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domingo, 23 de agosto de 2009

Juventude rema em defesa urgente da Ria Formosa

Na belíssima e solarenga manhã do sábado passado dia 8 de Agosto, decorreu um passeio de Caiaque organizado pela “Plataforma Macário + Jovem” (agregação da Juventude Social Democrata e da Juventude Popular) com o total apoio do Sport Faro e Benfica (SFB) através do responsável pela secção de Caiaque, Michael Ferrada que tem desenvolvido um trabalho fantástico na dinamização desta actividade na ria Formosa e não só. Deixamos aqui o agradecimento ao Sport Faro e Benfica por nos ter autorizado a utilização do seu material e instalações de uma forma gratuita.



O ponto de partida deu-se na rampa de acesso à doca de Faro junto às instalações do SFB, contando com a presença de inúmeros entusiastas, aficionados, amadores e espanhóis que nos acompanharam ao longo do percurso programado.

O tiro de partida foi dado pelo Eng.º Macário Correia, o actual candidato do PSD à Câmara Municipal de Faro, que aproveitou a iniciativa para esclarecer alguns pontos, nomeadamente a necessidade do concelho se afirmar como uma capital náutica, falou na doca exterior e no cais comercial, diz que é possível fomentar a prática de desportos náuticos, referiu também a preservação da natureza e dos acessos à Praia de Faro. Para mais informações sobre o discurso visita http://www.macario-faro.com/

Este passeio tinha como objectivos chamar a atenção para o lixo na doca de Faro e na Ria Formosa, mais concretamente na Ilha dos Tesos. Mostrar a riqueza natural e a urgente preservação da Ria que sustenta centenas de famílias algarvias, elaborando um passeio pela Ria utilizando veículos amigos do Ambiente e que não produzem ruído.

Quando o grupo chegou à Ilha dos Tesos deparou-se com uma área repleta de lixo, que já lá se encontra há mais de um ano. O mais grave é que possui uma quantidade de pilhas usadas que não foi possível determinar. Posto isto, a Juventude da “Plataforma Macário + Jovem” arregaçou as mangas e pôs mãos à obra recolhendo mais de 10 kilos de pilhas ferrugentas num saco improvisado no local, estes resíduos encontravam-se espalhados pela dita ilha, semi enterradas na areia. Dado os meios de que dispúnhamos não nos foi possível recolher todas as pilhas.

Objectos como as pilhas, apesar da sua aparência inocente e pequeno porte, são extremamente agressivas ao ambiente e à saúde humana, já que são compostos de produtos químicos e metais de alto nível tóxico, classificados como resíduos perigosos e não biodegradáveis.

Representam um sério problema ambiental na Ilha dos Tesos (Ilha próxima da doca da cidade de Faro), quando em contacto com água e o sol começam a corroer o invólucro protector libertando os seus compostos químicos, além de causar várias doenças, mais detalhadamente: 
- o Cádmio é cancerígeno, provoca mutações genéticas, danos no sistema reprodutivo, disfunções renais e digestivas, além de complicações pulmonares;
- o Chumbo causa anemia, debilidade, paralisia parcial afectando os sistemas neurológico, nervoso central, digestivo e reprodutor, além de subir a pressão arterial;
- o Mercúrio causa mutações genéticas e no caso de intoxicação aguda pode corroer a pele e membranas da mucosa, causar náuseas, dor abdominal, diarreia, vómito, danos nos rins e até levar à morte. Em casos crónicos, provoca tremores, irritabilidade, perda de visão e audição, além do aumento da pressão arterial e lesões cerebrais irreversíveis.
- o Manganês em excesso, causa disfunções do sistema neurológico, resultando nalguns tipos de casos da doença de Parkinson, podendo ainda provocar gaguez e insónias.
- o Zinco provoca tosse, fraqueza, dor generalizada, febre, náusea, vómito, promove alterações no quadro sanguíneo e problemas pulmonares.

Estes componentes altamente tóxicos depois de libertados contaminam o areal, as camadas de areia do subsolo, o lençol freático, e toda a zona envolvente da Ria Formosa (sapais e cursos de água) afectando a também a flora, a fauna e o homem, através da cadeia alimentar.

A queima de tais metais altamente nocivos como estes não consiste numa boa prática ambiental, pois os seus resíduos permanecem nas cinzas, podendo ser volatilizados e provocar a contaminação da atmosfera. Mas foi isso mesmo que aconteceu, apesar dos resíduos já lá estarem há quase dois anos (Setembro de 2007), sem que o IPIMAR ou a CMFaro fizessem a limpeza dos mesmos, milagrosamente 2 dias depois do passeio de caiaque, na passada segunda-feira à noite (dia 10 de Agosto) os dois sem-abrigo que ali haviam morado e feito o lixo, até à umas semanas atrás, foram queimar estes mesmos resíduos, sendo a forma mais simples e incorrecta de tentar eliminar este problema para o qual a Plataforma havia chamado a atenção.
Mas as restantes pilhas continuam lá semi-enterradas na areia a contaminar toda a zona envolvente incluíndo o ar!
Passados mais alguns dias, sexta-feira 14 de Agosto, logo às 9h da manhã já se encontravam funcionários da Câmara Municipal de Faro na Ilha dos Tesos para limpar o lixo que ali ainda tinha ficado. Após conversa referiram-nos que os sem-abrigo tinham sido presos pela Polícia Marítima quando esta lhes foi pedir ajuda na limpeza daquele lixo que tinham feito, eles tornaram-se violentos ameaçando a Polícia com uma arma de sinalização marinha.
No final do dia por volta das 17h o pessoal da Câmara de Faro já não se encontrava na Ilha, mas qual não foi o nosso espanto ao encontrar o lixo "escondido" entre a vegetação autóctone de modo a não ser visível por quem ali passasse de barco. Apenas haviam retirado cerca de um terço do lixo e escondido o restante.
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Limpam pouco e escondem muito! Esperemos que voltem para buscar o lixo "escondido" dos olhares.
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No dia 22 de Agosto de 2009 já os funcionários da Câmara Municipal de Faro tinham voltado à Ilha dos Tesos e recolhido os resíduos que faltavam, agora já se vêm pessoas perto desta zona com a suas sombrinhas abertas e toalhas estendidas, bem como crianças a brincar e a usufruir da ilha com os seus familiares. Antes não havia utilização lúdica desta ilha devido à grande quantidade de lixo, moscas, formigas, restos de comida, roupa, tendas, garrafas, bidons, garrafões, restos de mobiliário, latas ferrugentas de comida, pilhas, baterias, pulgas e dejectos humanos que lá se encontravam como se pode ver no álbum de fotografias acima exposto. Neste momento ainda existem cinzas com alguns restos de lixo mais ou menos enterrado, umas tampas de latas a enferrujar e possivelmente ainda meio quilo de pilhas semi-enterradas espalhadas por toda a área. Continuando a ser um perigo para a saúde andar descalço e conviver nesta zona ainda contaminada sob o risco de perfurar ou cortar um pé por exemplo.
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O lixo que existia na ilha dos Tesos antes da Câmara Municipal de Faro ter iniciado a limpeza era muito, mas muito superior ao que existe neste momento, não obstante ainda há mais algum trabalho a fazer para que a Ilha dos Tesos volte a ser o que era à dois anos atrás, uma ilha não habitada, desprovida de lixo e dejectos humanos, com vegetação autóctone e fauna a prosperar.
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Escrito por Pedro Abrantes, fotografias de João Louzeiro, Osvaldo Silva e Luís costa

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Lixeira a céu aberto em Olhão já chegou à CCDRAlg

A Câmara de Olhão está a utilizar um terreno situado perto do novo Cemitério, na estrada entre a cidade e Quelfes, para depositar lixo.

A denúncia surgiu da associação cívica olhanense “Somos Olhão!” e já motivou a deslocação do Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA) da GNR ao local, segundo o que o “barlavento” apurou junto desta força policial.

O nosso jornal (Barlavento) esteve no local e constatou que, num terreno vedado, onde se podem ler junto do portão dois cartazes, um a avisar que se trata de uma propriedade privada e outro, curiosamente, a proibir o vazamento de entulho, se amontoa lixo de diversa espécie. 

Além de resíduos verdes, que serviam na altura de pasto a um rebanho de cabras, também era possível ver, numa zona mais interna do terreno, sacos de plástico amontoados e outro tipo de lixo. 

O SEPNA ter-se-á deparado com um cenário muito semelhante, uma vez que esteve no local poucos dias antes da reportagem do “barlavento”, no “dia a seguir à denúncia” da associação “Somos Olhão!” ter sido feita.

Ainda assim, a autarquia não terá sido autuada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, que disse ao nosso jornal também ter sido informada do assunto e que já havia agendado uma reunião com o executivo camarário olhanense, no sentido de resolver a situação. 

“Existe uma lixeira que não está legalizada. Esta semana vamos ter uma reunião e dizer à autarquia que terá de cumprir uma série de requisitos”, revelou fonte da CCDRA. “Estamos, de forma pedagógica, a tentar resolver esta situação”, adiantou.

A Câmara de Olhão defendeu-se e disse ao “barlavento” que não se trata de uma lixeira e sim de uma “estação de transferência”, onde os serviços depositam o lixo que recolhem em vários pontos do concelho, antes de os separar e dar seguimento, nomeadamente para os aterros da empresa ALGAR.

Mas, da parte da CCDRA, chega a garantia de que esta situação “é semelhante à que aconteceu em Lagoa”, que o “barlavento” revelou em Outubro do ano passado. 

Neste caso, tratava-se da antiga lixeira municipal, que nunca foi desactivada, mesmo com a entrada em funcionamento do Aterro Sanitário do Barlavento. Também aqui a CCDRA optou por uma atitude pedagógica. 

Além destes dois casos, existem mais “três ou quatro” referenciados no Algarve, diz a CCDRA. “O que as autarquias têm de fazer é formalizar a situação e passar a cumprir os requisitos necessários” para manterem um depósito desta natureza, ainda que temporariamente.

É que, mesmo cumprindo estes requisitos, a ideia é que se crie um plano que permita eliminar estas áreas a médio prazo, através da transferência destes resíduos para os locais próprios e encerramento dos depósitos improvisados.

No caso de Lagoa, também foi realizada uma reunião entre a CCDRA e a autarquia local, após a qual a Câmara de Lagoa foi obrigada a retirar todos os resíduos da lixeira. O porta-voz daquela entidade deu a entender que o procedimento em relação a Olhão será parecido.

Ainda há bem pouco tempo a empresa ALGAR, responsável pela recolha e tratamento dos resíduos sólidos urbanos na região, foi galardoada com a certificação de qualidade ambiental ISO 14000. 

Apesar de esta entidade não ter responsabilidade nestes casos, a existência de lixeiras a céu aberto pode comprometer a imagem de um Algarve amigo do ambiente, que esta certificação atesta.

Assim, o objectivo da CCDRA é tratar destas situações através do diálogo, para que seja possível criar uma programação “para as extinguir de vez”.

Em pleno século XXI, ainda existem situações destas em pleno Algarve, uma zona conhecida pelo turismo, mas que mostra que está muito atrasada em termos ambientais, Olhão será o pior exemplo nesta região. Lixeiras a céu aberto, ETAR's deficientes em que o cheiro é insuportável. Uma cidade que tem a fama de ser a Capital da Ria Formosa, mas no que diz respeito ao ambiente tem muito pouco.

Fontes: Tempo no Algarve

http://temponoalgarve.blogs.sapo.pt/180994.html

Imagens:

http://temponoalgarve.blogs.sapo.pt/180994.html

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Pedro Abrantes (NAMB)

domingo, 22 de junho de 2008

A História das Coisas



Este vídeo explica-nos o problema do Consumismo, relacionando-o com a Sobre exploração dos nossos recursos naturais, mão-de-obra barata, Economia Ambiental, poluição atmosférica, dos solos, e da água, contaminação do leite materno, produtos tóxicos, manipulação política, reciclagem, etc.

(versão legendada) :
http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755