Mostrando postagens com marcador Ferrari. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ferrari. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de março de 2012

Uma imagem... que traduz uma corrida



Viu o print? É. Não há mais o que dizer. Perez brilhou, Alonso venceu e Massa... bom, quase levou uma volta. O GP da Malásia de 2012 foi o fundo do poço para o brasileiro da Ferrari. Depois de um dia em que seu companheiro de equipe ganhou, o grande pretendente à sua vaga chegou em segundo - por pouco não vencendo a prova -, e Felipe chegou basicamente em último, sendo ultrapassado diversas vezes na pista, e quase levando uma volta (como vemos acima), não tem como ir mais fundo... mesmo.

Para piorar, Massa ainda tem uma campanha no mundial pior do que, por exemplo, a do estreante Charles Pic da fraquíssima Marussia. Um time que sequer fez a pré-temporada. 



Já Alonso, é o líder após duas corridas.

Esse não é o Massa. Simplesmente não é possível. Talvez um dia saibamos o que tem acontecido com Felipe nesses últimos tempos, mas por ora é impossível pensar em algo plausível. O GP da Malásia de 2012 foi uma das piores apresentações que alguém já fez na F1 com um carro de ponta. Com o mesmo carro, diga-se, de quem ganhou a prova.

Button e Vettel tiveram seus "dias de Hamilton" e “acharam” Karthikeyan pela pista. Um teve culpa, e o outro, como o mesmo disse, encontrou o poste indiano e praticamente acabou com suas chances na prova.

Excelente prova de Kimi Raikkonen, lembrando 2008, conseguindo a melhor volta da prova no fim da corrida. Ótima corrida também de Bruno Senna, que finalmente colocou sua Williams nos pontos, em 6º lugar, mesmo chegando a ser último durante a prova. Um resultado melhor do que o ano passado inteiro do time de Grove. Muito bom.

Figurando nos destaque negativos, Grosjean, que mais uma vez provou estar verde, a Mercedes, que virou abóbora na corrida, e a Red Bull, que não lembra nem de longe seu ritmo de 2011.

Sintetizando, o GP da Malásia foi isso. Na verdade foi muito mais. Foi uma das melhores corridas dos últimos tempos. Mas como o assunto já está meio frio, melhor ficar por aqui. Os grandes destaques foram Perez e Massa. Um por colocar seu nome como a maior promessa da F1 em 2012; o outro por não condizer com aquilo que se espera dele há pelo menos um ano e meio. Pensando bem, agora não seria mais tão injusto se Massa perdesse seu lugar na Ferrari. Felipe não é o mesmo, e aparenta estagnação. Estagnação que já beira o regresso.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Limitados


Cada vez mais a F1 restringe o uso da criatividade de seus engenheiros. Em 2009, foi para supostamente “limpar o ar” da famigerada turbulência que impedia ultrapassagens; extinguiram-se o excesso de apêndices aerodinâmicos, vulgo “penduricalhos”. Em 2010, foi o banimento definitivo do difusor duplo, depois de uma temporada de muita politicagem em cima do tema. No ano passado, o grande coelho na cartola dos projetistas para ganhar downforce na parte traseira foi o difusor soprado, somado ao mapeamento insano dos motores em classificações. Tudo posteriormente declarado ilegal.

Com todas essas limitações, chegamos ao que vemos a olho nu nesses primeiros testes. Carros com soluções praticamente idênticas, seja por regulamento (os obrigatórios 55 e 62,5cm de altura na ponta do bico e a partir do eixo, respectivamente) ou por política (algumas equipes pediram autorização para usar chassis 2011, segundo diz Ross Brawn , ou seja, chassis com a frente naturalmente mais alta).

O fato é que isso abriu o concurso de apelidos infames aos carros e reclamações quanto aos “designs”. Pessoalmente, discordo da maioria. Acho os carros de 2012 agressivos e até interessantes. A maioria dos engenheiros que optaram pelo degrau no bico, não o chaparam à la Ferrari, e harmonizaram um pouco as linhas de tal solução, como Toro Rosso, Lotus, Caterham e Red Bull.

Vou me abster de comentar aqui algo com link à engenharia. Não sou engenheiro, e confesso ter poucos conhecimentos dessa parte técnica da F1. Mas o que historicamente dá pra comprovar, é que pouquíssimas vezes carros com layouts muito extravagantes foram realmente vencedores. Guardadas as devidas proporções, pode-se até citar o McLaren de 2011 e sua entrada de ar em “L” aí. Nos primeiros testes, ambos pilotos reclamavam da falta de grip do carro, fazendo sempre tempos ruins. Tudo foi corrigido, mas fez, sabe-se lá quanto terreno, os ingleses perderem para a Red Bull no início do ano. Não é demais dizer também que o time desistiu desse projeto para 2012.

Há outros exemplos atuais como a Williams de 2004 (batmóvel) e a Renault de 2009 (bico absurdamente largo), projetos abandonados com o tempo. Onde quero chegar é: Não boto muita fé em linhas chapadas, graças a esses carros. Pegando o gancho, diria que não simpatizo muito à proposta da Ferrari. Normalmente o que faz (ou tem feito) um time ter sucesso são sacadas "por baixo do pano", como difusores, sistemas de suspensão, posições de escapamento, etc. Não algo tão visualmente transgressor, como é esse carro. Mas, como já disse, é puro palpite... digo mais, achismo.
Enfim, pré-temporada é sempre um momento difícil para os espectadores da F1. Nunca se sabe o que se levar a sério ou não. O que é possível, e fácil de fazer, é comentar e cornetar os visuais, além de compará-los. Mas no fim das contas, quando há uma mudança grande desse tipo, quando todos escolhem seu modo de interpretar as regras (ainda que limitados), normalmente após as primeiras corridas as coisas tendem a ir para um mesmo lado: Todos copiam aquele que está vencendo. Vai ser assim em 2012 e nunca foi diferente.

Por ora, o negócio é esperar pra ver.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Na trave, parte 1


Se vai ou não parar de correr ao fim deste GP do Brasil, Barrichello, independente disso, namorou várias vezes com o sucesso pleno em Interlagos. Foram três pole positions em treinos classificatórios... mas apenas um pódio. A verdade é que Rubinho - ora por nervosismo, ora por azar - nunca teve provas sem algum tipo de problema no Brasil durante sua carreira

O primeiro dos anos que Barrichello veio com força e constância necessária para ser considerado favorito sólido foi em 2003. Depois do brilho de 1999 na Stewart - quando liderou pela primeira vez o GP do Brasil após uma sumária falha hidráulica no McLaren número 1 de Mika Hakkinen (que venceria a prova ainda) – Barrichello devia uma atuação como aquela, mas agora de Ferrari.

Rubens não decepcionou. Cravou a pole position à frente das McLarens - que haviam ganho as duas primeiras provas - e de um inspiradíssimo Mark Webber - que assustou chegando a colocar mais de dois décimos no tempo de Barrichello no segundo setor de sua “flying lap”. Para infortúnio do australiano, seu motor Cosworth sucumbiu à subida para os boxes, concedendo ao brasileiro sua primeira pole em Interlagos.

Na corrida, depois de uma largada com Safety Car pelo pé d'água que caia, Barrichello começou a ser ultrapassado por vários carros – os de pneus Michelin, já que o regulamento permitia apenas que as fabricantes de pneus trouxessem um tipo de pneu “biscoito” aos fins de semana; os franceses tinham o “full wet”, enquanto a Bridgestone o intermediário. Beneficiado por alguns abandonos, uma tática acertada da Ferrari e uma trégua de São Pedro, Rubinho se viu a poucas voltas do fim a somente um carro da vitória, a McLaren de Coulthard.

A pressão de Barrichello foi tão forte que o escocês cedeu. Na volta 45, Rubinho era líder finalmente. Nada parecia tirar de Barrichello a tão sonhada vitória no Brasil... até que, depois de marcar a volta mais rápida da prova, seu F2003-GA parou misteriosamente. Um problema no rádio fez com que seu combustível acabasse na pista e evaporasse o desejo dele e dos torcedores naquele dia. A vitória.

Em 2004, outra oportunidade. Barrichello cravou aquela que é a melhor volta até hoje em Interlagos no treino classificatório. Porém, a chuva, tantas vezes sua aliada, veio para lhe atrapalhar neste dia. Depois de largar de intermediários e perder a liderança para Raikkonen na primeira volta, Rubinho a recuperou na volta quatro. No entanto, a chuva que caia antes da largada havia parado, e, pela degradação dos pneus Michelin, Raikkonen e Montoya foram aos pits. Voltaram lado a lado, numa disputa que parecia valer a vitória – e valeu.

Barrichello permaneceu na pista. Ele e o jovem Felipe Massa. Ambos lideraram a prova durante uma volta, a seis. Uma volta feliz para o torcedor... mas uma volta que faria Barrichello perder suas possibilidades de vitória, já que Montoya, Kimi, Ralf e Sato viravam suas “out laps” ameaçadoramente mais rápido que o brasileiro, ainda de intermediários.

Rubinho parou logo após, e voltou atrás de todos estes. No fim das contas, acabou ficando com um modesto terceiro lugar. Massa foi oitavo. Ambos perderam primeira e quarta posições, respectivamente, pela volta que lideraram o GP do Brasil em 2004. Azar.

Ganhando ou não, fica o momento e a emoção de suas voltas voadoras que lhe permitiram largar pelas duas primeiras vezes na frente em Interlagos. Assista-as abaixo.

domingo, 10 de julho de 2011

il Cavallino!


Um carro vermelho na frente em 2011, enfim. Que seja então, 60 anos depois do argentino José Froilán González - em Silverstone mesmo – conquistar a primeira pole position e vitória para o time de Maranello na F1. Fantástica corrida de Alonso, dosada, claro, de uma boa sorte pelo problema no pit de Vettel e pelo escudo humano feito por Hamilton, que o possibilitou abrir grande vantagem de Vettel no penúltimo stint. Hora certa; lugar certo. E com a marca da competência do espanhol. Grande prova.

Vettel teve ceifada sua possibilidade de vitória (na verdade, a certeza) na segunda parada de Box, depois de muita demora. Perdeu posições para Alonso e Hamilton. Isso foi crucial. Depois de passar Hamilton na última parada, Sebastian se deu por satisfeito com o segundo lugar. Justo, já que este posto - o segundo - é a pior posição de chegada do alemão nesse ano, sendo esta a terceira vez que isso acontece em nove provas. As outras seis... bom, não preciso dizer.

E não foi hoje que Webber liderou a primeira volta em corrida nesse ano. Outro desempenho horrendo de Mark. Desde o momento que largou, só perdeu posições. Apenas ganhou o terceiro de Hamilton, que se arrastava. Tentou atacar Vettel no fim, em vão. A equipe cortou suas esperanças de pela primeira vez chegar à frente do companheiro de Red Bull pelo rádio; foi até engraçado. Um terceiro lugar que olho com certo desprezo. Só está aí pelo carro que tem.

Hamilton fez uma boa corrida. Sempre combativo, largou de 10º para sétimo e em poucas voltas estava colocando pressão em Felipe Massa pelo quarto lugar. Uma pena a McLaren ter estado em tão forte declínio neste fim de semana, Hamilton poderia ter feito muito mais – coisa que o consumo excessivo de combustível também atrapalhou no final. Pelo menos, fez o show nas disputas com Vettel e, no fim, com Massa, chegando a um décimo do brasileiro na acirrada corrida pelo quarto lugar.

Tão apagados quanto Webber foram Massa e Button. Felipe até que começou num ritmo bom, mas caiu progressivamente (ou regressivamente, escolha) no andar da prova. Dessa vez não dá pra culpar o trabalho de Box, Massa deixou a desejar. O mesmo de Button, que acabou abandonando sua prova insossa num erro da equipe na troca de pneus.

Excelente corrida de Rosberg e, principalmente, Sérgio Pérez, que conseguiu um expressivo sétimo lugar saindo de 12º, mostrando ser bom de chuva. Quem foi bem também foi Michael Schumacher, que poderia ser sexto não fosse a punição pela batida em Kobayashi. Punição que faz sentido quando se nota que Schummy se aproveitou da parada para a troca do bico para trocar os pneus de chuva, unindo, de certa forma, o necessário ao útil. De bom tamanho o nono.

Reservo, por fim, este espaço para comentar as mudanças no circuito de Silverstone. Foi muito estranho ver uma largada de GP da Inglaterra longe da Copse, e não ver os carros saindo “babando” da Chapel, uns colados nos outros, em direção à Stowe na primeira volta. Fora ainda que o novo pit lane é em declive, impossibilitando ao espectador ver justamente o pit das melhores equipes do grid. Outros problemas no Box são a entrada e a saída. A primeira corta por muito a Club; a segunda corta de leve a Abbey, o que inclusive fez com que as punições hoje não fossem os costumeiros drive-throughs, e sim os saudosos stop and go’s de 10 segundos.

Onde quero chegar: Mudar pra quê? Não vejo outro motivo senão se gabar da nova área de pits, “The Wing”. Quer saber, ficou boa sim. Sou a favor da evolução na F1 e até de apetrechos que possam ajudar na emoção como DRS e, como chamam por aí, os pneus de isopor. Defendo-os. Acho tentativas válidas para a F1 continuar sendo aquilo que sempre foi, o topo e a elite do automobilismo. Mas manter certas tradições não custa, e neste caso, inclusive, seria menos espalhafatoso e mais bem aceito pelos fãs do que uma mudança dessas proporções.

E tenho certeza que quanto a isso falo pela maioria; a F1 querendo se modernizar desnecessariamente corre risco de cair numa crise de identidade, se é que já não está.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Pelo esporte... mesmo que sem querer


Ontem a Ferrari mostrou seu carro numa cerimônia que já vai virando exceção na F1 atual. O ato de reunir a imprensa na fábrica, dar uma festinha com comis e bebis e quando menos se espera aparecer com o carro de uma forma notória. Isso até 2008 era de lei. Todas as equipes, de alguma estrutura que conseguiam deixar seus carros prontos para a primeira ou segunda sessão de testes faziam isso.

Porém, ao que indica, isso irá desaparecendo tão logo que os dirigentes dos times vejam que isso não é lá tão necessário para agradar patrocinadores e fazer com que o carro tenha boas críticas da imprensa especializada. Na verdade, no caso da imprensa pouco se pode falar de um carro de corridas antes dele andar. Fala-se aquilo que se leu ontem, detalhes visíveis a olho nu.

Mas sabe-se que desde que fizeram o primeiro fórmula, julgar um carro apenas a olho nu é muito errado. Fosse certo, carros como a Williams de 2004 e a Benetton de 1991 deveriam ser lembrados por suas conquistas na pista, não só pelo design. E carros como o RB6 não, já que o grande trunfo do projeto estava sob a carenagem, um sistema de escapamento que direcionava o ar do motor ao difusor traseiro, das maiores sacadas de todos os tempos.

As equipes caíram na real. E segunda e terça-feira farão, em Valência, algo mais discreto privilegiando o carro, seu desenvolvimento, seu desempenho. Algo como uma pequena sessão de fotos à imprensa, divulgação de fotos do carro em estúdio para deixar os patrocinadores felizes e... correr.

Pergunta-se: Pode se dizer que essa mudança só foi provocada apenas por uma crise mundial de sérias proporções? Pode e deve. Mas dentro da evolução constante e implacável da F1 deu-se um retrocesso, algo que lembra uma F1 que não se preocupava tanto com pompa e luxo... uma F1 mais esportiva. Se vemos a F1 correndo em Abu Dhabi e iniciando uma temporada num circuito xôxo como o de Sakhir só pra ir atrás de uns petrodólares, pelo menos um lado disso tudo ainda, por enquanto, corre pro lado certo esportivamente falando.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

2 em 1 (ou 1 em 2?)

É, eu não esqueci daqui, apenas estou dando aquela relaxada... mas nao se preocupem, tô aqui de novo, rs.

Vim pra falar dos lançamentos, pra aquilo que parece, pelo menos pra mim, outra pré temporada de costume, pois os carros nesse ano prometem ser mais feios que no ano passado, quem diria que dava pra piorar!


Vimos ontem Ferrari e hoje McLaren. Como se disse por aí, parecem muito com o RB5, dito o melhor projeto de 2009, pois não usava um difusor traseiro de dois andares, a moda da temporada passada. Adrian Newey descobriu outra forma de aumentar o downforce atrás, o que era, e é, o grande déficit dessas configurações aerodinâmicas impostas pela FIA. A história todos sabem, somando-se a inexperiencia de Vettel no início do ano, com a evolução do projeto que só estreiou na Inglaterra a Red Bull acabou se comprometendo, a F1 é cheia dessas histórias.

Que tal uma comparaçao entre esses modelos?








Taí, bico mais alto, evidente a olho nu, além do defletor bem visivel pintado de branco no carro da Ferrari. Além disso, ainda no caso da Ferrari o desenho côncavo no meio do bico lembra muito o do RB5. Na Mclaren há os defletores, que nao existiam ali no ano passado.





De lado a largura dos espaços dos radiadores parecem bastante, muito grandes. Isso também é explicado pelo tanque maior, mesmo assim o RB5 já se mostrava bem largo a olho nu. A bigorna no caso da McLaren também se parece bastante com o carro do ano passado da Red Bull já que é extendida até o aerofólio traseiro.
Enfim, foi o que indentifiquei. Se vocês viram mais alguma coisa coloquem nos comentários!

domingo, 30 de agosto de 2009

Um caso de amor...


... é assim que se pode traduzir em palavras a boa relação de Kimi Raikkonen com Spa Francorchamps. Não foi atoa que ganhou desde 2004 a exceção de 2008, e claro 2006 quando não houve corida. Uma relação tal qual Senna com Mônaco, Schumacher com Magny Cours, Prost com Jacarepaguá, enfim nesse hall também pode se colocar Kimi com a pista de Spa.

O único porém de sua prova na minha opinião foi ter usado a área de escape da La Source de forma desonesta, afinal, se aquilo pudesse ser ultilizado não teriam colocado aquela zebra para dividir o escape do leito carroçavel, oras. É por isso que detesto essas áreas de escape de asfalto (necessárias, claro, em alguns lugares ex: Blanchimont) e seu uso abusivo.

Mas pra mim, o grande nome do dia foi Fisichella. Sua performance foi algo incrível e inimaginavel até para um de seus maiores torcedores desde a primeira passagem na Jordan... sim, o cidadão que vos fala. Creio hoje que vimos a melhor atuação de Giancarlo na F1 com apenas um único erro que pode ser explicado pela falta de experiência (muito embora Fisi tenha 226 GPs na bagagem) na hora de relargar depois do acidente na largada.

Mas não é algo para se colocar demérito algum nessa façanha de colocar a Force India na pole position e chegar aos primeiros pontos do time no 2º lugar da prova. E não foi segurando ninguém atrás, mas sim dando até um certo calor na Ferrari de Kimi Raikkonen. Bom resultado para Fisichella que adiciona troféus pela primeira vez desde o GP do Japão de 2006 a sua estante.

Do 2º para trás a corrida também teve varios ingredientes. Desde as confusões na primeira volta que tiraram de combate dois dos protagonistas da prova, os ingleses Button e Hamilton, até as disputas no meio de corrida usando as táticas de box. Foi uma corrida boa em suma.

A Brawn teve um dia para esquecer, Barrichello pela 3ª vez nesse ano engasgou na hora da partida e caiu pra último, mas depois fez uma boa corrida de recuperação e ainda chegou fumando o motor Mercedes no fim da prova.
Button encontra se em seu inferno astral. Não tem mais um bom carro e não consegue andar mais tão bem, além do que teve azar hoje abandonando. Mesmo assim tem gordura para ganhar o caneco ainda, na minha opinião.

Boa corrida de Vettel que fez por onde com um carro regulado para o 2º setor fazendo varias ultrapassagens nos pits, além da volta mais rápida da prova.

A destacar também a corrida da BMW 4º e 5º para Kubica e Heidfeld, parece que ao anunciarem a saí da encontraram o caminho para andar bem.

Mais uma coisa, agora falando de algo que foi dito durante a transmissão da Globo. Se o que diseram sobre Nelsinho Piquet e Renault for verdade cabeças vão rolar coisas vão acontecere o destino da Renault e de Flávio Briatore na F1 estão condenados. Além do que Nelsão jamais poderá falar mal de outro piloto brasileiro na vida... a ver o que acontece aí.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Atualizando-se: Schummy vem, BMW vai


Schumacher é o subtituto de Felipe Massa na Ferrari número 3. Certamente das coisas mais bizarras (no bom sentido, claro) que já vi. Aliás, de algo serviram aquelas aventuras motociclisticas (as vezes mal sucedidas) do alemão, vai saber qual seria a forma física de Schumacher não estivesse todo esse tempo andando de moto. E de outra coisa, essa aventura até agora mal explicada por motivos plausíveis, também pode ter servido para manter bem acesa e viva a chama do estinto de Michael Schumacher, vencer a qualquer custo e nunca se dar por derrotado, assim ele conseguiu o que conseguiu na F1.

Eis que surge uma oportunidade, aí está ele, pronto para guiar e voltar aos cockpits. Certamente ninguém melhor que o melhor piloto de todos os tempos segundo as estatísticas da F1 para pilotar. Agora a Renault até pode continuar suspensa, Alonso não será nem de longe o nome do fim de semana e/ou chamariz para vender ingressos para o GP, aliás, quem esse cara mesmo? Sei lá, mas de uma coisa eu sei, esse GP de Valência está simplesmente imperdível!!


A BMW anuncia sua saída da F1. Novidade? não diria isso, mas isso era algo que esperaria primeiramente da Toyota e da Renault, que ameaçam muito mais pegar o boné. Revelada aí a grande falta de comprometimento dessas motadoras com o automobilismo, vêem essas corridas apenas como vitríne.


Momento oportuno analisar os números da BMW desde 2006, que tal? Em 2006 a BMW foi 5ª colocada entre os contrutores com dois pódios (Heidfeld terceiro na Hungria e Kubica 3º na Itália) como melhores resultados. Uma evolução já que em 2005 a Sauber, time de quem havia adquirido o espólio, havia conquistado apenas como melhor resultado um modestíssimo e circunstâncial 4º lugar com Massa no Canadá.



2007 foi o ano que a marca deixou de figurar e apareceu de vez. Heidfeld era melhor que Kubica em boa parte da temporada. Os melhores resultados foram dois 2º lugares no Canadá e na Hungria de Heidfeld. Kubica pouco fez além de protagonizar uma das batidas mais plásticas da F1. Segundo lugar no geral depois da desclassificação da McLaren.

Em 2008 foi o grande ano da equipe, fizeram dobradinha no Canadá, Kubica chegou a ser 1º no campeonato de pilotos e BMW também chegou a ser 1º no campeonato de construtores. Tudo ia de vento em poupa, BMW foi 3º no geral.

Mas aí 2009 chegou, trazendo como novidade o KERS. A BMW foi a equipe que mais desenvolveu o dispositivo, além também de ser a pioneira. Porém no início do ano revelou-se que ter um bom KERS não favorecia o desempenho do carro. Não tanto quanto um difusor duplo como o da Brawn. A BMW parou no tempo não conseguiu acompanhar o ritmo de evolução das outras equipes assim começou a andar para trás, e nessa semana anúnciou sua retirada.

Por quê disse tudo isso? Pois as montadoras não vêem a F1 como esporte, e sim como negócio. São como uma criança mimada que não sabe perder, ao primeiro sinal de muito investimento e pouco resultado pulam fora do barco.

Enfim... não é uma surpresa, Max Mosley sempre alertou que as montadoras eram perigosas para o esporte, ainda bem que essa saída vem em um ano em que várias equipes almejam entrar na F1. Adeus BMW e que venha alguém com menos dinheiro por um lado, mas com muito mais comprometimento do outro.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Amplo Domínio

Não vou fazer um post muito longo. Antes de mais nada é preciso dizer que enfrentei problemas aqui em casa, sabe, as vezes parece que é a revolução das máquinas, nada funciona. Sempre acontece comigo... fiquei inapto a postar ontem e hoje.


Bom vou falar o que dos treinos na China? Falar que a Brawn é soberana, falar que Button é realmente uma Phoenix que renasceu das cinzas jogadas ao mar... isso todo mundo já sabe. Uma coisa é certa, ou Rubinho reage hoje ou a situação vai ficar bem complicada internamente. Agora não tem mais a desculpa de que é 2º piloto do time, agora é pra valer... então que o "brasilerinho" caia pra cima, torcida minha não falta, mas se não for e ficar dando essas declarações boçais costumeiras vai ser espinafrado sem dó pelo que vos escreve.

Renault corre com difusor no carro de Alonso... e o dito cujo ficou atrás de Nelsinho hoje, sei não hein, esperava mais... carro mal nascido é assim mesmo, uma carroça com ou sem difusor. Muito embora não fossem da turma do "Legalize já!" a Renault já tinha o difusor pronto a tempos, mas esse resultado, pelo menos por hora, é broxante para eles.

Mais uma vez a Ferrari se mostra solidária com causas comuns, lembram de Monza 2001 e Bahrein 2005? nas ocasiões o time se mostrou solidário a primeiramente os atentados terroristas de 11 de setembro (inclusive sendo seguidos por outras equipes no GP dos EUA, prova seguinte) e em segundo pelo falecimento do papa João Paulo II.

Ferrari de Barrichello sem patrocínios e com bico preto em Monza 2001

Bico preto lembrando de João Paulo II no Bahrein 2005
Nesse fim de semna a Ferrari parte mais uma vez em uma causa nobre, uma saudação aos que sofreram perdas imensuráveis na cidade de Abruzzo na Itália, uma bela ação. Porém o time precisa agora de mais solidariedade a si mesmo, pois a coisa vai do preto ao breu... 12º e 14º para Massa e Raikkonen, fora a pontuação no campeonato que não é nada animadora.

"Abruzzo no coração" é o que diz a dedicatória
A série com o Metallica voltará (se as máquinas aqui continuarem o cessar fogo) amanhã. Treino hoje ás 4:00h!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

E a vida continua...

Bom pessoal para quem ainda não viu... quem tem Speedy em SP está com problemas para se conectar a net... não é a 1ª vez... juro que estou ficando possesso, mas, vamos falar de F1, para desencanar.

Falar do GP da Malásia... uma tarefa bem complicada, uma corrida com muitas alternativas, muitas disputas, muitas ultrapassagens, muita água... enfim uma típica corrida daquelas que sempre será lembrada por quem viu e por quem no futuro for querer aprender sobre a história da F1.

Uma das coisas mais interessantes da corrida foi o uso nítido do KERS nas retas principais do circuito por Hamilton, Raikkonen e Alonso. O último apenas para defender posições, se não fosse o KERS na Renault eu não sei onde pararia Alonso e Renault. Isso provou que o uso desse novo dispositivo dará emoções as corridas e será muito interessante de ver ao vivo os pilotos o usando para defender e atacar. E lembrando que a próxima prova é na China onde teremos a maior reta da atual F1 a disposição para que os pilotos possam usa-lo, espero com grande ansiedade.

Não vou falar da Brawn nem de Button, acredito eu que tudo já tenha sido dito no post de domingo, estão na crista da onda por enquanto, mas o dia D para difusor está ai, daqui uma semana saberemos se é legal ou não, e se Brawn é um fenômeno ou é apenas ocasião desta peça, veremos.

Uma coisa é certa algo precisa ser mudado agora na Ferrari. Zero pontos no campeonato e um amargo último lugar para a nada menos que campeã de 2008 é algo inconsebivel pra quem por tanto tempo dominou a F1. O carro não é o culpado, é um carro competente, talvez um pouco ruim de confiabilidade, mas um carro que em situações normais pontuaria. A culpa não é dos pilotos, muito embora Massa tenha um bela parcela na culpa de sua classificação desastrosa e Kimi tenha se mostrado ainda pouco combativo.

A maior culpada é a administração do time, que vem errando sem parar durante as provas, treinoa, estratégias, acertos de carros, pneus moles, duros e agora de chuva. Botar pneus de chuva no carro de Kimi no 1º pit stop com certeza foi uma das atitudes mais ridiculas da história do time. A pista ainda estava seca, e tudo leva a crer que botaram pneus de chuva na base do achismo já que Barrichello parou logo depois de Kimi e botou um jogo de pneus slicks. Sobrou até para Schumacher de quem a imprensa alemã atribui a idéia dos pneus de chuva.

Terminando, está na hora de botar a cabeça no lugar. Foram já duas provas, é verdade, mas tudo pode mudar daqui para frente. 2 semanas para o GP da China onde a Ferrari tem o melhor retrospecto. Das 5 corridas lá venceu 3.

Para acabar a vaca preta de Kimi durante a bandeira vermelha. Depois a Ferrari veio a público e disse que o carro de Raikkonen infrentava problemas com a vedação da bateria do KERS, e claro, por uma questão de segurança, o abandono.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Tirando conclusões

Não vou e nem pretendo falar dos testes de inverno aqui, mas acompanhando os resultados desses que acabam hoje, muito me surpreendi com a reincidência de algumas equipes. Pontuando gostaria de destacar 3:

-Brawn GP: Todos nós falavamos que ia apenas fazer número no grid e que apenas ai ser notada em caso de acidentes, quebras e como retardatária atrás de todos. Porém os testes não dizem isso, a Brawn treinando com todas as 10 equipes não ficou um dia fora do Top 4. Se fosse uma vez ou outra, mas não, todos os dias vemos o carro da Brawn na frente desde que começaram os testes, e fazendo simulações de GPs completando cerca de 100 voltas por dia. Carro bem nascido do talvez maior mago projetista da F1 atual, Ross Brawn.

Não acho que o Brawn vá andar em 1°, não seria viável pensar que um time que há uma semana atrás não sabiamos nem se alinharia na Austrália vá liderar corridas, porém não será fundão com toda a certeza. Tempo dirá a verdade mas a Brawn não vai figurar como achamos.

-McLaren: O time de Working está encontrando serissímas dificuldades com as novas exigencias aero-dinâmicas feitas pela FIA. Tinhamos essa idéia já durante os testes no Algarve com o uso da asa traseira de 2008, mas o que era para ser algo passageiro virou crônico e o time tem problemas para se estabelecer com a aero-dinâmica 2009, por assim dizer. Fato é que Hamilton bateu forte em Jerez no último dia de teste lá e a McLaren não vem conseguindo em Barcelona andar na frente, sempre esteve entre os últimos colocados com Kovalainen e inclusive Hamilton que ontem ficou na lanterna. Até Norbert Haug chefe de corridas da Mercedes-Benz já fala mal do potêncial do carro. O que me faz levantar aquela hipótese de Whitmarsh e McLaren estarem pagando pela inesperiência como pagaram Domenicali e Ferrari ano passado. Parece que o jogo inverteu.

-Ferrari: E de fato a Ferrari me dá a impressão de que pode ir além do que rende, tem ficado a exceção de hoje no Top 4 porém sem fazer tempo para ficar em 1° e ganhar mídia, e sim ficar mais atrás ali para ser "abafada" pela Toyota, BMW e Brawn GP. Há ainda alguns probleminhas com relação ao KERS, claro, não poderia ser diferente talvez a maior novidade em termos revolucionários dos últimos anos na F1, é normal que tenham problemas no início. Porém a Ferrari sempre está ali entre os primeiros e aposto nesse ano em um começo muito forte do time italiano.


Para tirar as provas os resultados dos testes estão na ordem aqui, aqui, aqui e aqui

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A Númerologia e a F1




Estou vendo em muitos blogs, sites e mundo afora muita discussão sobre os números da Ferrari, "- quem será o número 3? Kimi ou Massa?" O pessoal dá tanta importancia a isso e não vê que isso na realidade não tem a menor importância, quer dizer, isso não rotula quem é o primeiro e quem é o segundo piloto, são meros números nesse caso.

Existem milhões de histórias na F1(e no automobilismo) de pilotos com números maiores que seus companheiros de equipe que chegaram na frente dos mesmos em campeonatos e até tinham preferência na equipe. Um ótimo exemplo é o tratamento dado a Mika Hakkinen e David Coulthard na McLaren em 1998. DC tinha o 7 e Mika tinha o 8, e nem por isso a equipe via David como primeiro piloto do time, muito pelo contrário, mesmo David ficando na frente de Mika em 1997 o time claramente tinha Hakkinen como o favorito, pode se ver isso logo na primeira corrida do ano de 1998 e ao longo da estádia de David e Mika na escuderia de Working...

...Onde quero chegar? não é o número do carro que vai decidir o campeão desse ano, a Ferrari vai ter que tomar uma decisão neutra no começo do mundial, se Massa vier melhor que Kimi como no ano passado ele será o primeiro piloto, se Kimi vier melhor que Felipe como em 2007 será o primeiro do mesmo jeito que seria com Massa, sem influencia da númerologia, nem astros, nem signos, nem nada...(como foi no ano passado mesmo se tratando do número 1 de Kimi)

Por tanto não é o número do carro que decidirá a preferência a favor de ninguém... mas botando uma lenhazinha na fogueira veja isso no site oficial da F1.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

The Best of Both Worlds

Vasculhando no Youtube encontrei uma relíquia, 3 momentos durante o GP da Austrália de 1986 nos quais podemos ver a câmera on-board na Lotus de Johnny Dumfries. É um grande barato veja:






A câmera on-board parece uma daquelas câmeras de edifícios, ou nem isso porque hoje elas já são mais modernas, são só aquelas semi-circunferências escuras, com uma câmera minuscula dentro. Trambolho, devia dar até arrasto no carro.

Agoro essa é a de hoje (ontem, tá bom, são 2:00 AM) no carro de Massa, ou melhor, no capacete do brasileiro. Veja:



Certamente o melhor do dois mundos. Numa vemos o esforço de Dumfries com um câmbio manual não-sequêncial, com um volante bem menos "tecnológico" que o de hoje em dia, tal qual o da Ferrari de Massa, que você já sabe, vai ter mais dois botões para essa temporada.

A nível de curiosidade vale dizer que esse foi último GP da Lotus usando a famosa pintura da "John Player Special". Senna quebrou, mas Dumfries conseguiu o 6° lugar na também última corrida de sua vida.

De arrepiar as duas, não?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O primeiro


A Ferrari acabou de apresentar o novo carro em Mugello, o F60. Esse novo modelo quebra a sequência de modelos de nome F2006,F2007... o porque é que esse carro é o 60° carro que a escuderia do "Cavallino Rampanti" construiu para entrar no campeonato de Formula 1.

A primeira vista já vemos que não há aqueles apendices aerodinâmicos da última temporada usados por todos, de se estranhar um pouco agora. A frente até que ficou legal mas o aerofólio ainda não me acostumei. Os pneus slicks também fazem o carro ficar mais bonito.

Massa foi o piloto que andou a primeira vez com o carro hoje de manhã, precisamente as 10:35h horário da Itália (7:35h horário de Brasília). Massa nas declarações se diz mais forte e motivado do que no ano passado e diz que estranhou o tamanho do carro de início, achou pequeno. "Estou um pouco surpreso porque eu esperava um carro grande, como era há dez anos. Mas o carro é muito, muito pequeno, muito compacto, principalmente atrás. Ele parece muito bonito, muito bom e espero que seja tão rápido quanto parece." Disse Felipe ao site da Ferrari. Se para o Massa já está sendo dificil, imagine se a base do projeto for essa, o que será para Kubica, hehehe.

Veja abaixo o novo volante da Ferrari e os botões do Kers no detalhe, o de cima ativa e o de baixo controla a força do sistema.
De se estranhar também é o escapamento. Sem a leta na frente da roda ele fica bem a mostra. Saberemos se é um bom carro ou não apartir do 19 de janeiro no Algarve (Portugal), onde começam os treinos coletivos, e ai veremos como ele será perante a concorrência. Quinta-Feira é a vez da Toyota.
N° 3 Kimi Raikkonen*
N° 4 Felipe Massa*
* botei pela manhã a númeracão que estava no site de F1, porém a Ferrari declarou que usará outra. Será que botaram lá por achismo?
N° 3 Felipe Massa
N° 4 Kimi Raikkonen