Creio que todos têm sentido que temos vivido tempos duros de perseguição e ódio declarados, aos quais tentámos resistir com as maiores manifestações que algum dia se viram em Portugal. De nada serviu, a não ser para alguns sindicalistas ganharem protagonismo e aparecerem como sendo os organizadores e os líderes da contestação. Isso não é e não foi verdade. A movimentação que surgiu foi espontânea e total, ninguém conseguia, nem consegue, suportar tanta ingratidão e injustiça. Passados estes anos, em que todos nós perdemos, cabe perguntar: quem por duas vezes nos enganou ou se deixou enganar, não vou entrar por aí, de uma forma absolutamente ridícula? A resposta todos sabemos, o que se assumiu como a cara deste descontentamento: Mário Nogueira.
A avaliação está feita e a consequência é óbvia: apostou, jogou e perdeu tudo, logo deve assumir essa derrota, demitir-se, voltar à escola (afinal diz-se professor, não é?) e deixar outro tentar fazer melhor, o que não me parece muito difícil.
Não posso ser mais claro. O Mário Nogueira está queimado e, se de facto se interessa pela justa luta dos professores e da educação em Portugal deve ter a humildade de o aceitar e dar o lugar a alguém que consiga voltar a ser significativo para os professores. Ele já não serve para a solução dos nossos problemas, precisamente porque passou a fazer parte deles.
Adeus! Não deixas saudades. Volta para a escola.