Este livro já se prestou a alguma confusão, pois em tempos referi que era o último de Murakami, tal como a amiga que o ofereceu me informou. Contudo, a informação só estava parcialmente correta: o último, sim, mas a ser traduzido em português, pois foi escrito em 1985. Consta que foi o primeiro a dar ao autor nipónico mais notoriedade a nível mundial, mas às vezes os publicitários são tão exagerados...
Tal como o autor já habituou os seus leitores, os capítulos são intercalados com duas histórias diferentes, que nada parecem ter a ver uma com a outra, e múltiplas referências musicais e literárias. Mas o que é pouco habitual são os dois mundos que se cruzam ao longo das suas 565 páginas: por um lado, o Fim do Mundo, que tem algumas parecenças com uma época passada, quase medieval, em que as pessoas vivem em cidades muradas, sujeitas às intempéries e sem poderem sair de lá - se bem que com algumas especificidades, como o deixarem de ter sombra assim que entram ou existir no local um vasto conjunto de unicórnios; e o Impiedoso País das Maravilhas, uma cidade de Tóquio futurista, estranha e fundada em cima de cavernas e catacumbas, onde decorrem perseguições dignas de qualquer filme de terror ou de ficção científica. Dois géneros de que não sou particularmente apreciadora, mas Murakami consegue envolver-nos no(s) enredo(s) de tal forma, que nem nos passa pela cabeça desistir da leitura...
Dito isto - e embora tenha gostado do livro - já houve outros livros do escritor que me cativaram mais.
Citações:
"- Mas, sem amor, é como se o mundo não existisse - afirmou a rapariga gorda. - Sem amor, a vida é como o vento que passa do outro lado da janela."
"É porque existem o desespero, a desilusão e a tristeza que há alegria. Uma serenidade sem desespero é coisa que não existe em parte alguma. É a isso que eu chamo a «natureza». E, evidentemente, o mesmo se passa com o amor."
"Um sarilho tão grande que nem consigo percebê-lo. O mundo tem-se vindo a complicar cada vez mais: a energia nuclear, a divisão do socialismo, o avanço da informática, a inseminação artificial, os satélites-espiões, os órgãos artificiais, as lobotomias... até os painéis de instrumentos dos carros mudaram tanto que não há quem os entenda."
Dito isto - e embora tenha gostado do livro - já houve outros livros do escritor que me cativaram mais.
Citações:
"- Mas, sem amor, é como se o mundo não existisse - afirmou a rapariga gorda. - Sem amor, a vida é como o vento que passa do outro lado da janela."
"É porque existem o desespero, a desilusão e a tristeza que há alegria. Uma serenidade sem desespero é coisa que não existe em parte alguma. É a isso que eu chamo a «natureza». E, evidentemente, o mesmo se passa com o amor."
"Um sarilho tão grande que nem consigo percebê-lo. O mundo tem-se vindo a complicar cada vez mais: a energia nuclear, a divisão do socialismo, o avanço da informática, a inseminação artificial, os satélites-espiões, os órgãos artificiais, as lobotomias... até os painéis de instrumentos dos carros mudaram tanto que não há quem os entenda."
BOM DOMINGO!
~ ~ Obrigada pela partillha, Teté.
ResponderEliminar~ ~ Parece-me interessante, na medida em que é absorvente e por nos colocar a meditar sobre a nossa realidade existencial.
~ ~ ~ Que seja boa, esta tua tarde de Domingo cinzentinha! ~ ~ ~
~ ~ ~ ~ ~ B e i j o c a s. ~ ~ ~ ~ ~
Sou um bocado suspeita, porque gosto (ou adoro) de tudo o que li de Murakami, MAJO!
EliminarO tempo felizmente já voltou a ter ar de verão... :)
Beijocas
Este tb não li. Estou na fase dos livros cor de rosa do período da regência britânica : )) e a criar fôlego para as setecentas e tal páginas de “The Orphan Master’s Son” de Adam Johnson, terceiro livro deste professor catedrático, vencedor do Pulitzer de ficção no ano passado.
ResponderEliminarBom domingo com muito sol tal como aqui.
Bjos
Não conheço esse autor, CATARNA, mas recentemente também li um livro de Max du Veuzit. Mais cor de rosa que aquilo deve ser difícil... :)
EliminarO domingo aqui esteve cinzentão, mas já passou... Felizmente!
Beijocas
A temática não me atrai mas agradeço a informação!
ResponderEliminarChegam-me os pesadelos reais! :(
Abraço
É, ROSA, este tem alguns capítulos em que raia o terror... que também não aprecio por aí além - para não dizer nada, mesmo! ;)
EliminarAbraço
ResponderEliminarNão sei te estaria muito virada pare ler o livro... Mas que concordo plenamente com as duas citações iniciais, isso é um facto!
Um beijo enorme em ti
(^^)
Quem gosta realmente de Murakami não descansa enquanto não ler todinhos, AFRODITE. É o meu caso, de modo que até com partes de terror e ficção científica vou lá... :D
EliminarBeijocas!
Falta-me ler muito de Murakami mas tudo o que até agora li dele me agradou. Esse ainda não consta da minha lista.
ResponderEliminarJá li uns 8 dele e todos me agradaram, LUISA. Alguns muitíssimo, do género de ficar triste quando acabo de o ler, porque não há mais... Este, para mm, não é dos melhores, mas mesmo assim gostei! :)
EliminarNUnca li nada dele.
ResponderEliminarAfinal, coincidimos em duas coisas: não apreciamos ficção científica nem terror, fico contente :)
Boa semana , ma belle
Adoro Murakami, SÃO, mas se calhar não é muito o teu género: ele é um escritor de ficção! :)
EliminarBeijocas e boa semana para ti também!