Por Luzianni Silva
Quase metade da população enfrenta
problemas com o colesterol, sempre associado a infartos e derrames quando está em excesso. Mas sem ele
não sobreviveríamos, pois ele é essencial ao nosso organismo por desempenhar
funções vitais, serve de matéria-prima para a produção de hormônios, do ácido
biliar que regula a digestão e da vitamina D, e entra na construção de
membranas celulares. E essas são apenas algumas de suas funções. Então o jeito
é manter suas taxas no devido lugar.
Podem
ser dois tipos de colesterol: LDL, conhecido como mau colesterol, ou HDL, o
famoso bom colesterol.
Os valores considerados ideais no sangue dependem dos fatores de risco da
pessoa:
Adultos
saudáveis:
• Colesterol total até 200 mg/dl
• LDL menor que 160
• HDL acima de 40 (mulheres devem ter essa taxa acima de 50)
Quem tem
mais de dois fatores de risco (fumo, hipertensão, histórico familiar,
obesidade):
• LDL abaixo de 130
• HDL acima de 45 (mulheres acima de 50)
Pessoas
com doenças coronarianas ou diabete:
• LDL menor que 100
• HDL maior que 45
(mulheres acima de 50)
*Os médicos ainda não chegaram a um novo consenso, mas a tendência é que essa
gente deva manter as taxas de LDL ainda mais baixas, em torno de 70.
Para não
ter surpresas desagradáveis ao se submeter ao exame de sangue (que deve ser
realizado anualmente), é bom ficar de olho naquilo que coloca no prato.
Alimentos de origem animal, por exemplo, são campeões em colesterol. Por
outro lado, há aqueles que são verdadeiros aliados, pois ajudam a reduzir as
taxas dessa substância no sangue. Veja as orientações:
Não
exagere em...
Carnes,
especialmente as gordurosas, vísceras (fígado, miolo, miúdos), embutidos, peles
de aves e asa de frango
Laticínios (leite integral, queijos amarelos, creme de leite, molhos
gordurosos)
Frutos do mar (camarão, lula, etc.)
Manteiga (bolos prontos, tortas, massa folheada, biscoitos amanteigados)
Banha de porco
Sorvete, biscoitos recheados, leite condensado, chocolate (o branco é o pior)
fast food e salgados (principalmente os folheados)
Inclua na
dieta
Aveia: ela contém uma fibra que auxilia na
redução do colesterol LDL. Segundo a diretora da Nutconsult, estudos
demonstraram que pacientes que consumiam 3 gramas dessa fibra conseguiram uma
redução de 8 a 23% no colesterol total. Para consumir esse valor, é preciso
comer cerca de duas colheres de sopa cheias de farelo de aveia. “É no farelo
que encontramos a maior concentração dessa fibra”, explica Fernanda.
Soja: a agência reguladora de alimentos e
medicamentos FDA (Food and Drug Administration) sugere o consumo de 25 gramas
de proteína de soja ao dia para evitar o aparecimento de doenças do coração, já
que auxilia na redução dos níveis de LDL e colesterol total.
Fitoesteróis: essas substâncias são encontradas nos
vegetais (como semente de girassol) e também barram a absorção de gordura da
dieta, o que favorece a redução do colesterol. “É preciso consumir 1,6 gramas
de fitoesteróis diariamente para observar uma diminuição de 8 a 15% nas taxas
de colesterol”, informa Fernanda. Como eles não são tão abundantes assim nos
vegetais, a indústria alimentícia decidiu isolá-los. Sendo assim, podem ser
encontrados em produtos como margarinas e iogurtes.
Antioxidantes: eles (e aqui se destacam os
flavonóides) podem inibir a oxidação das partículas LDL, diminuindo seu poder
de obstrução de vasos sanguíneos. Os flavonóides são encontrados principalmente
em vegetais verde-escuros, frutas (como cereja, amora, uva, morango, jabuticaba
e maçã), grãos (linhaça, soja, etc), sementes, castanhas, condimentos e ervas
(cúrcuma, orégano, cravo e alecrim) e também em bebidas, como vinho, suco de
uva e chás.
Fonte: Revista Saúde, Bem estar.
Uma ótima semana para todos e um super
beijo da Lu.