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quinta-feira, 15 de março de 2012

Livro sobre Cordel



Antologia do Cordel Brasileiro
reúne antigos e novos autores


Um passeio pelo que de melhor foi – e é – feito por grandes
cordelistas brasileiros é o que se oferece neste livro


Arievaldo Viana


Desde que passou a despertar o interesse dos estudiosos, a chamada Literatura de Cordel (poesia popular narrativa impressa, na definição do estudioso Manoel Diégues Jr.), tem sido contemplada com a publicação de centenas de estudos e diversas antologias que buscam compreender melhor esse gênero literário tão presente na cultura do Nordeste brasileiro. Apesar disso, o cordel continua cercado por mitos infundados, definições equivocadas e total incompreensão por parte de algumas pessoas dos meios acadêmicos. Alguns (a maioria) torcem o nariz para a chamada poesia popular por considerarem-na uma subliteratura, coisa de pouco ou nenhum valor, de acordo com a definição corrente na maioria dos dicionários.


Cria-se, portanto, a imagem errônea que o cordel para ser “autêntico” tem que ser impresso em papel de baixa qualidade, tem que ter obrigatoriamente a capa em xilogravura e deve ser exposto pendurado em barbantes. Na verdade, o que deve ser levado em conta é o seu estilo inconfundível enquanto gênero textual e também as suas formas fixas, que são métrica, rima e oração. Entenda-se por “oração” que o cordel é essencialmente poesia narrativa (impressa) e consiste na arte de rimar histórias com começo, meio e fim.


O poeta e pesquisador baiano Franklin Maxado, em seu livro “Cordel Televivo – Futuro, presente e passado da Literatura de Cordel”, publicado em 1984 pela Editora Codecri (do Pasquim) trata, num dos capítulos, da “extrema unção” que foi dada ao cordel pela maioria dos pesquisadores na década de 1980 do século passado.  Eis um resumo da opinião de Maxado:


“Muitas universidades já estudam, colecionam, divulgam, editam e ditam influências aos autores da Literatura de Cordel. Também o surto de turistas estrangeiros, preferindo os de capas xilogravadas, cria normas. Em ambos os casos, o folheto é visto como uma coisa exótica. Uma peça de museu que deve ser conservada em sarcófagos, sem ter mais ação. Parado no tempo e espaço, morto e mumificado. E muitos pesquisadores decretam o seu falecimento, encerrados em seus gabinetes e bibliotecas.”



Em 1950, no Sudeste, o cordel foi descoberto como bom negócio e a editora Prelúdio (atual Editora Luzeiro) começou a publicar folhetos no formato 13x18 (um pouco maior que o tradicional), com capas coloridas, em papel de boa qualidade, tornando-se o alvo de críticas veementes de alguns pesquisadores desinformados, embora mantivesse um time de poetas de primeira linha como é o caso de Manoel D’Almeida Filho, Antônio Teodoro dos Santos, Manoel Pereira Sobrinho, Minelvino Francisco, só para citar alguns.  Esses poetas, geralmente, eram ignorados pelos organizadores de antologias de cordel, que levavam em conta não a qualidade do texto, mas a aparência do suporte no qual estava impresso. O escritor baiano Marco Haurélio, um dos grandes expoentes da nova geração de poetas de cordel, pesquisador de renome, com diversos livros publicados, repara essa injustiça com a publicação de “Antologia do Cordel Brasileiro” (Editora Global, 256 páginas). Ele coligiu os textos de maneira que o resultado mostrasse ao leitor quanto está apurada a literatura de cordel no Brasil, contemplando 15 autores de diferentes gerações. Pela primeira vez, uma antologia do gênero reúne num mesmo volume obras dos pioneiros Leandro Gomes de Barros e José Pacheco, dos geralmente esquecidos (e discriminados) Manoel D’Almeida Filho, Antônio Teodoro dos Santos, Manoel Pereira Sobrinho e Minelvino Francisco Silva e dos novos expoentes do cordel, dentre os quais destacam-se quatro autores cearenses: Rouxinol do Rinaré, Evaristo Geraldo da Silva, Klévisson e Arievaldo Viana. A obra reúne também trabalhos de Pedro Monteiro e do próprio Marco Haurélio, que fecha a relação dos 15 títulos enfeixados com o seu excelente romance “As três folhas da serpente”.


Poetas Klévisson Viana, Arievaldo e Rouxinol do Rinaré, presentes na Antologia do Cordel Brasileiro

Um dos fatores que levou muitos pesquisadores a decretar a morte do cordel foi um hiato na produção que durou entre 1975 a 1995, período em que morreram grandes expoentes da antiga geração de poetas cordelistas e as principais editoras de folheto do nordeste foram à falência. Disseram mesmo que o gênero “romance” estava extinto e que havia sobrevivido unicamente o folheto-reportagem de oito páginas. O que ninguém previa é que havia uma novíssima geração de poetas em formação, só aguardando o momento de publicar as suas obras, fato que verificou-se a partir da segunda metade da década de 1990. Todos os poetas contemplados nessa antologia, antigos e novos, cultivam o gênero “romance”, com sua narrativa cheia de encantamento, amores impossíveis, reis, princesas, fadas, duendes, gênios e gigantes, que são personagens frequentes da boa Literatura de Cordel.


O livro é totalmente ilustrado com xilogravuras de Erivaldo, um dos nomes mais representativos dessa arte e o responsável por mais de uma centena de ilustrações em livros e folhetos de cordel. No texto de apresentação da obra, os editores asseguram que “essa Antologia do Cordel Brasileiro” sinaliza com clareza a injustiça que seria classificar o cordel como arte a ser resgatada, como se ela tivesse caído em desuso e fosse necessário reabilitá-la”. Convém lembrar que, mesmo nos períodos mais críticos, nomes como José Costa Leite, Antônio Américo de Medeiros, Apolônio Alves e Gonçalo Ferreira da Silva, só para citar alguns, continuaram escrevendo e publicando folhetos regularmente, inclusive romances. O texto retromencionado conclui, de maneira enfática: “O que este livro aponta é a certeza – com beleza – de sua força inabalável. A criatividade flagrante dos cordéis aqui selecionados indica que o fio que os une ao longo do tempo não corre o risco de se partir e que esse gênero de nossa poesia popular, parafraseando o mestre Lourenço Capiba, é ‘madeira de lei que cupim não rói”.


Títulos e autores que integram a
Antologia do Cordel Brasilleiro:



O Soldado jogador, de Leandro Gomes de Barros


História do caçador que foi ao inferno, de José Pacheco


A guerra dos passarinhos, de Manoel D´Almeida Filho


A Sereia do Mar Negro, de Antônio Teodoro dos Santos


Os três irmãos caçadores e o macaco da montanha, de Francisco Sales Arêda


No tempo em que os bichos falavam, de Manoel Pereira Sobrinho


O valente Felisberto e o Reino dos Encantos, de Severino Borges Silva


O feiticeiro do Reino do Monte branco, de Minelvino Francisco Silva


João sem Destino no Reino dos Enforcados, de Antônio Alves da Silva


João Grilo, um presepeiro no palácio, de Pedro Monteiro


O reino da Torre de Ouro, de Rouxinol do Rinaré




O conde mendigo E a Princesa orgulhosa, de Evaristo Geraldo da Silva


Pedro Malasartes e o urubu adivinhão, de Klévisson Viana


As três folhas da serpente, de Marco Haurélio


Mais informações: www.globaleditora.com.br
Poeta Marco Haurélio, organizador da Antologia



Sobre o organizador: Marco Haurélio, poeta popular baiano, professor, folclorista e editor, é um dos nomes de maior destaque na literatura de cordel da atualidade. Ministra oficinas e palestras sobre cordel e cultura popular em todo o Brasil. É autor de vários livros para adultos e crianças. Pela Global Editora, publicou Meus romances de cordel, uma coletânea de suas melhores composições.



Título: ANTOLOGIA DO CORDEL BRASILEIRO


Organização: MARCO HAURÉLIO


Editor: Gustavo Henrique Tuna


Páginas: 256


Preço: R$ 37,00


Público-alvo: Público em geral, sobretudo estudiosos e pesquisadores da cultura popular



segunda-feira, 12 de março de 2012

Livro de Cordel



CONVITE

14 de março, quarta feira, dia da POESIA, o poeta José Augusto convida a todos para o lançamento do livro UMA ACORDA DE CORDEL. 

O lançamento conta com o apoio da POEMA, que realizará um recital nesse dia em homenagem a poesia.

Ocorrerá na Praça de Convivência, (às 20:00), Avenida Rio Branco, Mossoró-RN.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Acorda Cordel na Sala de Aula


SEGUNDA EDIÇÃO DO PROJETO 
ACORDA CORDEL NA SALA DE AULA

O poeta Arievaldo Viana anunciou hoje a segunda edição do seu projeto "Acorda Cordel na Sala de Aula". A obra é uma perfeita demonstração do quanto o cordel pode ser uma ferramenta importante na educação. Vale a pena conferir as características do "kit", anunciadas por Arievaldo no Blog Acorda Cordel


1 - LIVRO COM 144 páginas, tamanho 28x21cm, com a história da Literatura de Cordel, técnicas da poesia popular e exercícios para professores e estudantes. 


2 - CAIXA COM 12 FOLHETOS, de autores diversos, incluindo a Gramática em Cordel e a Didática do Cordel. 


3 - CD com 10 poemas musicados ou declamados por Arievaldo Viana, Geraldo Amâncio, Zé Maria de Fortaleza e Mestre Azulão. 


Valor total do KIT - R$ 60,00 + DESPESAS POSTAIS. Enviamos pelo CORREIO para qualquer parte do Brasil. 


DESCONTOS ESPECIAIS PARA REVENDEDORES. 


Maiores informações: acordacordel@ig.com.br
Fonte: Blog Acorda Cordel

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Livro de Walther Santos


O COLECIONADOR DE MANHÃS

No finalzinho do ano passado (2010), recebi pelo correio um belo presente de um bom amigo. O presente é o livro "O Colecionador de Manhãs" e o amigo é seu autor, Walther Santos.

A obra é em prosa, mas a maneira como Walther vai contando as histórias, de um jeito tranquilo, com as coisas acontecendo com suavidade, me fez sentir como se lesse poesia. Talvez poesia seja isso mesmo.

Está de parabéns o escritor Walther Moreira Santos por mais essa bela obra. Estou feliz eu, por ter amigos assim, que criam coisas maravilhosas e ainda me enviam de presente. Obrigado, Walther.

Do site da Editora Saraiva, colhi esses releases da obra e do autor:

Vencedor do Prêmio Luis Jardim de Literatura e destaque em mais três premiações no Brasil e em Portugal, este livro é destinado a leitores dos 8 aos 80 anos e fala do afeto, esse sentimento delicado como pássaro com asa quebrada. São duas histórias sobre a relação avô e neto, pai e filho, com a poesia e a criatividade que já consagraram o autor como um dos grandes nomes da prosa moderna. 
Em Você já viu um pastor de nuvens? , o menino Daniel conta que seu avô é um deles: com muita idade e já sem amigos vivos, ele usa seu tempo para ir à praça para olhar o céu e observar as mudanças de cores e das formas das nuvens. O colecionador de manhãs mostra como um menino, ao procurar um guarda-chuva para ir comprar jornal numa manhã chuvosa, encontra uma caixa de madeira esquecida numa cômoda. Ao abri-la, depara com cartões-postais e fotografias dos mais variados lugares do mundo, retratando o amanhecer todos assinados, datados e comentados pelo pai, que partiu para uma viagem, da qual nunca mais voltou, antes de ver o filho nascer. Emocionado, o menino guarda novamente a caixa para que, no futuro, seu filho ou seu neto também possam encontrá-la.



WALTHER MOREIRA-SANTOS

O pernambucano Walther Moreira-Santos é escritor e dramaturgo, com várias peças encenadas, duas delas também publicadas: E agora, rei papudo? (Paulinas, 2006) e O doce blues da salamandra (MXM, 2000); é vencedor de mais de 60 prêmios literários, dentre eles: Casa de Cultura Mário Quintana; Xerox do Brasil, Itaú Cultural, Fundação Cultural da Bahia, Prêmio Cidade do Recife e Prêmio José Mindlin de Literatura; publicou, dentre outros, os livros Ao longo da curva do rio (Cone Sul, 2001); Um certo rumor de asas (Nova Prova, 2003); Helena Gold (Geração Editorial, 2003); Dentro da chuva amarela (Geração Editorial, 2006); O Ciclista (Autêntica, 2008). Em 2000, começou a escrever para crianças o seu livro Para que serve um amigo? (Becca, 2000), o qual também foi premiado pela União Brasileira de Escritores e adotado pelo Governo do Estado de São Paulo, para distribuição em escolas. A partir daí, já escreveu e ilustrou mais de uma dúzia de livros para crianças. Conheça mais sobre o autor, visitando os seguintes endereços na internet: http://www.wmsbooks.blogspot.com/ e http://www.walthermoreirasantos.blogspot.com/.


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cordéis em livro


Das feiras para a livraria
10 de agosto de 2010



Adriana Del Ré

Das feiras populares nordestinas às livrarias. Esse tem sido uma travessia cada vez mais comum para o cordel, gênero literário genuinamente brasileiro. Vindo da tradição oral e, depois, publicado como folheto a preços baixos, esse tipo de poesia popular passou a ser editado no formato de livros, sobretudo nas adaptações de clássicos mundiais. O mercado editorial interessado nesse filão acaba de ganhar reforço: a nova coleção Contos em Cordel, da Panda Books, que inicia suas atividades com dois títulos: Branca de Neve, dos Irmãos Grimm, e O Pequeno Polegar, de Charles Perrault.



Nesta primeira edição, cada um deles foi lançado com tiragem de 3 mil exemplares. As adaptações dos dois clássicos para o cordel são de autoria de Varneci Nascimento e as ilustrações , de Rogério Coelho (O Pequeno Polegar) e Andrea Ebert (Branca de Neve). “Nossa ideia é lançar dois livros por ano”, diz Varneci. Estudioso dessa literatura, ele é autor de mais de 200 obras em cordel, das quais 52 já foram publicadas no formato de livros ou folhetos.



Além disso, ele também presta consultoria à tradicional Editora Luzeiro, baseada em São Paulo e há 60 anos especializada na publicação de folhetos de cordel. “Decidimos mexer no nosso catálogo para valorizar essa cultura”, diz Tatiana Fulas, coordenadora editorial da Panda Books. Segundo ela, a coleção tem como alvo o público infanto-juvenil, a partir dos 9 anos, como ferramenta para auxiliar nessa fase importante de formação de leitores. “O professor pode trabalhar esse material rico com os alunos, comparando a narrativa com a poesia”, sugere a coordenadora da Panda.



Aliás, o fato de o cordel ter sido recomendado dentro das salas de aula pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, do MEC, fez com que as editoras investissem ainda mais nas próprias coleções do gênero. “No ano passado, só para a rede pública de ensino, vendemos cerca de 26 mil exemplares de cada um de três títulos, que são adaptações de A Megera Domada, O Corcunda de Notre-Dame e Os Miseráveis”, afirma Marco Haurélio, que já trabalhou na Luzeiro e atualmente coordena a coleção Clássicos em Cordel, da Editora Nova Alexandria.



“O cordel publicado em livro ainda causa estranhamento, porque alguns pesquisadores o relacionam com folhetos. Mas a literatura, como um todo, precisa acompanhar a evolução. Podemos manter o pé na vanguarda, sem abandonar a tradição”, diz.



Há quem diga que o cordel tenha nascido no Brasil, sem qualquer herança externa, como defende Varneci Nascimento. Outro pesquisador do assunto, Haurélio também defende essa legitimidade nacional do gênero, mas acredita que haja matrizes longínquas em lugares como Europa e África. “O cordel nasceu na Paraíba, no final do século 19. Um dos nossos primeiros cordelistas – senão o primeiro – foi Leandro Gomes de Barros. Ele criou todos os temas trabalhados até hoje”, conta Haurélio.



Importante editora cearense especializada em cordel, a IMEPH começou a atuar fortemente no mercado editorial a partir de 2005. “De 70% a 80% dos títulos que editamos é em formato de cordel”, diz Lucinda Marques de Azevedo, sócia da editora. Atualmente, a rede de ensino pública é uma das principais parceiras da empresa. “A venda em livrarias ainda é muito pequena. Nos últimos 3 anos, o total de títulos vendidos em cordel chega próximo a 200 mil exemplares”, diz ela.



“Entre 2007 e 2008, vendemos 98 mil livros para o projeto Alfabetização de Jovens e Adultos, do MEC”. A editora, que está se consolidando no Nordeste, quer expandir. “Nossa ideia é conseguir distribuidores para ampliar a possibilidade de mercado para nós. Estaremos em São Paulo, para participar da Bienal do Livro”, diz.


sábado, 3 de abril de 2010

Livro de Cordel

Junto com meus novos livros, recebi - gentileza do amigo Pádua, da Ensinamento - um exemplar da nova obra de MOREIRA DE ACOPIARA, também editada pela Ensinamento. O título do livro é "Atitudes que constroem" e abre com a seguinte poesia:

PARA VENCER NA VIDA
Moreira de Acopiara

Quem quer vencer nessa vida
Não fica em cima do muro,
É carinhoso com os pais,
Tem fé, visão de futuro,
É justo, determinado,
Simples, honrado e seguro.

Respeita, faz amizades,
Sabe o valor do perdão.
É calmo, tem bom caráter,
Possui determinação,
Pois já sabe que isso deixa
Melhor qualquer cidadão.

Exercita a liderança
E a solidariedade.
É companheiro, é humilde,
Vive com simplicidade,
Pois sabe que isso projeta
O homem na sociedade.

É capaz, tem paciência,
Compromisso e bom humor;
É companheiro fiel,
Honesto, trabalhador;
Tem caráter impecável
E um coração só de amor.

Esses gestos e atitudes
Não sufocam, não corroem,
Não atrasam, não desgastam,
Só engrandecem e não doem.
Foi por isso que escrevi
Atitudes que constroem.

domingo, 28 de março de 2010

Promoção Novos Livros - Resultado


OLHA OS VENCEDORES AÍ, GENTE!

Caros leitores,

Aí está a lista dos ganhadores dos livros da PROMOÇÃO MUNDO CORDEL, do dia 18 de março de 2010. Se você enviou um pedido e seu nome não está na relação abaixo, entre em contato imediatamente comigo para que eu possa fazer a correção. Se já recebeu, seria legal por um comentário aqui confirmando o recebimento e, quem sabe, sobre o livro.

1. Arievaldo, Caucaia-CE: “O jumento que Jesus montou”

2. Edilson, Recife-PE: “A cartomante”

3. Gilbamar, Parnamirim-RN: “O jumento que Jesus montou”

4. Priscila, Camaçari-BA: “O jumento que Jesus montou”

5. Rafael, São Paulo-SP: “O advogado, o diabo e a bengala encantada”

6. Marcos, Brasília: Todos os livros

7. Porto Neto, Fortaleza-CE: “O jumento que Jesus montou”

8. Anabela, Agualva-Cacém, Portugal: “O viajante e o sábio”


9. Anizio, Campina Grande-PB: Todos os livros

10. Kydelmir, Mossoró-RN: Todos os livros [pedido feito via e-mail]

11. Eduardo, Natal-RN: “A cartomante” [pedido feito via e-mail]

12. Fábio, Mossoró-RN: “A cartomante”

13. Ana Luiza, Fortaleza-CE: "A cartomante"

14. Alexandre, Fortaleza-CE: Todos os livros [pedido feito via e-mail]

15. Rokatia, Apodi-RN: "O viajante e o sábio"

16. Vicente, Fortaleza-CE: "O viajante e o sábio"

17. Jânio, Fortaleza-CE: "O viajante e o sábio"

quinta-feira, 18 de março de 2010

PROMOÇÃO MUNDO CORDEL


GANHE LIVROS E DESCONTOS!

Caros amigos,

Acabo de receber os exemplares que correspondem aos direitos autorais dos meus novos livros, lançados pela Ensinamento Editora. Só para lembrar, são eles:
1) A Cartomante (adaptação do conto de Machado de Assis);
2) O Advogado, o Diabo e a Bengala Encantada;
3) O Jumento que Jesus Montou;
4) O Viajante e o Sábio;
5) Os Dois Soldados;
6) A História de Zé Luando, o Homem que Virou Mulher.



O preço de venda dos livros é R$ 12,00 (doze reais), mas os leitores de MundoCordel terão prioridade e facilidade em obter alguns desses exemplares. E quem for rápido, ainda pode ganhar livros GRÁTIS!



Primeiro:
Os primeiros vinte leitores que fizerem o seguinte comentário a esta postagem: “Quero ganhar o livro...”, indicando o título do livro, receberão, totalmente grátis, com frete por minha conta, um exemplar do livro escolhido.



Segundo:
Dentre esses primeiros vinte leitores, se o comentário for “Quero todos esses livros”, um livro seguirá grátis, e os outros cinco custarão apenas R$ 10,00 (dez reais) cada, sem frete, totalizando R$ 50,00 (cinquenta reais) a serem depositados em conta que informarei aos interessados.



Terceiro:
Para quem enviar seu comentário neste mês de março de 2010, mas não conseguir chegar entre os vinte primeiros - e perder essa moleza, o que será fácil conferir no próprio blog – estou dispensando o frete. Se comprar três livros ou mais, mantenho o preço de R$ 10,00 (dez reais) por exemplar.




ATENÇÃO: Não deixe de informar seu e-mail no comentário. Enviarei um e-mail a cada interessado, para formalizarmos a remessa do prêmio ou a compra.



quinta-feira, 11 de março de 2010

Cordel em Galopes



Esta é de quando lancei meu primeiro livro: “Uma sentença, uma aventura e uma vergonha”. Todos os cordéis estavam reunidos e ordenados, mas senti que faltava um para fechar, então escrevi a

DESPEDIDA EM GALOPE E QUINTOS GALOPADOS À BEIRA-MAR

Cheguei finalmente
Ao que pretendia.
A minha poesia
Agora é decente.
Eu fico contente,
Pois vou publicar
Esse meu cantar,
Um livro formando.
E vou galopando
Na beira do mar.

Um livro é um filho que a gente cria,
Educa e prepara, com todo carinho,
Mas quando ele cresce, é que nem passarinho,
E voa pra longe, como eu fiz um dia.
Mas, sempre é motivo pra nossa alegria,
Saber que distante, em outro lugar,
O sucesso dele vem nos orgulhar.
Assim, não podendo voar o seu vôo,
Meu livro, meu filho, pra sempre abençôo,
Cantando galope na beira do mar.

Vai, filho querido,
Cumprir tua missão.
O meu coração
Não está ferido.
Estou convencido
Que tu vais brilhar.
Tu vais a voar,
Por ti fico orando,
E vou galopando
Na beira do mar.

Desejo, portanto, que cada leitor
Que lhe tenha lido ou então folheado,
Que nunca esqueça que um livro editado
É sempre um filho para seu autor.
Se não for possível tratar com amor
Que também não chegue a lhe maltratar.
E, se por acaso for lhe desprezar,
Me mande de volta que eu fico contente.
Recebo meu filho que estava ausente
Cantando galope na beira do mar.

Se bem satisfeito
Eu até ficaria
Tu não quereria
Voltar desse jeito.
Pois você foi feito
Pra o mundo girar.
Em todo lugar
Meus versos cantando,
E seguir galopando
Na beira do mar.

É com emoção e também com prazer
Que eu vou chegando ao fim desta obra,
Pois vejo que arte eu tenho de sobra
Pra cem outros livros assim escrever.
E, pensando nisso, o que vou fazer,
Antes do trabalho enfim terminar,
É, por um momento, erguer meu olhar,
Dizendo obrigado ao meu Criador,
Esse meu talento agradeço ao Senhor,
Cantando galope na beira do mar.

terça-feira, 2 de março de 2010

Cordéis ilustrados



NOVOS LIVROS PUBLICADOS


Caros leitores de MundoCordel,

Hoje é um dia muito feliz. Qualquer escritor sabe a alegria que é quando cada novo livro fica pronto. Imaginem seis de uma vez! É isso mesmo. Ficaram prontos meus livros que estavam com a Ensinamento Editora para serem incluídos no Projeto Cesta Básica da Cultura e do Conhecimento.

Depois faço umas postagens falando um pouco de cada um. São eles:

"A cartomante" (adaptado do conto de Machado de Assis), "O advogado, o diabo e a bengala encantada", "O jumento que Jesus montou", "O viajante e o sábio", "Os dois soldados" e "A História de Zé Luando, o homem que virou mulher".
É um projeto muito bacana, que possibilita que livros sejam incluídos nas cestas básicas distribuídas por empresas aos seus empregados.
Bem, não vou me alongar muito. Deixo com vocês as palavras do editor, meu amigo Pádua, extraídas da contracapa dos livros:
A cultura e o conhecimento devem participar da cesta básica de alimentos do cidadão. A Cesta Básica da Cultura e do Conhecimento confere à cesta básica de alimentos o caráter abrangente da cidadania. Afinal, a melhoria da qualidade de vida do homem e a sua valorização exigem cultura e conhecimento. Estimulemos o hábito da leitura, que descortina os horizontes da pessoa. “Um país se faz com homens e livros” – nos orienta Monteiro Lobato.
LITERATURA DE CORDEL

A literatura de cordel entrou na cena cultural do país para não mais sair. Sertaneja e Imediatista, vinda de além-mar, aportou também na intelectualidade, e nela faz escola. Se antes era somente o jeito que os poetas tinham para cantar a pureza de uma Donzela Teodora, de um Pavão Mysteriozo... mesclando realidade e ficção, também registra fatos históricos e políticos, de interesse comum. De modo lúdico, vestiu-se de cores e hoje se alia à fantasia da literatura infanto-juvenil.
Cordel não é somente a crônica ou o registro de uma época; é também a fonte onde muitos poetas embriagam-se de poesia. Apesar do requinte editorial de diversos folhetos, ainda há muitos que trabalham com a xilogravura em pequenas tipografias de fundo de quintal...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Resistência de Sabato



PROSA DA QUARTA

Convenci-me de que cabe mais que poesia popular neste Mundo Cordel. As crônicas de Clauder Arcanjo, por exemplo, as quais sempre recebo por e-mail, sob o título de Prosa da Quarta. Toda vez que leio tenho vontade de replicar aqui. Então decidi fazê-lo. Afinal, um Mundo Cordel é um mundo aberto à cultura, em suas várias expressões, não podendo se restringir à poesia popular. Seja bem vindo, Clauder!

A RESISTÊNCIA DE SABATO
Clauder Arcanjo
Deparei-me, dias atrás, com mais um livro do argentino Ernesto Sabato: A resistência.
Em forma de cartas aos jovens leitores, o autor de O túnel realiza umbalanço pessoal de nossos dias. Com uma espécie de “coragem que nos situa na verdadeira dimensão do homem”, no entanto há nele “uma coisa que não falha, e é a convicção de que — unicamente — os valores do espírito podemnos resgatar deste terremoto que ameaça a condição humana”.
Preocupado com o relacionamento virtual que grassa na sociedade contemporânea, Ernesto declara que “à medida que nos relacionamos de formamais abstrata, vamos nos afastando do coração das coisas, e uma indiferença metafísica se apossa de nós, enquanto entidades sem sangue nem nome tomam o poder. Tragicamente, o homem está perdendo o diálogo com osdemais e o reconhecimento do mundo que o rodeia, quando é nele que se dá o encontro, a possibilidade do amor, os gestos supremos da vida”.
A televisão é objeto de análise de Sabato, preocupado pela tendência da humanidade, “por falta de coisa melhor”, em ficar anestesiada, horas afio, frente a essa tela que nos “predispõe à abulia”. “Ficar monotonamentesentado diante da televisão anestesia a sensibilidade, torna a mente lerda, prejudica a alma”; assevera o romancista de Sobre heróis e tumbas.
Contudo, Sabato não sucumbe ao pessimismo e à paralisia, acredita piamente em que “há um jeito de contribuir para a proteção da humanidade, e é não se conformar. Não assistir com indiferença ao desaparecimento da infinita riqueza que forma o universo que nos rodeia, com suas cores, sons e perfumes”. Ao longo da obra, sinais evidentes de que, na visão do pensador argentino, “não há outro modo de atingir a eternidade a não sera profundando-se no instante, nem outra forma de chegar à universalidade que não através da própria circunstância: o aqui e agora”. Como? “Revalorizando o pequeno lugar e o breve tempo em que vivemos, que nada têm a ver com as maravilhosas paisagens que podemos ver na televisão, mas que estão sagradamente impregnados da humanidade das pessoas que neles vivem.”
De quando em vez, volta as suas baterias contra o risco da competitividade desumana. “Se nos tornarmos incapazes de criar um clima de beleza no pequeno mundo ao nosso redor e só atentarmos às razões do trabalho, muitas vezes desumanizado e competitivo, como podemos resistir?”; inquire-nos.
Ler Sabato é um prazer singular. Arguto e inteligente, discorre sobre diversos temas como um virtuose, hábil no manejo das palavras e das idéias. Nada de opiniões áridas e mal formuladas, mas sim uma coletânea meditativa de bela tessitura poética, “solidamente ancorada na tradição humanística e no estudo crítico da história”.
Nascido em 1911 em Rojas, na província de Buenos Aires, Ernesto Sabato doutorou-se em física, trabalhou em pesquisas em Paris, antes de se dedicar ao mundo das letras e da pintura. Militante ativo pelos direitos humanos na Argentina e no mundo, foi o principal responsável pelo relatório acerca da tortura no regime ditatorial argentino, transformado no livro Nunca mais.
Ao se aproximar dos cem anos, “permanentemente inquieto e inconformado”, Ernesto Sabato concebe mais um livro, desta feita destinado a fomentar a existência de “outros seres tão perplexos como ele diante da desumanização do homem em nosso tempo”. “O homem se expressa para chegar aos outros, para sair do cativeiro de sua solidão. Sua natureza de peregrino é tal que nada preenche seu desejo de expressão”; observa.
Vou lendo e colhendo ensinamentos de um homem que “parece resistir a esse trágico processo preservando a eternidade da alma na humildade de uma prece”. Na forma de uma conversa muito pessoal, como bem caracteriza as ‘cartas’ de Sabato. “Com a idade que tenho hoje, posso dizer, dolorosamente, que toda vez que perdemos um encontro humano uma coisa se atrofiou em nós, ou se quebrou.” — afirma.
“Temos de reaprender o que é satisfação. Estamos tão desorientados, que achamos que satisfazer-se é ir às compras. Um luxo verdadeiro é um encontro humano, um momento de silêncio diante da criação, fruir de uma obra de arte ou de um trabalho bem-feito.” — revela-nos o mestre de Antes do fim.
As armas que se nos apresenta para essa batalha diuturna contra a mediocridade a que nos querem condenar: “a dignidade, o desinteresse, a grandeza diante da adversidade, as alegrias simples, a coragem física e a integridade moral”. Para que a vitória se dê, há de se consumar entre nós, como “ápice do comportamento humano”, o exercício da solidariedade, pois “quando a vida é sentida como um caos, quando já não há um Pai que nos faça sentir irmãos, o sacrifício é despojado do fogo que o alimenta”.
Páginas à frente, a defesa inconteste dos mitos. “Assim como uma casa cujos alicerces se desmancham, as sociedades começam a desmoronar quando seus mitos perdem a riqueza e o valor.” Ao tempo em que professa: “Defronte a questões inefáveis, é infrutífero tentar aproximar-se pormeios de definições. A incapacidade dos discursos filosóficos, teológicos ou matemáticos para responder a essas grandes interrogações revela que a condição última do homem é transcendente e, por isso, misteriosa, inapreensível.”
Testemunhos de um resistente homem de letras, ferrenho defensor da liberdade e do papel transcendente e redentor da arte. “A arte foi o porto definitivo onde preenchi meus anseios de navio sedento e à deriva.”
Se são cartas ingênuas? Não sei, mas o próprio Sabato, penso, dá-nos a melhor resposta quando anuncia: “Os grandes artistas são pessoas estranhas que conseguiram preservar no fundo da alma essa ingenuidade sagrada da infância e dos homens que chamamos primitivos, e por isso provocam o risodos imbecis.”
Realmente, “o mundo nada pode contra um homem que canta na miséria”.
Texto publicado no jornal Gazeta do Oeste (Mossoró-RN), caderno Expressão, espaço Questão de Prosa, edição de 20 de julho de 2008.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Cordel e livro (Costa Senna)



COSTA SENNA ACÚSTICO EM: “ECOS LÓGICOS”
- Do Repente ao REP -
(Texto enviado pelo poeta Rouxinol do Rinaré. Para acessar fotos e outros textos, pesquisar Costa Senna no Google)

Em noventa minutos, Costa Senna faz um mergulho nas suas raízes de cultura sertaneja e oferece ao público um panorama feito de sons, ritmos e poesia das suas andanças pelos quatro cantos do mundo e, feito um refugiado ambiental, deixa sua mensagem de fé e esperança nos homens, nas mulheres e nas crianças, chamando a atenção de todos para o cuidado com os ambientes nos quais vivem todas as espécies de vida e onde se produzem as múltiplas possibilidades de expressões culturais.


Onde? Teatro do Centro Dragão do Mar, Fortaleza-CE.
Quando? Quarta-Feira, dia 16 de Abril de 2008, às 20h
Inteira: R$ 10,00, Meia R$ 5,00

Produção: Ednaldo Vieira
Direção Musical: Rafael de Sousa



“DEGLUTINDO COSTA SENNA”
Por Assis Ângelo*

A Receita é simples, carece de complicação, não. Quer ver? Dê garra duma boa viola e a ela junte um violão com cordas de nylon bem afinadas; acrescente um ganzá, um triângulo, um pandeiro, um cavaco, um bandolim e algumas pitadas de sensibilidade e talento.
Em algum lugar enfie uma bateria sem muita zoada, uma sanfona ora gemendo ora chorando de satisfação na unha dum bom Zé; um surdo e uma timba pra marcar ponto, mais um baixo, uma castanhola das terras de Pablo Diego José Francisco de Paulo Juan Nepomuceno Maria de los Remédios Crispin Crispiniano Santíssima Trindad Ruiz y Picasso, o assobio do pássaro preto, o canto afinadíssimo do bicudo flauta campeão e a flautinha mágica e simples de Daniela Pacheco pra fazer a gente lembrar que fora do rádio e da televisão de hoje há vida inteligente, sim senhor! e carrada de boa música pra ouvir a qualquer hora do dia ou da noite.
Pra enfeitar, ponha um reco-reco. Pra ficar natural, faça improvisação com um vaso que esteja por perto; toque de leve uns sininhos, mexa num carrilhão, balance com jeito um pau-de-chuva e não esqueça de tirar som dum caxixizinho, dum arozinho de caixa de madeira e dumas torinhas de pau. Pra ficar melhor, misture aqui e ali as vozes de Cristina Araújo, Sandra Salgueiro e das meninas Ornela, Gabriela, Mariana, Joice, Isabele e Beatriz.
Pronto! Agora junte tudo na medida certa, agite bem e dê uns pulinhos de alegria; abra um sorriso bem bonito e com ele ilumine o ambiente, estale os dedos e chame a moçada pra forroriar sob a batuta do brincante cearense Costa Cenna. É folia pra ir madrugada adentro. Confira o que digo pondo logo em prática esta receita, homem de Deis;e aumento o som, viu?
Uma coisinha só: de tão bom, o resultado daí extraído pode ser degrutido do começo pro fim, do fim pro começo, do meio pra trás, de trás pro meio, aos poucos, aos pedaços, aos arrancos e solavancos, de todo jeito; é delícia, é manjar, é poeira do coração das estrelas tomando forma no corpo e na alma de quem nasceu pra ser livre.
Experimente a faixa ao mestre de Assaré e a que nos mostra o Brasil caboclo de mãe Preta e pai João; faça-se criança e viaje pelo abecedário brasileiro; nessa viagem, saborei sem presa a cantilena à Fortaleza, a ode à beleza da mulher, o trava-língua do cacá-caqui, a embolada dos doidos e a cantiga de umbigada. Tudo aqui é muito bom e você há de concordar: a grandeza musical de Costa Senha é do tamanho do nome do genial pintor espanhol citado lá em cima, não é não?

(*Assis Ângelo, Jornalista e escritor paraibando, radicado em São Paulo.É autor dos livros: “Eu vou contar pra vocês”, Biografia de Luiz Gonzaga e do álbum “Patativa do Assaré, o Poeta do Povo”, Biografia de Antonio Gonçalves da Silva, O Patativa do Assaré)


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Cordel e educação



“MARTELO PERGUNTADO”, “NÓ APERTADO” E A "RÁDIO MUNDO CORDEL"

O post anterior, que fala das visitas de poetas ao Mundo Cordel, mereceu comentário do blogueiro e escritor GILBAMAR, autor do blog GILBAMAR, POESIAS E CRÔNICAS.

Em seu comentário, Gilbamar dá exemplo de humildade ao manifestar seu desejo de:

“registrar, muito feliz,que a receita de cordel feita pelo talentoso Mundim do Vale foi bastante proveitosa para mim. Embora os meus cordéis ainda não tenham esse tempero tão equilibrado e de qualidade, que torna a poesia pura e encantadora, vou aprendendo com vocês,os mestres. Grande abraço, extensivo ao vate Mundim do Vale”

Quem já visitou o blog de Gilbamar sabe o quanto ele é bom, tanto na prosa como na poesia.

Mas já que estamos falando de receita para fazer poesia, uma coisa interessante de se observar na poesia popular é a variedade de gêneros, com rigorosas regras de métrica e de rima, e até mesmo de oração. É como se os poetas criassem dificuldades para eles mesmos, apenas para testar sua capacidade de transmitir suas idéias e sentimentos em um formato rígido de escrita.

Por exemplo: o martelo perguntado, que é uma versão do martelo agalopado, mas no qual, em uma estrofe, um cantador faz perguntas, e na seguinte, o outro cantador as responde.

Não sei se o mais difícil é perguntar ou responder, mas fica muito interessante. Para mostrar um exemplo, implanto uma novidade em Mundo Cordel, a Rádio Mundo Cordel, e apresento um trecho de um MARTELO PERGUNTADO feito pelos Nonatos:



Outro exemplo interessante desse tipo de poesia é encontrado no CD “Acorda Cordel na Sala de Aula”, de Arievaldo Viana. É o “nó apertado”, que a Rádio Mundo Cordel mostra, na composição de Zé Maria de Fortaleza e Jocélio:



Dá pra imaginar a complicação de se fazer poesia dessa forma, mas a criatividade de nossos poetas está acima dessas coisas, e tudo acaba ficando muito divertido.
Veja outros posts sobre a técnica de fazer cordel: