quarta-feira, 30 de abril de 2008

COM SEIS PALAVRINHAS APENAS...


Foto da net.

Hoje o assunto é sério, muito sério mesmo! Para quem vai de fim de semana ter algo em que pensar - para além do bronzeador que deverá colocar para não ficar escaldado depois da praia, se o restaurante "Zé das Sardinhas" é melhor e mais barato do que o "Xico dos Bitoques", se não é preferível dar a passeata logo depois de almoço, para desmoer o cozido à portuguesa que afinal estava no cardápio do "Cantinho do Tó", o escolhido, mas que pesa um pouco no estômago - e para quem fica em casa poder optar por actividades diferentes de ler, pintar, bordar, fotografar, ouvir música, ver filmes/televisão, enfim... o costume!

O desafio partiu da Su, da Teia de Ariana, e consiste em expor uma dúvida, uma perplexidade, uma inquietação para a qual não obtemos resposta, em apenas seis palavras. A minha, é a seguinte:

"Não há tempo, para perder tempo?!"

Segue para todos que o quiserem agarrar, sem limites temporais...

Entretanto, tenham um BOM FIM DE SEMANA (prolongado, ou não) e DIVIRTAM-SE!

ADENDA - Toda e qualquer semelhança com nomes de restaurantes, bares, cervejarias, cafés, snacks, tascas, tabernas ou roulottes é mera coincidência.

terça-feira, 29 de abril de 2008

O AMOR E A VIDA REAL

A Inês, de Anjodemónio (para não confundir com a outra Inês), atribuiu-me este prémio no fim de semana passado, criado para celebrar a liberdade de expressão e a livre circulação de ideias na blogosfera - uma bicicleta composta por flores!!! Não existem regras específicas quanto à sua distribuição. Como sempre, passo a todos os favoritos que o queiram receber...

Entretanto, bem sei que tenho uns quantos em atraso para "entregar", essencialmente pela falta de capacidade em colocar o selo no post, na altura. E confesso que às tantas também me confundi e surpreendi, pela quantidade de nomeações. Por mais lisonjeada que me sinta com estes prémios - que entendo como um gesto simpático de "amigos virtuais" - nunca me passou pela cabeça deixar de escrever o que me apetece, para andar na troca de agradecimentos, a comparar blogs alheios para verificar qual o mais adequado às cláusulas inventadas pelo "criador". Por vezes, mais interessado em publicitar o seu próprio espaço! Pois! Mas pronto, agora comecei pelo último, sem a mínima intenção de ofender ninguém. Os anteriores seguirão a seu tempo, já "catrapisquei" todas as imagens, a cronologia não será famosa...

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Há filmes que gostaríamos de ver, mas por qualquer razão perdemos! E há outros em que simplesmente passamos por perto da sala de cinema, a sessão começa dentro de 10 minutos e toca de ir. "O Amor e a Vida Real" ("Dan in Real Life", no título original) é uma comédia romântica agradável, realizada por Peter Hedges, que conta com um bom elenco de actores: Steve Carell, Juliette Binoche, Dane Cook, Dianne Wiest, entre outros.

O argumento, resultando da parceria do realizador com Pierce Gardner, apresenta-se linear: um viúvo, com três filhas menores, vai passar uns dias de férias com a sua numerosa família. Numa livraria local encontra uma mulher que o cativa, para algumas horas mais tarde perceber que se trata da nova namorada do irmão. Original? Nem por isso! Mas engraçado, para desanuviar...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

PARECE FÁCIL, MAS NÃO É!

Parece fácil pegar numa tela e numas tintas e pintar um quadro destes. Não é!

Parece fácil saber um texto de cor e salteado e ir representá-lo num palco. Também não é!

Parece fácil conhecer os rudimentos da escrita e da gramática (em qualquer língua) e ser um escritor ou poeta de sucesso, equiparável a Camões ou a Shakespeare. Ainda menos!

Parece fácil cantar e compor umas músicas, conquistar fama mundial como os Beatles, com múltiplos fãs até hoje. Ná! Já se entra no reino da fantasia desvairada!

Parece fácil jogar futebol como um ás (nacional ou internacional), mesmo que só se consiga acertar com a bola numa baliza despovoada, entre dois postes imaginários, num descampado...

Talento natural? Pois, dá uma ajuda! Mas sem trabalho e dedicação - a qualquer um destes dotes "artísticos" - esfuma-se na incógnita! No valor de X: ai, ai, ai, que não somos tão bons como outros?; sossegadinhos e calminhos no nosso "canto" ficamos melhor?; azuis, verdes ou roxos de inveja? Nananinaná! Correr riscos faz parte da Vida... (embora sejam apenas 6 palavras, ainda não é resposta, Su)!

AM I BLUE? - a cantora está disfarçada de anos 70, mas reconhecível, não???



PARABÉNS, RSM!

Foto da net.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

NÃO DESISTO!

Não desisto de comemorar o 25 de Abril de 1974!

As recordações do dia são vagas! Já tinha idade suficiente para manter essa lembrança, mas aqui a moça acordou febril à conta de uma otite, só conseguia ouvir o latejar no ouvido. De cama, numa data histórica? Pois, até hoje não me perdôo!!! Um "buraco na parede", a rendição do Caetano e pouco mais...

O que vale é que a festa durou durante cerca de uma semana, com uma alegria esfuziante dos portugueses em geral, trocavam-se abraços e sorrisos, com os dedos em V e gritava-se "LIBERDADE"!

Inesquecível!!! Contagiante! Fim do triste fado! (claro que os contos de fadas têm um limite, nem tudo foi tão fascinante assim, daí em diante...) Os presos políticos foram libertos, acabou a guerra em África!

Nunca desisto de comemorar!

Foto (fantástica) de Atlantys, na net.
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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Ó TEMPO, VOLTA PARA TRÁS...

Então vamos lá ver que maravilhas existiam em Portugal, de aquém e além mar, no dia 24 de Abril de 1974...

O país estava em guerra com os independentistas de Angola, Guiné e Moçambique. O que determinava que a maioria dos rapazes jovens fosse cumprir o serviço militar para aqueles territórios. Abandonando as suas famílias, muitas vezes necessitadas da sua força de trabalho por uma questão de sobrevivência, numa luta incerta pela própria vida. Doloroso para todos, é dizer o mínimo!

Os governantes, capitalistas e latifundiários geriam o país a seu bel-prazer, num regime ditatorial, em que as vozes dissonantes eram caladas e amordaçadas, tanto pela polícia política (PIDE-DGS), como por censores que, com o seu famoso lápis azul, cortavam toda e qualquer notícia minimamente dissidente. Quem respingasse mais, corria o risco de ser preso, torturado e de mofar na cadeia por tempo indeterminado.

Com tantas vantagens, o povo vivia feliz, que os governantes não se esqueceram de lhe dar as coordenadas por onde se devia guiar: "Deus, Pátria e Família"! Ou, em alternativa, numa versão mais popularucha "Fado, Fátima e Futebol"...

Ah, mas já existiam umas revistas cor de rosa, que relatavam os magníficos bailes de debutantes, com umas meninas da alta sociedade em vestidos deslumbrantes, a par de outras "estrelas" nacionais e estrangeiras, em que as aristocracias europeias se encontravam ilustremente representadas. Nas quais, Grace Kelly tinha sempre lugar de destaque. Fotonovelas e folhetins radiofónicos - como "Simplesmente Maria" - faziam as delícias de raparigas e mulheres, que ainda sonhavam com príncipes encantados. Telenovelas só surgiram mais tarde, tal como o fenómeno "Lady Di".

Água, luz, esgotos não existiam em muitos pontos do país e o analfabetismo grassava. Auto-estradas, comboios, autocarros também eram poucos, o que tornava uma viagem de poucos quilómetros numa aventura...

Entretanto, a malta entretinha-se a ver televisão, no tasco da esquina ou em casa, consoante as possibilidades. E o Festival da Canção era um ponto alto a não perder:

Paulo de Carvalho, "E Depois do Adeus" (1974)



Quem é que prefere que o tempo volte para trás?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O CHEFE DO GANG

O rapaz era esperto e inteligente (segundo os professores), mas ainda andava a "pastar" no 6º ano de escolaridade, quando já tinha idade para frequentar o 10º.
Raramente punha os pés nas aulas, sem qualquer interesse pela aprendizagem. Mas nem por isso faltava à escola, onde organizou um gang de pequenos larápios, que se dedicava a assaltar os colegas (daqueles bens essenciais, como as poucas moedas na carteira ou o telelé). Sem armas, funcionava pela via do terror - rodeavam um aluno mais incauto ou desprevenido e "passa para cá, livra-te de abrires a boca!"
Constava que vivia num bairro social da zona e que os pais já tinham afirmado "não ter mão nele".
Com um conselho directivo em que nem se sabia ao certo quem o presidia, com docentes incapazes de motivar um puto tão completamente desinteressado, alguns até igualmente atemorizados, ele fazia o que queria, ou quase. Porque o porteiro da escola não se amedrontava com duas cantigas, não se ensaiava em dar-lhe umas traulitadas (por vezes retribuídas) ou de chamar a PSP (onde já era conhecido de ginjeira), quando o assunto se tornava mais grave. Mas no dia seguinte regressava ao estabelecimento de ensino, sorrindo perante a admiração dos comparsas, que o idolatravam como verdadeiro herói.
Ah, neste momento devem estar a imaginar um fulano alto, forte e espadaúdo, o que não pode estar mais longe da verdade: de constituição franzina, não aparentava em nada ser leader de um grupo daqueles!
Qual foi então a solução encontrada para acabar com o problema? Passaram o rapaz para o 7º, depois de completar os 16 anos, e com esse singelo gesto "descartaram-no" para outra escola.
Resolveu? Nem por isso! O gang continuou a actuar, com a impunidade de sempre...

Foto da net

segunda-feira, 21 de abril de 2008

ASAS???



Os anúncios de Red Bull têm piada. Os publicitários prometem que a bebida "dá-te aaasas!" O sabor, adocicado, lembra o de uma gelatina de frutas. Portanto, o paladar torna-se agradável desde o primeiro golo.

Nos últimos tempos recebi vários mails alertando para os perigos de ingestão deste líquido. Que a composição é assim, assado, cozido e frito - o que não diz nada à maioria das pessoas, a mim inclusivé. Mas, anteriormente e por experiência própria, percebi o conceito de bebida energética e que estas se destinam a desportistas... o que não é o caso!

Numa noite quente de Verão, toca de saciar a sede com uma lata deste maravilhoso produto, enquanto estava calmamente sentada em frente ao PC. Resumindo: apanhei um valente susto, com batimentos cardíacos cada vez mais acelerados (chamem-lhe taquicardia ou palpitações, vem a dar no mesmo), sem entender se o ritmo augurava um "treco" iminente. Para além disso, ainda fiquei 48 horas sem conseguir dormir...

Pergunta: as publicidades não deveriam conter avisos mais explícitos sobre os possíveis efeitos destas beberagens energéticas???

sexta-feira, 18 de abril de 2008

TIVE UM SONHO

Ah, quem me dera que fosse um assim como aquele discurso galvanizador de Martin Luther King, a lutar pela igualdade de direitos no mundo.

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Nada disso! Foi sonho, sonho mesmo daqueles que temos quando estamos a dormir profundamente, disparatados, que não controlamos minimamente. E com quem é que sonhei? Sentem-se bem! Preparem-se! Xi, esta confissão vai ser um alívio:

DAVID CASSIDY! (não confundir com Butch Cassidy)

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Ahn? Ouvi aí alguém perguntar: “mas quem é esse”? Ná, impossível! Aquele grande herói dos anos 70, protagonista da série “Família Partridge” ninguém esquece! Quer dizer, nunca mais me lembrei daquele devaneio da minha pré-adolescência (querem ver que só as miúdas de agora é que têm direito, não?!) e uma noite destas ele invadiu-me os sonhos de supetão? Escusam de supor algo de menos apropriado, que ele limitou-se a deambular e a cantarolar por lá uma musiqueta, que ainda sei de cor e salteado.

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No dia seguinte, após uma breve pesquisa internética, descobri que o moçoilo se chateou da fama (e de meninas histéricas em seu redor) e foi criar cavalos! Com uns quantos desvarios pelo meio, mas isso não vem ao caso. Ainda dá uns concertozecos lá para as suas bandas... aos 58 anos de idade?! Senti-me completamente defraudada!!! Que cromo!

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A propósito disto, lembrei-me de um antigo inquérito numa revista feminina americana, em que os resultados foram deveras interessantes: as leitoras votaram em Sean Connery como o homem mais sexy do mundo, mas à pergunta de com quem gostariam de passar uma noite, responderam Brad Pitt. Ahhhhh! Ainda há quem se admire que aquela malta tenha reeleito o Bush. Onde a hipocrisia reina (quer dizer, preside), só têm o que merecem...

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Um óptimo fim de semana para todos!

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E, sobretudo, BONS SONHOS!!!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

DAR TEMPO AO TEMPO

Quando os dias nascem assim, parece que ficamos todos mais melancólicos, com vontade apenas de nos enrolarmos numa mantinha a um canto do sofá, enquanto ouvimos uma musiquinha calma e lemos um livro. Enfim, nem sempre é possível... ou muito raramente, para a maioria das pessoas!

Assim, há que arranjar alternativas para sair de uma rotina entediante! Os testes internéticos são uma hipótese, se bem que valem o que valem. Isto é, rigorosamente nada! Mas pelo menos são divertidos. Este é sobre a esperança de vida de cada um e a sua idade virtual. Por mim, fiquei quase sete anos mais nova e, importante referir, sem mentira nenhuma sobre os meus hábitos normais. Aqui fica, para quem quiser experimentar e, se possível, refiram os vossos resultados.

Não tenho a certeza se me seduz a ideia de viver até aos 82 anos, mas se mantiver a mesma idade mental (muito inferior à do BI), talvez seja agradável...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

TOP 5 - OBJECTOS KITSCH


Foto de ~*~Ilona~*~, no Flickr.

Depois de uma grande noitada a preencher números, códigos e papeladas, já meio vesga por não conseguir enviar a declaração de IRS para as Finanças (tal era o congestionamento na rede, no último dia de prazo de entrega), não deu apetência para escrever mainada! Aliás, continuo a não ter nenhuma, para falar de assuntos ditos sérios...

Daí aproveitar o desafio que a Su colocou - que nasceu de uma troca de comentários sobre aqueles ridículos cães de plástico que antigamente se plantavam na janela traseira dos carritos, que com cabeça bamboleante iam acenando que "sim", conforme o veículo se movimentava - e que consiste no seguinte: escolher o nosso top 5, dos objectos que consideramos mais kitsch (ela explica melhor, mas no geral significa algo de gosto duvidoso)!

Aqui segue a minha selecção (ultrapassando os tais canitos, com que ambas concordámos):

Penicos ou "vasos de noite", de plástico ou de loiça.
Exceptuando crianças de tenra idade, até se habituarem a utilizar convenientemente a casa de banho, para que é que serve? Ah, OK! Antigamente ou não existiam instalações sanitárias ou ficavam a quilómetros de distância. Mas actualmente? Quem se levanta durante a noite por necessidades fisiológicas, bem pode dar mais um passos e evitar o pivete inerente. Por incrível que pareça, ainda há quem use... ARGH!

Almofadas cheias de rendas, berloques, franzidos, folhos, aplicações de vários tipos, pintadas, ou a amálgama completa.
Almofada é para ser confortável e utilizável, não uma parafernália de dotes artísticos, que depois não serve para nada! (o trabalho ilustrado na foto agrada-me bastante, mas para outros usos)

Bibelots em miniatura.
Para quem faz colecção de bibelots de cães, gatos, elefantes, mochos ou tartarugas, entre tantas outras possíveis, é normal que tenha objectos desses de todos os tamanhos. Mas há quem goste de encher prateleiras e mesinhas só com algumas minudências dessas, usualmente atazanadas pelo pó, misturando umas peças bem carotas (tipo imitação de Limoges) com umas criadas por netos, filhos, sobrinhos, ou comprada por uma amiga num saldo, em qualquer parte do mundo!
E o que aquela gente sofre, com receio que alguém tropece no tapete e dê lá um encontrão em tamanhas "preciosidades"?

Cópia da "Última Ceia", colocada junto à mesa das refeições.
Nem é a qualidade da pintura que me faz confusão... mas a sensação de que toda a gente está à espera de uma traição, dos mais próximos!

"Avisadores" meteorológicos (para todos os gostos, em que a bonecada muda de cor, podendo ter outras nuances).
Não há portas ou janelas para espreitar como o tempo vai na rua? Nem Rádio ou TV a avisar das condições atmosféricas?

O desafio segue como o vento, para quem o queira apanhar...

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Kitsch, mesmo kitsch mesmo, era dar os parabéns ao filhote, via blog. Ná! Dei-lhe um beijinho - rapaz de 16 anos gosta de gestos de ternura e carinho da mãezinha? - os parabéns e fim de converseta!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

ÀS VEZES


Às vezes julgo ver nos meus olhos
A promessa de outros seres
Que eu podia ter sido,
Se a vida tivesse sido outra.

Mas dessa fabulosa descoberta
Só me vem o terror e a mágoa
De me sentir sem forma, vaga e incerta
Como a água.

Sophia de Mello Breyner Andresen
in "Obra Poética I"

Isto não sei se é de ser 2ª feira, ou se de amanhã terminar o prazo de entrega do IRS (e ter andado à nora à procura das papeladas, que depois de um ano em que tive obras em casa, parte delas foram tão bem guardadas "para não se perderem", que ficaram literalmente esquecidas no fundo de uma gaveta, ai, ai!), ou se de o Benfica não me dar alegrias nenhumas, que bateu uma certa nostalgia, pouco inspirada. Às tantas, só me lembrava desta música, que ainda deu para rir, ao ver o clip...

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Parabéns ao Vício pelos seus três (ai, ai) anos de actividade na blogosfera e um Tchim-Tchim à Laurinha neste seu regresso a casa.

domingo, 13 de abril de 2008

PONTO DE MIRA

Seguindo o trilho das carnificinas fílmicas - "Ponto de Mira" ("Vantage Point", no original) - é mais um a juntar ao rol. Tem a vantagem de ser anunciado como thriller, portanto não surgem demasiadas surpresas na acção.

Em Salamanca, no decurso de uma celebração de um acordo político internacional contra o terrorismo (ficcional, evidentemente), dá-se um atentado! É a partir dos vários pontos de vista das pessoas presentes no evento que o realizador (Pete Travis) vai construindo as imagens, passo a passo, ao ritmo de cada personagem. De início, torna-se fastidiante voltar atrás no tempo, mas à medida que o argumento se desenrola aparecem novas peças no puzzle, que nos permitem compreender as cenas que se seguem.

Não é daqueles filmes que nos fiquem para a vida, um bocado a dar para a americanice, mas gostei! Um bom leque de actores, muitas perseguições e efeito especiais, suspense q.b. E também 90 minutos em que os nossos olhos não despregam do ecrã.

Para quem aprecia o género, está claro!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

QUIPROQUÓ


Foto da net

A menina d' A Grafonola que Sabia Falar desafiou os seus visitantes a explicarem o porquê do nome que cada um atribuiu ao seu blog. Ora certamente haverá pessoas que têm explicações bastante buriladas e sofisticadas, que confesso não ser o meu caso. Como há objectos de que gosto especialmente - livros, marcadores de livros, conchas, palhinhas para beber refrescos, isqueiros, penas, canetas coloridas, por exemplo - também existem palavras que me agradam preferencialmente. Quiproquó é uma delas, entre tantas outras!

Quis escolher só uma palavra, por me parecer mais simples e despretensioso. Verborreia e estaminé, também estiveram em ponderação, "As Conversas São Como As Cerejas" foi eliminado à partida por demasiado longo. E como quiproquó significa "engano; equívoco; confusão de palavras", pareceu-me o mais adequado. Et voilá, deslindou-se o "mistério"!

Quanto ao nick, esse ainda é menos misterioso: muitos familiares e amigos mais próximos me chamam assim, desde que me lembro!

Curioso é o facto da "Grafonola" ter escolhido essa designação - entre outras razões, por a mãe a apelidar assim em criança - e a minha irmã, que nasceu exactamente no mesmo dia (com uns anos de diferença), também ter tido essa "alcunha", a nível familiar...

Hummm... sabem quem está a bater à porta? O fim de semana!!! Que seja Ó P T I M O, para todos!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

FATAL COMO O DESTINO!


Há cerca de 12 anos que assisto a reuniões de pais e professores, periodicamente, tendo falhado umas duas ou três, por qualquer impossibilidade de horário. Normalmente, entro muda e saio calada, só uma vez me fartei de falar, a contestar um método disciplinar do professor - suponho que até já escrevi sobre isso, mas, em suma, o docente pretendia que semanalmente os alunos votassem nos colegas mais indisciplinados, que depois seriam castigados progressivamente, consoante o número de vezes que fossem "eleitos". Não me vou repetir!

Nestas reuniões os professores queixam-se imenso - não tenho dúvidas que com razão - da insubordinação da miudagem. Quase todos os pais assumem que a "culpa" é dos filhos dos outros, alguns ainda tecem grandes elogios aos próprios rebentos, verdadeiros santinhos no altar. Pois!

Ano após ano, fui chamada à escola para ter reuniões particulares com os directores de turma. A conversa também nunca constituiu novidade nenhuma: um aluno médio/bom, participativo (até demais), mas irrequieto, muito falador e um bocado contestatário.

Este ano instituí uma nova moda: acabaram-se as reuniões escolares! Já está no 10º ano, tem quase 16 anos, se houver algum problema de maior logo me chamam. Safou-se no primeiro período com notas entre o 11 e o 16, com os meus botões pensava escapar desta, mas népias! Após estes resultados, deitou-se à sombra da bananeira, a média deu assim um trambolhão e voilá: lá me convocaram novamente para mais uma reunião! E depois... foi mais do mesmo!

Vá que neste "Abril de águas mil" (o título preferido da blogosfera no mês que corre), em dia de perfeita enxurrada, escapei sem um único pingo no capote...

Alguém chamou aí os "Loucos de Lisboa"? Então lá vai, para desanuviar!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

ADOPÇÃO

Há uns tempos irritei-me um bocado com uma versão em que se explicava o caso "Esmeralda". Dentro do pai é pai, lei é lei e não há mais nada a dizer! Nem segui as notícias de perto ou muito atentamente, porque tudo o que li parecia-me completamente desfasado da realidade...

A história, mediática, é conhecida nos seus traços essenciais: uma mulher engravidou de um homem, comunicou-lhe o facto, ele achou que ela era uma "devassa", que o futuro bebé podia não ser dele, nunca mais se ralou com o assunto. A mulher pariu uma menina, sem forma de a sustentar voltou a tentar falar com o fulano, ele nem aí, que numa terreola pequena desapareceu misteriosamente, quando ela o procurou. A mulher, brasileira e em empregos precários, não sei como, lá conseguiu encontrar um casal que, não podendo ter filhos biológicos, ambicionava adoptar uma criança. Ela entregou a filha ao casal, escreveu um papel que foi reconhecido no notário (note-se o conhecimento legal deste) e estavam todos felizes e contentes. Os tribunais, como todos sabemos, funcionam muito eficazmente! Desta vez, o excesso de zelo, levou a que decorressem processos paralelos, em dois tribunais diferentes. Depois de um teste obrigatório para averiguar a paternidade, o pai biológico acatou que a criança era sua descendente e resolveu reclamá-la, no outro decorria um processo de adopção... Nem vale a pena entrar pela acusação de sequestro de que o pai adoptivo foi alvo, sendo preso e tudo, nem noutros trâmites processuais.

Entre familiares e amigos, conheço várias pessoas adoptadas. A primeira das quais foi a minha própria mãe! Passo a explicar: ela era a terceira filha de um casal muito pobre de Setúbal, que a minha avó (de coração) conhecia. Dado o desemprego da época (isto é sina, que aqui estou a falar de meados dos anos 30, do século passado), a futura mãe estava a encarar a hipótese de abortar, mas a minha vovó convenceu-a a não seguir esse caminho, que se prontificava a ser madrinha do bebé e a ajudar monetariamente no que fosse necessário para as crianças. Não sei se foi por acaso, mas no dia em que a minha mãe nasceu - em casa, como só podia ser naquele tempo, em famílias pobres - os dois irmãos estavam doentes, com escarlatina. O que é que se faz à recém-nascida? No próprio dia, foi viver com a minha vovó! Passaram-se dias, meses, uns 3 anos e ela lá continuava, se bem que a doença dos irmãos já tivesse sido ultrapassada. Então, o meu avô, que estava em comissão de serviço em Setúbal, foi chamado de volta a Lisboa, pela Companhia. A coitada da vovó chorava baba e ranho, que não queria ficar sem a sua menina, queria lá ela saber das promoções na empresa. Assisado, o vovô foi conversar com os pais da afilhada, que permitiram que ela os acompanhasse no regresso a Lisboa e continuasse a viver com eles...

Dito assim, parece que correu tudo sobre rodas, mas não! A miúda começou a reconhecer os padrinhos como pais, passando a apelidá-los de mamã e papá, na escola e na vizinhança não era segredo nenhum. Alguns ainda tentavam acicatar a rapariga contra a autoridade dos pais adoptivos, se levava uma palmada ou coisa - ela era relativamente dócil, mas fazia asneiras como todos os outros, na época, um açoite de "castigo" concedia-se com alguma regularidade. Aos 11 anos, a mãe biológica adoeceu gravemente, com 3 filhos para criar (teve outro, entretanto) e uma casa para tratar, vai daí, o pai teve uma fabulosa ideia: "Vamos chamar a Maria, para cuidar de ti e da casa!" Não sei no que teria resultado, que a menina estava habituada a um grande apaparicanço, não só dos pais adoptivos, como também de criadas encarregues da lida doméstica... Serviu-lhe uma mãe biológica magnânima, que recusou frontalmente a proposta do marido, com um "deixa-a lá estar, que ela está bem!"

A minha mãe nunca foi adoptada (coisa, ai, ai, que não estava consagrada na legislação)! A minha vovó queria adoptá-la antes de morrer, se os pais biológicos falecessem antes, o que não aconteceu! Nem depois do 25A teria tido oportunidade disso, cingida que estava (e está) a lei a menores de 18 anos.

Muitos anos mais tarde, ouvi a minha avó biológica (que o contacto nunca se perdeu) a gabar-se do seguinte: "Os meus filhos nunca andaram descalços, ao contrário dos miúdos da vizinhança, que a Dona L. comprava todos os anos sapatos novos para eles." Quase chorei de emoção!

Portanto, escusam de me explicar como é que se determina a paternidade! Pais são os que criam, que se preocupam, trocam fraldas, passam noites sem dormir quando a criança fica doente, numa longa caminhada... estipulem as leis o que estipularem, decidam os juízes o que decidirem!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

IDA À PRAÇA


Foto da net

Uma ida à praça é sempre uma lição de vida. Um mar de gente de todas as raças, credos, latitudes e idades circula por entre as bancadas, onde se expõem frutas e legumes, peixes de variadas origens, galináceos e ovos, um sem fim de géneros alimentares, já para não falar da multiplicidade de flores.

Uns caminham apressados, como se soubessem exactamente onde se dirigir, na ânsia de despachar as compras, que a hora de almoço está a chegar. Outros parecem ter todo o tempo do mundo, comparando preços, tentando verificar a olho nu a qualidade dos produtos. Alguns, mais idosos, arrastam-se vergados pelo peso dos sacos, excessivamente carregados para braços cansados.

Nas bancas de legumes e frutas abundam todas as cores do arco-íris, do vermelho ao roxo, embora as diversas tonalidades de verde estejam em vantagem. Por sua vez, as vendedoras asseguram que as ervilhas e as favas são tenrinhas e acabadinhas de descascar...

As peixeiras, solícitas e atentas, mal vêem alguém deitar uma olhadela distraída a uma pilha de cachuchos vermelhos e luzidios, espicaçam: "então o que vai hoje, freguesa?" Regateiam-se preços, a algazarra é imensa! Homens fortes e tatuados empurram enormes caixas plásticas até junto das bancadas, onde depositam camadas de gelo moído, para acamar a pescaria que não foi vendida.

Duas mulheres altas e avantajadas, vestidas de negro em trajes aparentemente muçulmanos, passeiam calmamente até se acercarem de uma banca. Apontam um pequeno carapau um pouco amassado e a rapariga que as atende pergunta qual é a quantidade que pretendem. Por gestos, indicam que não! Querem que a moça lhes dê aquele carapau. Ela acede, transparecendo alguma confusão e piedade no olhar. Uma cliente, impressionada, oferece-se para pagar às mulheres um quilo do peixe. Orgulhosas, recusam! Ou será que não entenderam, uma vez que não falavam uma palavra de português?

Aprendemos sempre, até quando vamos à praça...

domingo, 6 de abril de 2008

SILÊNCIOS VALIOSOS!


Não era esta música que estava prevista para terminar o desafio da Ahlka (ó nina, onde é que tu andas, que nunca mais ninguém te pôs a vista em cima?), mas não me lembrando do título ou do grupo, acabei por escolher outra, igualmente significativa - a época em que comecei a namorar a "cara-metade"!

Ai, ai, ai, que lá vem ela com lamechices românticas... Namorar, o que é isso? Só vos digo que foi bom... e ainda é! Nunca foram necessárias grandes declarações amorosas, nem gestos espaventosos para dar a conhecer ao mundo um grande amor. Timidos? Talvez! Magoados por experiências anteriores? Também! Um encontro sem palavras pronunciadas, no silêncio de um olhar, de um toque, de um sorriso, de um carinho...

Daí, gostarmos ambos desta:

Tracy Chapman - "Baby Can I Hold You"



Post-Scriptum - Os comboios chegaram ao seu terminal; temas musicais portugueses ou lusófonos vão seguindo nos próximos posts, que não os incluí aqui, para não baralhar (ainda mais) as seis escolhas...

sábado, 5 de abril de 2008

PAPAGUEAR AS NOTÍCIAS

A profissão de pivot televisivo pode ter os dias contados.

Quando ditadores, governantes, empresários e outras individualidades sonantes perceberem as potencialidades que esta tecnologia acarreta e a cega obediência de que ela é capaz - inclusivé na linguagem corporal, cuja movimentação se coordena com um simples toque de rato - a tentação será grande.

Aliada a esta capacidade e como cereja no topo do bolo, trata-se de uma autêntica poliglota que domina todas as línguas, ainda por cima com uma pronúncia irrepreensível...

A ser escolhido, este modelo de apresentador televisivo não acarreta um aumento significativo nos números do desemprego, antes pelo contrário, pois despoleta a procura de mais técnicos de informática e de designers para aperfeiçoamento do protótipo. Com a vantagem que nenhum deles terá oportunidade de se queixar das "pressões" sofridas, no desempenho da sua profissão...

Até lá, desfrutem de um óptimo fim de semana primaveril!

Foto de Marcos Duarte, na net.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

MEMÓRIA CURTA

Sabem aquelas noites em que, um pouco antes de adormecermos, nos lembramos de um tópico interessante para colocar à discussão no blog? E enquanto o sono não se instala definitivamente, imaginamos as várias vertentes em que o assunto pode ser focado? Dormimos felizes e descansados e, no dia seguinte, (PUFFF!!!) a belíssima ideia desapareceu completamente? Damos voltas à cabeça, tentamos recordar a associação de pensamentos que tivemos, as últimas frases que dissemos, os eventuais sonhos que sonhámos e... NADA! Foi-se!!! Resta apenas uma enorme irritação e frustração, bem como a dúvida de se não será a PDI a fazer das suas...
Bom, isto aconteceu-me ontem, vasculhei todos os recantos internos e externos em busca de qualquer indício que me conferisse uma pista, mas sem resultados.
E depois lembrei-me que, já algumas vezes, após este exercício mental de flash back (anglicismo, mas traduz bem o que pretendo dizer), acabo por recordar o tema que na véspera me parecera tão relevante. Ao acordar convenientemente - duas chávenas de chá preto costumam funcionar - decido: "que disparate, o que é que isso interessa a alguém?"
E aí surgiram-me novas questões: Será que o nosso subconsciente (ou inconsciente), para nos ajudar a relaxar e cair no sono, não "fabrica" essa espécie de soporífero, na simpática forma de "assunto já há, amanhã é só teclar"? Se fosse realmente importante, esqueceríamos com tanta facilidade???

Não obtenho resposta para estas perguntas - se houver por aí alguém entendido em psicologia faça favor de explicar - mas para não dizerem que vieram aqui em vão, para umas conversas de chacha de quem não tem nada a dizer e parece estar a entrar na senilidade (ou imbecilidade, a escolha é vossa!), segue uma sugestão para quem tem carros já velhotes e gostaria de os modernizar com vidros eléctricos:



(Obrigada, Michel!)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

ONDE PÁRAM OS JOAQUINS?

Foto da net.

Hoje, as aniversariantes são três: a Cat (ai, Dinamene era tão lindo!), grande amiga, companheira de mails e de Clube de Leitura, a Matilde, uma giraça que completa 2 anos de idade e também a Maria, estudante na velha Albion. Votos de um dia muito FELIZ para todas, segue apenas a flor virtual e simbólica, para expressar o grande sorriso que lhes desejo estampado no rosto!

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Ontem, ao ler o Oliver, fiquei baralhada: então 89,6% dos homens portugueses dão pelo nome de Manuel ou Joaquim? Mesmo que a percentagem seja só um modo humorístico de indicar que são muitos, não existem muitos mais Josés, Antónios ou Joões? E excluindo os homens de que conheço somente o apelido, onde é que andam tantos Joaquins? Emigraram todos para o Brasil? Só recordo três: um tio avô, um colega de estudos e um amigo! Manuel até é mais comum, mas apesar disso longe de formar uma legião com essa identidade, provavelmente, nem para uma equipa de futebol chegava, na meia dúzia com que cruzei...

Esclareçam-me lá se, por este cantinho à beira mar plantado, pululam hordas de Joaquins e Manuéis. Ou andarão escondidos nos recantos mais insuspeitos?!


terça-feira, 1 de abril de 2008

MEIO SÉCULO!

Sábado passado, vários amigos meus fizeram anos. Ou, melhor dizendo, uma das minhas quatro sobrinhas fez 17 anos, um amigo meu fez 48 e o outro completou meio século de existência!

Isto significa que passámos o dia a comer e a correr de um lado para o outro. O almoço, com a sobrinha e a família, consistiu em arroz de pato e salada de alface, mais uns aperitivozitos de ovos de codorniz, crepes de vegetais, guacamole, tiras de milho, cajus, amêndoas e amendoins salgados, sem contar com os doces. Discutiu-se então que seria engraçado darmos uma prenda conjunta ao “menino” de 50 anos, lá andámos a telefonar a uns e a outros para organizar quem contribuiria para esse presente colectivo, que até já decidiramos o que seria – um Ipod – em combinação com a mulher do aniversariante.

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Entretanto, tivémos de ir buscar o filhote à estação de comboio, que chegava por volta das 17 horas, com a malta alfacinha que participou no Festival do Secundário em Gouveia. Considero a Gare do Oriente uma obra arquitectónica lindíssima, mas aguardar lá pela chegada do “pouca terra” (que vinha com 54 minutos de atraso), já não tem grande graça, porque é muito desabrigada: mesmo em dias que só corre uma leve brisa parece que estamos no meio de um vendaval, em dias de vento a sensação é a de que aterrámos no centro de um ciclone.

Alguém imagina o que é um comboio cheio de adolescentes entre os 14 e os 19 anos, todos de mochilas às costas, porque na verdade eles foram acampar, e ainda entusiasmados com o evento? Vi um homem a sair da carruagem, com um ar absolutamente esgazeado! Pudera, três horas e oito minutos a vivenciar uma experiência das mais infernais...

O rapaz regressou da viagem ensonadíssimo (não percebo porquê...), porquíssimo (as unhas mais negras do que um cavador de batatas) e claro, esganado com fome, porque o dinheiro tinha acabado na véspera e ainda estava em jejum (não morreu por isso e foi útil porque, para a próxima, gere melhor a massa que leva no bolso).

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Por esta altura, informaram-nos que vários convivas do almoço apresentavam sinais de indigestão, enquanto aqui o parceiro já se tinha queixado de uma ligeira indisposição. Escusado será contar o filme que se seguiu, né?

Lá arranjei boleia para mim e para o filhote, enquanto a cara metade esperava que a indisposição passasse, ficando de ir ter connosco, caso melhorasse, o que se verificou mais tarde.

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Então o jantar - creme de legumes ou de marisco, medalhões de peixe guisado com arroz branco e cabrito assado com batatas e esparregado, pudim flan ou salada de frutas – decorreu em amena cavaqueira, como vem sendo hábito nestas festas.

Um antigo colega da primária apareceu já o jantar terminara, para abraçar o amigo, trazendo com ele a “namorada” (chamemos-lhe assim, para simplificar), ilustre desconhecida do resto do pessoal. E diz o fulano para rapariga: “Senta-te aí, Ana!” Ao que ela obedeceu, mesmo tendo em conta que o “aí” era um canto da mesa onde não estava ninguém, nem à frente, nem ao lado, com quem pudesse eventualmente trocar um sorrisinho circunstancial.

Conhecendo as cerca de 40 pessoas presentes à mesa, ele foi então cumprimentá-las uma a uma, mantendo com algumas pequenas conversas informais... Mas porque é que os homens são sempre iguais? Custava alguma coisa, pelo menos, apresentá-la à malta que estava mais próxima? Quando percorreu o circuito todo, ao sentar-se junto da jovem para aí uns 20 minutos depois, é que se lembrou: “Ah, é verdade, esta é a Ana!”

“Obrigada!”, agradecemos em uníssono, uma vez que já tinhamos tratado do assunto...

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Este é só o primeiro de quatro amigos que este ano completam meio século de existência! Nós, mulheres, somos todas muito, mas mesmo muito, mais novas (
cof... cof...)!