Os livros desta colecção da editora Lello & Irmão, Colecção Lusitânia, que neste "Eusébio Macário" ia em 74 títulos e que os próprios publicitavam dizendo que "possuir a Colecção Lusitânia completa, é o mesmo que possuir uma pequena biblioteca", cumprem totalmente todos os requisitos.
Pequenos e manuseáveis, 16X11 cm, por pouco cabem no bolso da camisa. Lêem-se em qualquer lado, e na cama não causam dores de braço ou de dedos pelo esforço de os segurar sobre a cabeça e manter abertos e, também conta, se adormecermos não nos partem a cana do nariz quando nos caem na cara. Sim, a letra é miúda, mas há óculos para ler em qualquer farmácia por dois tostões, ainda por dois tostões (quanto é em euros?).
Resistentes. Tem muitos anos este exemplar, creio que pelo menos 6 ou 7 décadas, senão mais, muitas leituras de muitas gentes, e nem uma ameaça de se querer desfazer ou, sequer, de qualquer fraqueza na lombada.
E são sedutores, ele e os outros da colecção que por aí andam, como poucos. Está amarelecido pela idade e é lindo de nascença, com a sua capa verde, com relevo - não esses relevos dourados e possidónios, sim possidónios, seja isso o que for* (fui ver ao dicionário e deparei-me com: "Possidónio s. m. [Depreciativo] Político sertanejo que só vê a salvação do país no corte profundo e incondicional de todas as despesas públicas.", pelo que possidónio passa a ser o Passos Coelho, e os livros com relevos dourados à americana que por aí andam passam a pirosos, irritantes, manhosos, etc...).
E as folhas de guarda? Vejam as imagens em baixo, um pouco "naifs", se quiserem, mas mostrando o gosto posto no fazer dos livros.
Há umas quantas colecções ou séries de livros que, de vez em quando, sinto desejo de ter completas, por estas ou por outras razões, esta é uma delas.