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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cordel e Repente: Galope


COMENTÁRIO EM GALOPE


Através de comentário a uma postagem em Mundo Cordel, o Edmilson Garcia enviou esses belos versos de galope à beira-mar. Não dava mesmo para deixá-los apenas como comentários:




GALOPE A BEIRA MAR ((Edmilson Garcia))


Ja fui cantador,de beira de estrada
nao ganhava nada,mas tinha prazer
pacientemente, sem me maldizer
queria vencer, a minha jornada
ate que um dia, numa vaquejada
muitos menestreis, lá foram cantar
pedí uma chance,pra me apresentar
cantei, e o povo, me deu nota mil
hoje eu faço verso, por todo o brasil
NOS DEZ DE GALOPE NA BEIRA DO MAR

Vendí dez fazendas, no sul da Bahía
e comprei uma praia, em Minas Gerais
fui lá em Goiânia, sem ir em Goiás
botei o Brasil, dentro da Turquía
comprei o Japão, por baixa quantía
troquei a Amazônia, por Madagascar
e para o Nordeste, nao me reclamar
levei a Suíça,lá pra o meu Sertão
parece absurdo,"minha afirmação"
MAS ISSO É GALOPE, NA BEIRA DO MAR 

Já fui empurrado, numa ribanceira
De baixo pra cima, mas caí em pé
Já fui aplaudido, la em Guaxupé
Porque tratei mal, u`ma linda mineira
Já dei aulas cênicas à Tarcísio Meira
Ensinei à ele, à representar
Já comprei a globo, so falta pagar
Mas isso é de menos, so falta um bilhão
Já falei com o banco,amanhã ta na mão
NOS DEZ DE GALOPE NA BEIRA DO MAR

C`um litro de mel,salguei o oceano
C`um saco de sal, adocei o mundo
Sonhei acordado, num sono profundo
Vivi quatro séculos, em menos de um ano
Voltei sem ter ido,ao vaticano
Visitei o Papa, pelo celular
Já fiz um discurso, sem nada falar
Expulsei Obama, do seu gabinete
Troquei sua cadeira, por um tamborete
NOS DEZ DE GALOPE, NA BEIRA DO MAR 

quinta-feira, 11 de março de 2010

Cordel em Galopes



Esta é de quando lancei meu primeiro livro: “Uma sentença, uma aventura e uma vergonha”. Todos os cordéis estavam reunidos e ordenados, mas senti que faltava um para fechar, então escrevi a

DESPEDIDA EM GALOPE E QUINTOS GALOPADOS À BEIRA-MAR

Cheguei finalmente
Ao que pretendia.
A minha poesia
Agora é decente.
Eu fico contente,
Pois vou publicar
Esse meu cantar,
Um livro formando.
E vou galopando
Na beira do mar.

Um livro é um filho que a gente cria,
Educa e prepara, com todo carinho,
Mas quando ele cresce, é que nem passarinho,
E voa pra longe, como eu fiz um dia.
Mas, sempre é motivo pra nossa alegria,
Saber que distante, em outro lugar,
O sucesso dele vem nos orgulhar.
Assim, não podendo voar o seu vôo,
Meu livro, meu filho, pra sempre abençôo,
Cantando galope na beira do mar.

Vai, filho querido,
Cumprir tua missão.
O meu coração
Não está ferido.
Estou convencido
Que tu vais brilhar.
Tu vais a voar,
Por ti fico orando,
E vou galopando
Na beira do mar.

Desejo, portanto, que cada leitor
Que lhe tenha lido ou então folheado,
Que nunca esqueça que um livro editado
É sempre um filho para seu autor.
Se não for possível tratar com amor
Que também não chegue a lhe maltratar.
E, se por acaso for lhe desprezar,
Me mande de volta que eu fico contente.
Recebo meu filho que estava ausente
Cantando galope na beira do mar.

Se bem satisfeito
Eu até ficaria
Tu não quereria
Voltar desse jeito.
Pois você foi feito
Pra o mundo girar.
Em todo lugar
Meus versos cantando,
E seguir galopando
Na beira do mar.

É com emoção e também com prazer
Que eu vou chegando ao fim desta obra,
Pois vejo que arte eu tenho de sobra
Pra cem outros livros assim escrever.
E, pensando nisso, o que vou fazer,
Antes do trabalho enfim terminar,
É, por um momento, erguer meu olhar,
Dizendo obrigado ao meu Criador,
Esse meu talento agradeço ao Senhor,
Cantando galope na beira do mar.