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topografia de bilros


entreteço os passos em compasso
no livro de areia, onde
alfinetes de sombra
prendem o pique ao rebolo do chão
marca d’água
que as pontas dos dedos percorrem
cruzando o caminho em danças de bilros
paisagem que nasce das linhas da mão


Measuring Shadows

falo-te  (a ti que sabes do que falo)

falo-te da luz que me cega até ao alívio do ocaso
do vento gelado que prende os pássaros ao chão e
verga os homens sob o peso do céu
tão baixo
as chaminés das casas a furarem as nuvens como os ossos
à pele...

não te conto das cores que não passam de feridas que a
luz arranha e os homens nomeiam
com o desacordo do costume
onde vês branco eu digo página
e o teu negro é para mim um mapa a prometer
caminhos…  

interessam-me pouco as flores
menos as que ofereço 
e a memória dos cravos
e a memória que os cravos recordam
quando o tempo cheirava a futuro e os dias
não se esgotavam
como um casaco no fio a revelar a geografia dos ossos…

embrulho-me no Inverno contra o excesso de cor
a mão na mão do frio e o vento
é o guia que conduz o chão
até ao aconchego dos meus passos
pelos caminhos seguros da noite…


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"e na noite azeda mergulho como um boneco de corda" nas Digressões 2013

um posto de há dois anos que podem ver aqui, agora em exposição nas paredes da Oficina de Cultura, em Almada

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"e na noite azeda mergulho como um boneco de corda"


(este posto é para o CybeRider, um amigo precioso que às vezes se depara com a sua sombra em descontrolado alvoroço…)

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