Chegados à Aldeia de Couçe, lá estavam os agressivos cães com o seu dono e senhor, o ilustre Aparício, mas este tinha-lhes dado Xanax que os tornou paxorrentos e dóceis animais ao ponto de produzirem uma espécie de miados, quiçá de boas vindas. O rio, esse qual cão, estava raivoso, espumava-se e não era nada agradável, houve com certeza uma descarga de produtos não apropriados, indevidamente fiscalizada e que o atormentava no seu percurso dócil e tranquilo. O pato recebeu-nos com um bom dia festivo, um feito digno de registar, se não fosse a postura afável do Senhor Aparicio que impressionava. O chefe ganso, estava apoiado numa das patas e a grasnar, pronto a fazer miséria com o seu bico num abre e fecha frenético. Após tentativa de forçar a passagem, o que era brincar com a sorte, o ganso, abrindo as asas e bramindo o bico, lá atacou desenfreado e sem temor. Deu-se a confusão geral. A harmonia com a natureza foi quebrada, mas no íntimo todos admiraram a postura tranquila do Senhor Aparicio, que nem por isso se transtornou com o que ia em seu redor e de quem ouvimos o sábio lamento de compaixão e altruismo:
"Pois é, as coisas nem sempre correm como a gente quer, mas se for preciso alguma coisinha, estarei sempre disponivel, aliás como sempre estive!"