terça-feira, 30 de junho de 2009
Lamaçal.
Esta espécie de lamaçal, que lembra um misto de favela no Rio de Janeiro e um Bairro de Manila. fica situado entre a Avenida Columbano Bordalo Pinheiro e as avenidas Ramalho Ortigão e José Malhoa. Na zona cresceram alguns Hotéis: o Sena Malhoa, o Íbis, o Novohotel ou o Hotel Açores. entre outros. É inqualificável que a Câmara Municipal de Lisboa, anfitriã daqueles que nos visitam, lhes ofereça este triste cenário de desleixo e insalubridade. Que os autarcas da Câmara Municipal de Lisboa não respeitem os munícipes que os elegeram, tudo bem, que podemos nós fazer? Mas,o estado de abandono e desleixo com que brindam os turistas que nos visitam e o desprezo que nutrem por aqueles que, com esforço e empenho, recebem com qualidade os turistas que nos visitam é inclassificável. E o Dr. António Costa ainda tem o desplante de fixar cartazes a dizer «Cumprimos»... Assim, vais estatelar-te na lama...
Mesmo ali ao lado, alguns conseguem fazer diferente. Porque será? Uma cidade, dois sistemas.
Teatro A Comuna.
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Mas isto anda a precisar de um arranjo. Ou não?
Actuámos nos principais festivais de Teatro de todo o mundo, em mais de 19 países, dezenas de cidades, milhares de pessoas na Europa, na América e em África. Alcançámos um prestígio internacional único para uma companhia portuguesa e sobretudo resistimos aos habituais complexos de inferioridade com que teimosamente continuamos a querer olhar-nos. Fomos uma Companhia de referência do teatro mundial nas décadas de 70 e 80 e connosco vieram trabalhar actores oriundos de França, Venezuela, Suiça ou Alemanha.
Pela nossa casa passaram mais de uma centena de actores, para lá das dezenas que formámos e dos quais alguns hoje são nomes importantes do teatro português.
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Temos sido fiéis àquilo que nos propusemos em 1972 ao nosso primeiro manifesto apesar dos governos (tantos) dos ministros (mais do que a conta) das políticas culturais (quais?) das modas, das televisões, das capelinhas, dos ódios de estimação, a COMUNA orgulha-se de estar viva e de continuar a ser um espaço permanente de Pesquisa de um Teatro Vivo, dramaturgia de ruptura, espaço de nascimento e crescimento de novos actores e autores, um laboratório permanente em consonância com um público que conhecemos já em terceira geração, e que sabe que cada vez que vem à nossa Casa é para partilhar um espaço que também lhe pertence, pois a nossa história é também a Vossa história. Porque só assim o Teatro tem sentido para nós!
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Este teatro de pesquisa é assim um bocado esquisito. Ou será que somos uns chatos?
Teatro A Comuna, Praça de Espanha.
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