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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

COISAS QUE PARECEM IMPORTANTES

O que é importante é saber quem é o próximo treinador do F.C. Couce e quanto ganha por mês, uma vez que os associados já estão com falta de capacidade financeira para sustentar as galinhas a milho ralado.

Aliás, as galinhas andam muito solidárias e compreensivas para com a crise couçana, investindo no aumento das suas unhas para esgravatar a terra na procura das minhocas, à custa dos seus caprichos unhacais¹ e de beleza.

O senhor D. José de Vicente agradece a poupança que as suas galinhas fazem, pois o dinheiro que lhes costumava dar para a pedicura pode agora ser canalizado para construir meia linha de TGV, que já não passa por Santa Justa e só vai até à Senhora das Chães.

Quanto à ponte, essa fica para depois de se construir o rio.


Autoria: Nelinho de Couce ©
Adaptação para Blogue: Sopinha de Letras™
in A Toca do Coelho Pardo ®


¹ Unhaca (de unha):

substantivo feminino

pessoa sovina;

pessoa íntima, muito amiga;

(Dicionário Prático Texto Editora)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Tóne Pimba

E eis que envolto nas brumas da praia da memória surge Tóne Pimba, qual Morfeu, o mago  salvador do actual panorama da crica portuguesa.

domingo, 25 de abril de 2010

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros

De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"

Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)

E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!

Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,

E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;

Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Águia real Voando nas alturas...infinitas.


Renovarão suas Forças, Receberão asas como Ãguias, Voarão e correrão sem se cansar …(Isaias 40,31)

sábado, 26 de setembro de 2009

A revolução reflexiva do Amor...em COUCE.


Tive um sonho!
Sonhei que a sociedade Couçana era livre das leis, livre das autoridades, sem reis, sem princesas, sem presidentes sem governo algum! Uma sociedade que me dissesse: vive como és! Sem padrões de moda, sem padrões de beleza, sem preconceito racial ou preconceito algum. Podiamos ser o que quisessemos nesta sociedade, sem forças superiores para regulamentar o que devemos ou não fazer, podiamos ler o que quisessemos, estarmos livres para amar quem quisessemos e onde quisessemos, sem a moral humana, esta sociedade seria totalmente imoral, porque simplesmente dentro dela não haveria malícia, não precisariamos de ser maliciosos, não havia ciúmes nem inveja, só existia um sentimento de igualdade em liberdade, onde todos se sentiam igualmente livres! Pois se todos se sentiam iguais não haveria razão para passar o outro para trás, seria tolice, seria como se o fizesse a si mesmo, pois eram todos conscientes e iguais nas diferenças! Era uma sociedade sem ego, onde todos aceitavam os demais como eles são, e principalmente se aceitavam a sim próprios como são! Sem repressão, apenas pela aceitação, e tudo por amor! Onde todos aceitavam os seus semelhantes sem o desejo de mudá-los, por os amar. Todos amavam deixando o outro ser, amavam a sí mesmos permitindo-se fazer o que tinham vontade, e permitiam-se errar sem ter culpa. Amavam o próximo aceitando-o simplesmente, tal como ele é, ele errava connosco, mas não o perdoavamos, porque antes disso o aceitavamos, pois sabiamos que ele é humano, e aceitavamos o erro dele assim como aceitavamos o nosso, a palavra perdão perderia o sentido! Em uma sociedade anarquista não haverá pecado nem certo e errado, não precisavamos disso! Aceitavamos o próximo sem precisar de saber o que é certo ou o que é errado, não precisavamos de um filósofo explicando isso, na verdade amavamos sentindo isso no coração. O amor era a única religião, o único governo, e ele não governava por imposição, ele preenchia o coração de todos e nos fazia plenos, completos e iluminados! Mas, olho à minha volta e compreendo o quão distantes estamos deste sonho que acabo de descrever, neste momento a tua mente está criando ou já criou um monte de argumentos que certamente quebram esta utopia ao ponto disso tudo parecer engraçado! O primeiro passo para viver nesta utopia é aceitá-la! É parar com a razão da nossa mente e seguir o coração! Só o coração sabe da verdade e a verdade é a mesma para todos, não existe uma verdade diferente para mim, existem percepções diferente! Posso perceber a gravidade de um modo diferente que o outro, mas ela é exatamente igual para nós dois! Em essência somos todos bons, todos puros, com o tempo a sociedade nos corrompe, nos envenena! Os professores nos ensinam a ser boas crianças, a dividir, a não andar à porrada, mas crescemos e vemos esses mesmos adultos fazendo guerras, matando, roubando e sendo egoístas de todas as formas. Somos passados para trás por alguém e já começamos a mudar. Enganaram-nos, e ensinaram-nos a ser bonzinhos e o que vganhamos com isso? Absolutamente nada! Estamos acostumados com as recompensas, somos educados como os animais, na base da recompensa e da punição, daí crescermos e descobrimos que não há uma recompensa quando dá-mos esmolas para um mendigo. Ensinamos pela razão e esquecemos do coração e o resultado só poderia ser esta porcaria toda. Tudo isso é um lixo coletivo que foi vomitado nas nossas bocas desde a infância, uma grande hipocrisia. Fomos enganados sim! Daí surge a maldade, burlamos as leis de uma maneira ou de outra, como uma forma de estar acima disso tudo! Ensinam o individuo a dividir tudo, mas constata que anda sempre sem dinheiro dinheiro enquanto o "filhinho de papá", o betinho ou queque tem dinheiro para tudo, até para comprar sandálias do Miguel Vieira. Onde está o "vamos dividir"? Ensinam o individuo a não se meter em confusões porque é feio andar ao soco, daí ele apanha todos os dias dos valentões na escola e ainda vê a miuda pela qual ele é apaixonado saindo com os mesmos valentões que lhe partiram os dentes. A sociedade corrompe, porque promete algo que não pode nos dar, sentimo-nos frustrados, todos nós passamos pela frustração e muitos sem estrutura emocional, simplesmente acabam por sucumbir. A resposta está no amor! Quando amamos não queremos disputar, simplesmente aceitamos a nossa situação, não nos sentimos enganados, não queremos vingança contra um indivíduo em específico, ele também é um pobre fracassado e está sendo apenas um reflexo de uma sociedade hipócrita, nós queremos vingança contra toda esta sociedade! Isso mesmo, queremos vingança, todos sentem isso em seus corações, todos estão revoltados por dentro, porque todos fomos reprimidos! Mas o erro está no direcionamento desta vingança, pois a direcionamos a alguém, temos raiva de alguém, alguns a direcionam na forma de preconceito, machismo ou racismo contra algum grupo em específico: "Se fui assaltado por um negro, vou odiar a raça e pronto, problema resolvido, agora sei quem são os culpados por toda a violência". A revolta não deve ser direcionada desta maneira, todos estamos no mesmo barco, a vingança deve acontecer contra todo o nosso sistema político, enquanto eles conseguirem manter-nos pensando que a anarquia é apenas uma utopia, você continuará direcionando sua revolta para seus semelhantes, é isso que a sociedade quer, que você permaneça cego. Mas como podemos vingar-nos de toda esta sociedade? Simplesmente ama-a! O amor é a vingança!
Não vás em tangas! Começa por dentro, se és capaz de amar-te a tí mesmo, se te aceitares exatamente como és, então não haverá motivos pra te revoltares contra o outro, agora imagina todos amando e aceitando, não haverão intrigas, sem intrigas o sistema quebra!
Qual a utilidade de um presidente se tudo já está em ordem? Pra que servirá um policia se ninguém tem desejo de roubar? O sistema irá falir quando todos souberem amar-se! Amor é aceitação, dai teremos uma anarquia espontânea, uma revolução sem violência.
No começo será difícil, tu te sentirás passado para trás, mas o que realmente importa está dentro do seu coração e isso ninguém pode corromper! O sistema apenas camuflou e entenrrou o teu amor, mas ele ainda está aí! Não posso, nem quero mudar o mundo, mas quero mudar-me a mim mesmo. Cada um deve fazer a sua parte!
É incrível como eles insistem no poder do teu voto dizendo que ele faz a diferença, mas não ensinam que se apenas amarmos, fazemos a diferença! Na verdade votar não faz diferença, todos os partidos são podres só pelo fato de existirem, eleger alguém para nos representar auto-declarar que somos incapazes de sermos responsáveis pela nossa própria sociedade. Tu fazes a diferença quando amas, quando sorris, quando és feliz, quando abraças ou beijas e não quando votas! O teu maior voto é o voto de confiança no amor!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Caos da (r)existência


Já pensaram bem no alcance dos vossos actos? Na adaptação deles à teoria do caos, segundo a qual o bater de asas de uma borboleta na Santa Justa pode provocar um tufão em Couce? Pode, não... provoca!!! É que esta teoria explica tudo. Basta ver os exemplos... Porque é que desde o tempo do Eusébio para cá o Benfica não joga nada à bola?! Claro... Isso mesmo... Adivinharam! Vocês são demais... Por causa do buraco do ozono! Por que será que a mula do Vicente anda de diarreia? pois, comeu hortigas viçosas no rego dos esgotos, além de que o iogurte não tem espinhas. E porque é que os ursos polares são uma espécie em vias de extinção? Obviamente... Sem tirar nem pôr... Por causa do autocolante a dizer "Chiquita" (publicidade não paga... isto assim não pode ser...), nas Cataratas do Niágara, nas levadas de Couce, enfim! E podia estar aqui eternamente a dar exemplos... Nunca mais daqui saíamos... Vejam com os vossos próprios olhos e sintam com o coração, afinal uma gota d´água escorre sempre para onde as condições ergonómicas e hidrodinâmicas a fazem sentir melhor. Acho que ficam esclarecidos!

...copa 38