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26/05/2022

Estado de sujidade da Rossio

Chegado por e-mail:

«Boa tarde

Antes de mais gostaria de dar os parabéns pelo blog, tentando melhorar a cidade e dando a conhecer situações que não são do conhecimento de todos.

Gostaria de partilhar o estado de levado sujidade que se encontra a calçada do rossio, já para não falar do cheio nauseabundo em algumas zonas. E a existência de pequenos mosquitos.

Também tenho a ligeira imersão de ambas as fontes da placa central da fonte já não funcionam a algum tempo, pelo menos quando passo pelo local ambas não funcionam.

Em anexo fotografias.

obrigado

João Rainho »

13/05/2021

Projecto de Requalificação Paço da Rainha e Largo do Mitelo - pedido ao autor arq. Bruno Soares

Exmo. Senhor
Arq. Bruno Soares


C.C. PCML, AML, JF Arroios, Vereador R Veludo, Vereador JP Saraiva e media

Constatámos que no decorrer das obras em curso relativas ao projecto de requalificação do espaço público no Paço da Rainha e Largo do Mitelo, desenvolvido no quadro do Programa “Uma Praça em Cada Bairro” e em boa hora anunciado pela CML, foram já retirados do local os vários bancos antigos que ali existiam até há poucos anos, de assento duplo e feitos em madeira e ferro (foto antiga, in Arquivo Municipal de Lisboa), que são património da cidade.

Considerando algumas más experiências recentes, que são do conhecimento de todos, desenvolvidas, ou não, sob o referido Programa da CML, em que, ao abrigo de projectos de requalificação os mais variados e na cidade histórica, foi feito desaparecer do espaço público da cidade de Lisboa muito do seu mobiliário urbano histórico, como candeeiros (colunas de iluminação finais século XIX-XX com lanterna lisbonense, colunas com luminária em “nabo”, século XX, candeeiros e consolas de iluminação em ferro, anos 30-40, candeeiros em marmorite, etc.), bancos em madeira e ferro fundido, e bebedouros em pedra, passando o mesmo a apodrecer em depósitos da CML ou a embelezar propriedades privadas

Serve o presente para solicitarmos a V. Exa. que tenha estes argumentos em consideração e reveja alguns aspectos da obra em curso de modo a que:

- Os bancos agora retirados do Paço da Rainha e do Largo do Mitelo sejam integralmente re-colocados e, em caso de necessidade, sejam requisitados e restaurados os bancos ainda existentes em depósito camarário, ou mandadas executar réplicas fidedignas.
- Sejam removidos os banalíssimos candeeiros baixos e modernos existentes, dissonantes com o local histórico em apreço, e, em sua substituição, sejam colocadas colunas de iluminação históricas, de modelo “lanterna lisbonense”, de modo a que esta bela e histórica artéria da cidade de Lisboa, composta pelo Paço da Rainha e pelo Largo do Mitelo, recupere o espírito há muito perdido. Acresce que consideramos ser muito estranho como que, anunciando-se desde há vários anos uma intervenção de fundo da CML no Paço da Rainha, se tenha colocado iluminação pública nova nem há 3 anos!
- Não sejam usados blocos de granito cinzento como lancis de passeios, como parece ser a intenção de V. Exa., dado os inúmeros blocos que se observam na via pública.
- A artéria seja re-pavimentada com paralelepípedos por forma a fazer reduzir a velocidade de circulação dos automóveis e não o seu contrário, e valorizar esteticamente aquela artéria nobre da cidade.
- Não seja criada, como parece ser o caso, uma grande zona de estacionamento em espinha mesmo em frente da fachada principal do Palácio do Mitelo, em vez de libertar esse espaço para os peões, interferindo negativamente na fruição daquela fachada de aparato barroca, onde se inclui a capela do palácio. Acresce que existe um grande parque de estacionamento a poucas dezenas de metros, no Campo Mártires da Pátria, pelo que a solução lógica seria a supressão desse estacionamento em espinha.
Por fim, não podemos deixar de lamentar que esta intervenção não se estenda, no mínimo, à Calçada do Pombeiro, dado que há uma relação de harmonia estética óbvia entre o Paço da Rainha e o Palácio Pombeiro, que importa reforçar.

Recorde-se que o Paço da Rainha é um dos já raros exemplos de praça barroca em forma trapezoidal, que remete para uma cenografia teatral urbana muito rara. É, pois, fundamental, cremos, que não se desvirtue a sua geometria e forma, pervertendo-a com novos alinhamentos de árvores e/ou passeios.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Pedro Fonseca, Virgílio Marques, Ana Alves de Sousa, Júlio Amorim, Fernando Jorge, Carlos Boavida, Bárbara e Filipe Lopes, Gonçalo Cornélio da Silva e Nelson e Sousa

11/05/2021

Uma Praça em Cada Bairro - Obras Paço da Rainha e Largo do Mitelo - pedido à CML

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


C.C. AML, JF Arroios e media

Constatámos que no decorrer das obras em curso relativas ao projecto de requalificação do espaço público no Paço da Rainha e Largo do Mitelo, desenvolvido no quadro do Programa “Uma Praça em Cada Bairro” e em boa hora anunciado pela CML, foram já retirados do local os vários bancos antigos que ali existiam até há poucos anos, de assento duplo e feitos em madeira e ferro (foto), que são património da cidade.

Considerando algumas más experiências recentes, que são do conhecimento de todos, desenvolvidas, ou não, sob o referido Programa da CML, em que, ao abrigo de projectos de requalificação os mais variados e na cidade histórica, foi feito desaparecer do espaço público da cidade de Lisboa muito do seu mobiliário urbano histórico, como candeeiros (colunas de iluminação com lanterna “lisbonense” e em forma de nabo, consolas de iluminação), bancos em madeira e ferro fundido, e bebedouros em pedra, passando o mesmo a apodrecer em depósitos da CML ou a embelezar propriedades privadas; serve o presente para solicitarmos a V. Exas. que os bancos agora retirados do Paço da Rainha e do Largo do Mitelo sejam integralmente re-colocados e, em caso de necessidade, sejam requisitados e restaurados os bancos ainda existentes em depósito camarário, ou mandadas executar réplicas fidedignas.

Segue fotografia antiga (fonte: Arquivo Municipal de Lisboa) sobre o Paço da Rainha, em que só aí são perfeitamente visíveis 4 bancos no passeio Norte.

Igualmente, solicitamos a V. Exas. que, aproveitando a empreitada em curso, sejam removidos os candeeiros baixos e modernos existentes, e colocadas colunas de iluminação históricas, de modelo “lanterna lisbonense” ou com luminária em forma de nabo, de modo a que esta bela e histórica artéria da cidade de Lisboa, composta pelo Paço da Rainha e pelo Largo do Mitelo, recupere o espírito há muito perdido.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Júlio Amorim, Fátima Castanheira, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Ana Alves de Sousa, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Pedro Ribeiro, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Pedro Fonseca, Luís Carvalho e Rêgo, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Marta Saraiva, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Nuno Caiado, Jorge Pinto, Teresa Silva Carvalho, Pedro Machado, Pedro Cassiano Neves

22/11/2018

Martim Moniz - Petição e pedido de anulação da concessão da Praça e proposta de metodologia e concurso público

petição pública:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT91194


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


C.c. AML, JF e media

Há muito tempo (várias décadas) que a Praça do Martim Moniz (MM) se tornou um problema urbanístico quase insanável na cidade de Lisboa, muito por força da transformação radical de que foi alvo nos anos 40 e de que nunca recuperou, tendo, contudo, atingido o “grau zero” nos anos 90 aquando das mudanças efectuadas em termos estruturais na praça, em alguns casos irreversíveis (ex. o estacionamento subterrâneo).

Com efeito, essas mudanças, elas próprias, constituiriam a partir daí mais um forte obstáculo a que o Martim Moniz pudesse vir a ser o que a cidade merece, e continua a não ser. Em certo sentido, a saída do MM do famoso “mercado” foi uma oportunidade perdida em termos do “fazer cidade”. E as medidas e os projectos que a partir daí, e ciclicamente, foram sendo anunciados pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) como “a” solução definitiva para o problema, redundaram num imenso “flop”.

Falharam as previsões, desperdiçaram-se verbas do erário municipal em medidas de cosmética e de utilização do espaço público avulsas e inconsequentes, falhou a aposta na “animação cultural” da zona, e, pior, o espaço público tornou-se miserável, contrariando o efeito multiplicador do chamado “empreendimento EPUL”, que tentava ser um factor de mudança para melhor de toda a Praça. Também a ampliação desmedida do Hotel Mundial não ajudou, transformando o dito num “digno” parceiro dos inenarráveis centros comerciais, que nos anos 90 se tentou demolir, já aí sem sucesso.

Chegados ao presente, tornou-se evidente que o modelo implementado de criação sistemática de eventos e de animação forçada do local o degradaram física e socialmente.

Em certa medida, fez-se um gueto onde não se queria. Tal é notório e denegado pela autarquia e pelas entidades em seu redor e dela dependentes, o que acabou por ser recentemente admitido pelos responsáveis camarários.

E perante o óbvio, o que propõe agora a CML?

A concessão do espaço público do MM e da respectiva “animação” a uma empresa privada, por algumas décadas, empresa essa que ficará incumbida do rearranjo paisagístico da praça, mas, pasme-se, assentando esse rearranjo exactamente no mesmo modelo que comprovadamente falhou, apenas transformando as barracas em contentores com lojas e restauração "gourmet"!

Lamentamos verificar quão terrível é a falta de planeamento estratégico por parte da CML e a falta de capacidade da mesma em reconhecer o erro e de aprender com a experiência acumulado.

Isso e o óbvio:

· De um pequeno largo nos idos anos 30 se demoliu indiscriminadamente edificado e palácios na ânsia de erguer uma praça imperial, de que resultou um terreiro sem jeito.
· A possibilidade efectiva daquele espaço poder ser espaço público de qualidade apenas resultará da sua fruição colectiva, de uma praça, não de um parque de diversões, não de um aglomerado de pequenos parques temáticos, mas de um parque de onde e onde se façam equilíbrios, consensos, harmonias e disfrutes da magnífica paisagem que, todavia, Lisboa proporciona.
· O Martim Moniz só pode melhorar com a acalmia e não com “animação” pois é uma zona da cidade que tem estado permanente em ebulição.
· Essa acalmia só poderá acontecer com a transformação do Martim Moniz numa verdadeira praça, onde haja árvores, bancos de jardim.

Nesse sentido, propomos à CML:

1- A anulação da presente concessão e do projecto em causa, e a reformulação completa do programa de reabilitação da Praça.
2- A abertura imediata de um período de consulta pública sobre os parâmetros paisagísticos (redesenho da praça, definição das áreas verdes e tipo de arvoredo, desenho dos percursos pedonais, características do mobiliário urbano, eventual presença de 1 quiosque, eventual colocação de gradeamento como medida de segurança no caso de se verificar uma manifesta incapacidade de policiamento eficaz por parte dos efectivos da esquadra do Palácio Folgosa) exigíveis no programa (caderno de encargos) com vista ao lançamento de um concurso público.
3- A abertura de um concurso público internacional para a reabitação paisagística da Praça, assente nos parâmetros definidos no ponto 2.
4- Garantir o assento de representantes de moradores enquanto membros do júri respectivo.
5- Levar a referendo local (consultivo) as várias opções listadas pela autarquia.
6- Garantir a boa manutenção da Praça, através da celebração de protocolos com as associações locais.

Mais informamos que tornámos este nosso pedido também em forma de petição pública:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT91194

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Nuno Franco Caiado, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Pedro Barbosa, Rui Martins, Júlio Amorim, Pedro Janarra, Jorge Pinto, Inês Beleza Barreiros, Bruno Rocha Ferreira, Margarida Pardal, Pedro Gomes, Helena Espvall, Fernando Silva Grade, Pedro Malheiros Fonseca, Virgílio Marques, Henrique Chaves, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Vasco Franco

11/01/2017

Requalificação do Cais do Sodré/Jardim Roque Gameiro - que destino para o quiosque de bebidas?


Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


C.C.Gab.PCML, AML, JF Misericórdia, EMEL e media

​No seguimento de outros pedidos de informação e alertas enviados a V. Exa. sobre vários aspectos da empreitada em curso de requalificação do espaço público na zona do Cais do Sodré/Jardim Roque Gameiro, somos a solicitar que nos esclareça quanto ao destino dado ao quiosque de bebidas, situado até há poucas semanas no topo Sul daquele espaço, e de que juntamos fotos recente e de arquivo, esta última demonstrando a beleza do mesmo uma vez devolvido ao seu esplendor.

Com efeito, as obras afiguram-se-nos prestes a terminar e, para nossa surpresa uma vez que julgávamos que a sua permanência in situ estivesse garantida no projecto de requalificação do espaço público, não se vislumbra o regresso daquele quiosque histórico, a nosso ver um marco identitário do seu tempo e das origens da praça, portanto indissociável daquele local, além de que, se devidamente restaurado, constitui o par ideal para o quiosque turístico, e antigo w.c., que lhe está imediatamente defronte.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Jorge Santos Silva, Fernando Jorge, Luís Serpa, Júlio Amorim, Miguel de Sepúlveda Velloso, Luís Mascarenhas Gaivão, Jorge D.Lopes, Ana Alves de Sousa, Inês Beleza Barreiros, João Oliveira Leonardo, Maria do Rosário Reiche, Nuno Caiado, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, José Maria Amador, Fernando Silva Grade, Irene Santos, Jorge Lima, Beatriz Empis e Miguel Jorge

21/04/2016

POSTAIS DA PRAÇA DA FIGUEIRA





A forma ainda indisciplinada - e desrespeitadora dos direitos e segurança dos peões - como as cargas e descargas das feiras e mercados ainda ocorrem na Praça da Figueira é preocupante. Esta praça, como quase todas no centro da capital, estão cada vez mais ocupadas com "eventos" de toda a espécie. Há que ter mais cuidado com o número de dias em que a Praça está ocupada com actividades comerciais. Há que encontrar um equilíbrio entre dias de feira e dias vazios para que os cidadãos possam utilizar aquele espaço público de forma mais pessoal e livre sem o constante barulho e invasão de feiras & festas. Mas infelizmente, o equilíbrio parece ser cada vez mais uma qualidade rara na Baixa.

03/01/2016

Sofia Oliveira Dias, a presidente da junta a rodas


A Penha de França é das freguesias que pior trata o peão (apesar da grande quantidade de idosos) e o espaço público em geral em favor do automóvel. Basta pensar na Paiva Couceiro com o seu crónico empilhar de automóveis estacionados, na Rua Penha de França e os seus mini-passeios ocupados por automóveis, na Morais Soares onde os peões se acotovelam constantemente, para não pensarmos sequer nos arruamentos e praças mais pequenos.
Seria de esperar que a nova presidente da JF Sofia Oliveira Dias quisesse mudar algo; e quer, mas retrocedendo aos paradigmas das décadas de de 60-80.

Numa entrevista ao Expresso do Oriente há um mês, foi bem clara. Quando interrogada sobre o espaço público, a primeira coisa que lhe veio à cabeça foi
«um dos problemas principais da Freguesia é a falta de estacionamento. De alguma forma pretendemos minorar isso através de pequenas intervenções de reperfilamento de passeios e nos arruamentos


Há uma semana tivemos uma nova notícia. O morro entre a Penha de França e a Almirante Reis vai sofrer alterações para criar 99 lugares de estacionamento, em conjunto com a JF de Arroios. Sim, claro, acrescenta-se um jardim para doirar a coisa, mas são aproximadamente 2500m2 que poderiam ser jardim e serão estacionamento. Sofia Oliveira Dias é clara na sua visão sobre o dilema:
«pesando os interesses em presença, penso que é uma boa solução. Se referendássemos o projecto, as pessoas da freguesia, se calhar, até preferiam o parque de estacionamento às árvores». 
A obra avançará aparentemente com dinheiros públicos. Para já foram pagas indemnizações para a desocupação do terreno.

28/09/2015

Aqui existiu um Espaço Público & Verde: Santos-O-Velho












Um breve levantamento fotografico do espaço público & verde em frente da escadaria da Igreja de Santos o Velho. É um cenário cada vez mais característico dos nossos bairros e ruas com "potencial turístico".

Para além do vandalismo de muros e vãos das IS públicas com graffitis, há muito lixo e resíduos de garrafas, copos de plástico, assim como urina, vómito e fezes, (em particular aos fins de semana como bem sabemos).

Os canteiros precisam de uma intervenção séria: perderam a maior parte do solo, por erosão e falta de manutenção ao longo das últimas décadas (agravado pelo recente fenómeno do pisoteio das "noites"); também o coberto vegetal está decadente, desorganizado e parcialmente inexistente. Há que repor o solo em falta e fazer novas plantações, de preferência com plantas capazes de ajudar a fixar o plano inclinado destes canteiros. Uma das árvores em caldeira está morta.

Este pequeno espaço público bem que merece uma intervenção que reponha a dignidade que anteriormente tinha e que nos ultimos anos desapareceu sem que a CML ou a anterior junta de freguesia tivessem respondido de forma capaz. Será que a nova Junta de Freguesia da Estrela vai conseguir fazer este trabalho? Foi isso que já lhes perguntámos. A tarefa não é fácil pois infelizmente há muitos cidadãos a destruir o património público e poucos a cuidar dele...

12/06/2015

Esplanadas: Os "novos carros" do espaço público?

















O Largo Rafael Bordalo Pinheiro ficou pouco tempo "bonito, simples e sem carros" O vazio é cada vez menos valorizado em Lisboa; Ontem já estavam a montar estruturas metálicas fixas para esplanadas; em breve este largo vai ficar com a mesma patologia do vizinho Largo do Carmo: sem 1cm livre para o cidadão comum, máxima ocupação abusiva pelas esplandas de cafés, restaurantes, quiosques, etc.

As esplanadas são os "novos carros do espaço público": estão a aparecer em todo o lado, em cima dos passeios, nos jardins, nas faixas de rodagem! Em Barcelona já há movimentos de moradores que se organizam contra esta ocupação sistematica do espaço livre dos bairros pelas esplanadas... mas nós aqui continuamos a assistir, passivamente, a todo este fenómeno da progressiva privatização do espaço publico. Não teremos direito a espaços de silêncio e de vazio?

28/04/2015

ESPLANADAS DE LISBOA: Lg Conde Barão




Em plena ZEP de um Monumento Nacional - Palácio ALmada Carvalhais - continuamos a assistir à total impunidade e desrespeito pela Lei do Património. Estas esplanadas estão há vários anos cronicamente ocupadas com este tipo de mobiliário de plástico e cores fortes - as cadeiras e chapéus de sol que se vê nas imagens acabaram de ser "oferecidas" e instaladas no passeio público! Esta marca de cerveja já não se livra de ficar na história como uma das que mais contribui para o caos e feladade em que se encontra grande parte do espaço público dos bairros históricos de Lisboa. E é esta mesma marca que surge todos os anos como "Patrocinador Principal" das Festas de Lisboa (EGEAC).

06/03/2015

Mais aplauso, assim se concretize: "Câmara de Lisboa quer reduzir a sinalização vertical nos passeios"


In O Corvo (5.3.2015)
Por Samuel Alemão

«O vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Manuel Salgado, diz que as placas de sinalização vertical são em número exagerado na cidade e estão a tornar-se um problema para a locomoção dos peões, sobretudo os que têm mobilidade reduzida. “As nossas ruas estão pejadas de sinais”, critica. Um problema que se faz sentir em especial através da sua colocação nos passeios junto às passadeiras. Por isso, a autarquia está a preparar a adopção de novas regras para que tanto as juntas de freguesia, como os serviços da própria câmara, tenham uma prática diferente, evitando a sua proliferação e adoptando outras soluções.

“Nós temos um problema com a sinalização nas passadeiras. Ou a sinalização é apenas horizontal e temos o risco, de facto, de as pessoas argumentarem que não a vêem, ou então, se começamos a encher todas os passeios com sinalização vertical, criamos um problema sério às pessoas que têm dificuldades de locomoção. E portanto, como os passeios são estreitos, temos aqui um conflito”, disse Manuel Salgado, durante a última reunião descentralizada do executivo camarário, ocorrida ao início da noite de quarta-feira (4 de Março), realizada no auditório da Junta de Freguesia de Campolide. [...]»

09/02/2015

A bosta em Lisboa

Lisboa está cada vez mais na moda e são cada vez mais os turistas que nos visitam e tecem os maiores elogios à nossa cidade. E também na mais variada imprensa internacional, são feitos os maiores elogios e recomendações para visitar Lisboa.

Mas há um ponto que divide claramente as opiniões: a limpeza da cidade em particular os cocós espalhados pelos passeios.

Se é bem verdade que não somos uma Suíça, onde as regras e obrigações para quem quer ter um animal de companhia, são bastante mais rigorosas do que as nossas e onde todos cumprem, também não deixa de ser verdade que há países onde o problema da limpeza das cidades é bem pior do que o da nossa Lisboa. E não falo apenas de países do dito 3º mundo. Para falarmos apenas da Europa, já vi cidades bem mais sujas que Lisboa.

Mas também é verdade que a problemática dos cocós dos cãezinhos é uma praga, que em nada abona em favor da nossa cidade e que por onde já andei não vi, como em Lisboa.






Se bem que um pouco exagerada em alguns aspectos, esta crónica de Lucy Pepper, que pode ser lida na integra aqui, faz um retrato real do que se passa em Lisboa (e também em muitos outros locais do país), e retrata situações que todos nós já presenciámos ou até infelizmente já pisámos.

Felizmente é habitual vermos cada vez mais pessoas a apanhar e colocar no lixo o cocó do seu cão. Mas a verdade é que existe a sensação de que este é um problema que, se não está a aumentar, está pelo menos na mesma, por mais campanhas que sejam feitas. E se no centro da cidade e nas zonas mais turísticas, este problema não é tão visível (provavelmente porque menos habitadas), quando vamos para zonas predominantemente residenciais, como Campolide, Campo de Ourique, Benfica, entre muitas outras, então a praga espreita a cada esquina e ninguém está a salvo de ser a próxima vítima.

Por um lado é realmente importante reforçar a sensibilização, logo nos primeiros anos de escola, por outro é importante identificar os prevaricadores e, porque não, revelando a sua identificação publicamente ou apelando à denuncia por parte de vizinhos dos donos de cães que não apanhem os respectivos cocós, e aumentar substancialmente as penalizações.

Se até aqui esta era uma responsabilidade exclusiva da Câmara, que nunca conseguiu ser eficaz na resolução do problema, agora que a limpeza urbana compete na maior parte da cidade às Juntas de Freguesia que, estando mais próximas dos moradores, têm a obrigação de melhor identificar os donos dos animais e por consequência agir com maior eficácia no combate a esta praga, contribuindo dessa forma para uma cidade mais limpa.

23/01/2015

Parque das Nações degradado


Chegado por e-mail:

«O Parque das Nações tem-se degradado a olhos vistos.

Há varandas enferrujadas e partidas, há calçada em mau estado, há jardins quase ao abandono.

Pela primeira vez vi grafittis no Pavilhão de Portugal! Já não bastava haver pessoas sem abrigo que vivem sob as suas arcadas (infelizmente), agora temos um momento de "inspiração" a estragar um edifício desta importância.

Além disso, junto ao restaurante Orizon, há meses que o passeio junto ao rio está vedado com grades. O chão cedeu e tem um inclinação perigosa para as pessoas. Em vez arranjar o piso, interdita-se um troço significativo do percurso.

Cumprimentos,

Orlando Nascimento»

05/12/2014

Saldanha e Picoas vão ganhar espaço para peões e bicicletas e ter mais árvores


In O Corvo (5.12.2014)
Por Samuel Alemão


«Por agora, é uma área tomada quase por completo pelo automóvel. Mas o cenário deverá mudar a médio prazo, promete a Câmara Municipal de Lisboa (CML). A área compreendida entre as praças Duque de Saldanha e Picoas deverá ser submetida a uma grande reformulação, tendente a favorecer uma maior fruição do espaço público, a qual passará pela criação de maiores área de circulação para peões e bicicletas, bem como pelo aumento da cobertura arbórea. O actual cenário é muito mau, reconhecem os técnicos da autarquia.

A ideia foi avançada, ao início da noite desta quinta-feira (4 de Dezembro), durante a sessão de participação pública destinada a recolher sugestões para a intervenção a realizar nas zonas do Saldanha e Picoas, no âmbito do Programa Uma Praça em Cada Bairro, realizada no Mercado 31 de Janeiro. O programa, que prevê a construção, até 2017, de três dezenas de “pontos de encontro da comunidade local”, de novos locais de “microcentralidade” espalhados pela cidade, está na fase de auscultação da população relativa à primeira dezena de intervenções. Com base nas sugestões, será feita uma apresentação do que se prevê fazer nesses locais, no final de Janeiro de 2015. [...] Para tentar resolver isso, a câmara “já tem várias ideias para implementar na zona”, disse Pedro Dinis, arquitecto da CML que coordena o projecto Uma Praça em Cada Bairro. “Pretendemos levar a cabo a arborização da Fontes Pereira de Melo, tanto nas laterais, como através da reposição de um separador central. Além disso, gostaríamos de poder alargar os passeios e, mantendo o espaço destinado à circulação dos transportes públicos, criar uma ciclovia”, explicou o técnico da autarquia, que relembrou ser este “um dos eixos centrais da cidade”. Daí a necessidade de construir um canal dedicado para as bicicletas.

Já sobre a Praça Duque de Saldanha, Pedro Dinis reconheceu a complexidade da intervenção a realizar, por ser uma área de grande circulação automóvel. Na verdade, essa é actual grande função da praça, o que a torna num local muito pouco aprazível para os peões. “São várias as soluções possíveis. Temos uma equipa a tratar de as estudar, fazendo simulações do impacto localizado a nível do tráfego”, explicou o arquitecto, adiantando que a solução a adoptar terá sempre em conta a necessidade de aumentar a área de circulação pedonal e as zonas de atravessamento.

Idênticas medidas deverão ser aplicadas um pouco mais abaixo, na zona de Picoas, em toda aquela área compreendida entre o Fórum Picoas, o Saldanha Residence, o Hotel Sheraton e o Centro Comercial Imaviz. Uma área muito confusa e que conhecerá uma mudança radical, caso se concretize o projecto de construção da torre de 17 andares conhecida como Torres da Cidade ou FPM14. Se a obra avançar mesmo, isso obrigará a uma operação de requalificação do espaço público em redor do empreendimento. Prevista está também a eliminação de um dos sentidos de circulação automóvel na Rua Viriato e a sua conversão em área pedonal.»