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terça-feira, 10 de maio de 2016

TCR Portugal: José Rodrigues apresenta o seu projeto... benfiquista

A poucos dias da estreia do TCR em Portugal - sob a capa do Campeonato Nacional de Velocidade (CNV), José Rodrigues fará uma temporada ao volante de um Honda Civic da GEN Motorsport, e terá um apoio especial. O do... Sport Lisboa e Benfica. 

O piloto de 26 anos - que teve uma passagem pelo Troféu Abarth 500 - estava naturalmente satisfeito. "A ambição será sempre vencer. Corrida a corrida terei os olhos postos na vitória. Se assim não fosse, não estaria no Nacional de Velocidade, que será dos mais fortes dos últimos anos", comentou.

Já o vice-presidente do clube para as modalidades, Domingos Almeida Lima, explicou a razão pelo qual apoiou o projeto: "Escolhemos os melhores. Não tem em vista uma reorganização da secão motorizada, algo que o Benfica já teve no passado e neste momento está suspensa, é um apoio pontual. As excelências andam de mãos dadas e os atletas de excelência podem sentir o apoio do SLB. Enquanto as partes entenderem que é útil", explicou, em declarações captadas pelo jornal A Bola.

Não é a primeira vez que o Benfica apoia o automobilismo e o motociclismo nos últimos anos. Já apoiou o motociclista Paulo Gonçalves nas suas aventuras no Dakar - pelo menos desde 2014 - e já colocou o seu emblema no carro de Bernardo Sousa, em 2014, quando este correu no WRC2 ao volante de um Ford Fiesta RRC.

O CNV/TCR vai se estrear no próximo fim de semana, em Braga, numa jornada dupla que também acontecerá em Vila Real (26 de junho) Portimão (9 e 10 de julho), Jerez (6 de novembro) e Estoril (26 e 27 de novembro)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Mais um piloto benfiquista

André Rodrigues poderá ser um novato nas andanças dos ralis portugueses, e neste fim de semana irá estrear-se no Rali Cidade de Guimarães aos comandos de um Citroen DS3 R1, integrado no Challenge com a mesma sigla, incentivado pela marca francesa. Mas o que têm André Rodrigues de especial é que. para além de ser navegado por Hugo Magalhães, navegador de Bernardo Sousa, é que é patrocinado pelo Sport Lisboa e Benfica. Sim, o clube de futebol, que também patrocina Bernardo Sousa na sua aventura nos ralis, e apoia Paulo Gonçalves no Dakar.

O comportamento da viatura é muito bom. Conhecemos o histórico do carro e nas provas em que já participou este ano demonstrou ser fiável. Porém, não podemos esquecer que esta é a minha primeira prova e não posso estar a definir metas sem antes saber o andamento dos outros pilotos. Vamos aproveitar este primeiro rali para sentir melhor o carro na estrada e na próxima prova, quem sabe, prometer a luta pela vitória", referiu o piloto em declarações à Autosport portuguesa.

Saber que iria contar com o Hugo neste rali veio dar um novo folego ao projeto. A experiência dele é incrível e isso sente-se na estrada, a cada curva. Ele conhece bem o local da prova e a experiência que possui dos ralis internacionais em que participa vai ser importante para a minha estreia”, continuou.

O apoio institucional do Benfica é para o piloto uma grande prova de confiança que tudo fará para retribuir. “A minha ligação ao Benfica é importante e quero retribuir essa confiança na estrada. Espero que os sócios e adeptos do Benfica venham assistir ao rali e tragam os cachecóis, camisolas e bandeiras e contribuam para colorir ainda mais as estradas por onde irá passar esta competição”, concluiu.

É certo que ele não vai lutar pela vitória na geral, mas espera-se que faça boa figura num rali essencialmente disputado em asfalto.

sábado, 3 de março de 2012

Extra-Campeonato: Futebol e uma estupidez chamada clubite

Primeiro que tudo, uma declaração de interesses: sou benfiquista. Gosto do Benfica, mas gosto mais de futebol. Quero ver um jogo de futebol, quero ver as coisas muito para além da "clubite", e desde há muito tempo que me convenço que os verdadeiros apreciadores de futebol são uma minoria muito pequena. Os restantes noventa e muitos por cento só gostam de futebol porque é para ver o seu clube ganhar, que é para gozar na cara dos outros no dia seguinte, no trabalho ou na escola.

Porque digo isto? Um pouco de história: quando somos miúdos, até ainda antes de ir para a escola, somos forçados a "escolher" pela sociedade à nossa volta. Começa em casa, com os nossos pais, depois são as outras pessoas, o nosso grupo de amigos, que nos forçam a dizer: estás conosco ou estás contra nós? É complicado, e depois alinhamos. É assim com o futebol, ou na igreja, ou noutro lado qualquer, quer seja aqui, na Grã-Bretanha, no Brasil ou na Conchinchina. E como o futebol é o desporto de massas, é assim que o mantêm vivo. Depois podemos apanhar a coisa no momento em que está na mó de cima, em que é a equipa vencedora. Alinhamos porque é a equipa que vence, a vitória no domingo faz alimentar o nosso ego e no dia seguinte, no recreio da escolha, encontramos o menino ou a menina "do contra" e gozamos na cara. É assim, é instintivo.

E a coisa mantêm-se tão viva que os "apreciadores de futebol", essa enorme massa, não vêm os podres da competição, uma delas é o facto da International Board não mudar as regras em relação aos árbitros e da inclusão da tecnologia para os auxiliar em situações duvidosas, como foras de jogo milimétricos ou bolas que entram dentro da baliza por centímetros e vão para fora, mas que não contam porque o árbitro ou o fiscal de linha não viu. Nesse aspecto, é como o Vaticano: não vê que a tecnologia mudou, evoluiu e não deseja acompanhar os tempos, para não estragar a essência do "beautiful game". Gostam de polémica, porque assim, mantêm as rotativas a funcionar, e fazem com que as pessoas falem de futebol por dias a fio.  

O famoso lance de hoje à noite, do 3-2 a favor do Porto, de facto é marcado em fora de jogo, mas é daqueles milimétricos. Umas vezes marca-se, outras não. Os árbitros são humanos e erram. Andei a noite toda a ver no Facebook as asneiras que se leram por ali, e só confirma a cada dia que passa, a minha teoria de que mais de 90 por cento não sabem ver futebol. Não sabem. Não no sentido de ver o fora de jogo, que existe, mas no sentido de colocar as mãos à cabeça e pensar: "espera aí, se a TV vê e o fiscal de linha não, quem vou confiar? Na TV. E se a TV marca melhor os fora de jogo que o árbitro, então o que é que estão ali a fazer? Mais valia meter um sensor para acompanhar as jogadas de ataque e assinalar os fora de jogo, por muito milimétricos que sejam". 

Caso resolvido, certo? Errado. A FIFA sabe disso tudo, mas não quer, não lhes interessa. Os burros somos nós, que não nos revoltamos, não nos organizamos, não fazemos "lobby" para mudar as coisas por lá. Somos cegos nos nossos "clubites". Cegos nos benfiquistas que perdem, ao afirmar que a culpa é do árbitro ou do fiscal, quando esquecem que na realidade, se perdeu o jogo a partir do momento em que o Jorge Jesus tirou o Aimar no campo, o único pensador de jogo que o Benfica tem. A expulsão do Emerson e a recuperação do Porto são meras consequências.

Mas como digo, não querem ver isso. Perferem dizer que "a culpa é do fiscal de linha", o que me aborrece bastante e me faz dizer asneiras. O que eles quererão fazer com isto? Protestar na Liga de Futebol? E depois? Querem a repetição do jogo? Anular retroactivamente o golo? Repetir o jogo? Que querem? Cegos na sua clubite, não se consciencializam que só estão a fazer figura de parvos, que não interessa como, o resultado é este e não há volta a dar.  

Mas os portistas que não se riam muito porque também são cegos na sua clubite. Lembram-se todos os dias, é certo, que devem tudo o que são ao Pinto da Costa, mas a esmagadora maioria pensa que ganham os campeonatos e as taças por "intervenção divina do Papa". Tendem a esquecer que tem um grande departamento de futebol, construído durante ano a fio, que sabe ler as necessidades e neste mercado de Inverno, foram às comparas. Trouxeram o Lucho Gonzalez e arranjaram o Janko, "o pinheiro" que o Paulo Sérgio implorava no inicio da época passada no Sporting. Sabem ler o mercado, e vai ser assim, enquanto não chegar o dia em que o Roman Abramovich não aparecer no Estádio das Antas com um camião cheio de dinheiro para os comprar. Até lá, sou o primeiro a reconhecer que os campeonatos e as taças já tem um destino traçado, pelo menos em oito das dez vezes. Para esta geração, o F.C. Porto é o maior, e daqui a  menos de dez anos passará o Benfica em numero de campeonatos e taças. 

Adeptos? Talvez daqui a duas gerações. Mas só se mantiverem a pedalada, o que realisticamente não acredito. O Pinto da Costa não bebeu a poção da imortalidade, o Antero Henrique não bebeu a poção da imortalidade, tal como o José Maria Pedroto não bebeu, e como todos os outros clubes, corre sempre o risco de "guerra civil", quando desaparecer a "cola" que os mantêm unidos. E sem colas, ou parafusos, não há estrutura que aguente. 

E a mesma coisa acontece no Benfica: o Luis Filipe Vieira é um génio de finanças e "marketing". Mas tem um obstáculo formidável pela frente, e já viu que será muito dificil derrubá-lo. E vai rezar para que o Pinto da Costa vá primeiro do que ele. Sim, estou há muito tempo convencido disso: ambos os presidentes ficarão nos seus lugares de modo perpétuo. Sairão dos seus cadeirões no dia em que morrerem, quais Kim-il Sungs de trazer por casa. Os dois principais clubes de Portugal mais se assemelham, por estes dias, a um Vaticano ou se perferiem, Pyongyang.

No final, digo isto: se acabarem no primeiro lugar, para mim, deveriam dar a taça não ao Vitor Pereira, mas sim ao Antero Henrique, o chefe do departamento de futebol do Porto. Este treinador é um "idiota útil", porque na realidade, só prova que é a máquina do Porto que ganha. Podem meter quem quiser, até o macaco Adriano, que já sabemos quem no final do ano irá levar as faixas. Embora diga esta noite que ele hoje arriscou... e ganhou. A próxima vez que Vitor Pereira viverá uma coisa destas vai ser quando treinar um Recreativo do Libolo ou a Liga Muçulmana, porque não é um treinador excepcional. Nem é um treinador por ali além. Aliás, é o ex-adjunto do André Villas-Boas, outro exemplo acabado da velha frase do Mário Wilson, mas aplicado ao FCP: "Qualquer um que treine o Porto, arrisca-se a ser campeão". Oito em cada dez vezes, isso é real. 

Quanto ao outro lado... não quero dizer nada, por enquanto. Só digo isto: terça-feira há o jogo com o Zenit. Veremos como o Benfica reagirá a mais este desaire. Espero que o Jorge Jesus consiga refletir sobre este tempo que vive e como sacudir esta crise. Porque caso contrário, será o Nigel Mansell dos treinadores do Benfica: podia ganhar todos os campeonatos, mas vai perder mais do que ganhou. 

Espero estar enganado. 

No final, parabéns ao Porto, porque os vencedores são o que são porque lutaram para conseguir. E tiveram sorte no final. Fico triste pelo Benfica, porque não merecia perder. E sempre que isto acaba assim, lembro-me daquela velha frase que o Gary Lineker disse, num calorento dia de junho de 1990: "o futebol são onze contra onze e no final ganha a Alemanha".

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

The End: José Torres (1938-2010)

O Destino gosta de pregar estas partidas: no dia em que a Selecção joga o seu primeiro jogo de qualificação para o Europeu de 2012 é o mesmo em que José Torres, o "Bom Gigante" decidiu sair da vida para passar à história, aos 71 anos e depois de estar a sofrer da Doença de Alzheimer há quase dez anos.

Dizer que foi um dos melhores da sua geração é ser um pouco redutor. Dizer que venceu nove campeonatos nacionais e ter emparelhado com Eusébio na que foi, talvez, a melhor dupla atacante de sempre do futebol português, é talvez ser modesto. Mas se acrescentarmos três finais europeias e um terceiro lugar no Mundial de 1966, em catorze anos de passagem pelo Benfica, talvez as gerações mais novas fiquem com uma boa ideia da importância que foi este jogador, que tinha 1,91 metros num país de "baixinhos" como foi o nosso.

Nunca o apanhei como jogador, apesar de saber que jogou até aos 42 anos em clubes como o Vitória de Setubal e o Estoril, mas apanhei-o mais tarde, como seleccionador nacional. Achei um pouco estranho ver alguém sem grande experiência de banco em algo tão importante como a equipa nacional. Mas apanhei. E ouvi-lo a dizer "deixem-me sonhar", nas vésperas de um jogo impossível como era o que iam jogar contra a Alemanha Ocidental, que não perdia em casa desde 1950, era mesmo um sonho. Até aquele remate impossível de Carlos Manuel e o consequente carimbo para o Mundial de 1986, no México. Fez o impossível... para depois estragarem tudo.

Mas agora não é hora de recriminações. É hora de recordar o seu talento e as suas contribuições para o futebol português. Ars lunga, vita brevis.

domingo, 9 de maio de 2010

Extra-Campeonato: E vão 32!

Cheguei agora a casa, depois de ver as celebrações nas ruas da minha cidade. E quando falo da minha cidade, falo de todas as cidades deste Portugal: de facto, ver o Benfica campeão nacional, depois de cinco anos de ausência, é um feito. Foi o culminar de um ano em que ganhou o melhor clube, o que jogou melhor futebol. E ainda por cima, numa temporada onde apareceu um outsider chamado Sporting de Braga, que lutou pelo título até à última jornada, o que é fantástico.

Em qualquer praça central deste país existiram nesta noite, hordas de pessoas a comemorar este título. Não só o comemoram porque é o clube do seu coração, mas também porque foi o que praticou melhor futebol, que atraiu os portugueses e não só. A tática usada pelo seu treinador, Jorge Jesus, fez-me lembrar, em certos momentos, o "futebol total" á boa maneira holandesa. E isso resultou não só em vitórias, como em goleadas. Os 5-0 dados aos ingleses do Everton foram um bom exemplo para a Europa e o Mundo, para não falar de em termos de campeonato nacional, uns fantásticos 8-1 dados ao Vitória de Setubal, todos em casa.

No momento em que escrevo estas linhas, estão dezenas de milhares de pessoas na Praça Marquês de Pombal, no centro de Lisboa, esperando pela chegada do autocarro com os jogadores, treinadores, dirigentes e a mascote, a águia Vitória. Talvez o Sporting rivalize neste tipo de multidão, mas creio que nem mesmo o Futebol Clube do Porto, no seu local emblemático que é a Avenida dos Aliados, consegue colocar tanta gente durante tanto tempo como fez esta noite o Benfica. E não digo isso como adepto, mas mais como observador privilegiado, que já viu dezenas de festas como esta. É simplesmente uma demonstração da força e a mistica deste clube. São factos e não alucinações colectivas.

Aos vencedores, dou os parabéns, pois mereceram. Aos vencidos, espero que sejam dignos e pensem que para o ano volta tudo à estaca zero: dezasseis clubes aspirando ao título nacional, ano após ano.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

The End: Robert Enke (1977-2009)

O antigo guarda-redes do Benfica, e actualmente a defender a baliza do clube Hannover 96, Robert Enke, morreu esta noite na Alemanha, aos 32 anos de idade. As circunstâncias ainda não estão totalmente esclarecidas, mas fala-se que tenha cometido suicidio, ao atirar-se para a a linha no momento em que passava um comboio. "Posso confirmar-me que se tratou de um suicício. O Robert suicidou-se pouco antes das 18 horas. Os detalhes serão transmitidos numa conferência de imprensa na quarta-feira, em Hannover", afirmou Robert Nebeling, amigo e empresário do guarda-redes alemão.

O presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira, lamentou o sucedido: "Há notícias na vida que pela sua dureza nos chocam, a morte de Robert Enke é, sem dúvida, uma delas. Nunca ninguém está preparado para enfrentar o desaparecimento físico de alguém com quem conviveu e de quem guarda boas memórias. Mas quando a tragédia atinge alguém com a idade de Robert Enke, a frustração é ainda maior", pode ler-se na nota publicada à imprensa. Quem também já lamentou o sucedido foi o seleccionador alemão Joachim Löw: "Quando soubemos da morte de Enke foi um choque". "Estamos sem palavras, estamos consternados", afirmou.


A noticia da sua morte espalhou-se rapidamente nas redes sociais. No Facebook criaram-se logo três grupos de fãs para o homenagear, enquanto que no Twitter, já chegou a ser um dos topicos mais frequentes da noite. E à porta do estádio do Hannover, centenas de pessoas estão a homenageá-lo com velas, fotos e flores. Como benfiquista que sou, era daqueles que tinha imensa simpatia, pelo seu caractér e pelo facto de ser um excelente profissional, do qual tive pena que ele tenha vindo numa das piores alturas da história do clube. Caso as circunstâncias fossem outras, acho que ainda estaria aqui, se calhar como titular...


Também tinha outras caracteristicas particulares: era amigo dos animais (tinha recolhido alguns cães abandonados em casa, quando estava em Portugal), e era um destacado militante ecologista, pois vivia numa quinta nos arredores de Hannover e tinha dado a cara pela PETA alemã, contra a crueldade sobre os animais.


Robert Enke nascera a 24 de Agosto de 1977 em Jena, na antiga RDA. Representou o Carl Zeiss Jena nas camadas jovens, e quando chegou à idade de sénior, transferiu-se para o Borussia Monchengladbach, onde esteve até 1999, altura em que terminou o seu contrato. Nessa altura, transferiu-se a custo zero para o Benfica, onde enfrentou a concorrência do então guarda-redes Michel Preud'homme, então com 40 anos. Esteve durante quatro épocas no clube, então treinado pelo seu compatriota Jupp Heynckes, numa das piores alturas em que este atravassava, afastado dos títulos e a sair da má experiência que foi o consulado de João Vale e Azevedo.


Enke ficou até 2002, altura em que foi para o Barcelona, onde não teve chances de brilhar. Aliás, ficou notoriamente marcado por um jogo da Taça do Rei, contra o Novelda FC, sofrendo golos de modo infantil, e acabando fora da competição. Anos depois, disse que ser guarda-redes do Barcelona "era o sitio mias dificil de estar na Europa. Assim sendo, foi emprestado, primeiro para o clube turco Fernerbaçe, onde jogou apenas uma vez, perdendo contra o Istambulspor por 0-3, e sendo insultado pelos próprios adeptos. Depois foi para o Tenerife, onde teve poucas chances. Em 2004 foi para o Hannover 96, clube que representava actualmente, e era o titular absoluto do clube, jogando 164 jogos desde então.


Aos 29 anos, em 2006, Enke chegou finalmente à baliza da selecção alemã, lugar onde já tinham passado, entre outros, Sepp Maier, Harald Schumacher e Oliver Kahn, entre outros. No final, acumulou oito internacionalizações, e apesar de ter estado afastado nos últimos tempos, o seleccionador nacional Joachim Löw, considerava-o para os 23 convocados para o Mundial do ano que vem, na Africa do Sul.


Entretanto, a sua vida pessoal tinha sido gravemente afectada há três anos, quando a sua filha, então com dois anos morrera, vitima de um defeito congénito no coração. Este ano tinha adoptado uma filha, e desde Setembro que se encontrava afastado dos relvados devido a um virus detectado no seu estômago, mas aparentemente, os médicos do clube já lhe tinham dado o seu OK para o regresso. Ars lunga, vita brevis.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Extra-Campeonato: O imparável Sport Lisboa e Benfica

Não me meto com o futebol, porque sei perfeitamente que o "desporto de massas" é constituido por dois tipos de adeptos: os que gostam do seu clube e os que odeiam os outros. Raros são os verdadeiros adeptos de futebol, e que sabem as regras devidamente. Já houve alturas que detestei, e já jurei que nunca falaria de clubes, especialmente do meu, porque neste meu país provoca os festejos de muitos e a azia de muitos mais. E depois, este é um blog de automobilismo, e neste país, 85 por cento dos blogs desportivos tem a ver com futebol ou do clube que mais gostam.


A unica excepção tem a ver com a Selecção Nacional, mas esta de momento está num processo dificil de apuramento, onde conseguiu com dificuldade e graças à ajuda de outros, a qualificação para o "playoff" contra a Bósnia-Herzegovina. Só lá para o meio de Novembro é que vai tentar resolver a sua situação, espero que favorável para as nossas cores, e que consigamos o passaporte para a Africa do Sul.


Mas a excepção de hoje tem a ver com o clube do qual sou adepto desde os meus nove anos: Sport Lisboa e Benfica. Desde que venceu o título de 1994, o clube mergulhou numa crise que demorou imenso a sair dela. Desde então, só conseguiu um título de campeão nacional, duas Taças de Portugal, uma Taça da Liga e uma Supertaça. O máximo que conseguiu em termos europeus foi uns quartos de final da Liga dos Campeões em 2006, onde caiu aos pés do Barcelona, que foi em frente para vencer o título daquele ano.


Desde há muito tempo que não conserva um treinador por mais do que um ano, um ano e meio. E já deu gigantescos tiros nos pés, como quando no final de 2000, correu com um jovem José Mourinho, poucos dias depois de um monumental vitória de 3-1 sobre o Sporting. E quem aproveitou isso tudo? Futebol Clube do Porto. Entre 1995 e 2009 só não ganhou em quatro ocasiões: dois para o Sporting (2000 e 2002) Boavista (2001) e o Benfica, em 2005.


Nesse periodo, o clube do Porto chegou ao pinaculo da Europa, vencendo consecutivamente a Taça UEFA (2003) e a Liga dos Campeões (2004) tudo graças ao dedo genial de José Mourinho. Em contraste, o Benfica arrastou-se por lugares mais ou menos secundários, chegou a nem participar nas competições europeias, esteve à beira do abismo graças às acções de um presidente, João Vale e Azevedo, um homem que se provou mais tarde ser um notório burlão. Neste momento está em Inglaterra, tentando evitar a todo o custo ser extraditado para Portugal onde iria cumprir várias sentenças, essencialmente por fraude e burla.


Mas aos poucos, parece que a maré mudou. O actual presidente, Luis Filipe Vieira, chegou ao poder em 2003, e o actual director desportivo, Rui Costa, uma velha glória do clube e que aprendeu muito a maneira como se gere em Itália (passagens por Fiorentina e AC Milan), gere o departamento desde que pendurou as botas em 2008. Esta época, depois de uma aposta mal sucedida em Quique Flores (irónicamente, namora com a modelo húngara Orsi Fehér, irmã do malogrado Miklos Fehér) decidiu fazer aquilo que é uma tendência nacional: apostar na "prata da casa".


Foram buscar ao Sporting de Braga um treinador de 55 anos chamado Jorge Jesus, com muita experiência na primeira e segunda divisão nacional, nem sempre com experiências bem sucedidas, mas que com os "Guerreiros do Minho", levou a equipa ao quarto lugar do campeonato, bem como a alguns feitos na Taça UEFA, chegando aos oitavos de final no ano anterior. Pegou em alguns dos jogadores, e apesar de ter deixado escapar o colombiano Falcao para o F.C. Porto, conseguiu dois bons jogadores ao Real Madrid: o espanhol Javi Garcia e o argentino Javier Saviola, que conjuntamente com o paraguaio Oscar Cardozo e o argentino Pablo Aimar, foram um tridente ofensivo potencialmente bom. Saviola e Aimar voltavam-se a juntar, após dez anos de ausência no River Plate.


Tinha as naturais expectativas de um inicio da época, e quando vi as vitórias nos jogos de pré-época e as taças conquistadas nos "Torneios de Verão", sorri, mas não dei muita importância. Dei mais importância quando os vi a passarem imensas dificuldades contra o Maritimo, do qual somente uma cabeçada salvadora do Weldon (seu velho conhecido no Belenenses) impediu o Benfica de arrancar o campeonato com uma derrota. Ganhou a seguir em Guimarães, mas apenas nos descontos, graças a uma cabeçada de Ramires.








Mas não tinha reparado atentamente no resultado do jogo com o Vorskla Poltava, para a nova Liga Europa, onde deram 4-0 e fizeram uma exibição de gala. E só voltei a reparar nas táticas de pressão, dos homens no segundo poste, na circulação de bola, nos cinco jogadores que partem para o ataque, e onde quase qualquer boa oportunidade resulta em golo, quando vi o 8-1 dados ao Vitória de Setubal, o 5-0 que deram ao Leixões, o 4-0 que deram ao Belenenses... mas pensei que seria com equipas mais modestas. Julgava que isso não aconteceria fora de Portugal, ou contra equipas mais fortes.










Mas não. Depois de darem 6-0 ao Monsanto, da II Divisão B, na Taça de Portugal, deram 5 ao Everton na Liga Europa (marcando três golos em pouco mais de cinco minutos!), e hoje à noite, deram mais seis golos (e anularam mais dois!) ao Nacional da Madeira, que impõe respeito a clubes europeus na mesma Liga Europa. Olho para aquele plantel, aqueles onze jogadores, aquele ataque de loucos, e eu, adepto benfiquista, pela primeira vez em muito tempo, começo a pensar: este é o plantel que arrisca-se a ganhar tudo? Mas MESMO tudo?


Essa é, obviamente, uma pergunta do qual só teremos resposta no final da época. Nos últimos três jogos, este clube marcou 17 golos, sofrendo apenas um. Jorge Jesus é um entendido de futebol, apesar de não ter um curso superior, como tem Mourinho. Aprendeu nos campos de futebol, como toda a gente. Mas é um apaixonado das táticas, ouviu todos os que lhe treinaram, e percebe da coisa como pouca gente. Não sabe falar bem, como Mourinho, mas não é arrogante e não se proclama como "O Especial". Perfere mostrar resultados, e aos 55 anos, deram-lhe aquilo que sempre desejou: treinar um grande. E este ano, o resto de Portugal, e a Europa em geral estão a descobrir Jesus e a ver o regresso à Europa de um gigante adormecido.


Onde isto acabará? Desconheço. No próximo fim de semana vai jogar con tra o Sporting de Braga, que este fim de semana perdeu os seus primeiros pontos na deslocação ao Rio Ave, e agora está igualado com a equipa da Luz, mas que é superado graças aos golos benfiquistas. O Braga, agora treinado por Domingos Paciência, antigo avançado do F.C. Porto, é a sensação do campeonato, mas não tanto, pois desde há algum tempo faz o papel de "quarto grande" e é o trampolim de treinadores para os Três Grandes. Antes de Jesus, Jesualdo Ferreira treinou o clube por dois anos, antes de uma curta paragem por Boavista e ingresso no Porto, onde ganhou três campeonatos.


O Braga já visitou e recebeu Porto e Sporting, e ganhou em ambos os casos. Desta vez, vai receber em sua casa o clube da Luz, num jogo onde os ingressos já esgotaram há muito, sinal do entusiasmo que este jogo está a causar. Se o Benfica superar o Braga, consolida o seu primeiro lugar e provavelmente afastarámais um pouco. Mas ainda não jogou com Sporting e mais importante, F.C do Porto. Esses serão dois embates decisivos. Se os superar, então, começo a acreditar que não só poderá ser campeão, como também, caso tenha tempo, continue a ter sorte e pontaria, arrisca-se a abrir um capítulo e ficar na história deste clube centenário. E espantar a Europa do futebol, mostrando que em Portugal há mais Mourinhos. Mas este tem nome divino.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Extra-Campeonato: Adiós, Camacho!

Pela segunda vez em menos de sete dias, estou a quebrar o juramento que fiz a mim mesmo, de que nunca iria falar sobre futebol nacional neste blog, a não ser que fosse a Selecção Nacional. Mas o assunto é grave: a saída de José António Camacho do comando técnico do Benfica, a oito jornadas do final de um campeonato com um vencedor antecipado desde Novembro: o F.C. Porto.



Como benfiquista, estou triste e desiludido por esta temporada. E a minha descrença pelo futebol português, já de si grande, piorou ainda mais com isto. A última vez que vi três treinadores a comandar este clube foi em 2000/01, e acabamos em sexto lugar, fora da Taça UEFA, e sem títulos. Este ano, temo que isso se repita...


Contudo, já esperava esta atitude de Camacho. Já tinha feito duas vezes, no Real Madrid, quando ele viu que havia demasiadas interferências na maneira como gerir o futebol profissional. E num plantel que tinha Galácticos como Luis Figo, Zinedine Zidane, David Beckham... Este ano, pensava que ele iria aguentar a época, e lutar para conquistar alguma coisa, mas no final fartou-se, viu o desalento nas caras dos jogadores, e viu que não estava ali a fazer nada. E aquele 2-2 contra o último classificado (que ironia, o clube da minha terra!) deve ter sido a gota de água para ele.



Agora, o Fernando Chalana vai aguentar o barco até ao final da época. É um homem da casa, logo, conhece bem os jogadores, pode ser que consiga jutar alguns dos cacos e salvar a época. Agora, tem que planear a próxima época, o que significa começar do zero, em muitos aspectos. Doi exemplos desse "zero": um substituto para Rui Costa, e um lateral direito de jeito, já que Luis Filipe e Nelson não servem...


Mas claro, José António Camacho não é o unico responsável pelo descalabro benfiquista. Luis Filipe Vieira, o nosso presidente, tem culpas no cartório, pois despediu Fernando Santos depois de um empate fora, na primeira jornada, com o Leixões, julgando que Camacho seria a panaceia para todos os problemas. No final, mais valia não ter mexido em nada. E agora, com Rui Costa a director desportivo, como vai ser? Vieira sabe que este é a ultima cartada que pode jogar, pois caso contrário, tudo de bom que fez desde 2003 (o saneamento financeiro, os novos sécios, o novo estádio...), pode ir tudo abaixo por causa do mesmo motivo: os resultados.



E sabem o irónico nisto tudo? É que estamos em segundo, ainda estamos na Taça UEFA e somos semi-finalistas da Taça de Portugal. Enquanto isso, o nosso rival da Segunda Circular, o Sporting, perdeu 2-0 com o Guimarães e é quinto classificado, atrás de Guimarães e Vitória de Setubal. E Paulo Bento continua... olha, façam como os Monty Python: assobiem para o lado fixe da vida!

sexta-feira, 7 de março de 2008

Extra-Campeonato: Hoje falo do Benfica!

Eu jurei um dia que nunca falaria sobre futebol neste blog, exceptuando a Selecção Nacional. Mas hoje decidi abrir uma pequena excepção, para falar do "meu" Benfica, e da sua prestação de ontem na Taça UEFA, contra os espanhois do Getafe.
Se vocês pensam que isto vai ser um chorrilho de "bocas foleiras" a falar mal do clube, do Camacho ou de outra coisa... esqueçam! Embora tenha mutas razões de queixa, meus amigos!

Primeiro que tudo: tenho que tirar o chapéu a Jose António Camacho. Não é qualquer um que está no banco de suplentes, a dar a tática, poucas horas depois de enterrar, em Albacete, o seu velho pai. Profissionalismo é uma coisa, mas isto bate muita gente aos pontos. É amor ao futebol e ao clube. A razão principal porque abri uma excepção ao meu veto futebolistico é porque nunca pensei ver um minuto de silêncio em homenagem ao pai de um treinador de futebol. Mas vi.

Segundo: já ando farto de ver azares, milagres, e forças divinas a mexerem com aquele plantel. Critico fortemente o gesto do Oscar Cardozo, mas ver o Luisão a ir para o banco aos 28 minutos, vítima de lesão, só me apetecia "fechar a loja" e voltar para o ano. E os golos do Getafe vieram. Naturalmente.

Contudo, porque é que ainda acredito neles? Porque tem capacidade de luta, não desistem nunca. E sempre acreditaram que marcar um golo mudaria as coisas para melhor. E ver o martirizado Pedro Mantorras marcar um golo, faz acreditar que na semana que vêm, em Getafe, nos arredores de Madrid, assistamos a mais um "milagre", poucas semanas depois do de Nuremberga...

Quanto ao campeonato... já não ligo. Com um vencedor antecipado, se nada mudar no ano que vêm, se calhar caminhamos para o mesmo. Só tenho pena de ver o clube da minha terra a caminho da II Divisão...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Extra-Campeonato: 21:25 da noite, 25 de Janeiro de 2004

O tempo voa, e quando damos por ela, já passaram quatro anos. Naquele Domingo à noite, não assisti ao jogo, por ser transmitido num canal codificado. Ouvi o relato na rádio, mas desliguei-o antes do golo do Benfica. Nem me recordava que aos 60 minutos, o treinador Jose Antonio Camacho metia Miklos Fehér no campo, em substituição de João Pereira, hoje a jogar no Sp. Braga. E que perto do fim, ajudou Fernando Aguiar marcou o golo da vitória.


Não vi nada disso. Estava no meu quarto, a ver um documentário do Discovery Channel sobre Nova Iorque. Fiu acordado para a realidade quando começo a ser bombardeado com SMS a dizer: "O que é que se passa com o Fehér?". Quando recebei a terceira ou quarta mensagem a perguntar a mesma coisa, foi quando saí do torpor.



Voltei a ligar o rádio, e a ouvir o desespero que tu entendias entre linhas, dos comentadores de serviço, que viram-no a cair. Eles e os 17 mil que lá estavam no estádio, desafiando a chuva e o frio, naquele 25 de Janeiro de 2004, no Estádio D. Afono Henriques, em Guimarães. Depois, as TV's que decidiram colocar, repetidamente até quase à nausea, os momentos entre a amostragem do cartão amarelo e ele a cair no chão, inanimado e provavelmente já morto.


Conseguiram revivê-lo momentaneamente, e levaram-no para o hospital da cidade, ali quase ao lado. À medida que os minutos passavam, era um país em espanto que ficava em suspenso: vive ou morre? Por volta das 10 e meia da noite, sentia que as coisas tinham levado a pior. Mandei um SMS com esses receios, e os que responderam alinhavam pelo mesmo. A confirmação da sua morte só aconteceu à meia-noite.


E de repente, o país desportivo esqueceu-se das suas quase estupidas rivalidades para se unir na dor de um jovem jogador, ainda por cima estrangeiro, como se fosse um deles. Isso espantou os próprios hungaros, que testemunhei numa conversa que tive com um deles, cerca de dois anos depois: ele me dizia que se ele jogasse num clube alemão, não teria visto nem um décimo do que nós fizemos... talvez por isso que haja agora muitos adeptos do Benfica na Hungria.


Eu vi um país em pranto. Vi filas de gente no Estádio da Luz, e coroas de flores a tapar o chão, onde estava o caixão. Vi jogadores unidos em pranto. Vi TV's a acompanharem o carro funerário que o levava de Guimarães para Lisboa. E os jogadores a chorar em unissono à volta do caixão. José Mourinho e Reinaldo Teles no Estádio da Luz a depositar uma coroa de flores. Uma loucura, no ano em que iriamos receber as selecções europeias...


Cheguei a ouvir portistas(!) a criticar Pinto da Costa pelo facto de não ter aberto a boca a lamentar a morte dele, pois ele foi um ex-jogador do F.C. Porto, que saiu de lá por divergências com o empresário que o representava. Mas também, desportivamente jogando, nunca "pegou de estaca" nem no Porto, nem no Benfica. E nesses dias, estava a ser negociado o seu empréstimo ao Marítimo...


E também cheguei a ouvir esta "estória": o realizador que estava a filmar esse jogo tinha gravado a queda de Fehér de frante (nós o vimos a cair de costas) e que tinha recebido ofertas milionárias (para cima de 50 mil euros) de TV's e jornais sensacionalistas para comprar a fita, para poderem ganhar "prime time" nos Telejornais e primeiras páginas nos seus pasquins. Ele simplesmente recusou o dinheiro e destruiu a fita. Ainda bem, poupou-nos a mais sofrimento.


Hoje passam-se quatro anos. Até aquele dia, o 25 de Janeiro era a data de aniversário de Eusébio da Silva Ferreira, o maior futebolista português de todos os tempos. Agora... o Benfica retirou para sempre a camisola 29, continuamos a falar de Fehér, mas não é Miklos, é Orsi, uma modelo famosa. Por uma incrível coincidência, amanhã joga-se um Guimarães-Benfica. O homem que queria Fehér no Marítimo, Manuel Cajuda, treina o Guimarães. O treinador do Benfica, que disse ao jornal Marca que aquele tinha sido um dos momentos mais tristes e impotentes da sua vida, está de volta: José António Camacho. Outra coincidência: O F.C. Porto prepara-se, tal como há quatro anos, para ganhar o título com grande avanço.


Coincidências a mais, não é? Espero que fiquem por aqui. Mas tenho de confessar isto: por muitos anos que viva, não vou conseguir esquecer aquele 25 de Janeiro, às nove e meia da noite...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Extra-Campeonato: Agitação no Benfica

Hoje falo do meu clube!

Depois do empate neste fim de semana com o Leixões, o presidente do Benfica resolveu despedir Fernando Santos, para substituir por José Antonio Camacho. Se este seria o resultado inevitável, depois de uma má época (terceiro classificado e pré-eliminatória da Champions esta época), porque é que Luis Filipe Vieira não correu com ele em Maio?


- Tinha medo do José Veiga?

- Se tivesse corrido com ele nessa altura, teríamos Simão e Manuel Fernandes?


Uma coisa é certa: as águas vermelhas andam agitadas. Quando temos um jogador de 35 anos a resolver um jogo da Champions com duas "bombas", quando temos um plantel cheio de jovens imberbes (não duvido que sejam bons), quando "o pesadelo de Fernando Santos" se concretiza (a saída de Simão), ainda acreditam em milagres? Cá para mim será mais uma época desperdiçada, e o Camacho é o menor dos culpados...

quinta-feira, 1 de março de 2007

Extra-Campeonato: Foi-se um grande benfiquista!

O ex-guarda-redes do Benfica Manuel Bento morreu esta tarde, aos 58 anos, depois de ter sofrido um enfarte fulminante, na sua casa do Barreiro.


Para muitos, é considerado como um dos melhores guarda-redes de sempre do futebol portugues. Defendeu a baliza da Luz durante 20 anos, entre 1972 e 1992, realizando um total de 611 jogos, nos quais sofreu 447 golos. Somou ao servico do Benfica oito titulos de campeão nacional e seis Taças de Portugal, tendo sido ainda finalista da Taça UEFA em 1983.
Ao servico da Selecção Nacional, foi Internacional "A" por 63 vezes, tendo participado no Europeu de 1984 e no Mundial de 1986, sempre como guarda-redes titular, mas no Mundial realizou apenas o primeiro jogo, contra a Inglaterra pois fracturou uma perna num treino, sendo substituido por Vitor Damas (1948 - 2003).
Infelizmente, isto e chocante, mas real. Perdeu-se um grande jogador e um grande benfiquista. Ainda ontem tinha participado na Gala dos 103 anos do clube... Que descanse em paz!