Feliz ANO VELHO, Adeus ANO NOVO!
Você abre um novo arquivo, se depara com a tela em branco e diz: “É hora de produzir! De começar um novo texto!” Depois de tantos outros que já se concluíram e tantos outros que nem sequer chegaram a serem escritos. O tempo mudou o tempo com que cada palavra fora criada. E chegou a hora de criar tantas outras em uma nova tela, para um novo post, sobre um novo ano: o ano novo! O novo que, assim que começar, se tornará velho: trará novas lembranças de promessas não cumpridas ou a serem cumpridas; que reatarão laços entre os nossos conhecidos ou que distanciarão dos que achávamos serem “velhos conhecidos”; nos levará àquelas intensas emoções de dor e tristeza do que não deu certo, do que se perdeu, do que se arrependeu ou do que se desperdiçou; trará também as recordações de afeto e alegria, das memórias detalhadas do que ocorreu de bom, do que deu certo, do que se conquistou, do que se ofereceu e nos foi oferecido; das oportunidades abraçadas e dos objetivos atingidos...
É o tempo de lembrar do velho hábito do Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo... Que tudo se realize no ano que vai nascer...
De se lembrar das lágrimas que se escorreram por um elogio, um forte abraço ou de um adeus enviado por Ele. Escrever um texto novo nos permite descrever o que está (ficando) velho: o corpo, a mente e a vida. Não há tempo de se discutir as mesmas coisas de sempre, porque sempre estamos querendo não mais discutir, discutindo. A vida nos exagera, nos tira, nos guia e nos desorienta. O que queremos dela quando nos vemos sendo ela?
A vida de retrospectivas está sempre mostrando ao novo o que o velho deixou. Vivemos neste ciclo e de nada adianta acharmos que ele não se modifica, pois se nós mesmos queremos que tudo se realize no ano que vai nascer!
Este ano foi, para mim, um ano de MUDANÇAS. Em ambos os sentidos: na forma de pensar, de agir, de falar, de trabalhar, de querer viver. Por dentro mantemos a essência, mas por fora expressamos o fruto desta intensa fábrica de emoções que é o nosso “interior”: aquele espaço que é reservado somente a você, que afunila a dor, o medo, a alegria, a tensão, a paixão, o desprezo, enfim... tudo aquilo que sentimos. Ninguém nos invade, ninguém nos incomoda, é uma via somente sua. Há quem diga sempre para nunca mudarmos “este nosso jeito”, “se melhorar, estraga”. Eu até que pensava assim por um bom tempo, até perceber que já estava mudando muito a expressividade do meu interior. Algumas pessoas notam, outras nem – sequer – percebem alguma coisa...
E mudar (ou RE-começar) nunca me fez pesar o lado ruim e sim, o bom! Com as mudanças também perdemos (às vezes pessoas, às vezes oportunidades, às vezes os dois ao mesmo tempo). Entretanto, ganhamos ou conquistamos tantas outras respostas àquelas perguntas que sempre nos tirava (ou que ainda tiram) o nosso sono ou a esperança de vermos os nossos objetivos atingidos. E eu mudei para MIM. Mudei para acreditar que sou tão capaz de conquistar meus sonhos quanto aqueles que já sabiam que eram; para me fortalecer das ofensas e dos caminhos tortuosos que, porventura, entramos; para sempre ser honesto comigo mesmo com o que sinto ou no que acredito e jamais deixar que isso se destrua por palavras ou pessoas contrárias; para nunca se esquecer que pessoas más existem, mal intencionadas também, e que assim eu tenha mais certeza daquilo que eu não sou.
Neste ano também sofri, tive decepções, descontentamentos, chorei, gritei e senti dor. Mas também sorri, tive surpresas, reconhecimento, tive muitas alegrias, me emocionei (às vezes sozinho, às vezes acompanhado). E no meio de tudo isso, conquistei a ansiedade. Aprender a não “sofrer” com o que ainda não ocorreu ou que está para ocorrer é algo fatal para quem MUDA. E estou mudando o jeito de lidar com ela também, apesar de saber que, assim como o medo, ela nos impulsiona a seguir com mais cautela ou nos cutuca à precipitação. Eis que a paciência ainda se faz presente e continuo cultivando-a por aqui, dentro de mim. Tarefa difícil nos últimos anos, mas não impossível!
SALDO DE MOMENTOS
“Muito dinheiro no bolso... saúde pra dar e vender...”
E vemos que a família também muda, ela envelhece, adoece, diminui ou aumenta. Ela muda a rotina do calendário sem aviso prévio. E o trabalho também: você pode aumentar ou diminuir a renda, de uma hora para a outra, e isso muda a sua forma de encarar aquela vida que levava. Neste ano, ambas as coisas mudaram para mim, e aumentaram a minha vontade de seguir cada vez mais com os meus objetivos: Passei a ESTUDAR mais (o trabalho, a família, a minha vida). Este ano foi, para mim, o ano do TRABALHO!
Saldo da família: 3 estrelas
Saldo do trabalho: 5 estrelas
Mas e os amigos?
Pois é, eles também... Mudam! Uns chegam, outros se distanciam, uns tornam-se mais reais, outros mais virtuais. Tempos do enviar e compartilhar. A tecnologia nos mudou também. Contudo, ela me trouxe novos companheiros que acabaram se tornando “velhos” tamanha a afinidade existente: coisas que a vida nem precisa explicar. E eles também nos mudam, nos acrescentam, nos fazem melhores. Entretanto, outros precisam de manutenção: um olhar atento, uma cautela com as palavras e uma certa distância garante-nos imunidade ao que ele/a deixa transparecer de “contagioso”. Mas tem também os amigos “de sempre”, que acampanham as nossas mudanças e que não mudam a sua importância dentro de nós.
Senti que, pelas redes sociais, deixamos de explorar as conversas por email ou telefone, pois os amigos querem estar mais “no feice”, postar “no feice”, anexar “no feice”, conversar “no face”... Cada vez que a comunicação se torna mais fácil, menos “fAce” se vê! Enquanto ainda conseguirmos marcar alguns encontros “pelo feice”, nem tudo estará perdido.
Saldo de amigos: 4 estrelas.
Tomando um novo Rumo...
Estou aprendendo a não criar expectativas de nada, embora a ansiedade nem sempre me ajude, mas a focar o pensamento num objetivo e procurar o melhor caminho para se chegar até ele (que nem sempre é o mais curto ou o mais fácil). E as surpresas vieram, e muitas vezes é tão difícil administrarmos as nossas alegrias quando estamos próximos de pessoas que compartilham de determinada tristeza. Parece que a vida nos testa sempre! Aí, quando dizem que não devemos divulgar a nossa felicidade aos outros, talvez tenha um peso disso também. Resta-me dizer o trivial “É a vida!”
Saldo de pensamento: 5 estrelas.
E o blog?
Ai, que medo! Só de pensar nele já entrego toda esta minha mudança... Quanto mais pensava em postar, menos tempo tive para escrever! Mas algumas coisas escrevi. Algumas poucas, mas escrevi. Sei que isto preciso mudar, afinal, escrever é tão terapêutico quanto fazer compras! kkkk E a mudança foi tão radical que nem pude fazer a postagem anual de aniversário do blog: Em agosto ele completou 5 ANOS DE VIDA! 5 anos de história, de memórias, de orgulho por compartilhar cada sentimento vivido em forma de texto; de cada amizade conquistada; cada comentário recebido; cada visita computada. Orgulho por saber que a minha vida não está “no feice”, mas aqui no blog. Que estou exposto sem ter que me ‘expor’ e que tudo que está aqui não precisa ser “curtido” para que seja bem quisto por alguém. O simples fato de ser lido, em algum momento, por algum motivo por alguém (ou ‘alguéns’), já me faz curtir também.
Pois é, o ano que está chegando é NOVO, mas é impossível deixarmos de falar do VELHO!
Que os VELHOS sonhos se realizem no NOVO ano!
Trabalhe os seus sonhos…
Sonhe sempre em ter trabalho, família e amigos…
Trabalhe tudo isso com paixão
Apaixone-se por seus sonhos e o seu trabalho também…
Expresse o AMOR de alguma forma: com a família, os amigos, os seres vivos em geral… e SORRIA…SEMPRE…Mesmo após uma lágrima caída, não deixe de sorrir dentro de si.
E tenha sempre motivos para ABRAZAR LA VIDA!
Feliz ANO VELHO, Adeus ANO NOVO!!! E obrigado por mais um ano juntos por aqui!
Saldo do Blog: 5 anos, 5 estrelas
#ALV5ANOS