"É MUITO DIFÍCIL QUE NÃO SENDO HONRADOS OS PRINCIPAIS CIDADÃOS DE UM ESTADO, OS OUTROS QUEIRAM SER HOMENS DE BEM; QUE AQUELES ENGANEM E ESTES SE CONFORMEM COM SER ENGANADOS." MONTESQUIEU, De l'Esprit des Lois,I:III,5
quarta-feira, 9 de março de 2011
Faz Todo o Sentido...
terça-feira, 19 de outubro de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Só! Só! Só mais Um!
domingo, 18 de abril de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Abnegadamente peço: puxem a água...
Reza a história que os gladiadores quando iam para a arena para lutarem até à morte, para gáudio de César e dos seus afortunados apaniguados, diziam: ave caesar morituri te salutant. Era um último ultraje e o povo assistia entusiasmado ao espectáculo que era o espelho da sua própria condição, os que vão morrer, miseráveis, enquanto vós vos empanturrais em depravadas orgias, saúdam-te.
Hoje, olho em volta e vejo o mesmo em Portugal. Enquanto se vão sucedendo os escândalos mais sórdidos e inimagináveis, que começam no topo da pirâmide de corrupção e compadrio que carregamos nas costas já vergadas de tantos anos de canga e que só terminam nas moscas que orbitam em volta da canalha que nos avilta, vamos olhando para o circo que se armou em nossa volta com o mesmo olhar bovino com que os vimos instalarem-se e só me lembro da frase que, repetidamente, ecoa nos meus ouvidos: "As revoluções eufóricas são muito sonoras, vêm para a rua, fazem a festa, deitam foguetes, apanham as canas e vão-se embora. O totalitarismo, não.
Deitamo-nos descansados, embalados na lenda da Bela Adormecida, e, quando acordamos, já os gajos estão instalados."1 É isto que vejo e isto que sinto…
A corja que se instalou já regurgita por todos os lados, resultado da gula imensa e do despudor que deles se apoderou e os levou, num desvario colectivo, ao empanturranço extremo. Nós, os outros que os sustentamos, vivemos acotovelados na sanita onde nos deixámos colocar na iminência de saber quando é que a água será puxada para seguirmos o destino que, em conjunto com eles, sacripantas, ficou traçado. Somos assim, um povo de necessidades feito e à espera de termos uma nova oportunidade de servirmos as necessidades de alguém.
Tanto pior se há rumor de novos desenvolvimentos nas pulhices e trafulhices do nosso César, a única questão que nos surge é em qual delas surgiu a novidade, muito menos importante é saber que um candidato a supremo chefe das forças armadas deste país tenha sido desertor. Afinal, isto é Portugal, a terra de Novas Oportunidades, cujo exemplo nasce em cima e dele vem escorrendo até às acabadas fraldas do nascituro que, antes de nascer, já tem garantida a gamela que a vara lhe destinou.
Com muita estupefacção, vamos vendo espectros de caravelas a serem lançadas ao mar e a serem-nos apresentadas como revivências das que outrora cumpriram o fado de ter novas fronteiras a desbravar. Só que o Portugal com o olhar posto no Atlântico já foi… Agora as descobertas estão na Europa, porém não fomos nós a descobrir. Desta feita, fomos descobertos, como oásis onde florescem as mais raras espécies de criaturas apuradas para marionetarem o sim e o não a mando do patrão, como bem criados que foram a ser fracos com os fortes e fortes com os fracos. São os novos portugueses, criados do mundo e escravos da insignificância que é traduzida pela sua mesquinha cobiça. Partem à descoberta de novos mundos, mas só após verem asseguradas a peso de ouro as régias reformas que lhes ficam garantidas no reino. Depois de terem provado e garantido, à saciedade, a sua certificação de incompetência, elevada à potência da constância do seu ávido interesse, enfrentam um novo desafio, o de conseguirem ser ainda piores seres do que foram até então. Nada os pára, nada os demove, nem escolhos nem penedos, todos os querem, pois somos os melhores. Somos a nossa bandeira: alguns verdes, outros vermelhos e quem ganha são os azuis, que mal se vêm mas tanto se sentem na cafrialidade futebolística em que vivemos. Somos um país de pardos, como muito bem nos retratou Ruben A., ao constatar que somos “a única, verdadeira e benemérita instituição de indivíduos ligados pelo mesmo fim: - a amizade entre os indissolúveis Pardos de Portugal.”
É por isso que peço abnegadamente: o último de nós que cá ficar, que puxe a água.
domingo, 2 de agosto de 2009
A Escolha Lusa...
Há neles duas realidades incontornáveis, primeira a de que ninguém lê os programas eleitorais, já que 95 % da população não tem competência para o fazer e, em segundo lugar, ninguém lhes dá qualquer atenção porque, sejam eles quais forem, não passam disso mesmo, programas para estarem em vigor até ao dia das eleições. No dia seguinte, são atirados para o lixo ou arrumados num canto para serem retomados ou refeitos nas próximas eleições. Repare-se que ninguém fala no interesse do país, mas apenas no acesso ao poder, trampolim para as negociatas e compadrios...
O eleitor português vive, pois, na realidade de ter de optar constantemente pelos outros, o velho rotativismo que desgraçadamente nos persegue... Desta feita, as coisas tornaram-se bem mais fáceis. Face aos anos de prepotência, arrogância, mentira, descaramento e ódios acumulados em todos os sectores sociais ninguém, no seu juízo perfeito, irá colocar a cruz no quadrado que conduza à continuação da opressão, vigarice e charlatanice...
Restam, portanto, aos senhores do Rato os interessados e habituais comensais da gamela rosa e os labrêgos que ainda não compreenderam que os partidos não são clubes de futebol e que, por essa incompetência lusa de distinguir as coisas, tudo para eles é como o futebol e que, por terem o cachecol daquela equipa, não tencionam mudar até ao fim das suas vidas. Ah! Abençoados, será deles o reino dos céus, na qual entrarão pela porta destinada aos pobres de espírito...
Conclusão, uma vez mais, estamos à beira do abismo e iremos dar dois passos em frente, um nas legislativas o outro nas autárquicas... Olha-se para as possibilidades de escolha e são todas iguais... Resta escolher uma qualquer, que não seja a que se traz vestida...
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Vómito Albino...
Confesso que é cansativo andar sempre a bater nas mesmas teclas… Mas que raio de jornalismo, de notícias ou de textos é isto?
Título: “Pais querem antecipar idade do pré-escolar.” Mas que pais? O que são os Pais? A corja do bininho? Desde quando? Será que o quê, quando e onde já não fazem parte do jornalismo? Depois… “Para o responsável…” Mas desde quando é que o bininho é responsável? Porquê que teimam na asneira? Essa criatura, e seus apaniguados, são uns subsídio-dependentes egoistamente compulsivos que não representam ninguém, nem a eles próprios… Penso mesmo que, legalmente, tal é o grau confrangedor da situação, deveriam ser considerados inimputáveis… Qualquer coisa assim… Já nem resposta merecem, apenas pena…
Quanto à ideia, obviamente, não é deles, basta espreitar pela Europa para se ter uma pequena noção da importância do ensino pré-escolar no processo de socialização dos indivíduos… Claro que isso não tem nada a ver (eles diriam a haver) com orientação profissional, mas não lhes peçam para ler mais que as três primeiras linhas seja do que for…
Post scriptum: curiosamente, ou talvez não, quando ia borrifar este comentário na gamela de comentários, apareceu-me a dizer que a cofidis lamentava mas o serviço estava temporariamente indisponível… Antes assim, antes assim…
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
PORTUGAL É ISTO...
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
LATA NÃO TE FALTA...
Soares filho com um amigo sério...
Histórias de Angola...
DESTAQUE - ANGOLA E PORTUGAL, AS “LIGAÇÕES PERIGOSAS” DE MÁRIO E JOÃO SOARES
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Angola e Portugal, as “ligações perigosas” de Mário e João Soares
Acácio Barradas *
A amizade e a admiração que durante muitos anos aproximaram os Soares, pai e filho, de Jonas Savimbi, estão na origem de vários episódios que ensombraram as relações entre Angola e Portugal.
Lisboa - A guerra de palavras que por vezes se verificou entre Angola e Portugal teve em Mário Soares e no seu filho João Soares dois destacados protagonistas. O folhetim teve início logo em 1975, na data da independência, pois Mário Soares, então ministro dos Negócios Estrangeiros do VI Governo Provisório, seria considerado co-responsável pelo regresso a Lisboa de um avião que levava a bordo uma representação (não oficial) portuguesa. Tal avião foi impedido de atingir Luanda, sob pretexto de que a capital angolana estava debaixo de fogo e não havia condições para aterrar, o que se provou ser uma falsidade.
Recordando mais tarde, numa entrevista ao Diário de Lisboa, o clima que então se vivia nas altas esferas lisboetas, Álvaro Cunhal afirmou que, durante uma reunião do Conselho de Ministros em que participavam os líderes dos principais partidos e a Comissão de Descolonização, esta – constituída por militares do MFA – «propôs o reconhecimento, no dia 11, do Governo que se formasse em Luanda. Mas Sá Carneiro e Soares opuseram-se energicamente a tal solução. Entravam e saíam da sala. Interrompiam a reunião para “informarem” que as tropas sul-africanas pelo Sul, e da FLNA, pelo Norte, estariam em Luanda dentro de poucas horas. Diziam que Luanda estava já a ser bombardeada». E Cunhal concluiu: «Com toda a evidência, Mário Soares e Sá Carneiro jogaram, nesse momento, em cheio na invasão de Angola».
A cerimónia da independência foi assim privada da presença de representantes portugueses, mas o Presidente Agostinho Neto soube interpretar devidamente essa ausência, dirigindo uma mensagem de amizade e de solidariedade ao povo português e às suas forças progressistas.
Em Janeiro de 1976, encontrando-se de visita aos EUA, onde foi recebido pelo secretário de Estado Henry Kissinger, Mário Soares proferiu uma conferência na Universidade de Yale, defendendo para Angola uma solução negociada entre os três movimentos e desmentindo que Lisboa venha a reconhecer o Governo do MPLA. A realidade, porém, encarregar-se-ia de o desmentir logo no mês seguinte.
Anos depois (em 1984), Mário Soares encontrar-se-ia em Washington com Alexander Haig, ex-secretário de Estado de Ronald Reagan, depois deste se ter avistado com Savimbi. Tal coincidência foi interpretada pela ANGOP como «uma cruzada de submissão aos mais altos interesses de Washington».
A partir de 1986, entra na liça João Soares, que na qualidade de proprietário da editora Perspectivas & Realidades foi abordado pelo dirigente da UNITA, Alcides Sakala, para a publicação de um livro com poemas de Savimbi. Na sequência deste contacto, João Soares desloca-se à Jamba, perante os protestos da Embaixada de Angola em Lisboa. Após a visita, João Soares elogia Savimbi: «É um grande líder político contemporâneo na África de hoje». No ano seguinte, a pretexto de interceder pela libertação de dois cooperantes suecos que a UNITA fizera reféns, João Soares volta ao quartel-general da UNITA, na Jamba. E quando, em 1988, o Governo português recusa a Savimbi o visto para entrar em Portugal, João Soares concede uma entrevista ao semanário Expresso, em que afirma: «O MPLA não é o Governo legítimo de Angola».
Entretanto, no Palácio de Belém, Mário Soares, na qualidade de Presidente da República, agracia com a Ordem do Infante Dom Henrique o empresário Horácio Roque, cuja mulher, Fátima Roque, acompanha Savimbi num périplo por vários países.
O ano de 1989 é marcado pelo acidente aéreo de que em Setembro são vítimas, na Jamba, João Soares e outros deputados (Rui Gomes da Silva, do PSD, e Nogueira de Brito, do CDS), que tinham ido assistir ao Congresso da UNITA. O Cessna em que voavam para a Namíbia caiu, segundo alguns, por excesso de carga no tráfico de marfim, o que foi negado pelo respectivo piloto. João Soares ficou ferido e convalesceu em Pretória, em casa do casal Horácio e Fátima Roque.
Um mês depois do acidente, por ocasião de uma visita oficial a França, Mário Soares recebeu Savimbi em Paris, acto que constituiu a primeira audiência de um Chefe de Estado português ao líder da UNITA, desde os Acordos de Alvor em 1975. Em resposta às críticas que a propósito lhe foram formuladas, declarou: «Savimbi não tem peste e recebi-o como um cidadão do mundo que fala com toda a gente com quem tem de falar».
Mário Soares voltaria a receber Savimbi quando o líder da UNITA se deslocou a Portugal em Janeiro de 1990, sendo igualmente recebido por Cavaco Silva. Mas, enquanto Soares o recebeu no Palácio de Belém, na qualidade de Presidente da República, Cavaco Silva não o fez como primeiro-ministro, em virtude de que recebeu o líder da UNITA na sede do PSD, como líder do partido, estando na altura acompanhado por Durão Barroso, também este não na qualidade de ministro dos Estrangeiros mas como membro da comissão política nacional do PSD.
Em 1992, João Soares demarca-se pela primeira vez de Savimbi, ao certificar-se de que este mandara fuzilar os dirigentes da UNITA Tito Chingondji e Wilson dos Santos. Por seu turno, Savimbi mostra-se desagradado com Cavaco Silva e Durão Barroso e declara que, se ganhar as eleições (realizadas em Setembro desse ano) o seu único interlocutor em Portugal será o Presidente Mário Soares.
No ano seguinte, Mário Soares recebe uma delegação da UNITA, chefiada pelo general Ben-Ben. O MNE angolano, Venâncio de Moura, pede explicações. Na ocasião, o oficioso Jornal de Angola publica um artigo intitulado «Um boelo» [burro, em kimbundo], no qual Mário Soares é injuriado: «É mesmo um boelo esse bochechas. Nem vergonha tem naquela kalanga [cara] por tão grandes desavergonhices que estampam o seu mau caratismo e maldade».
Encontro falhado em Maputo
A posse de Joaquim Chissano como Presidente de Moçambique, em 1994, dá ensejo a que Mário Soares e José Eduardo dos Santos se encontrem circunstancialmente em Maputo. Mas o Presidente angolano só teve tempo para uma audiência com Durão Barroso, falando exclusivamente com este sobre a situação angolana.
No mesmo ano, o embaixador angolano, Ruy Mingas, a propósito de uma carta dirigida a José Eduardo dos Santos por Mário Soares, acusou este de «interferências incorrectas e abusivas» que teriam comprometido a presença de Angola na Cimeira Lusófona. O Governo português foi então alvo de críticas por ter reagido de forma discreta. Durão Barroso protestou junto do seu homólogo angolano, mas recusou-se a fazer qualquer desagravo público.
De visita às Seychelles, em 1995, Mário Soares, em conversa descontraída com os jornalistas, após o jantar, falou de Angola (que visitaria oficialmente no ano seguinte) e sobre os líderes em confronto, emitindo esta opinião: «José Eduardo dos Santos é um homem banal. Não provoca a ninguém um virar de pescoço quando entra numa sala. Jonas Savimbi tem uma presença esmagadora. É um verdadeiro líder africano».
Não obstante estas afirmações, Mário Soares soube ser diplomata na visita oficial que realizou a Angola em 1996, pois embora tenha recebido em Luanda uma representação da UNITA, recusou-se a ir ao Bailundo encontrar-se com Savimbi, o qual, por outro lado, se recusara a ir a Luanda para ser recebido por Soares.
A escalada verbal atingiria um nível sem precedentes no ano 2000. Através de um artigo no Expresso, Mário Soares acusou o Governo angolano de graves violações dos direitos humanos na escalada da guerra e no cerceamento da liberdade de Imprensa, com realce para a prisão e julgamento do jornalista Rafael Marques por ter escrito um artigo («O Baton da Ditadura», publicado no semanário luandense Agora) considerado difamatório do Presidente José Eduardo dos Santos. A propósito, Soares enunciou detalhadamente a posição condenatória do regime angolano, em que participara como deputado do Parlamento Europeu reunido em Estrasburgo.
O ‘fait divers’ de Gama
A reacção não se fez esperar, por intermédio do ministro angolano da Comunicação Social, Hendrick Vaal Neto, que acusou Mário Soares e seu filho João (na altura presidente da Câmara de Lisboa) de «beneficiarem do tráfico de diamantes feito pela UNITA», acusação logo corroborada pelo deputado angolano MacMahon.
Em Portugal, estas declarações inflamaram todos os sectores da opinião pública, pondo em confronto diversos graus de entendimento do caso e da sua gravidade. O Presidente Jorge Sampaio, regressado de uma visita á Roménia, escreveu ao seu homólogo angolano, considerando as declarações do ministro «inaceitavelmente caluniosas». Também o primeiro-ministro, António Guterres, escreveu uma carta ao Presidente angolano, dando conhecimento da mesma a Mário Soares. No entanto, a reacção do MNE Jaime Gama, que considerou o caso um ‘fait divers’, limitando-se a falar com o seu homólogo e a pedir mais contenção, suscitou um coro de críticas, inclusivamente dentro do seu próprio partido. O assunto foi a debate na Assembleia da República, onde curiosamente a proposta aprovada não foi a do PS mas a redigida pelo Bloco de Esquerda, em que se repudiavam as palavras do ministro angolano e se manifestava solidariedade, não aos Soares, mas «a todos aqueles que em Angola lutam pela paz, pela defesa dos direitos humanos e das liberdades democráticas».
Perante as vozes inflamadas que se levantaram (Paulo Portas chegou a dizer que «Portugal está a sofrer um vexame diplomático») não faltaram também os apelos ao bom senso, por vezes com perguntas dirigidas à memória dos mais exaltados: quando a UNITA chamou «criminosos de guerra» a Almeida Santos, António Guterres, Jaime Gama e Durão Barroso, alguém tomou posição e manifestou solidariedade? Alguém se lembra da resposta do Governo de Cavaco quando Jonas Savimbi chamou «garoto» ao então ministro Durão Barroso?
No auge da contenda – que se arrastou nos media semanas a fio – ouve excessos de linguagem de parte a parte. Assim, por exemplo, um tal Chicoadão referiu-se a João Soares, nas páginas do Jornal de Angola, como «um gatuno comprovado das riquezas de Angola». Por seu turno, João Soares, numa entrevista ao semanário Expresso, classificou os dirigentes angolanos como «um bando de cleptócratas». O mesmo jornal resolveu ouvir o ex-dirigente do PS, Rui Mateus, que durante anos fora responsável pelas relações internacionais do partido e que era autor do polémico livro Memórias de um PS desconhecido. Das suas declarações, importa reter esta revelação: «Pela minha parte, o PS nunca recebeu nada, nem do MPLA nem da UNITA. O PS mantinha relações clandestinas com a UNITA, mas não por mim. Eram relações escondidas, que o dr. Soares durante muito tempo manteve confidenciais», em virtude de «não querer que isso fosse do conhecimento da Internacional Socialista, onde o movimento da UNITA não era reconhecido». Esclarecedor.
* Acácio Barradas é um jornalista português. Trabalhou em Luanda nos matutinos O Comércio e A Província de Angola e foi chefe de redacção do ABC-Diário de Angola e dos semanários Jornal do Congo e revista Notícia. Regressou a Portugal em 1968 e foi chefe de redacção do Diário Popular, Diário de Lisboa e Diário de Notícias. Actualmente, dedica-se a trabalhos de investigação histórica. Em Outubro de 2005 editou e foi autor de vários textos da biografia “Agostinho Neto-Uma vida sem tréguas 1922-1979″, por ocasião do 25º aniversário da morte do fundador da Nação angolana.
Ver muito mais aqui.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
O problema é a cobardia...
Se persistirem em ouvir o paleio dos reformados e o canto das sereias dos políticos então terão o que merecem, já que quem pode impor não deve pedir e os militares, como estudiosos que deviam ser destas matérias, deviam sabê-lo melhor do que eu e agir em conformidade. Se forem cobardes não merecem ser militares e tudo o que lhes façam é pouco.
Se houvesse dúvidas…
Espero que as outras abastecedoras lhe sigam o exemplo, para não me ter que ver obrigado a ir à Galp… a mãe de todas as sanguessugas da mangueira…
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Vai ser o Éden...
Os bancos vão, assim, tornarem-se instituições de caridade, vão trabalhar para o bem da sociedade e da economia portuguesa, na ajuda às famílias mais carenciadas e às PMEs. Os banqueiros e grandes capitalistas vão prometer nunca mais fazer tolices e não especularem tanto, agora que o Estado lhes põe à disposição mais dinheirinho para eles terem mais juizito.
Já ouço violinos e harpas tocados por anjinhos, num nimbo dourado em que Sócrates, Teixeira dos Santos, Vítor Constâncio e os banqueiros são as estrelinhas que cintilam, pululando por ali…
Deixemo-nos de merdas. Vão ajudar famílias? Vão ajudar empresas? Vão, como sempre, as deles e as dos amigalhaços.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Os professores...
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Já não metem medo...
Esclareçamos algumas coisas… os militares foram determinantes na passagem para a democracia, mas já não são. Logo, tornaram-se descartáveis e, como os professores, funcionários da saúde, e todos os servidores do estado que não geram receita, tornaram-se, também eles um alvo a abater. É triste mas é verdade… Mas mais, como todos os outros, sobretudo os professores, deixaram as coisas irem longe demais e agora não à volta a dar-lhe…
Para além do exposto, os militares, hoje, não são o que eram há trinta e tal anos atrás, homens vividos na guerra e, por isso, habituados a ela e determinados no que faziam. Para mais contavam e contaram com a população que estava à sua espera, os tempos eram outros… Se fosse hoje, à hora do jogo as pessoas desmobilizavam, não das ruas, mas dos cafés, que seria o máximo a que se deslocariam e esperavam que a polícia interviesse e mandasse a meia dúzia de oficiais e sargentos que os afrontassem… Praças não haveria e, se os houvesse, não saberiam o que fazer pois, na sua esmagadora maioria não sabe utilizar armas nem está para se maçar.
O velho general manda uma mensagem corporativa mas seca, já não colhe, já não assusta ninguém, deixaram-se pisar tempo de mais. Agora, como os outros funcionários de que falei, pouco mais são do que tapetes…
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Estragam-nos com mimos... (2)
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Estragam-nos com mimos...
Pode continuar com as cenas dos capítulos anteriores aqui
O País Cor-de-Rosa...
Situações de carência afectam cada vez mais classe média, mulheres e jovens
Malditas as notícias que continuam a desmentir o país cor-de-rosa, pintado a cor-de-rosa pelos cor-de-rosas…
Numa meia semana ficámos a saber que Portugal no está no topo das desigualdades da OCDE, que o Presidente Aníbal António promulga leis que considera profundamente injustas, que o ministro que queria taxar as gorjetas dos empregados de mesa e as ofertas dos pais aos filhos, gostaria de voltar a ver os partidos a serem financiados com dinheiro sujo e às escondidas, que o ministro Pinho falou, parece que viu uma luz ao fim de um túnel, seja lá qual for, talvez se trate do negócio que fez com o seu amigo que nomeou para Alto Comissário da Concorrência e que lhe deve ter adiantado mais dinheiro no negócio do andar que lhe vendeu, na casa que tinha sido de Almeida Garrett e ele mandou destruir, que uma freira, ou doente vestida de freira, que se dedicava à caridade, está presa por não pagar uma multa de 50 €, pelo hediondo crime de não ter pago o bilhete de autocarro; que professores, pais e alunos não sabem como sobreviver às novas legislações que foram exaladas por bafos peçonhentos, enfim, que tudo vai bem neste país cor-de-rosa, excepto as notícias que são negras como a alma de quem nos governa…