Corrão, que o #meme vem vindo aí!
por Marcelo Moraes
Para tudo o que está fazendo, há coisa melhor para se ver neste exato momento. Há quem diga que sim, há quem diga que não, afinal, o que é bom ou o que é ruim ultimamente? O que pode ser superficial ou concreto na rede? O que se diz aqui, ou alí, ou em qualquer lugar pode mesmo ser levado a sério? E se não for, o que pode acontecer? Se perceber que, aos poucos, sua identidade virtual está mudando; se suas palavras já não são mais as mesmas, contenha-se, pois você acaba de ser contaminado por mais um daqueles implacáveis intrusos da comunicação: o #meme!
Não adianta reclamar, negar ou desviar do assunto, por mais que você procure se comunicar da melhor maneira possível (#comoassimbial), vez ou outra acaba se adequando a algum termo, digamos, exótico, coisa que, muitas vezes, chega a soar como um vazio do seu vocabulário e que ele o preenche imediatamente. As redes sociais não são mais um assunto da moda, uma moda passageira ou apenas uma moda, é uma plataforma (porque rede já é) para a comunicação constante, frequente, ininterrupta entre as pessoas que querem se expressar para uma ou várias outras de modo bem mais além-privacidade. E nela, também, surge a polêmica do internetês, do quase assassinato da língua portuguesa (para os conservadores de plantão), mas é onde as pessoas se entendem (ou, pelo menos, tentam), e neste caminho vale até o que não valeria se valesse apenas a nossa norma culta da língua “purtuguesa”...
Surgiu um novo idioma? Uma nova cultura? Uma nova ferramenta de comunicação?
E por falar em #twitter…
É, parece que agora ele não é mais um et entre nós. Não ouço mais a pergunta: “O que é este troço?”, mas sim “VC tem twitter?” O que era um ambiente mais restrito, de repente tornou-se um mar de todos, que está sendo habitado por internautas na mesma velocidade que os passageiros do Titanic lançados em alto mar, durante o naufrágio: todos caindo de uma só vez… Parece que a moda é entrar de cabeça nas redes sociais para ver o que tem para se fazer por lá. A meu ver, parece que querem fuçar a vida alheia de outra maneira, forçar amizades ou laços de amizades para serem vistos como pessoas comuns, ou quererem a atenção de uma maioria por outros meios possíveis. E aí a nova “virose” se propaga, viram #hashtags ou #trendtopics ou “O que estou pensando agora?, mais conhecido como ‘status’” no Facebook.
Curtiu? Não curtiu? Então volta pro orkut!
Já não escrevo mais cartas manuscritas, não mais compro selos, e mais uso o celular que o telefone fixo. Se eu não souber explorar estas ferramentas tecnológicas para a comunicação, como vai ser o futuro deste nosso passado, atual presente? Sendo assim, estas expressões já fazem parte do nosso comportamento através da rede, muitas vezes indo além dela, mas que não podem ser ignoradas, afinal, quem está na rede é pra se comunicar, e cair no mais do mesmo de criticar estas expressões só vão deixá-las ainda mais inseridas neste espaço. Dica infalível: usar o bom senso. Simples assim. E, pensando bem, que mal tem eu curtir meus #bonsdrink com alguém, hein? #partiu
Gostou? Não gostou? Então, digitaqueeuteleio!
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