos, já testou com um carro desses.

Fora das pistas, Mario Andretti tem os seus hobbys, que vão desde ser co-proprietário de uma vinha na Napa Valley californiana, até testar carros para as revistas "Car and Driver" e "Road & Track". Em suma, com 70 anos, Andretti goza a reforma de um campeão.

Fontes:

http://www.andretti.com
http://www.marioandretti.com
http://en.wikipedia.org/wiki/Mario_Andretti
http://www.grandprix.com/gpe/drv-andmar.html
http://jcspeedway.blogspot.com/2010/02/super-mario.html

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Outro assunto do momento

Milka Duno é venezuelana, bonita e tal, mas como corredora, é mediocre. Mas tem uma vantagem: dinheiro. E com os petrodólares da Citgo, o nome que a patrolifera venezuelana tem nos Estados Unidos, conseguiu um ligar na Newman-Haas-Lanningan (N/H/L). Como alguns puristas dizem, Paul Newman deve estar a dar voltas no caixão... vi a noticia no Blog do Felipão.


Mas a N/H/L vai correr em 2009 com três carros (e não dois, como disse inicialmente), e para além de Duno, um segundo carro vai estar nas mãos do holandês Robert Doornbos, e outro nas mãos de Graham Rahal. E agora pergunto: sendo ela uma má piloto (não me recordo de nenhuma classificação no "top ten", para vos ser honesto), estando ela numa das equipas mais tradicionais do pelotão, vai fazer dela uma... "vencedora"? Tenham dó... se querem uma mulher que possa competir com a Danica, então iam buscar a Ana Beatriz (Bia)Figueiredo!