domingo, 18 de março de 2012
Constância vs. Arrojo
domingo, 9 de outubro de 2011
Uma corrida normal
O GP do Japão foi abaixo do que se esperava? Foi sim. Suzuka, desde 2009, dá a nítida impressão de ser um circuito “ultrapassado” para o padrão ultra-aerodinâmico da F1 atual, no qual pistas para terem corridas disputadas precisam de um ponto de ultrapassagem claríssimo. Traduzindo para o português: curva de média, reta grande e freada brusca. Suzuka não tem isso. De qualquer forma, não deixa de ser um templo mítico do automobilismo, e um lugar sempre visto com bons olhos pelo amante das corridas.
Button talvez tenha feito a corrida mais consistente da carreira. Sua primeira vitória na McLaren com sol a pino foi dosada de paciência e grande talento. Paciência, por ter perdido a chance de pular na frente na largada por levar uma fechada de Vettel e, por conseqüência, uma ultrapassagem de Hamilton. Talento, porque viu Lewis e Sebastian terem problemas de pneu após os dois primeiros stints, enquanto ele os poupava à perfeição. Mereceu a vitória, todos os elogios e a fase que vive.
Jenson torna-se assim, o maior favorito ao vice mundial, já que Webber só tem carro, Alonso não tem carro e Hamilton anda tendo panes cerebrais enquanto dirige. Sob esta leitura, Button é o homem.
Boa corrida de Alonso, que soube poupar pneus muito bem também (2º); relativamente boa a de Webber(4º); ruim a de Hamilton (5º, o que acontece com este ser?) e péssima a de Felipe Massa (7º). Esse foi o G7 (já que Schumacher foi o sexto), animado que foi por mais um encontrão de Massa e Hamilton, que ocasionou um Safety Car por detritos do carro de Felipe. Uma americanização desnecessária feita pela FIA, no meu ver.
Excelentes corridas de Schumacher - que merece um pódio até o fim do ano, Rosberg – de 23º para décimo, e Sergio Perez, oitavo. Perez brilhou no Japão; saiu em 17º, fez duas paradas apenas, e virando tempos ótimos durante os stints, chegou num merecido oitavo lugar. Quase levou sua primeira volta mais rápida de corrida, mas Button lhe roubou a duas voltas do fim, quando respondia ao ataque de Fernando Alonso.
Corrida ruim de Kobayashi e Bruno Senna. Só perderam posições desde o momento que largaram. Muito azar de Buemi, que vinha numa ótima estratégia e ótima performance, até ter a corrida estragada por um pneu dianteiro direito mal colocado. Pontuaria certamente o suíço.
Não foi uma corrida lá memorável. Não foi ruim. O termo é: morna. Nem quente, nem gelada; um meio termo. Semana que vem tem Coréia, uma pista que passará por uma prova de fogo, já que a corrida do ano passado foi épica... mas foi com chuva. Vamos ver - se não chover, óbvio – se o tilkódromo de Yeongam merece a F1. Torço pra que sim.
domingo, 31 de julho de 2011
Poético
Button parece mesmo um predestinado. Quis o destino que ele estreasse na Formula 1 aos 20 anos de idade. Quis ele – o destino – também, que demorasse seis anos para ganhar seu primeiro GP. Aconteceu no primeiro dos domingos formulaúnicos chuvosos em Hungaroring, há cinco anos, numa atuação brilhante saindo de 14º (segunda foto).
Esta vitória abriria uma série. Viriam mais nove, e um título mundial. Quis mais uma vez o destino, que ele completasse seu GP de número 200 na própria Hungaroring (primeira foto), onde tudo começou. Mais ainda, que ele o ganhasse sob a mesma chuva que o premiara em 2006. Duas corridas com chuva; duas vitórias. Button, oficialmente, é o rei da chuva húngara.
Teve ajuda pra vencer - assim como Vettel ontem para fazer a pole - de Lewis Hamilton. Duas escolhas de pneu erradas (Super-soft e intermediário, seguidamente) e uma rodada que o faria levar um Drive-Through. Isto faria o início de corrida fantástico de Lewis - na pista molhada, ser apagado por um quarto lugar de gosto amargo. Assim, Hamilton reforça mais ainda que é disparado o piloto mais seguro do mundo em condições adversas, ao mesmo tempo, que continua sendo o mais impetuoso do grid.
Vettel, como um sábio piloto experiente, vai dando continuidade a seu domínio no campeonato. Se no início do ano era na pista de fato, agora é na tabela de classificação. Vai administrando a vantagem - que agora chega a 85 pontos para Webber - com muita prudência. Webber que por sua vez não diz o porquê ocupa a segunda colocação no mundial. Outra apresentação lastimável.
Alonso de novo no pódio. Um terceiro lugar com sorte, claro; mas também dosado de competência. Massa perdeu sua chance na corrida com uma rodada no início da prova na temida faixa verde da curva dois. Depois teve que remar apenas para recuperar o tempo perdido ali, sem conseguir alçar voos maiores. De lambuja, ainda levou sua segunda volta mais rápida no ano, além do sexto lugar medíocre.
Grande prova de Paul di Resta - excepcional na chuva - em sétimo, e de Sebastien Buemi. O suíço que critiquei tanto aqui ontem fez o que não vinha fazendo desde o início do ano. De 23º no grid chegou ao oitavo; belíssima condução. Alguersuari também não fez feio e levou a Toro Rosso aos pontos com os dois carros. E a disputa continua aberta dentro da equipe.
Destaque negativo é a Renault que viu um de seus carros – o de Heidfeld – explodindo depois de queimar em chamas (radiador?) e o outro – de Petrov – sendo o único carro que largou e chegou no mesmo lugar, 12º.
No fim das contas, não deu pra ver se asa móvel + Kers combateram a monotonia de Hungaroring, a chuva não deixou. Obviamente não é algo a lamentarmos, a corrida está entre as três melhores realizadas no circuito húngaro. Muito divertida, disputada e cheia de ultrapassagens; tanto, que se fosse contá-la inteira aqui te prenderia por mais do que você aguentaria ler. Generalizando, foi mais um grande espetáculo desta F1 que vem já há um bom tempo fazendo boas corridas. Algo que nem os “tilkódromos” e as “tilkeficações” conseguem deter. E viva, o automobilismo!
domingo, 12 de junho de 2011
Assim, nunca mais
Button foi magnífico. Soube a hora certa de atacar e poupar pneus no fim. E, heroicamente, passou todos os carros que se encontravam à sua frente, para vencer uma das melhores corridas da história - já recheada de bons momentos - da F1 (A mais eclética, pelo menos, ela foi).
As lembranças do toque com Hamilton no início são apenas memórias distantes, mas a corrida de “nosso herói” poderia ter parado lá, bisonhamente, naquele “fogo amigo”. Não parou. Era pra ser assim. Era para Jenson bater
O resto seria resto, não fosse uma corrida de F1. Schumacher lembrou seus melhores momentos na carreira, com uma pilotagem digna do monstro sagrado que foi um dia. Na chuva, hora de mostrar habilidade, um dos mais rápidos. Quando secou, virou abóbora; e seria presa fácil para Webber, não fosse sua pilotagem defensiva brilhante. Michael foi bravo como de costume, mas teve que se contentar no fim das contas com o quarto lugar. Pouco para quem fez tanto (se uma ultrapassagem dupla servir pra você). Merecia um troféu hoje.
Kobayashi, outro gigante - era segundo no momento em que foi dada a bandeira vermelha -, acabou sucumbindo ao piso que secava aos poucos. Ficou com um - porque não - bom sétimo lugar, em uma chegada no “photo chart” com Felipe Massa, que poderia ter ido ao pódio se soubesse andar no molhado.
E a chuva! Sempre ela a dar graça às provas, hoje veio forte demais. Uma parada de mais de duas horas para esfriar os ânimos, mas que culminou numa corrida memorável da qual falaremos por muito tempo.
Faço minhas as palavras de Eddie Jordan no fim da transmissão britânica da corrida (Pois é, com uma partida de futebol SUUUPER importante, fui obrigado a procurar um stream). “Quem mais ganhou com essa corrida não foi Vettel, que viu sua diferença no campeonato aumentar de 48 para 60 pontos; foi a Fórmula
E quer saber... igual ou parecido com isso, acho que nunca mais. Quatro horas, quatro minutos, trinta e nove segundos e quinhentos e trinta e sete milésimos inesquecíveis.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
And the trophy goes to... (Parte 1)
Mark Webber era até o GP da Espanha um cara que poucos acreditavam que poderia sequer ajudar Vettel a ser campeão. Nunca foi um primor de piloto, nunca brilhou durante sua carreira. Tivesse mais idade críticos já o estariam dando como piloto aposentado
Button é o primeiro dos postulantes que, na minha opinião só tem chances matemáticas. Começou o ano relativamente bem, muito embora ache que suas vitórias foram mais conseqüência de condições adversas do que de exímia pilotagem. Tem a seu favor o fato de ser um piloto muito seguro e que erra pouco, porém tem em contrapartida essa própria segurança que as vezes se torna falta de performance, sendo traduzida em grids horrorosos e corridas discretas. Mesmo assim, tem, como Webber, a constância como poderosa aliada. Mas para ser campeão Jenson vai ter que fazer mais do que anda fazendo. Algo que a corrida de Monza pode muito bem tê-lo inspirado a fazer.
domingo, 7 de junho de 2009
Sonífero domenical matinal
Resultado após 58 voltas:
Não completaram:
domingo, 24 de maio de 2009
E já vai ficando monótono...
sábado, 23 de maio de 2009
Surpresa esperada
Segundo foi Kimi Raikkonen, mostrando que a Ferrari já começa a dar sinais de vida, ficou a apenas 0.025s de Button, poderia bem ter feito a pole position. E com KERS na largada o finlandês pode sim armar um bote e pular na frente, e ai enfim, renascer das cinzas.
McLaren: Hamilton 4X2 Kovalainen
Ferrari: Massa 3X3 Raikkonen
BMW: Kubica 4X2 Heidfeld
Renault: Alonso 6X0 Piquet
Toyota: Trulli 4X2 Glock
Toro Rosso: Bourdais 1X5 Buemi
Red Bull: Webber 1X5 Vettel***(0X6)
Williams: Rosberg 6X0 Nakajima
Force India: Sutil 2X4 Fisichella***(3X3)
Brawn: Button 5X1 Barrichello
domingo, 10 de maio de 2009
Jenson e Brawn: O novo Dream Team
Barrichello foi o típico 2 novamente. Tinha a corrida a sua disposição, a perdeu por pura falta de estratégia coletiva, achou que ninguém tentaria tirar sua vitória e desconsiderou do seu plano de prova as primeiras voltas atrás do Safety Car. Sinceramente não sei se a mudança de estratégia já significa um favoritismo da equipe para Jenson, algo para vermos na declarações logo mais. Para sua sorte Vettel ainda não o ultrapassou no campeonato senão já estaria resignado definitivamente ao seu antigo posto nos anos de Ferrari, mas infelizmente ainda...
Webber foi 3º colocado, talvez em sua melhor apresentação na F1. Depois de na relargada fazer uma excelente re-ultrapassagem em cima de ninguém menos do que o bi-campeão do mundo piloto da casa Fernando Alonso, usou uma estratégia parecida com a que deu a vitória a Jenson Button, fez um grande segundo stint mais longo e mais rápido que Massa e Vettel,e ao fim ficou com o 3º, grande prova do australiano.
Vettel, 4º, foi completamente apagado desde a largada, quando, a exemplo do Bahrein, largou mal novamente. Foi ofuscado, quem diria, por Webber piloto no qual ninguém apostava um centavo. Será que alguém já está sentindo a pressão?
A Ferrari... ah coitados dos tiffosi esse ano! Massa fez grande apresentação, largou melhor que Vettel e entrou na primeira curva em cima da asa traseira de Button. Vinha em 3º até que a esperta estratégia de Webber o tirou do pódio, porém antes disso em sua última parada nos pits a Ferrari, como de praxe, errou. Colocou menos combustível do que Massa precisaria para completar a corrida. Acabou em 6º, ultrapassado que foi por Vettel e Alonso, depois de praticamente andar 8 segundos menos que todos na pista. Raikkonen vinha em 10º quando teve problemas em seu acelerador, abandonando. Além disso seu KERS já havia abrido o bico antes. Corrida para esquecer... de novo.
Heidfeld foi 7º somando agora 6 pontos no campeonato para zero do companheiro Kubica que foi 10º. Mais uma vez o polonês sequer apareceu na prova. Começo de temporada decepcionante para BMW.
O herói local Alonso foi 5°, mais uma vez mostrando o piloto completo que é. Com um carro enormemente inferior aos outros da concorrência havia se firmado no sexto lugar até o problema com Massa. Grande prova também do espanhol. Nelsinho foi o mais apagado da prova, não apareceu em destaque na transmissão uma só vez, 12º para ele. Ao menos não cometeu nenhum erro.
A grande cena do dia certamente foi o acidente que trouxe o Safety Car a pista na segunda curva quando Trulli foi empurrado por Rosberg para fora da pista voltou e foi acertado por Sutil que vinha pela área de escape de dentro. Resultado ou não dessa batida Bourdais subiu em cima do chará Buemi, tirando os STR gêmeos da corrida logo no começo.
A McLaren talvez tenha feito uma de suas piores apresentações na história. Kovalainen já no começo teve problemas com câmbio e Hamilton foi jogado fora da pista por Nelsinho na largada e sofreu logo após com os detritos da batida na 1ª curva, depois tentou ainda galgar pontos por seu o carro mais pesado da pista, tentou, pois seus pneus não resistiram o que fez Lewis perder muito tempo, ficou em 9º.
Em 8º ficou o bravo Rosberg. Boa corrida do alemão que vai dando um banho em Nakajima, piloto que se quer ouvimos falar hoje.
A corrida foi boa e bem disputada, as ultrapassagens não ocorreram, mas mais por conta do circuito que não permite do que por outra coisa. Enfim, esse circuito de Barcelona é mesmo um porre, ficou hoje prova de que não se da para passar ninguém. Duas semanas e o mais tradicional dos GPs, Mônaco!
Classificação:
1°. Jenson Button (ING/Brawn), 1h37min19s202 (66 voltas)
2°. Rubens Barrichello (BRA/Brawn), a 13s056
3°. Mark Webber (AUS/Red Bull), a 13s924
4°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), a 18s941
5°. Fernando Alonso (ESP/Renault), a 43s166
6°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 50s827
7°. Nick Heidfeld (ALE/BMW), a 52s312
8°. Nico Rosberg (ALE/Williams), a 1min05s211
9°. Lewis Hamilton (ING/McLaren), a 1 volta
10°. Timo Glock (ALE/Toyota), a 1 volta
11°. Robert Kubica (POL/BMW), a 1 volta
12°. Nelsinho Piquet (BRA/Renault), a 1 volta
13°. Kazuki Nakajima (JAP/Williams), a 1 volta
14°. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), a 1 volta
sábado, 9 de maio de 2009
Esse é o cara!
Mas o piloto do treino foi Massa. Grande 4º lugar no grid com um carro que ainda não inspira confiança de ninguém. Digo isso pois ontem mesmo, Massa sequer dizia que largaria entre os 5 primeiros. Bluff? duvído, a Ferrari não está atualmente em posição de blefar. A volta de Massa foi boa mesmo. Corre serio risco amanhã de chegar ao pódio principalmente pela largada, vale lembrar que Felipe tem o KERS, aparato qual nem Brawn nem Red Bull possuem. Se funcionar direitinho dessa vez pode fazer grande prova.
domingo, 26 de abril de 2009
A ressureição do vivo
2 semanas e Espanha. O circuito do Bahrein realmente nunca proporcionará corridas históricas e isso foi provado hoje na melhor corrida lá já disputada. A corrida foi boa, mas normal, não tivemos acidentes, mas tivemos boa alternancia de posições, coisa que não tinhamos. Vejamos se a corrida da Espanha será como foram as 4 primeiras, de tirar o fôlego!