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terça-feira, 21 de maio de 2019

A comédia de erros da McLaren na Indy 2019

Já se passaram dois dias sobre o que muitos consideram um vexame: a não qualificação de Fernando Alonso para as 500 Milhas de Indianápolis de 2019 através da McLaren. Já houve consequêcias: Rob Fernley foi demitido do seu lugar e todos admitem que confiar na Carlin para fazer a preparação foi um erro grave, pois esta equipa tinha pouca preparação em ovais, em vez de confiar, por exemplo, na Ed Carpenter Racing. 

Contudo, esta segunda-feira, surgiu um artigo da agência de noticias Associated Press, assinado por Jenna Fryer, onde se fala naquilo que muitos já indicam como uma "comédia de erros", admitidos por Zak Brown. E se confiar na Carlin é uma coisa, outra é, por exemplo, procurar por um volante adequado no dia do teste no Texas, que só foi conseguido depois de o próprio Brown ter pedido um à Cosworth.

E os problemas da Carlin não foram só esses. Quando assinaram o contrato, iriam cuidar de três carros: os deles, de Max Chilton e de Charlie Kimball, e o McLaren. Contudo, quando a Harding faliu, ficaram com o carro do mexicano Pato O'Ward, fazendo com que a operação inchasse e ainda sobraria tempo para o carro da McLaren. A Carlin é pequena demais para tanto carro e cedo ficou sem tempo para cuidar do carro laranja. Zak Brown lamenta agora que deveria ter seguido com mais atenção.

"Estava claro que a Carlin não era capaz de cuidar de três carros e ainda mais o nosso", começou por admitir. "Eu deveria ter ficado mais próximo da IndyCar, mas não poderia nunca comprometer a Formula 1. No primeiro teste, quando chegamos um pouco atrasados para acompanhar, foi ali que perdemos a qualificação. Não despertamos na hora certa, poderíamos ter nos recuperado depois daquele primeiro teste. Fico zangado comigo mesmo por não ter seguido meu instinto e acompanhado isso de mais perto", prosseguiu.

Mas outro erro, um pouco ridículo, teve a ver com a cor do carro reserva. Veio em laranja, mas não... no "papaya orange", o que fez com que fosse pintado de novo. E pior: ficou na pintura por um mês, e ainda lá estava, em fila de espera, quando Alonso bateu no muro na quinta-feira. E com os condicionantes relacionados com o tempo fizeram com que perdessem dois dias, que teriam sido preciosos. 

E na pista, os outros defeitos vieram à superfície: falta de velocidade de ponta, alguns problemas mecânicos e a batida na quinta-feira que fez perder dois dias preciosos. E durante esses dois dias que cometeram novo erro, esse... um pouco mais compreensível, pois são de fora. Na quinta-feira, depois da batida, Zak Brown e Gil de Ferran correram pelas boxes de Indianápolis procurando por peças novas para meter no carro de Alonso, e iriam também colocar acertos novos no carro para ver se tinham uma melhor velocidade para evitar o "Bump Day". Mas depois descobriram que o acerto era errado... porque eles fizeram nas medidas métricas, em vez as imperiais. 

"Nós tínhamos um carro para 229 milhas por hora (368,5 km/hora), mas estávamos a 227.5 milhas por hora (366,1 quilómetros por hora), quase conseguimos mesmo assim. A gente estava muito ansioso, existia um quê de heroísmo na tentativa que fizemos. Não quero que as pessoas achem que nós somos um bando de idiotas na McLaren, temos estrelas por aqui. Sinto na obrigação [de explicar o que sucedeu] aos fãs e patrocinadores. Não cumprimos o prometido e precisamos mais do que pedidos de desculpas. Isto vai ter repercussão negativa e queremos aprender com isso. Espero que as pessoas gostem do nosso esforço, somos corredores, Fernando é uma estrela e não vamos fugir. Queremos voltar.", prometeu Brown no final da entrevista.

Assim sendo, esta comédia de erros teve consequências: McLaren e Alonso verão as 500 Milhas do próximo domingo na televisão ou na pista, como toda a gente. Não poderemos dizer que foi só a arrogância, mas também a imensa negligência que esta aventura foi encarada, e ficaram com ideias erradas depois de terem corrido em 2017 com uma equipa bem apetrechada como é a Andretti Racing. A IndyCar não é a Formula 1, este é um mundo à parte e não é qualquer ovni que aterre aqui, ainda por cima numa prova como são as 500 Milhas e vai logo para a pole-position ou para o Fast Nine. Aliás, a diferença entre o topo e o fundo deveria dizer muito: um erro e acabas de fora. E foi o que aconteceu.

Esperemos que aprendam a lição. A Juncos, pequenissima equipa que há dois anos estava na Indy Lights, esforçou-se bastante para colocar Kyla Kaiser na 33ª e última posição, fazendo uma média quase meio quilómetro mais veloz que o piloto espanhol. E falamos de uma equipa que, poucas semanas antes desta prova, tinha ficado sem os seus patrocinadores principais. O que fizeram ofi um feito e tanto.

A McLaren voltará, não se sabe se em 2020 ou mais tarde, mas de certeza que voltará, disposta a dar o seu melhor, e Alonso quererá alcançar a "Tripla Coroa" do automobilismo. Tem uma reputação a defender.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Indy Car Series: McLaren despede Rob Fernley

A eliminação de Fernando Alonso das 500 Milhas de Idianápolis já causou consequências dentro da McLaren. Bob Fernley, antigo diretor técnico da Force India e que tinha sido contratado para abrir caminho da equipa de Woking na competição americana, acabou por ser despedido devido aos eventos de ontem no "Bump Day" da competição deste ano. A noticia veio da Associated Press.

Isto veio na sequência de noticias afirmando que apesar de Zak Brown ter dito que não iria comprar algum lugar para meter Alonso correr na corrida, houve conversações preliminares nesse sentido, que foram interrompidas pela intervenção do próprio piloto espanhol, afirmando que não pretendia correr dessa forma, mas sim pelo seu próprio mérito.

A ideia inicial era que a McLaren entrasse nas 500 Milhas com o seu próprio carro este ano, como ponta de lança para uma participação a tempo inteiro a partir de 2020. Contudo, a McLaren confiou a preparação do carro à britânica Carlin, que não tem muita experiência em ovais, e viu todos os seus carros, menos um, no Bump Day, mostrando o fracasso da opção escolhida. Tanto que ontem, antes de Alonso ter a sua última tentativa, foram vistos elementos da Andretti Racing nas boxes para colocar amortecedores usados pela equipa para tentar ficar a salvo na grelha de partida.

Assim sendo, em tempo de rescaldo, a McLaren irá tentar refazer muita coisa para que na próxima temporada, continue com os planos para se implementar na competição americana, caso estes não sejam adiados, o que é uma possibilidade. E resta saber quem escolherão para o lugar de Fernley.


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Noticias: Bob Fernley lidera projeto da McLaren na IndyCar

Bob Fernley, antigo diretor da Force India, vai liderar o projeto da McLaren Racing na IndyCar. A ideia inicial é preparar a equipa para as 500 Milhas de Indianápolis do próximo ano, mas mais adiante, também será para preparar o projeto de entrada a tempo inteiro na categoria americana. Fernley, de 65 anos, não é novo na categoria, pois ganhou experiência nos anos 80, quando a IndyCar chamava-se CART.

"Voltar para o Brickyard será uma experiência muito especial para mim e tenho orgulho de liderar este projeto e a equipa da McLaren", começou por dizer Fernley, que reportará diretamente a Zak Brown.

"As 500 Milhas são um grande desafio e temos concorrentes incrivelmente fortes para superar se quisermos ter sucesso. Vamos precisar nos preparar bem para o mês de maio e esse trabalho começa agora.", concluiu.

Para Zak Brown, a chegada de Fernley será excelente para a liderança da equipa neste novo projeto. "Bob é um operador fantástico e alguém que eu respeito muito", começou por dizer Brown."Sua experiência e liderança serão essenciais para nós neste projeto. Ele é particularmente talentoso em colocar equipes efetivas juntas e extrair o máximo desempenho com recursos finitos", continuou.

"As 500 Milhas não são uma corrida fácil e Bob tem um papel fundamental, por isso estou muito feliz por ele estar a bordo.", concluiu.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Horner: "O escudo precisa de ser melhorado"

A apresentação do "escudo", o sistema de segurança que a FIA quer testar nesta temporada e do qual Sebastian Vettel andou a experimentar no fim de semana do GP da Grã-Bretanha, resultou e reações interessantes no meio da Formula 1. Alguns são contra, outros a favor, mas boa parte deles disse que esse é um sistema que precisa de melhoras, como disse Christian Horner, o patrão da Red Bull. 

"Com base nos comentários que eu li do Sebastian, não parecia ser [uma coisa] muito popular", disse Horner a jornalistas após a corrida de domingo. "Parece prematuro neste momento para apresentar para o próximo ano. Estou certo de que será discutido no grupo de estratégia na [reunião de] quarta-feira", concluiu.

Bob Fernley, o diretor adjunto da Force India, e que participará da reunião de quarta-feira do Grupo de Estratégia em Genebra, disse que os regulamentos técnicos para 2018 já prevêem o "halo" ou o "escudo".

"Estamos empenhados em fazer algo, é apenas uma questão de qual direção decidimos tomar", disse ele à Reuters na terça-feira. "Isso está em discussão para amanhã", continuou.

"A melhor solução provavelmente seria partir da base do 'escudo', continuar a trabalhar nela e apresentá-la como e quando estiver aperfeiçoada", acrescentou Fernley. "Nós apenas temos que tomar uma decisão sobre qual nós vamos [adotar] quando avaliarmos completamente", concluiu.

Fala-se que a FIA poderá voltar a testar o sistema em Monza, antes de tomar uma decisão em 2018, entre ele e o "halo".

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A admissão dos atrasos na Force India

Se nos últimos dias tenho falado dos rumores sobre a situação da Force India, hoje, o chefe-adjunto da marca. Bob Fernley, falou que as hipóteses de termos o VJM08 em Barcelona começam a ser diminutas, como que a confirmar os rumores sobre a situação real da equipa. É que já não vai ser na primeira bateria de testes em Barcelona, mas vai ser na segunda bateria, a acontecer a partir do dia 26 deste mês. Na primeira série, ainda com o carro de 2014, vão testar novos componentes e os novos pneus da Pirelli.

"Dada a quantidade de trabalho e os tempos envolvidos, parece mais difícil participar do primeiro teste em Barcelona. Todo mundo está se a esforçar para fazer acontecer, mas é bem mais provável que o VJM08 ande apenas no teste final em Barcelona", começou por dizer à Autosport britânica. 

"Isso significa que vamos usar o carro de 2014 no próximo teste. A quilometragem do VJM07 vai nos permitir a utilizar os compostos de 2015 da Pirelli", continuou.

Apesar de admitir os atrasos, Fernley assegurou que o carro estará pronto em Melbourne para o primeiro Grande Prémio da temporada. "Estaremos em Melbourne para o começo da temporada, não há dúvida. Sim, os testes com o novo carro serão limitados, mas estamos fazendo todo o possível para nos certificar de que cheguemos na Austrália em forma razoável e com tanta quilometragem quanto conseguirmos", começou por referir. 

"É verdade dizer que o custo está no pico nessa época do ano e somos dependentes de um grande número de fornecedores. Apesar de algum atraso na produção, o chassi está entregue e e passando pelos estágios de preparação. Nós ainda estamos esperando alguns dos componentes de 2015, mas começamos o processo de construção do carro", concluiu.