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29/10/2015

Enviada ao ICNF Proposta de Classificação dos conjuntos de tipuanas monumentais da Praça Duque de Saldanha e das Avenidas Conde Valbom e Elias Garcia:


05/12/2014

Saldanha e Picoas vão ganhar espaço para peões e bicicletas e ter mais árvores


In O Corvo (5.12.2014)
Por Samuel Alemão


«Por agora, é uma área tomada quase por completo pelo automóvel. Mas o cenário deverá mudar a médio prazo, promete a Câmara Municipal de Lisboa (CML). A área compreendida entre as praças Duque de Saldanha e Picoas deverá ser submetida a uma grande reformulação, tendente a favorecer uma maior fruição do espaço público, a qual passará pela criação de maiores área de circulação para peões e bicicletas, bem como pelo aumento da cobertura arbórea. O actual cenário é muito mau, reconhecem os técnicos da autarquia.

A ideia foi avançada, ao início da noite desta quinta-feira (4 de Dezembro), durante a sessão de participação pública destinada a recolher sugestões para a intervenção a realizar nas zonas do Saldanha e Picoas, no âmbito do Programa Uma Praça em Cada Bairro, realizada no Mercado 31 de Janeiro. O programa, que prevê a construção, até 2017, de três dezenas de “pontos de encontro da comunidade local”, de novos locais de “microcentralidade” espalhados pela cidade, está na fase de auscultação da população relativa à primeira dezena de intervenções. Com base nas sugestões, será feita uma apresentação do que se prevê fazer nesses locais, no final de Janeiro de 2015. [...] Para tentar resolver isso, a câmara “já tem várias ideias para implementar na zona”, disse Pedro Dinis, arquitecto da CML que coordena o projecto Uma Praça em Cada Bairro. “Pretendemos levar a cabo a arborização da Fontes Pereira de Melo, tanto nas laterais, como através da reposição de um separador central. Além disso, gostaríamos de poder alargar os passeios e, mantendo o espaço destinado à circulação dos transportes públicos, criar uma ciclovia”, explicou o técnico da autarquia, que relembrou ser este “um dos eixos centrais da cidade”. Daí a necessidade de construir um canal dedicado para as bicicletas.

Já sobre a Praça Duque de Saldanha, Pedro Dinis reconheceu a complexidade da intervenção a realizar, por ser uma área de grande circulação automóvel. Na verdade, essa é actual grande função da praça, o que a torna num local muito pouco aprazível para os peões. “São várias as soluções possíveis. Temos uma equipa a tratar de as estudar, fazendo simulações do impacto localizado a nível do tráfego”, explicou o arquitecto, adiantando que a solução a adoptar terá sempre em conta a necessidade de aumentar a área de circulação pedonal e as zonas de atravessamento.

Idênticas medidas deverão ser aplicadas um pouco mais abaixo, na zona de Picoas, em toda aquela área compreendida entre o Fórum Picoas, o Saldanha Residence, o Hotel Sheraton e o Centro Comercial Imaviz. Uma área muito confusa e que conhecerá uma mudança radical, caso se concretize o projecto de construção da torre de 17 andares conhecida como Torres da Cidade ou FPM14. Se a obra avançar mesmo, isso obrigará a uma operação de requalificação do espaço público em redor do empreendimento. Prevista está também a eliminação de um dos sentidos de circulação automóvel na Rua Viriato e a sua conversão em área pedonal.»

01/12/2014

E pronto, aqui está o que vai ser construído em frente à Maternidade Alfredo da Costa:


Hoje há uma sessão de apresentação, às 18h, A discussão pública decorrerá até 5 Dez., conforme anunciado no site da CML:

«PROCESSO 431/EDI/2014 -PROJETO FPM41

No âmbito do Processo 431/EDI/2014 deu entrada na CML um Pedido de Informação Prévia para a Av. Fontes Pereira de Melo nº 41 – Projeto “FPM41”. No sentido de auscultar a população sobre o projeto, a CML promove um período de participação pública ».

...

Verdade seja dita que este projecto é significativamente melhor do que os anteriores disparates Compave, com heliporto, etc. E é verdade que aquele gaveto há muito que está condenado, aliás, foi sendo subtil e cirurgicamente despojado de tudo quanto tinha, paulatinamente, vereação após vereação, com complacência de várias delas, aliás, desde há coisa de 20 anos. O último resistente (o do prédio de azulejos castanhos) já tinha despejado, houve fogos espontâneos nos edifícios do lado da FPMelo, desmantelamento de cantarias, ferragens, telhas, etc. Neste momento, trata-se de um foco "infecto-contagioso". Verdade seja dita, ainda, que em relação a construção em altura naquele local, já não choca. Por último, Verdade seja dita que o aqui interessa neste momento é garantir que a Casa-Museu Anastácio Gonçalves (CMAG) não seja afectada minimamente na sua estrutura, pois é o último reduto de uma outra Lisboa que ainda se encontra por este praça, excepção feita à MAC, claro. Isso, parece-me estar garantido, mas as imagens virtuais são isso mesmo, virtuais. Mais, a CMAG, parece ganhar um espaço verde e algum desafogo em seu redor, o que é bom. Podia ser melhor? Sim. Podia ser pior? Ai podia, podia...

18/10/2012

Pedido de classificação urgente de Palacete no Saldanha como Imóvel de Interesse Municipal

Exmo. Senhor Presidente
Dr. António Costa,
Exma. Senhora Vereadora
Dra. Catarina Vaz Pinto

CC. AML, Media

A preservação do património edificado é um imperativo que julgamos nos obriga a como nação com séculos de história e, agora mais do que nunca, como destino turístico, a tê-lo como prioritário em matéria de preocupação de quem de direito.

Nesse particular, contudo, a cidade de Lisboa tem sofrido a natural transformação que se esperaria de uma cidade capital mas tememos que, ao contrário do que acontece em outros países ou mesmo cidades portuguesas, esse movimento não esteja a ser favorável ao património histórico edificado, àquele que não está acautelado contra a ameaça destrutiva, muito menos será Lisboa objecto do mesmo desvelo criterioso que se conhece de outros bons exemplos.

Pensamos, mesmo, que a cidade terá perdido cerca de 40% a 60 % da coesão arquitetónica nas chamadas Avenidas Novas, onde exemplos de arquitetura Romântica e Belle Époque de finais do século XIX, e princípios do século XX, eram o padrão. Julgamos, ainda, em sintonia com as regras internacionais de preservação do património, que a demolição de interiores e manutenção de fachadas não é um ato de preservação de património, mas antes uma construção nova com o mesmos efeitos devastadores, principalmente quando implantadas em zonas a proteger.

Exemplo preocupante, e que nos leva ao presente, é o imóvel que se encontra na Praça Duque de Saldanha, n.os 28-30, um palacete construído no ano de 1906 como habitação unifamiliar, e que tinha na altura os números 28 e 29. (Informação do Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa da Associação dos Arquitectos Portugueses - 1987 - pág. 137). Este palacete, um preciosíssimo exemplo de arquitetura eclética que tem como elementos mais marcantes os seis colossos representando africanos, de raridade e importância inegável e o zimbório com representações de Hermes e Afrodite.

A preservação deste edifício é de suma importância, quer pela sua qualidade estética quer pelo fato da praça onde se insere já ter visto desaparecer outros exemplos dignos de preservação, com resultados que em nada dignificam uma das zonas mais nobres da cidade. A constatação da sua importância parece ter estado presente quando, a 15 de Maio de 1981, foi pedida uma Proposta de Classificação com despacho de abertura a 26 de Novembro de 1990. Quase 30 anos depois, em parecer de 29 de Setembro de 2010 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura veio-se propor a classificação como MIP atendendo ao valor relevante do imóvel mas, infeliz e insondavelmente, o processo haveria de caducar nos termos do artigo 78.º do Dec-Lei n.º 309/2009 de 23 de Outubro, deixando este palacete desprotegido e com o futuro incerto.

Face ao exposto, solicitamos a V. Exas, Sr. Presidente da CML e Sra. Vereadora da Cultura, para que dêem início, tão breve quanto possível, aos procedimentos de abertura urgente de processo de classificação deste Palacete como Imóvel de Interesse Municipal.

Em igual desiderato, iremos solicitar à Sra. Presidente e aos membros da Assembleia Municipal de Lisboa, que recomendem isso mesmo à CML.

Por último, aflige-nos constatar que a CML se tem revelado inconsequente no que concerne à intimação do proprietário para que promova as necessárias obras de reabilitação daquele Palacete, ou, em alternativa, proceder à efectiva posse administrativa do imóvel.

Melhores cumprimentos

Alexandre Marques da Cruz, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Carlos Leite de Sousa, Miguel Atanásio Carvalho, Nuno Caiado, João Mineiro, Carlos Matos, Pedro Malheiros Fonseca, Irene Santos, Beatriz Empis

27/09/2012

E ali na esquina do Saldanha com a Av. da República....





..já começaram as  preparações finais para o camartelo ! Património desta qualidade....nao há mesmo VERGONHA !!

19/12/2011

Praças: prioridade exclusiva aos automóveis?

O blogue A Nossa Terrinha, em mais brilhante post, descobriu que há um local na Praça do Saldanha onde o peão tem deesperar por SEIS semáforos para atravessar uma rua apenas. É mais uma prova que o espaço urbano lisboeta é pensado com um objectivo exclusivo: facilitar a circulação automóvel.

Nessa zona da cidade comparei há uns tempos o mesmo percurso feito de carro, e a pé. Resultado: o peão espera 17 vezes mais pela passagem dos automóveis, do que o automóvel espera pelo peão. Argumentar que facilitar a passagem dos peões atrasaria a circulação automóvel, é por isso um absurdo (ou sinal de alguns valores morais trocados).

O Marquês de Pombal é outro exemplo assim. Atravessa-lo a direito (o que já foi permitido em tempos) seriam apenas 125m para os peões, mas neste momento eles são empurrados para bem longe da praça. Numa das travessias (Av. Liberdade) o peão nem pode contornar a praça, sendo obrigado a caminhar até ao quarteirão seguinte para atravessar! Nas outras, o peão é obrigado a várias esperas e afastar-se da praça. Resultado: o peão demora 8 minutos a atravessar a praça de um lado ao outro.

Mas será que a solução lisboeta é incontornável? Será que as praças cheias de trânsito são obrigatoriamente inimigas dos peões? Veja-se o que se passa no Arco do Triunfo em Paris (bem maior que o Marquês e o Saldanha):


Em todas as saídas, o peão pode atravessar directamente sem se afastar da praça, e apenas com um semáforo.

Então e na Praça de Espanha, em Barcelona?

Atravessamento na praça só com um semáforo.

E na Columbus Circle em Nova Iorque?

Atravessamento na praça só com um semáforo.

17/12/2010

Boa ideia....


Combate à crise.
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Desempregados vão ser incentivados a trabalhar na reabilitação urbana.
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O Governo deverá tomar medidas para incentivar parte dos 600 mil desempregados existentes em Portugal a aceitar trabalho no sector das obras de reabilitação urbana, noticia o “Diário de Notícias”. O Governo deverá tomar medidas para incentivar parte dos 600 mil desempregados existentes em Portugal a aceitar trabalho no sector das obras de reabilitação urbana, noticia o “Diário de Notícias”. Este programa estará a ser articulado com a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e com a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (Aecops).
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O Governo está a negociar com a CIP e a Aecops um programa destinado a incentivar parte dos 600 mil desempregados existentes em Portugal a aceitar trabalho em projectos de reabilitação urbana.
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Segundo noticia o “Diário de Notícias”, o ministro da Economia, Vieira da Silva, o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, a secretária de Estado do Ordenamento do Território, Fernanda Carmo já tiveram um primeiro encontro com a CIPC, a Aecops e o Instituto do emprego e da Formação Profissional (IEFP) para definir as medidas de apoio às empresas e aos desempregados envolvidos. Uma negociação que estará também a ser acompanhada pelos sindicatos.
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(in Jornal de Negócios)....via Lisboa SOS

02/11/2010

Ou o fruto a ficar podre...?


imagens roubadas no Lisboa S.O.S.
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Com tanta gente desempregada....não estará mesmo na hora de restaurar este belíssimo palacete de uma maneira exemplar ?

22/09/2010

Que mal é que esta praça fez...?

Praça Duque de Saldanha (foto roubada no Lisboa S.O.S.)
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....intervenções avulsas, planeamento e coordenação zero (e que bem que tudo assentou na calçada portuguesa).
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O analfabetismo estético reina em Lisboa....

30/06/2010

São Sebastião da Pedreira exige reabilitação das ruas afectadas por obras do metro

A freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, está inconformada com o atraso, já de 10 meses, da reabilitação das ruas afetadas pelas obras de prolongamento do metro, alegando que o “caos” provocado é “impossível de sustentar”.

Em declarações à Lusa, o presidente da junta, Nelson Antunes (PSD), contestou o facto de as intervenções na zona não terem sequer começado, apesar de a construção das estações Saldanha II e São Sebastião II e de a ligação das linhas vermelha e amarela terem sido concluídas em agosto do ano passado.

Entretanto, continua a haver barreiras em “jerseys” de cimento, áreas interditas ao trânsito, vias esburacadas, estacionamento vedado ou amontoado e carros impossibilitados de sair das garagens, sendo que as poucas soluções aplicadas são apenas temporárias.

O espaço entre a Avenida Marquês de Tomar e a Rua Marquês de Sá da Bandeira é o mais afetado.

Em causa está, segundo o autarca, uma “falta de coordenação” e de conjugação de esforços entre o Metro de Lisboa, responsável pelas obras, e a câmara, a quem cabe definir as características da intervenção.

“As negociações deviam ter sido um ano antes de terminarem na parte subterrânea, para começar assim que acabassem a nova ligação do metro. Já tive um projeto na mão, dado pelo Metro, mas com a mudança de vereador da Mobilidade [com as eleições de outubro] parece que está a ser repensado, a própria câmara não se entende”, afirmou Nelson Antunes.

O presidente da junta considera que a autarquia “não se preocupa porque é outro a pagar” e, por outro lado, questiona se o Metro terá verbas para avançar com as obras, tendo em conta o seu endividamento.

Para tentar inverter a situação, o responsável levou na terça feira à assembleia municipal uma moção que repudia os atrasos e solicita o “plano de pormenor das obras a realizar” e as opções rodoviárias e de estacionamento.

O documento, aprovado com os votos favoráveis de toda a oposição (PSD, PCP, CDS, BE, PEV, MPT e PPM) e os votos contra do PS e dos independentes eleitos na lista do partido, exige que a câmara reponha a circulação na Avenida Duque D’Ávila “até que os projetos definitivos sejam aprovados” e que a reabilitação tenha início.

No entanto, a junta de freguesia não teve ainda nenhum sinal de que as reivindicações vão ser atendidas e mostra-se reticente: “Existe sempre da parte da câmara um autismo muito grande”
In IOnline
A solução planeada para a Deque D'Avila era muito interessante, será uma pena se após toda esta procrastinação acabar por não sair do papel

27/05/2010

Reabilitação urbana?

Projecto APROVADO em 27.5.2010










A Misericórdia (que diria D. Leonor desta misericórdia?) abandonou 4 prédios no centro de Lisboa, ao Saldanha: 2 prédios de pequena dimensão na Rua Actor Taborda 2 outros dois, bem mais imponentes e que deviam estar no Inventário Municipal de Património anexo ao PDM, na Avenida Casal Ribeiro, Nº 37 a 55.

Os inquilinos foram saindo um a um e desde há poucos anos todos estão devolutos, com janelas abertas, telhas a começar a desaparecer, etc., the usual stuff.

A dita Misericórdia, travestida de Fundbox-Soc-Imobiliária - de acordo com o painel que cobre parte da fachada - apresentou 2 Informações Prévias, respectivamente Proc. Nº 757/EDI/2006, que foi chumbada, e Proc. 2/URB/2007 (loteamento/emparcelamento), uma autêntica bizarma, de que o telão ainda ali afixado é prova.

Só que já este ano, submeteu à CML um novo pedido de construção nova, Proc. 1334/EDI/2009 formalmente "em apreciação", ou seja não foi aprovado.

É este tipo de reabilitação que se pretende para Lisboa?
Porque não reabilitar os prédios, pelo menos os da Casal Ribeiro?

Pede-se o favor, portanto, de levar este processo a reunião de CML!




Fotos: Gesturbe e AMC

12/03/2010

Só pode ser uma cidade de luxo....








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.. para deixar arquitectura desta qualidade....chegar a este estado !?

10/10/2008

O Saldanha é chique?!

Rua Eng. Vieira da Silva, ontem de manhã

Este é o estado caótico que se constata, quase todos os dias úteis, nesta artéria da cidade. Como se pode ver, a única via de sentido Fontes Pereira de Melo-Praça José Fontana está minada de viaturas de cargas e descargas, na sua maioria em serviço ao Mercado 31 de Janeiro.
O mercado em questão possui um estacionamento subterrâneo, o qual raramente é utilizado. Quem quiser percorrer a única via existente tem de o efectuar em sentido contrário.
Vislumbre, na foto acima, o dia-a-dia do espaço público envolvente dos edifícios e zona comercial do Saldanha Residence. Um amontoado de baias camarárias, tentando resguardar os transeuntes da queda das placas de mármore que, desde a construção, continuam a cair da fachada.
Sobre estes dois assuntos convém referir:

1- Segundo comerciantes da zona, o actual mercado 31 de Janeiro será extinto pela CML e dará lugar a mais um empreendimento usbanístico;
2- Durante as obras nas traseiras da EPUL (que dão para a saída do estacionamento do Saldanha Residence e zona ajardinada do mercado), o espaço público foi destruído: desde o arrancar de pilaretes ao abate de candeeiros de iluminação pública;
3 - Em relação à queda de blocos de mármore das fachadas, a informação que apurei junto dos moradores leva á conclusão de que a construtora do conjunto de imóveis referenciados, a Ferrovial, violou todo o projecto licenciado: um piso de estacionamento a mais, o espaço de sala de reuniões e piscina dos apartamentos foi tomada à revelia pela Direcção do Centro Comercial, na zona onde hoje funciona parte das lojas Musgo, Magnólia e Valentim de Carvalho, entre outras mais,
De salientar que as inúmeras queixas dos moradores, às quais a Ferrovial nunca deu resposta, levou a que muitos dos condóminos deixassem de pagar condomínio. Aliás, alguns deles enviaram queixas às entidades competentes e, neste momento, o processo está incluído na Sindicância.

09/07/2008

Prioridade aos peões? II

Praça do Saldanha, centro nevrálgico de uma zona com enorme movimento pedonal. A travessia na fotografia liga os dois lados da praça, do CC Monumental ao CC Atrium Saldanha. São várias dezenas de pessoas que a atravessam em cada sinal verde.
A senhora na foto apenas quer ir daqui ali, passar para o outro lado, mas está a cometer uma ilegalidade (infelizmente poucos a cometem). O que o desenho urbano "manda" é esperar 3 vezes por semáforos e fazer 3 travessias:
Tudo em nome do Sagrado Fluxo Automóvel. Note-se que ainda há poucos anos era permitido fazer a travessia na primeira fotografia. E este é apenas um exemplo do que acontece na grande maioria dos grandes cruzamentos da cidade.

26/05/2008

Prédio do Saldanha vai ser hotel

In Diário de Notícias (26/5/2008)
LUÍSA BOTINAS

«Transacção realizou-se enquanto a câmara aprovava o loteamento

O loteamento/emparcelamento na esquina da Avenida Casal Ribeiro com o Saldanha, em Lisboa, que possibilita a construção de um novo edifício naquela conhecida praça lisboeta, foi vendido pelos seus proprietários, os investidores espanhóis do grupo Reyal Urbis, à cadeia Sana Hotéis, que ali deverá construir uma nova unidade do grupo, soube o DN de fonte municipal (...)»

Este tipo de 'investimento' compensa. Saldanha, Pinheiro Chagas, António Cândido, Casal Ribeiro, Estefânia, Duque de Loulé, Rodrigues Sampaio, Joaquim António de Aguiar, Elias Garcia, Rosa Araújo, etc.

Um dos dois edifícios a abater (esquina com a Casal Ribeiro) é um bonito prédio, que está devoluto há anos e anos, que já viu os seus azulejos serem roubados, e verá os ferros forjados das suas varandas irem parar a ... Uma vergonha, que quem de direito insiste em ignorar, mas que nós não. Até quando?

12/05/2008

Saldanha: a machadada final?


A aprovação de um loteamento na esquina da Av. Casal Ribeiro com o Saldanha, em Lisboa, que possibilitará a construção de um novo edifício naquela conhecida praça lisboeta, "poderá constituir um grave precedente" para outros projectos que "venham a ser aprovados naquela área ou na Fontes Pereira de Melo, nas mesmas condições", disse ao DN a vereadora da do PCP, Rita Magrinho.

Na ordem de trabalhos da reunião do executivo municipal estava ontem agendada uma proposta subscrita pelo vereador Manuel Salgado que defendia a "aprovação e deferimento do pedido de operação de loteamento no Saldanha", apresentado pelo promotor espanhol Reyal Urbis, que comprou os imóveis devolutos da praça ao ex-dirigente do Benfica, Vítor Santos (Bibi).

Na prática, o requerente pretende construir um único edifício em dois lotes. Para tal, é necessário proceder ao emparcelamento/loteamento. Contudo, a oposição encontra neste documento e nesta intenção aspectos discutíveis. "O que tem esta proposta diferente da que foi apresentada ainda no mandato do dr. Santana Lopes e que acabou indeferida? Nada!", disse ao DN Margarida Saavedra, do PSD.

A vereadora social- -democrata questiona os critérios legais para aprovar o "uso de habitação numa zona eminentemente terciária, à luz do PDM". Além da questão dos usos, foi igualmente levantada a das cérceas e da altura.

Segundo Rita Magrinho, "Este projecto tem pisos a mais. Tem 30 metros de altura ou dez pisos" e, além disso, "invoca-se a conformidade com um plano de cérceas para o Saldanha e Fontes Pereira de Melo que nunca foi aprovado e que não passa de um mero estudo, sem força legal", refere a mesma responsável.

De acordo com o autor do projecto, o arquitecto português Vasco Massapina, "propõe-se um edifício de habitação plurifamiliar, com maior incidência de tipologias de características familiares: T2 e T3".

Quanto aos usos, Massapina esclarece: "A introdução da habitação no espaço da praça tende a melhorar a miscigenação funcional do local, contribuindo para o equilíbrio e segurança informal do espaço da rua/praça ao longo das 24 horas do dia." O edifício deverá ter 45 fogos por nove pisos habitacionais, com um T1, dois T2 e dois T3 por piso. Quanto ao enquadramento na área, o projectista sublinha: " A volumetria-base do edifício proposto é uma grande superfície ondulante que se implanta segundo a geometria da Praça."

Manuel Salgado reconhece que a Praça Duque de Saldanha "não é exemplar em matéria de harmonia de cérceas" e sublinha que a câmara pouco pode fazer sobre a matéria. Contudo, destaca o papel regularizador que a autarquia pode assumir no ordenamento do espaço público e irá fazê-lo", disse.

Assim caiem os últimos resistentes das Avenidas Novas...
A Câmara pouco pode fazer (?!)

28/04/2008

Em breve, o começo do fim para o Saldanha?


(Praça Dq. de Saldanha, Nº 4-8)


(Praça Dq. de Saldanha, Nº 9-10)

Que se saiba, o Plano de Alinhamento e Cérceas da Avenida da República está parado.

Que se saiba, o Plano de Alinhamento Cérceas/Plano de Pormenor (do quê? quando já só há 2 vivendas - ambas em estado de semi-abandono, aliás - e 2 prédios a preservar?) para o Saldanha não está terminado, nem perto disso.

Que se saiba, as aberrações cometidas no Saldanha (a demolição do Monumental; o prédio actualmente em investigação) deviam ter servido de lição, e motivo de conservação, a todo o custo, dos exemplares de valor que ainda lá restam, mas não serviram. Muito menos a montra de mau gosto que tem transformado paulatinamente a Avenida da República numa coisa inenarrável.

Não sendo os dois casos em apreço de valor arquitectónico por aí além, se bem que o exemplar que torneja com a Av.Casal Ribeiro é bonito e merece ser preservado, a verdade é que toda a praça está irremediavelmente descaracterizada, mas isso não pode significar que o deva ser na totalidade.


Coisas como esta que a CML vai votar na próxima 4ª F, seriam objecto do maior dos repúdios, ainda para mais sabendo-se da completa contradição jurídica, e sabendo-se, como sabe qualquer pessoa que por ali passe, o proprietário dos prédios tem mantido ambos completamente abandonados anos a fio, sem que nada nem ninguém o obrigasse a fazer obras de conservação. Mais uma vergonha que importaria punir, ou não?

10/03/2008

Saldanha: uma praça adiada









“Transformada em rótula de articulação de duas vias mais ou menos rápidas - as avenidas Fontes Pereira de Melo e da República -, a Praça do Duque do Saldanha já não tem o seu centro na estátua que lhe dá o nome mas num centro comercial.
Quase nada ficou das promessas, feitas pela Câmara de Lisboa nos anos 80, de devolver o Saldanha aos cidadãos, tornando o local num espaço de fruição, com passeios largos e arborizados, locais de "estar" e apreciar uma das mais desafogadas vistas da cidade.


Um estudo dos movimentos pedonais e dos conflitos de uso entre peões e automobilistas levado a cabo pela investigadora Hélène Frétigné, foca uma praça adiada, comparando espaços a estes e às viaturas, analisa velocidades do automóvel e a temporização dos semáforos: "A Praça do Saldanha, apesar de ser muito frequentada por peões, tem sido quase exclusivamente organizada em torno do fluxo rodoviário. Isso revela-se naturalmente prejudicial na concretização do seu destino de praça pública", escreve.

Do chamado Projecto Saldanha, lançado em meados dos anos 80, a única coisa que mudou foram os edifícios. Foram "abandonadas sem qualquer discussão" todas as propostas que poderiam levar os cidadãos a desfrutar daquele espaço: alargamento dos passeios, redução do estacionamento à superfície, aumento da arborização, construção de um túnel rodoviário, criação de uma zona de "estar" acolhedora, abertura de arruamento entre a Fontes Pereira de Melo e a Rua Actor Taborda (em local hoje ocupado por centro comercial).

A construção na zona de três centros comerciais - a praça conheceu um acréscimo relativo de 408 por cento na sua função comercial - tornou-a um novo pólo atractivo da cidade. É diariamente percorrida por uma multidão: só o centro comercial Atrium Saldanha atrai mais de 15 mil pessoas por dia, que ali efectuam "numerosos caminhos a pé". O projecto de há 20 anos foi "um êxito" e "um fracasso": trouxe mais gente ao Saldanha mas o local foi entregue ao automóvel, enquanto aos peões apenas restou um "espaço ridiculamente pequeno".


Como o espaço pedonal é rarefeito e disperso, sem boas ligações entre si, criaram-se naturalmente zonas informais, e perigosas, de atravessamento da via, seja na praça seja na Fontes Pereira de Melo, nalguns casos em locais onde dantes havia passadeiras. Tudo se passa como se as avenidas da República e Fontes Pereira de Melo "fossem vias rápidas".


Comentando uma fotografia do local, da década de 50 do século passado, a autora conclui: "Apreciar o sol do fim da tarde numa praça pública, em vez de ficar confinado ao refúgio artificial de um centro de compras, respirando ar condicionado e piscando os olhos sob as luzes de néon, deveria ser um direito incontestável do habitante da cidade de Lisboa".

http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=03&d=19&uid=&id=69075&sid=7581

Depois do verdadeiro crime que foi a demolição do Cinema Monumental, assistimos à sucessiva demolição os edifícios fronteiros ao antigo cinema, destruindo toda a coerência da Praça e dos restantes, últimos exemplares da arquitectura do SeX XIX e XX.
O mesmo se passa em todas as Avenidas Novas, com o aval dos sucessivos executivos camarários, mesmo que o centro financeiro da cidade (cujas actividades exigem bastante espaço) se esteja a deslocar para o Parque das Nações ou para os parques empresariais de Cascais/Oeiras.