Alemanha esmagou Portugal e também nos ganharam no futebol
16 junho, 2014
A Seleção alemã cilindrou hoje a sua congénere portuguesa graças ao poder de concretização de Thomas Müller e Hummels, depois de três anos em que a Alemanha esmagou Portugal graças ao poder de concretização do memorando da troika. No final do encontro, havia grande alegria no balneário alemão, em particular no ponta de lança dos germânicos, que o Jornal do Fundinho ouviu em exclusivo. "Estou muito feliz, nunca pensei que conseguíssemos esmagar Portugal desta forma, muito menos em apenas três anos", afirmou Pedro Passos Coelho.
O baile da Alemanha a Portugal entra para os livros com um dos mais marcantes da História, uma demonstração de superioridade humilhante que deixou os portugueses de rastos e quase apagou os triunfos nacionais do passado. A juntar-se a isso, hoje ainda perdemos 0-4 com os alemães em futebol. Passos Coelho não se cansou, de resto, de sublinhar este facto: «Devo reconhecer que nunca esperei este resultado. A última vez que vi alguém faturar tanto às custas de Portugal foi quando eu estava na Tecnoforma e o Relvas me arranjou aqueles contratos públicos todos».
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Governo festeja fim da relação, mas FMI só mudou estado no Facebook para ‘É complicado’
20 maio, 2014
Entre conselhos de ministros extraordinários, apresentações de documentos estratégicos e edição de livros, o Governo tem vindo a marcar a agenda política das últimas semanas com diversas iniciativas que pretendem assinalar o fim da relação entre Portugal, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). No entanto, até ao dia de hoje, o FMI apenas mudou o seu estado no Facebook para ‘É complicado’, e não para ‘Solteiro’ ou ‘Interessado em países à beira da bancarrota’.
Este assunto não demorou a chegar à campanha para as eleições autárquicas, tendo causado evidente desconforto junto dos elementos da Aliança Portugal. «O que, pá, portantos, eu acho... eh eh eh, basicamente... ah e tal, viva a troika! ou antes, abaixo a troika! ou o caraças, que até parece que estou todo bêbedo», afirmou Nuno Melo, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho, momentos depois de abrir a 231ª garrafa de espumante após o fim oficial do plano de resgate financeiro e segundos antes de nos dizer «Dá um gole, ou tens nojo?» e de ordenar a Paulo Rangel: «Pssst, cala-te e bebe um trago, ou tens nojo?»
De acordo com alguns comentadores, pode ser esta instabilidade na coligação governamental a determinar a aparente indefinição do FMI: por um lado, pretende pirar-se de Portugal tão depressa quanto possível, por outro acabou por criar um laço emocional com o nosso País ao ponto de agora não conseguir afastar-se perante a possibilidade de este se auto-destruir por causa do álcool.
Entretanto, o Governo resolveu fazer como Raquel Henriques e mandar umas indiretas através das redes sociais: desde domingo que deixou de tagar o FMI nas fotos que coloca no Facebook e abandonou a hashtag #obrigadotroika, mantendo apenas a omnipresente #aculpaedosocrates.
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Governo altera prémio da “Fatura da Sorte”: Audi vai ser substituído por cruzeiro em ferry da Coreia do Sul
29 abril, 2014
O ministro da Presidência anunciou hoje que o sorteio “Fatura da Sorte”, que distribui prémios entre os contribuintes que peçam fatura com número de contribuinte, vai deixar de entregar automóveis e passar a sortear cruzeiros em ferry boats da companhia sul-coreana Chonghaejin Marine. «Apesar de haver neste momento faturas emitidas por mais 176 mil empresas do que no ano passado, percebemos que os efeitos da “Fatura da Sorte” seriam ainda mais exponenciados se os portugueses simplesmente falecessem», comentou Luís Marques Guedes, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, explicando ainda que «Esta é uma prova de que o Governo é capaz de bater o pé ao FMI. Eles querem reduzir os salários e liberalizar os despedimentos, mas nós dizemos: Não! Vamos antes matar a maior parte da população».
O Governo estima uma poupança de mais de 500 milhões de euros com o desaparecimento de 37 portugueses até ao final do ano, entre salários, subsídios, pensões e gastos do Estado em saúde, transportes e educação. «Estamos ainda a ponderar a realização, a partir do próximo ano, de sorteios diários com cinco cruzeiros cada, o que permitirá atingir no final de 2015 um défice de 0%. No entanto, podemos ter de adotar medidas de maior rigor, porque o falecimento de quase dois mil portugueses é pouco mais do que uma pieguice», revelou Marques Guedes.
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Arménio Carlos reaviva rábula do “escurinho” ao perguntar se chefe do FMI foi barrado no aeroporto com Nutella ou Tulicreme
24 abril, 2014
O líder da CGTP ressuscitou hoje a polémica com as suas declarações do ano passado em que se referiu a Abebe Selassie, então chefe da missão do FMI para Portugal, como “escurinho”. Desta feita, Arménio Carlos referiu-se ao episódio que envolveu o atual chefe de missão, Subir Lall, que foi barrado no aeroporto de Lisboa, com termos igualmente questionáveis: «Dizem que o tipo do FMI foi barrado. Que ele é acastanhado já eu sei, mas quero saber é se ele foi barrado com Nutella ou com o muito mais barato Tulicreme! A austeridade é ou não para todos?»
Confrontado com as críticas que de imediato surgiram, Arménio Carlos alegou ter sido mal interpretado. «Retiraram as minhas declarações do contexto. A Nutella é ou não acastanhada? O Tulicreme é ou não acastanhado? O tipo do FMI é ou não acastanhado? Mas alguém aqui está a ser racista?», questionou, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho. O líder sindical não quis, no entanto, pronunciar-se sobre a problemática do creme para barrar com dois sabores do Continente.
Entretanto, uma investigação do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES) veio trazer mais alguns elementos para esta polémica. De acordo com os dados recolhidos, barrar Nutella ou Tulicreme no pão é racismo. De resto, barrar manteiga de amendoim também será racismo. E doce de framboesa. E manteigas das que vêm naquelas embalagens pequeninas como há nos restaurantes. Este será, de resto, um dos pontos centrais do colóquio que o CES organizará em maio, subordinado ao tema “Epistemologia dos cremes para barrar na construção de semânticas alternativas do racismo”.
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Passos promete repor bom tempo se o FMI deixar, Portas faz de conta que o pressiona e Seguro quer erradicar os aguaceiros no espaço de uma legislatura
22 abril, 2014
O mau tempo, que está de regresso ao território nacional, não tem ainda data para acabar. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho garante que pretende fazer regressar o sol, mas não se compromete com uma data sem primeiro «obter a autorização dos senhores do FMI», ao contrário do vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que assegura que «começar a inverter a trajetória de agravamento do tempo é algo que terá início ainda nesta legislatura». O PS reage alertando para contradição entre os dois partidos da maioria e com António José Seguro a anunciar que pretende «criar as condições para erradicar os aguaceiros de Portugal continental e ilhas no espaço de uma legislatura».
De acordo com o meteorologista Anthímio de Azevedo, estamos perante três casos evidentes de eleitoralismo, tendo em conta a proximidade das eleições europeias. «O que os políticos andam a fazer é aproximar artificialmente as suas intervenções dos interesses dos eleitores: aquilo de que os portugueses mais têm falado nas últimas semanas é do tempo, ora porque está frio, ora porque está calor, ora porque ainda vai voltar a chover, ora porque não se sabe com que roupa é que se há de sair de casa», explica Azevedo, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, acrescentando: «Não tem havido ultimamente um interesse genuíno dos atores políticos nas preocupações do povo. Ou seja, é a mesma coisa que sempre aconteceu desde que há políticos, só que desta vez envolvendo o tema de todas as conversas que temos com aquele vizinho do 5.º esquerdo de quem nem sabemos o nome, mas que parece que apanha sempre o elevador à mesma hora que nós».
Apesar de tudo, Anthímio de Azevedo admite que pode existir alguma validade nas promessas meteorológicas de PSD, CDS e PS. «Eu não acredito que Passos, Portas ou Seguro consigam mudar o tempo, mas na política portuguesa nunca se sabe... Se há dois meses alguém me dissesse que Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, João Cravinho e Francisco Louçã iam todos subscrever uma mesma estratégia para a dívida nacional, eu mandava-o internar», argumenta.
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Gaspar desvaloriza ‘chumbo’ do Constitucional porque vai pagar ao FMI com os cheques que Sócrates deixou em quinta no Ribatejo
05 abril, 2013
Vítor Gaspar já informou o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia (CE) e o Banco Central Europeu (BCE) de que não existirá qualquer problema provocado pela decisão do Tribunal Constitucional de ‘chumbar’ quatro normas do Orçamento do Estado para 2013. Tudo porque o ministro das Finanças encontrou uma forma de pagar de imediato os mais de 100 mil milhões de euros que aquelas entidades emprestaram a Portugal: vai utilizar os cheques que José Sócrates deixou esquecidos numa quinta no Ribatejo e que foram agora encontrados. «Não chegam a 300 cheques do Sócrates, pelo que já estive a fazer as contas e dá cerca de 450 mil euros em cada um. Já avisei os senhores do FMI para trazerem um envelope grande quando vierem fazer a próxima avaliação», confirmou Gaspar, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho.
Por decidir está ainda a utilização a dar aos mais de mil cheques restantes, em nome da falecida irmã e do tio de Sócrates, bem como de três empresas da família. Pelo menos um deles deverá ser utilizado para pagar a indemnização pedida pelo ex-espião Silva Carvalho, enquanto outro poderá servir para liquidar as propinas da cadeira que ficou a faltar para Miguel Relvas concluir a licenciatura, mas os remanescentes têm destino incerto. Para determinar o que fazer, Vítor Gaspar nomeou entretanto uma comissão especializada, que entrará em funções já na próxima semana. O ministro enviou depois uma carta ao FMI, CE e BCE a avisar que Portugal vai precisar de pedir um novo empréstimo, só para pagar aos peritos que constituem este grupo.
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Próxima avaliação do FMI vai ser feita por economistas palhaços
28 novembro, 2012
Foi uma das novidades deixadas por Pedro Passos Coelho na entrevista que hoje concedeu ao penteado de Judite de Sousa: a próxima avaliação da comissão tripartida de ajuda financeira será realizada por economistas palhaços. Após deixar os estúdios da TVI, o primeiro-ministro acrescentou mais alguns pormenores, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho: «Vamos chamar à iniciativa Operação Nariz Vermelho do Frio Porque Não Há Dinheiro Para Ligar os Aquecedores. No fundo, vai ser muito semelhante aos doutores palhaços: eles levam a alegria às crianças hospitalizadas em Portugal, os economistas palhaços provocam alergia aos contribuintes depenados em Portugal».
Passos Coelho revelou ainda que também a Leopoldina do Continente vai participar numa ação solidária para com as contas públicas portuguesas, com início já na época do Natal. «A Leopoldina – que tem um penteado muito parecido com o da Judite de Sousa, não sei se já repararam – vai ser a grande estrela da Missão Sorriso Amarelo», confirmou o líder do Governo, acrescentando que aquela personagem «vai para as repartições de finanças vender livros de recibos verdes, revertendo 1 Euro por cada livro vendido para o pagamento do nosso empréstimo».
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Gaspar andou nos ‘bolinhos e bolinhós’ para levar já os impostos do próximo ano
01 novembro, 2012
Depois de ver aprovado pela Assembleia da República o Orçamento do Estado para 2013 por si preparado, Vítor Gaspar foi para a rua cantar os ‘bolinhos e bolinhós’, tentando antecipar a receita de impostos prevista para o próximo ano. «Ele apareceu-me aí mascarado de Drácula, mas eu nem reparei que aquilo era uma máscara», contou a pensionista Maria das Dores, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, descrevendo: «Entrou a cantar ‘Bolinhos e bolinhos / Impostos pagos por vós / Vão parar ao BES, BCP e BPI / Senão a Merkel vem aí’... Fiquei tão assustada que lhe adiantei logo os subsídios do ano que vem».
Outros relatos de contribuintes convergem no tipo de abordagem e na lenga-lenga cantada, mas apontam outros pormenores, como as cantorias do ministro das Finanças quando conseguia recolher os impostos (‘Esta casa cheira a ovo / Aqui mora o melhor povo / Faço tudo pelo FMI / O que é que tens mais aí?’) e quando não conseguia (‘Esta casa está a tresandar / Não penses que vais escapar / Vou falar devagarinho / Até me dares o teu dinheirinho’).
Estima-se que a incursão noturna de Vítor Gaspar tenha permitido antecipar um terço da receita fiscal prevista pelo Orçamento do Estado para o próximo ano, mas o ministro poderá não se ficar por aqui. Nas mais recentes reuniões com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, Gaspar anunciou que, em dezembro, se vai mascarar de Pai Natal e entrar nas casas dos portugueses, não para lhes dar presentes, mas antes para os levar e vender no OLX.
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Passos já quer renegociar o memorando de entendimento mas só porque acha que este é muito ligeirinho
12 outubro, 2012
É a grande novidade que se pode retirar da versão preliminar de Orçamento do Estado que ontem foi tornada pública: Pedro Passos Coelho vai propor aos parceiros internacionais uma renegociação do memorando de entendimento. O primeiro-ministro defendeu, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho, que o atual acordo com o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia «é muito levezinho e precisa de ser endurecido... somos homens ou somos piegas?»
Nesse sentido, Passos Coelho já pediu uma nova reunião com os representantes da comissão de resgate, tendo avisado que só lhes servirá os habituais chá e bolinhos e fará as tradicionais massagens no pescoço se eles prometerem aumentar os juros e reduzir os prazos de pagamento.
A proposta de Orçamento do Estado, que está a ser preparada pelo Governo com a oposição do CDS, tem de ser entregue na Assembleia da República até ao dia 15 de outubro. Deverá incluir medidas como um aumento da taxa média de IRS, uma redução das deduções com crédito à habitação e um corte até 10% nas pensões acima de 1350 Euros. Passos Coelho garantiu, no entanto, que o Governo não deixará de criar mecanismos que protejam os contribuintes de mais baixos rendimentos. «Não somos umas máquinas insensíveis. Se um cidadão tiver rendimentos tão baixos que nem lhe sobra dinheiro para o bilhete de autocarro, não precisa de ir entregar o seu ordenado a uma repartição das Finanças: nós mandamos o Cobrador do Fraque lá a casa... se ele ainda tiver uma», revelou.
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Dalai Lama dirige-se aos portugueses: «Arrebitem, seus cara****!»
04 outubro, 2012
O Dalai Lama ouviu hoje Vítor Gaspar dizer – durante o debate sobre as moções de censura ao Governo apresentadas por PCP e Bloco de Esquerda – que os portugueses são «o melhor povo do mundo» e não hesitou em enviar-lhes uma mensagem. «Vocês já me estão a meter nojo. Arrebitem, seus cara****! Uma coisa é ser não violento, outra coisa é ser estúpido», afirmou o monge, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho.
O líder budista ofereceu ainda a ajuda do seu povo para libertar os portugueses das condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia. «Se for preciso, mando já aí um grupo de monges para resolver o problema», anunciou, explicando contudo que «não é daqueles monges que se sentam e ficam muito quietinhos à espera que lhes batam, é mesmo uma cena tipo “Os Jovens Heróis de Shaolin”... só os portugueses é que ainda não perceberam que a coisa só lá vai à porrada».
Esclarecendo que assistiu ao debate de hoje porque gosta de testar a paciência, o Dalai Lama aproveitou a sua mensagem ao povo português para se confessar impressionado com a deputada Heloísa Apolónia, d’Os Verdes. «Do que percebo, ela é uma espécie de Tibete ao contrário, porque também está ali encalhada no meio dos comunistas, mas farta-se de distribuir pancada por toda a gente», comentou.
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Homem que esteve em coma 35 anos acordou, viu a “Gabriela” na TV, o FMI em Portugal e os portugueses na fila para o pão e pensou que ainda estava em 1977
10 setembro, 2012
Saturnino Patriota, um homem que esteve em coma durante 35 anos, acordou inesperadamente esta tarde, inteirou-se das novidades sobre a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, espreitou pela janela do quarto de hospital para ver se a fila para o pão estava muito longa e só ficou mais animado depois de ligar o televisor e ver “Gabriela”, a telenovela brasileira que hoje estreou. «Ainda bem que um ano tão mau como este de 1977 nunca mais se vai repetir», desabafou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, acrescentando depois que «esta Sónia Braga é toda boa».
Apesar de os médicos o aconselharem a permanecer internado mais algumas semanas, Patriota manifestou já o desejo de retomar a sua vida o mais rapidamente possível. «Sou funcionário da televisão pública e tenho muita vontade de regressar ao trabalho. Bem sei que tenho tempo, porque a RTP1 e a RTP2 nunca vão acabar, mas mesmo assim...», revelou a esse propósito. Mas o brio profissional não é a única razão para este desejo, como admitiu o próprio: «A verdade é que a vida está muito complicada: esta crise é tão dura que é uma coisa única no tempo de uma vida. Eu acho que a situação económica portuguesa só se resolve se aderirmos à CEE e depois for criada uma moeda única europeia. Dessa maneira, já nada poderá correr mal».
A recuperação de Saturnino Patriota deixou surpreendidos os membros da equipa médica que o tem vindo a acompanhar. Nenhum esperava já que ele acordasse e todos se manifestaram inspirados pelo milagre médico, devastados por ele ter voltado à vida precisamente nesta altura e esperançados de que possa ter uma recaída e voltar ao coma, onde estará muito melhor e poderá esperar mais 35 anos para ver se isto melhora.
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Passos promete que vai haver mais emprego, trabalhadores só vão precisar de pagar aos patrões
07 setembro, 2012
Pedro Passos Coelho anunciou hoje ao País que a contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social subirá de 11% para 18%, o mesmo valor que passará a ser cobrado às empresas, embora neste caso isso represente uma descida. De acordo com o primeiro-ministro, esta ‘transferência’ permitirá combater os elevados níveis de desemprego. «Eu sempre disse que a nossa prioridade era que houvesse menos portugueses desempregados. E, a partir do próximo ano, só não vai trabalhar quem não quer, porque a única coisa que vai ser precisa para ter um emprego é pagar ao patrão», explicou depois, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho.
As novas medidas foram já acertadas entre o Governo português e os representantes do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, explicou Passos Coelho numa comunicação transmitida pela televisão, trinta minutos antes do jogo de futebol entre Portugal e o Luxemburgo, para ver se ninguém notava. O primeiro-ministro aproveitou ainda para agradecer aos portugueses pelos sacrifícios que estes têm feito e garantiu que a riqueza e o capital também serão mais tributados, embora não tenha detalhado este ponto porque «não quero entristecer mais o Cristiano Ronaldo».
O anúncio do primeiro-ministro foi fortemente contestado, quer pelos partidos da oposição, quer pela generalidade da população que não é dona de um banco ou de uma grande empresa. Não é crível, no entanto, que daqui venham a resultar esmagadoras manifestações ou um clima de particular instabilidade social, uma vez que ainda não foi criada nenhuma aplicação do Facebook para isso.
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FMI também queria semana de trabalho de seis dias em Portugal mas Passos disse que não fazia por menos de oito
04 setembro, 2012
Depois de os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu e Comissão Europeia que acompanham a implementação do programa de ajustamento na Grécia terem sugerido o aumento da semana de trabalho de cinco para seis dias, a mesma proposta chegou à mesa das reuniões com o Governo português. Pedro Passos Coelho, no entanto, mostrou-se inflexível e deixou claro que não aceitaria aquela recomendação.
«Seis dias é para piegas. Devemos persistir, ser exigentes e não ter pena dos trabalhadores, coitadinhos, que sofrem tanto para trabalhar», reiterou o primeiro-ministro, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho, explicando ainda que se comprometeu com uma semana de trabalho de pelo menos oito dias, por metade do ordenado e sem direito a subsídios de férias e de Natal. «Tiveram de ser os próprios tipos do FMI a agarrar-me, se não iam também as pausas para almoço e a proibição de chicotear os empregados», revelou o líder do Executivo.
Embora ainda não se conheçam os contornos exactos destas medidas, outras serão provavelmente necessárias após a avaliação da comissão tripartida de ajuda financeira. Passos Coelho, aliás, levará para as negociações um dossiê com 200 páginas que inclui propostas como permitir aos patrões acorrentar os empregados (com algemas pagas por eles próprios) e aumentar o limite das indemnizações por despedimento para 36 meses, embora estas passem a ser pagas pelos funcionários despedidos.
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Vítor Gaspar mandou forrar paredes do Ministério das Finanças com fotos de contribuintes furiosos para receber a próxima visita do FMI
15 janeiro, 2012
O ministro das Finanças anunciou hoje que, aquando da próxima visita da comissão tripartida de ajuda financeira a Portugal, os seus membros irão encontrar as paredes do Ministério forradas com imagens de contribuintes em situações de protesto. Nos painéis, que já começaram a ser afixados, estão fotografias de cidadãos com expressões de fúria e empunhando cartazes com frases como «FMI fora daqui», «Metam a austeridade no buraco do Euro» ou «Troika que vos pariu», encimadas pela expressão «Bem-vindos».
Uma das imagens em maior destaque é a de Cavaco Silva com o braço esticado, tal como quem protesta por lhe terem tirado parte da reforma, embora Vítor Gaspar garanta que o Presidente da República está apenas a fazer a saudação fascista como forma de celebrar o Dia da Raça. O ministro assegura ainda, em resposta aos analistas que defendem que as fotos em causa incitam ao aumento da austeridade, que nenhuma transporta sentimentos negativos. «As fotografias mostram, em sã convivência, contribuintes de todas as raças e credos, mas todos sem um tostão. É uma homogeneidade que muito nos honra e que espelha o sentimento comum de todos os que vivem o País», afirma, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.
Vítor Gaspar revela ainda que as imagens foram já elogiadas pelos próprios elementos do Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu, quando estas lhes foram mostradas, em tamanho mais pequeno, durante a sua última visita. «Pelo menos, eu fiquei com a ideia de que eles gostaram, porque pediram que eu as enviasse por mail e depois responderam-me numa mensagem cheia de LOLs, a dizer que já as tinham colocado numa conta do Flickr chamada ‘pigs_protesting’», revela o ministro.
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Filha do alegado ‘Estripador dos Salários’ diz que tudo não passou de uma brincadeira
05 dezembro, 2011
Uma das filhas de Vítor Gaspar, o ministro das Finanças suspeito de ser o ‘Estripador dos Salários’, garante que, afinal, não é ele o responsável pela eliminação dos subsídios de férias e de Natal. Em declarações exclusivas ao Jornal do Fundinho, Catarina Gaspar afirma estar arrependida de ter dado origem a este caso, ao usar o nome do pai para ser escolhida num concurso público: «Foi tudo uma brincadeira. Como ele está no Governo nesta altura, eu brincava com ele sobre o assunto. Mas agora não tenho dúvidas de que quem estripou os salários foi, na realidade, a Angela Merkel».
Sobre a existência de um documento onde estarão descritas estas e outras medidas assassinas, como o aumento do horário de trabalho e a subida do IVA em diversos produtos, a filha de Vítor Gaspar revela que este foi, de facto, escrito pelo pai, mas de acordo com indicações superiores. «Eu vi-o escrever esse Orçamento do Estado à mesa de jantar, apoiando-se em livros do Milton Friedman e do Thomas Sowell e outros mais antigos do Adam Smith. Mas a maior parte das coisas que ele registou resultaram dos telefonemas que estava constantemente a receber do Passos Coelho, com as medidas que a Merkel queria que lá estivessem», garante, justificando ainda que o pai deu uma entrevista à RTP após a entrega do Orçamento porque «estava a brincar com o Vítor Gonçalves».
Catarina Gaspar confessa que se candidatou a um concurso público não fazendo segredo de que «O meu pai é o ‘Estripador dos Salários’ e vocês não querem estar na lista dele», mas agora diz jamais ter tido a confirmação deste facto. «Nunca lhe perguntei diretamente, mas picava-o com isto e ele ficava algum tempo calado e depois começava a falar muito lentamente e numa toada monótona e dava-me sono e eu nunca tinha paciência para ficar a escutá-lo até ao fim», explica.
Após, numa fase inicial, ter reivindicado a autoria das medidas de austeridade que afetarão os portugueses nos próximos anos, Vítor Gaspar reclama agora inocência e garante que, trabalhando em Lisboa, não tem posses para se deslocar a Berlim, onde aquelas foram decididas. O ministro garante ainda que nem pôde reunir com os membros do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu, que têm visitado Portugal para definir e acompanhar o cumprimento dos ajustamentos, uma vez que deixou de ter dinheiro para tirar sequer o passe L1.
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Passos Coelho não quer que portugueses apertem o cinto porque assim não podem baixar as calças para o FMI
02 agosto, 2011
Pedro Passos Coelho garantiu hoje que não pretende que os portugueses apertem mais o cinto, recentes que ainda estão os anúncios da criação de um imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal e dos aumentos nos transportes públicos. «Com o cinto ainda mais apertado, vai ser difícil conseguirmos baixar as calças para a malta que nos emprestou o pilim», explicou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, acrescentando que, num tema relacionado, o IVA sobre a vaselina vai descer para os 2%.
Estas declarações surgem na altura em que se encontram em Portugal os peritos do Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE) que irão realizar a primeira avaliação trimestral do programa de assistência económica e financeira. Apesar disso, o Governo anunciou já que não fará, nos próximos dias, um balanço sobre esta matéria, uma vez que, de acordo com o primeiro-ministro, «eu não consigo escrever quando estou de cócoras e além disso o ministro das Finanças não vai conseguir passar-me os dados necessários porque estará com a boca ocupada noutras coisas».
A comissão tripartida do FMI, CE e BCE é constituída por 50 elementos e estará no nosso País até ao dia 12 de agosto. Serão eles que irão determinar se foram cumpridas medidas como o fim dos direitos especiais do Estado na EDP, PT e Galp, se as praias portuguesas continuam a ser um espetáculo e se a internacionalização do mercado da prostituição trouxe vantagens comparativamente aos períodos em que aconteceram as duas anteriores intervenções do FMI em Portugal.
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Corte de 50% no subsídio de Natal vai fazer com que 80% dos portugueses já estejam a viver num estábulo quando a quadra chegar
30 junho, 2011
Pedro Passos Coelho anunciou hoje uma contribuição especial em sede de IRS, equivalente a 50% do valor do subsídio de Natal que acresce ao salário mínimo nacional. «Esta medida permitirá que os portugueses regressem ao verdadeiro espírito da quadra natalícia... estimamos que, chegados a dezembro, cerca de 80% estejam já a viver num estábulo e lá venham a nascer os seus filhos, como aconteceu com o Menino Jesus», explicou o primeiro-ministro, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.
A medida, avançada hoje na abertura do debate do Programa do XIX Governo na Assembleia da República, permitirá cumprir os objetivos definidos com o Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu, mas não será a única. «Achei esta ideia do Natal porreira, e então também vamos aumentar o IVA até nos produtos essenciais, que é da maneira que toda a gente vai ficar a ver estrelas... É tipo a estrela que guiou os Reis Magos, eh eh eh», explicou Passos Coelho.
O dia ficou também marcado pela estreia em debates parlamentares do novo ministro das Finanças, Vítor Gaspar. Falando já na parte final da sessão, Gaspar deixou claro qual vai ser a estratégia do Governo para convencer os deputados da oposição: adormecê-los com os seus discursos.
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Já há populares acampados à espera do casamento entre Portugal e o FMI
03 maio, 2011
Os primeiros portugueses começaram já a acampar junto a São Bento, onde se vai realizar o casamento de Portugal com a comissão tripartida de ajuda financeira, constituída pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu. Inicialmente previsto para amanhã, o enlace deverá, no entanto, ser adiado, dadas as discordância no seio da comissão sobre o dote adequado.
Nada que desmoralize as centenas de pessoas que, desde ontem, começaram a instalar-se junto à residência oficial do primeiro-ministro. «Espero aqui o tempo que for preciso! É um momento muito importante para o nosso País, não me vejo a estar noutro sítio», declarou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, o primeiro indivíduo a acampar no local por onde passarão os noivos. Desvalorizando as críticas dos que dizem ser este um casamento de conveniência, Desidério Cacém Coito disse também que «o amor é importante, mas o que determina se uma relação resulta ou não é o empenho de ambos, e nós sabemos que pelo menos Portugal vai ficar completamente empenhado».
Cacém Coito revelou que muitos dos campistas improvisados são já quase veteranos de acampamentos para grandes eventos, como é o seu próprio caso. «Comecei por acampar para comprar um bilhete para os U2 em Coimbra. Depois tomei-lhe o gosto... Venho agora dos acampamentos para o casamento real do William e da Kate Middleton e para a beatificação do João Paulo II, mas já participei também nos acampamentos junto ao Pavilhão Atlântico para ver a Lady Gaga, no Estádio da Luz para festejar o título do Porto, na repartição das Finanças para entregar o IRS e na secção de brinquedos do Continente para aproveitar os 50% de desconto em cartão», referiu.
Mas entre a multidão de populares anónimos que se aglomera em São Bento – informações oficiais garantem que só há populares anónimos, desconhecendo-se a presença quer de populares com nome como de impopulares anónimos, ainda que tenhamos vislumbrado duas ou três pessoas que eram olhadas de lado pelas restantes – existem alguns que se destacam mais do que outros. Desde logo, os que se vestem como os seus ídolos, do negociador do FMI Poul Thomsen ao primeiro-ministro José Sócrates, passando por Vítor Constâncio, Bernie Madoff ou Paulo Futre. Mas também a mulher que segura um cartaz em que pede «Trichet dá-me a tua camisola e já agora a tua carteira», o homem que enverga uma t-shirt com a frase «Adam Smith estaria orgulhoso» ou o idoso que coleciona recordações de casamentos mediáticos e que tem já o corta-unhas e o prato de porcelana das uniões entre Portugal e o FMI em 1977 e em 1983.
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FMI vai ficar com parte do esperma que Maternidade Alfredo da Costa quer cobrar
20 abril, 2011
Depois de se ter sabido que a Maternidade Alfredo da Costa vai iniciar brevemente tratamentos de infertilidade em que o sémen utilizado terá de ser pago, a comissão tripartida que estuda o resgate financeiro de Portugal fez saber que, no âmbito das medidas de austeridade que serão aplicadas, metade dos fluidos recolhidos terão de ser depositados nos cofres do Fundo Monetário Internacional (FMI). «Os portugueses têm de perceber que todos os sacrifícios serão poucos. Eu compreendo que é difícil admitir que terão de ser chupados até ao tutano... Bem, chupar talvez não seja a melhor das palavras quando se está a falar de esperma», declarou hoje o negociador Poul Thomsen, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho.
Esta imposição da missão externa, a primeira a ser conhecida desde que os seus membros chegaram ao nosso País, surgiu após uma alteração à maratona de encontros prevista para hoje. Assim, em vez de reunir apenas com as confederações patronais, os economistas do FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia estiveram também com Zezé Camarinha e Cristiano Ronaldo. Thomsen explicou no final que «foi muito importante para nós podermos saber a opinião dos dois maiores produtores de esperma portugueses».
Apesar de parco em declarações, o chefe da equipa de peritos internacionais fez questão de deixar uma palavra de «profunda admiração» para com o povo português. «Depois de vermos o estado em que está o vosso País, consideramos admirável que vocês ainda não tenham perdido a vontade de produzir esperma», concluiu Poul Thomsen.
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Representantes do FMI em Portugal em 1977 e 1983 já praxaram elementos da nova comitiva
12 abril, 2011
Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia, que vão analisar a situação da economia portuguesa para determinar o valor exato da assistência financeira pedida pelo Governo, começaram hoje o seu trabalho mas já estão desde ontem em Lisboa. A chegada antecipada teve como objetivo permitir que os caloiros fossem praxados, como é da tradição, pelos doutores das turmas de 1977 e 1983 das intervenções do FMI em Portugal.
«Foi espetacular! Andámos ali na zona do Terreiro do Paço a gritar “Aqui vai o FMI, chegámos agora aqui para cortar tudo rente! É a malta do caralho, a quem tem o maior vergalho e vai foder toda a gente!” Adorei», relatou Poul Thomsen, em exclusivo para o Jornal do Fundinho. O negociador dinamarquês, que chefia a missão, contou também que a praxe teve início ainda no Aeroporto da Portela, com os veteranos a receberem os seus sucessores com gritos de «E esta merda é toda nossa, olé, olé!»
Mas nem todos os elementos da delegação tripartida FMI/BCE/Comissão Europeia partilharam do mesmo entusiasmo, com alguns a queixarem-se mesmo de abusos. «Houve situações mais fortes, nomeadamente as de cariz sexual... mas piadas e brincadeiras em torno da genitália são normais quando temos um grupo de homens que se junta para cortar os tomates a um país», argumentou Thomsen, reconhecendo, no entanto, «que obrigar os caloiros a meter a mão em bosta de vaca pode ter alguma piada, mas obrigá-los a apertar a mão ao José Sócrates e ao Teixeira dos Santos é, de facto, violência gratuita».
As reuniões da comissão de resgate com os responsáveis pelas Finanças nacionais começaram ao início da tarde de hoje, mas existem rumores de se ter tratado de uma reunião-fantasma, organizada pela trupe do Governo de 1983, liderada por Mário Soares. Ainda assim, espera-se que a partida praxista não coloque em causa o calendário definido: no final de maio deverá chegar a primeira tranche de ajuda a Portugal, em junho entra em ação o programa de três anos e em julho Portugal torna-se subitamente num dos países mais ricos do mundo após a tomada de posse de Vale e Azevedo como ministro das Finanças.
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