“MEMENTO, HOMO, QUIíA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

''REVERTERE AD LOCVM TVVM'

'Retornarás de onde vieste'


ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de personalidades que marcaram época. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério, a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



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28 de jan. de 2010

IAN KEVIN CURTIS - Arte Tumular - 344 - Macclesfield Cemetery , Macclesfield, Cheshire, England







ARTE TUMULAR
Lápide em granito de formato retangular com o seu nome e datas gravados e a frase: "Love Will Tear Us Apart" ("O Amor Vai Nos Destruir"), epitáfio escolhido por sua esposa Deborah, em alusão à canção mais conhecida do Joy Division.Nesse local foram depositadas as suas cinzas após a cremação.
LOCAL: Macclesfield Cemetery , Macclesfield, Cheshire, England
Fotos: Coin Lan, Michel Enkiri
Descrição tumular:HRubiales

PERSONAGEM
Ian Kevin Curtis (15 de julho de 1956 — 18 de maio de 1980) foi o vocalista, compositor e guitarrista ocasional da banda Joy Division, a qual ele ajudou a formar em 1977 na cidade de Manchester, Inglaterra.
Morreu aos 23 anos de idade.
BIOGRAFIA
Ian Curtis nasceu no Memorial Hospital em Old Trafford, Manchester, em 1956. Ele cresceu na área de Hurdsfield em Macclesfield. Ainda muito jovem, Ian já demonstrava talento para a composição de músicas e poesia. Embora tenha se formado na King's School de Macclesfield aos 11 anos de idade, Ian nunca demonstrou interesse no sucesso acadêmico, focando seus interesses e ambições na área da indústria musical.
Sua paixão pela música o levou a trabalhar numa loja de discos por um curto período de tempo. Ian também trabalhou como funcionário público em Manchester e, mais tarde, em Macclesfield.
BANDA JOY DIVISION
Ian Curtis decidiu seu destino após assistir a uma apresentação dos Sex Pistols em1976, onde ele se convenceu de que queria estar no palco, e não no meio do público. Ian então conheceu os jovens Bernard Sumner e Peter Hook. Ian tinha visto o cartaz dos dois garotos que estavam tentando formar uma banda e ele se propôs a ser o vocalista e escritor das letras — e os três então firmaram o acordo.
Os três recrutaram (e rejeitaram) uma sucessão de bateristas até a decisão de aceitar Stephen Morris como o quarto membro da banda, que se chamou Warsaw por um curto período de tempo até mudar seu nome para Joy Division, em 1978, por causa de conflitos com o nome de uma outra banda: Warsaw Pact.
Diz-se que a persistência de Ian Curtis ajudou a assegurar à banda um contrato de gravação com a hoje lendária gravadora Factory Records, de Tony Wilson. Ian convenceu Tony Wilson a permitir sua banda tocar "Shadowplay" no Granada Reports — um programa regional de televisão apresentado por Tony. Após estabelecer a Factory Records com Alan Erasmus, Tony Wilson aceitou a banda no seu selo.
Durante as apresentações do Joy Division, Ian Curtis desenvolveu um estilo único de dançar, reminiscente dos ataques epiléticos dos quais sofria, algumas vezes no palco. O efeito era tal que as pessoas que estavam no público não sabiam se ele estava dançando ou tendo um ataque. Ele algumas vezes desmaiou e teve de ter atendimento médico ainda no palco, já que sua saúde sofria com a intensa rotina de apresentações dos Joy Division.
Muitas das canções que Ian Curtis escreveu são carregadas com imagens de dor emocional, morte, violência, alienação e degeneração urbana. Tais temas recorrentes levaram os fãs e a esposa de Ian, Deborah, a acreditar que Ian escrevia sobre sua própria vida. Ian certa vez comentou a respeito numa entrevista: "Escrevo sobre as diferentes formas que diferentes pessoas lidam com certos problemas, e como essas pessoas podem se adaptar e conviver com eles".
Ian cantava com um estranho timbre baixo-barítono, o que fazia com que sua voz parecesse pertencer a alguém muito mais velho que ele realmente era. Ele também era fascinado pela escaleta Hohner, um instrumento que foi mostrado a ele pela esposa de Tony Wilson, Lindsey Reade, pouco tempo antes da morte de Ian. Ele utilizou o instrumento ao vivo pela primeira vez durante uma passagem de som do Leigh Rock Festival em 1979, após o que ele adquiriu uma coleção de oito desses instrumentos. A fascinação de Ian Curtis pela escaleta levaria Bernard Sumner a utilizar o instrumento tempos depois, no New Order.
Os Joy Division, e em particular Ian Curtis, tiveram seu estilo de gravação desenvolvido pelo produtor Martin Hannett. Alguns de seus trabalhos mais inovativos foram criados no Cargo Recording Studios em 1979, um estúdio que fora desenvolvido por John Peel e seus investimentos financeiros. John Peel era um grande fã do Joy Division e de Ian Curtis.
Ian Curtis foi fortemente influenciado pelos escritores William Burroughs, J G Ballard e Joseph Conrad — os títulos das canções "Interzone", "Atrocity Exhibition" e "Colony" vieram dos três autores, respectivamente. Ian também foi influenciado pelos vocalistas Lou Reed, Jim Morrison, Iggy Pop e David Bowie.
MORTE
Os efeitos da epilepsia e dos problemas pessoais de Ian Curtis, como o divórcio conturbado da sua esposa e um caso extra-conjugal com a jornalista belga Annik Honoré, poderão ter contribuído para o suicídio de Ian, que se enforcou aos 23 anos de idade. De acordo com o livro Touching From A Distance, Ian ingeriu uma overdose de medicamentos para epilepsia e foi parar num hospital poucos meses antes de sua morte. Acredita-se que tal overdose tenha sido um "pedido de socorro", mas Ian disse a seus companheiros de banda que não havia ingerido uma overdose. O livro conta que Bernard Sumner levou Ian a um cemitério após sua saída do hospital, para lhe mostrar onde ele poderia ter ido parar caso a overdose tivesse sido fatal.
Na noite em que Ian Curtis cometeu suicídio, dias antes do início da primeira turnê do Joy Division nos Estados Unidos, ele assistiu a um de seus filmes favoritos, Stroszek, de Werner Herzog, enquanto ouvia Weeping, momentos antes de se enforcar falou por telefone com um amigo, nomeadamente membro de uma banda. Mais tarde ele se enforcou em sua cozinha, segundo se conta, ouvindo o disco The Idiot, de Iggy Pop. Os pontos de vista e as preferências de Ian Curtis continuam a gerar especulações sobre as reais razões pelas quais ele resolveu tirar a própria vida. Alguns dizem que ele simplesmente desejou morrer jovem. Mas o fato é que Ian já era conturbado em sua adolescência, com pensamentos e ideologias de contracultura, uma mente provavelmente já farta do mundo ao seu redor.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e pesquisa:HRubiales