A única criatura capaz de travar este plano diabólico é o misterioso Deucalião – o primeiro «monstro» criado por Frankenstein. Aparentemente imortal e indestrutível. Deucalião parece possuir também uma alma e uma consciência quase humanas. Mas será isso suficiente para impedir os planos do deu monstruoso criador?
"Um romance povoado de personagens inesquecíveis, com um enredo muito cativante."
Library Journal
"Este livro restitui o bom nome da literatura de terror."
Booklist
Este tipo de livros carrega sempre consigo uma maldição. Tem como base a ideia de uma obra-prima universal, Frankenstein ou o Moderno Prometeu de Mary Shelley. Já tive a oportunidade de o ler e não só é dos livros que mais gostei de ler como é facilmente reconhecível a genialidade de uma obra que combina o melhor do "terror clássico" com uma abordagem única (e inimitável, depois de ter sido escrito) da humanidade, da religião e do destino. Inúmeras observações e teses podem ser feitas com esta obra-prima verdadeiramente universal.
Dean Koontz está, portanto, condenado ao tentar abordar a mesma obra de uma perspectiva mais moderna. O resultado parece-me o esperado: um livro entusiasmante, de leitura fácil e que mistura com bastante destreza os elementos de romance, ficção-científica, policial e terror. Mas nunca é tão marcante, especial, como a obra que lhe deu inspiração. Ter uma obra-prima a pairar sobre este livro é mesmo uma maldição.
Não achei que este livro tivesse uma componente tão forte de terror. Os assassínios são verdadeiramente aterradores, mas se tivesse de classificar a obra diria que se trata de Ficção-Científica. As experiências de Victor Helios, as suas ideias e as suas criações (os seres da Nova Raça) são os elementos mais fortes do livro, e sobre as quais paira tudo o resto, inclusive o policial, pelo que eu diria que é uma óptima ideia dentro desse género. Terror... Enfim, não me deixou com os cabelos eriçados. Só isso.
Receio que são esses elementos que fazem deste um livro que me tivesse cativado. Não sou fã de policiais, não me costumam deixar demasiado agarrado à leitura, e se este livro não explorasse tanto (e satisfatoriamente) tantos temas não teria acabado impressionado. Felizmente.
Mas afinal, de que fala este livro? Fala de um homem, Victor Helios, que sonha com um mundo de seres humanos perfeitos, belos e imortais. Ele próprio, com o tempo, se vem aperfeiçoando, e tornando-se cada vez menos humano. Acho extremamente curioso repararmos que, 200 anos depois de ele nos ser apresentado por Mary Shelley, Koontz faz notar que tanto tempo de obsessão tem as suas marcas. A personagem tornou-se tão pouco humana que perde uma complexidade única, que encontramos em Deucalião, o primeiro monstro que Victor criou e que hoje é mais humano do que o próprio criador.
Victor já tem um pequeno exército da Nova Raça e sobre eles se debruçam algumas das várias histórias que acontecem neste livro ao mesmo tempo: a sua mulher, Erika 4, que por conhecer sentimentos para os quais não estava programada pode rapidamente ser substituída pela Erika 5; Randal Seis, uma criação que sofre de autismo e que procura o segredo da felicidade; Roy Pribeaux, um assassino que, à sua maneira, procura a perfeição. E muitos mais, mas que faz parte da surpresa...
Paralelamente, Carson O'Connor é uma detective que se confronta com uma série de estranhos assassínios e tem em casa um irmão mais novo com autismo. O seu passado também é algo conturbado, já que os seus pais, também polícias, estiveram envolvidos numa certa disputa e considerados culpados... Creio que nos próximos livros teremos a oportunidade de saber mais sobre essa história (quem sabe relacionar-se-á com Victor).
Sem dúvida, o leque de personagens que o livro nos oferece é grandioso. São principalmente as criações de Frankenstein que nos oferecem as melhores cenas, a pedir uma boa análise, questionando crenças, sentimentos, tudo aquilo de que afinal é feito o Homem. Bem visto, estas personagens oferecem-nos tudo o que um bom leitor pode querer: uma riqueza no que elas são feitas. Há, inclusive, um par de capítulos que achei verdadeiramente geniais!
Perfeição, ideais, sentimentos e religião, nada é posto de lado no livro. As mentes destas personagens são únicas e, no entanto, são no seu conjunto tudo aquilo que a Humanidade procura em si.
Finalmente, com capítulos muito pequenos (alguns de apenas página e meia), é o que eu chamo de livro escrito "à best-seller": capítulos pequenos, de leitura muito fluída, que nos fazem continuar a ler até praticamente termos acabado, a fazer lembrar todos os livros que estão (ou já estiveram bastante) na moda.
Fico à espera do próximo livro. Não estou a roer as unhas ou intrigado com o que aí virá, apenas com vontade de continuar a ler a história. Ainda que pense ter mostrado que este livro é capaz de levar até ao fim o que propõe abordar, e com bastante sucesso, volto a dizer que, a meu ver, sabe menos a uma grande obra dentro do género e mais a uma história, verdadeiramente interessante. Até lá, tenho tempo para voltar a reflectir em todas estas tão grandes abordagens e vocês têm tempo para ler o livro e julgá-lo também.
"Este livro restitui o bom nome da literatura de terror."
Booklist
Este tipo de livros carrega sempre consigo uma maldição. Tem como base a ideia de uma obra-prima universal, Frankenstein ou o Moderno Prometeu de Mary Shelley. Já tive a oportunidade de o ler e não só é dos livros que mais gostei de ler como é facilmente reconhecível a genialidade de uma obra que combina o melhor do "terror clássico" com uma abordagem única (e inimitável, depois de ter sido escrito) da humanidade, da religião e do destino. Inúmeras observações e teses podem ser feitas com esta obra-prima verdadeiramente universal.
Dean Koontz está, portanto, condenado ao tentar abordar a mesma obra de uma perspectiva mais moderna. O resultado parece-me o esperado: um livro entusiasmante, de leitura fácil e que mistura com bastante destreza os elementos de romance, ficção-científica, policial e terror. Mas nunca é tão marcante, especial, como a obra que lhe deu inspiração. Ter uma obra-prima a pairar sobre este livro é mesmo uma maldição.
Não achei que este livro tivesse uma componente tão forte de terror. Os assassínios são verdadeiramente aterradores, mas se tivesse de classificar a obra diria que se trata de Ficção-Científica. As experiências de Victor Helios, as suas ideias e as suas criações (os seres da Nova Raça) são os elementos mais fortes do livro, e sobre as quais paira tudo o resto, inclusive o policial, pelo que eu diria que é uma óptima ideia dentro desse género. Terror... Enfim, não me deixou com os cabelos eriçados. Só isso.
Receio que são esses elementos que fazem deste um livro que me tivesse cativado. Não sou fã de policiais, não me costumam deixar demasiado agarrado à leitura, e se este livro não explorasse tanto (e satisfatoriamente) tantos temas não teria acabado impressionado. Felizmente.
Mas afinal, de que fala este livro? Fala de um homem, Victor Helios, que sonha com um mundo de seres humanos perfeitos, belos e imortais. Ele próprio, com o tempo, se vem aperfeiçoando, e tornando-se cada vez menos humano. Acho extremamente curioso repararmos que, 200 anos depois de ele nos ser apresentado por Mary Shelley, Koontz faz notar que tanto tempo de obsessão tem as suas marcas. A personagem tornou-se tão pouco humana que perde uma complexidade única, que encontramos em Deucalião, o primeiro monstro que Victor criou e que hoje é mais humano do que o próprio criador.
Victor já tem um pequeno exército da Nova Raça e sobre eles se debruçam algumas das várias histórias que acontecem neste livro ao mesmo tempo: a sua mulher, Erika 4, que por conhecer sentimentos para os quais não estava programada pode rapidamente ser substituída pela Erika 5; Randal Seis, uma criação que sofre de autismo e que procura o segredo da felicidade; Roy Pribeaux, um assassino que, à sua maneira, procura a perfeição. E muitos mais, mas que faz parte da surpresa...
Paralelamente, Carson O'Connor é uma detective que se confronta com uma série de estranhos assassínios e tem em casa um irmão mais novo com autismo. O seu passado também é algo conturbado, já que os seus pais, também polícias, estiveram envolvidos numa certa disputa e considerados culpados... Creio que nos próximos livros teremos a oportunidade de saber mais sobre essa história (quem sabe relacionar-se-á com Victor).
Sem dúvida, o leque de personagens que o livro nos oferece é grandioso. São principalmente as criações de Frankenstein que nos oferecem as melhores cenas, a pedir uma boa análise, questionando crenças, sentimentos, tudo aquilo de que afinal é feito o Homem. Bem visto, estas personagens oferecem-nos tudo o que um bom leitor pode querer: uma riqueza no que elas são feitas. Há, inclusive, um par de capítulos que achei verdadeiramente geniais!
Perfeição, ideais, sentimentos e religião, nada é posto de lado no livro. As mentes destas personagens são únicas e, no entanto, são no seu conjunto tudo aquilo que a Humanidade procura em si.
Finalmente, com capítulos muito pequenos (alguns de apenas página e meia), é o que eu chamo de livro escrito "à best-seller": capítulos pequenos, de leitura muito fluída, que nos fazem continuar a ler até praticamente termos acabado, a fazer lembrar todos os livros que estão (ou já estiveram bastante) na moda.
Fico à espera do próximo livro. Não estou a roer as unhas ou intrigado com o que aí virá, apenas com vontade de continuar a ler a história. Ainda que pense ter mostrado que este livro é capaz de levar até ao fim o que propõe abordar, e com bastante sucesso, volto a dizer que, a meu ver, sabe menos a uma grande obra dentro do género e mais a uma história, verdadeiramente interessante. Até lá, tenho tempo para voltar a reflectir em todas estas tão grandes abordagens e vocês têm tempo para ler o livro e julgá-lo também.
5 comentários:
Quero ler este livro!
Quero ler este livro!
Quero ler este livro!
Boas leituras!! :)
LOOOL o livro está muito exposto pelas livrarias, pega nele! ;) Com esse entusiasmo todo, vais adorar de certezinha!
Também tenho este livro na “mira” mas queria ver se organizava o timing de leitura para não ter que esperar eternidades pela edição de cada volume – esperar demasiado quebra o ritmo interno de uma série.
não achei o livro em lugar algum
quem sabe onde compra-lo ?
Anónimo, trata-se de um livro relativamente recente, não deveria ser tão difícil encontrá-lo!
Passe pela Fnac e experimente perguntar, pode ser que seja possível encomendá-lo.
Boas leituras
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