Papa-Léguas implicado no processo Casa Pia
30 janeiro, 2011
São mesmo todos inocentes, até os culpados.
Afinal, o angariador de crianças para pedófilos no seio da Casa Pia não era o Bibi, mas sim o Bip-Bip. A revelação surge numa entrevista a publicar amanhã na revista Labores de Ana e, tal como a recente entrevista de Carlos Silvino, vem lançar dúvidas sobre a condenação de Carlos Cruz e dos restantes arguidos do processo Casa Pia.
«Recolhi provas irrefutáveis de que o passaroco está envolvido. Trata-se de uma enorme confusão de identidades: embora parecesse que as vítimas estavam a identificar o Bibi, elas estavam na realidade a repetir o único som que ouviam quando o Papa-Léguas pegava nelas e as levava à Almirante Reis ou a Elvas: bip-bip! E por isso é que não havia testemunhas: o passaroco é bastante rápido e dissimulado, como todos sabemos», revela, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, a Bota Botilde, que escreveu a reportagem. Entre as alegadas evidências, estão declarações de Willy Coiote, conta a autora: «Como ele não fala, escreveu várias tabuletas em que acusa diretamente o Papa-Léguas... Infelizmente, não tenho nenhuma comigo porque, sempre que o coiote acabava de as escrever, caía-lhe um pedregulho em cima e elas ficavam todas partidas». Mas a Bota Botilde não tem dúvidas de que conseguirá provar a inocência dos condenados no julgamento do processo Casa Pia: «Mesmo sem as tabuletas, tenho diversas provas materiais que não deixam margem para dúvidas: chupa-chupas ACME, chocolates ACME, frascos de vaselina ACME...»
Além de ter co-apresentado o concurso, “1, 2, 3” com Carlos Cruz, a Bota Botilde escreveu, com uma sobrinha por afinidade de uma prima da França de um tio do apresentador, o livro “Carlos Cruz, Os Atacadores do Sofrimento”, mas recusa que tal facto possa indicar uma menor independência da reportagem em causa. «Se o Expresso escrevesse que o discurso de Cavaco Silva no dia das eleições era dirigido ao Augusto Santos Silva, você ia achar que tinha sido o Fernando Lima a meter lá essa notícia, só porque ele e o Cavaco já trabalharam juntos no Público?», questiona.
Afinal, o angariador de crianças para pedófilos no seio da Casa Pia não era o Bibi, mas sim o Bip-Bip. A revelação surge numa entrevista a publicar amanhã na revista Labores de Ana e, tal como a recente entrevista de Carlos Silvino, vem lançar dúvidas sobre a condenação de Carlos Cruz e dos restantes arguidos do processo Casa Pia.
Bip-Bip tramou Bibi [foto E. Calhau]
«Recolhi provas irrefutáveis de que o passaroco está envolvido. Trata-se de uma enorme confusão de identidades: embora parecesse que as vítimas estavam a identificar o Bibi, elas estavam na realidade a repetir o único som que ouviam quando o Papa-Léguas pegava nelas e as levava à Almirante Reis ou a Elvas: bip-bip! E por isso é que não havia testemunhas: o passaroco é bastante rápido e dissimulado, como todos sabemos», revela, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, a Bota Botilde, que escreveu a reportagem. Entre as alegadas evidências, estão declarações de Willy Coiote, conta a autora: «Como ele não fala, escreveu várias tabuletas em que acusa diretamente o Papa-Léguas... Infelizmente, não tenho nenhuma comigo porque, sempre que o coiote acabava de as escrever, caía-lhe um pedregulho em cima e elas ficavam todas partidas». Mas a Bota Botilde não tem dúvidas de que conseguirá provar a inocência dos condenados no julgamento do processo Casa Pia: «Mesmo sem as tabuletas, tenho diversas provas materiais que não deixam margem para dúvidas: chupa-chupas ACME, chocolates ACME, frascos de vaselina ACME...»
Além de ter co-apresentado o concurso, “1, 2, 3” com Carlos Cruz, a Bota Botilde escreveu, com uma sobrinha por afinidade de uma prima da França de um tio do apresentador, o livro “Carlos Cruz, Os Atacadores do Sofrimento”, mas recusa que tal facto possa indicar uma menor independência da reportagem em causa. «Se o Expresso escrevesse que o discurso de Cavaco Silva no dia das eleições era dirigido ao Augusto Santos Silva, você ia achar que tinha sido o Fernando Lima a meter lá essa notícia, só porque ele e o Cavaco já trabalharam juntos no Público?», questiona.
Bibi pergunta «Quem quer casar com a Carochinha?»
26 janeiro, 2011
Novas revelações no caso Casa Pia.
Depois de ter dado uma entrevista em que afirma que todos os arguidos do processo Casa Pia são inocentes e que foi drogado pela Polícia Judiciária, Carlos Silvino declarou hoje, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, que quer saber a resposta à pergunta «Quem quer, quem quer casar com a carochinha, que é muito rica, além de ser bonitinha?» Questionado sobre se esta era a segunda história da Carochinha que estava a contar nos últimos tempos, o antigo motorista da Casa Pia limitou-se a perguntar: «Não estou a ver... em que parte do papel que o senhor Tomás me deu é que está a resposta a essa?»
Bibi, como é conhecido, revelou ainda que «depois estava o peixinho, veio o gato e comeu-o... mas veio e o cão e o gato teve de se esconder». Quanto ao coelhinho, Bibi garante que não só nunca o levou a nenhuma casa em Elvas, como tem a certeza de que «ele não foi nada com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo... isso são fantasias de Natal!»
A entrevista em que Bibi inocenta Carlos Cruz, Ferreira Diniz, Manuel Abrantes, Jorge Ritto e Hugo Marçal foi dada ao jornalista Carlos Tomás e será publicada amanhã na Focus. Quem adquirir esta edição da revista terá direito a 50% de desconto na compra do livro “Carlos Cruz, As Grades do Sofrimento”, escrito pelo mesmo jornalista e pela ex-mulher do apresentador, Marluce. Não que uma coisa tenha a ver com a outra, seria necessário ter uma mente muito distorcida para associar os dois factos.
Depois de ter dado uma entrevista em que afirma que todos os arguidos do processo Casa Pia são inocentes e que foi drogado pela Polícia Judiciária, Carlos Silvino declarou hoje, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, que quer saber a resposta à pergunta «Quem quer, quem quer casar com a carochinha, que é muito rica, além de ser bonitinha?» Questionado sobre se esta era a segunda história da Carochinha que estava a contar nos últimos tempos, o antigo motorista da Casa Pia limitou-se a perguntar: «Não estou a ver... em que parte do papel que o senhor Tomás me deu é que está a resposta a essa?»
Bibi, como é conhecido, revelou ainda que «depois estava o peixinho, veio o gato e comeu-o... mas veio e o cão e o gato teve de se esconder». Quanto ao coelhinho, Bibi garante que não só nunca o levou a nenhuma casa em Elvas, como tem a certeza de que «ele não foi nada com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo... isso são fantasias de Natal!»
A entrevista em que Bibi inocenta Carlos Cruz, Ferreira Diniz, Manuel Abrantes, Jorge Ritto e Hugo Marçal foi dada ao jornalista Carlos Tomás e será publicada amanhã na Focus. Quem adquirir esta edição da revista terá direito a 50% de desconto na compra do livro “Carlos Cruz, As Grades do Sofrimento”, escrito pelo mesmo jornalista e pela ex-mulher do apresentador, Marluce. Não que uma coisa tenha a ver com a outra, seria necessário ter uma mente muito distorcida para associar os dois factos.
Habitantes do Oceanário divididos sobre a sentença do processo Casa Pia
03 setembro, 2010
Há quem fale em proteção ao peixe-graúdo e quem discorde.
No dia em que foi lida a sentença do longo processo Casa Pia, a confusão instalou-se muito perto do Campus de Justiça de Lisboa, com diversos animais do Oceanário a entrarem em conflito, dadas as diferentes opiniões sobre o desfecho deste caso. De acordo com os factos apurados em exclusivo pelo Jornal do Fundinho, os problemas tiveram como ponto principal o tanque central, depois de um sargo-bicudo ter comentado que esta foi «mais uma ocasião em que o peixe-graúdo se safou», uma frase que provocou uma reação violenta da parte das garoupas-gigantes e dos tubarões-touro.
A discussão alastrou depois a diversos habitats, acabando por se descontrolar definitivamente após uma troca de acusações entre um papagaio-do-mar («Já toda a gente sabe que nestas coisas quem se lixa é sempre o mexilhão») e uma dourada («Olha lá ó passarinho, eu não me meto com a tua comida, pois não?»). A confusão só acabou quando a lontra Amália entrou em cena, tirando vantagem do facto de exercer sobre os restantes animais do Oceanário o mesmo efeito que Amália Rodrigues exercia sobre os portugueses, bastando a sua presença para que todos parem o que estão a fazer e se levantem a bater palmas. Para resolver mais facilmente situações deste género que surjam no futuro, os responsáveis do aquário resolveram já chamar Eunice Muñoz a uma torda-mergulhadeira e Ruy de Carvalho a um pinguim saltador-da-rocha.
A decisão sobre o julgamento do processo Casa Pia foi hoje lida pelo coletivo de juízes que o conduziu. Seis arguidos foram condenados a cerca de 51 anos de prisão por 180 crimes de abuso sexual de menores e lenocínio, numa média de 3,5 anos por cada ânus. Muitas vítimas confessaram hoje a sua satisfação pelas condenações, mas sobretudo por amanhã ser fim de semana e não terem de se reencontrar com os colegas de trabalho que, como bons portugueses que são, ainda acham que eles é que são os culpados e um bando de rabetas.
No dia em que foi lida a sentença do longo processo Casa Pia, a confusão instalou-se muito perto do Campus de Justiça de Lisboa, com diversos animais do Oceanário a entrarem em conflito, dadas as diferentes opiniões sobre o desfecho deste caso. De acordo com os factos apurados em exclusivo pelo Jornal do Fundinho, os problemas tiveram como ponto principal o tanque central, depois de um sargo-bicudo ter comentado que esta foi «mais uma ocasião em que o peixe-graúdo se safou», uma frase que provocou uma reação violenta da parte das garoupas-gigantes e dos tubarões-touro.
A discussão alastrou depois a diversos habitats, acabando por se descontrolar definitivamente após uma troca de acusações entre um papagaio-do-mar («Já toda a gente sabe que nestas coisas quem se lixa é sempre o mexilhão») e uma dourada («Olha lá ó passarinho, eu não me meto com a tua comida, pois não?»). A confusão só acabou quando a lontra Amália entrou em cena, tirando vantagem do facto de exercer sobre os restantes animais do Oceanário o mesmo efeito que Amália Rodrigues exercia sobre os portugueses, bastando a sua presença para que todos parem o que estão a fazer e se levantem a bater palmas. Para resolver mais facilmente situações deste género que surjam no futuro, os responsáveis do aquário resolveram já chamar Eunice Muñoz a uma torda-mergulhadeira e Ruy de Carvalho a um pinguim saltador-da-rocha.
A decisão sobre o julgamento do processo Casa Pia foi hoje lida pelo coletivo de juízes que o conduziu. Seis arguidos foram condenados a cerca de 51 anos de prisão por 180 crimes de abuso sexual de menores e lenocínio, numa média de 3,5 anos por cada ânus. Muitas vítimas confessaram hoje a sua satisfação pelas condenações, mas sobretudo por amanhã ser fim de semana e não terem de se reencontrar com os colegas de trabalho que, como bons portugueses que são, ainda acham que eles é que são os culpados e um bando de rabetas.
Site de Carlos Cruz sobre Casa Pia vai oferecer Bota Botilde aos primeiros 100 utilizadores registados
28 maio, 2010
Ex-apresentador aposta na Internet para provar inocência. E na televisão. E nos jornais. E nos livros.
Carlos Cruz quebrou ontem o silêncio de ano e meio para falar do processo Casa Pia, numa entrevista de 40 minutos à TVI, em que anunciou que vai abrir um site onde colocará todo o processo. «Quero que as pessoas possam consultá-lo e ver se tenho ou não razão. E os primeiros 100 a registarem-se vão ganhar uma nova e magnífica Bota Botilde! E ainda... bem, não é mais nada, é mesmo só a porcaria da Bota. Ainda pensei em distribuir também uns chupas e uns rebuçaditos, mas o meu advogado explicou-me que isso podia dar uma ideia errada», revelou depois, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.
O ex-apresentador de televisão afirmou também que o site não vai ser a sua única incursão na Internet: «Não nos podemos esquecer do poder cada vez maior das redes sociais, por isso vou também criar perfis em algumas. Isso das redes sociais, é assim tipo aqueles sites em que temos de estar inscritos, mas em que usamos sempre um nome falso por causa da polícia, e em que trocamos fotos de terceiros com os nossos amigos, não é? Não? Então tenho de estudar o assunto um bocadinho melhor para perceber como se faz». Cruz explicou ainda que o recurso à Internet surge como forma de se defender do que denuncia como uma campanha pessoal contra si: «Tenho de me valer do que posso, porque estou numa posição muito isolada. Reparem que eu praticamente não tenho acesso à televisão, a não ser quando quero, praticamente não apareço em jornais ou revistas, a não ser quando me apetece, praticamente não tenho qualquer hipótese de editar um livro, a não ser quando o desejo». O ‘Sr. Televisão’ frisou, no entanto, não ser sua intenção pressionar o tribunal que o está a julgar, afirmando que «tal nunca me passaria pela cabeça, preferia antes que se chegassem ao pé de mim com um ferro em brasa e…»
Questionado sobre o que esperava da decisão do tribunal, que deverá ser conhecida a 9 de julho, o antigo apresentador manifestou-se preparado para tudo: «Este é um processo que esconde muitas verdades e muitas mentiras. Mas é gato escondido com rabo de fora. Olha que giro, rabo de fora, que era como estavam os miúdos quando... eh, nada, esqueçam o que eu disse». Carlos Cruz terminou as suas declarações da mesma forma que acabou a entrevista à TVI, com um jogo de associação direta de ideias a diversas pessoas: o ator Carlos Miguel ‘Fininho’ («Parecia um puto, e gostava dele por causa disso»), o Poupas («Gosta muito de brincar com crianças, temos isso em comum»), o pequeno Saul («Vi-o no outro dia, está enorme... já não tem tanta graça»), o Cláudio Ramos («Se, quando ele estava nas “Noites Marcianas”, me dissessem que um de nós ia ser envolvido num escândalo que envolvia sexo homossexual, não preciso de lhe dizer em quem é que eu apostava, pois não?») e o dirigente desportivo Gilberto Madaíl («Partilhei com ele um grande triunfo, mas os mais pequeninos nunca os partilhei com ninguém»).
Carlos Cruz quebrou ontem o silêncio de ano e meio para falar do processo Casa Pia, numa entrevista de 40 minutos à TVI, em que anunciou que vai abrir um site onde colocará todo o processo. «Quero que as pessoas possam consultá-lo e ver se tenho ou não razão. E os primeiros 100 a registarem-se vão ganhar uma nova e magnífica Bota Botilde! E ainda... bem, não é mais nada, é mesmo só a porcaria da Bota. Ainda pensei em distribuir também uns chupas e uns rebuçaditos, mas o meu advogado explicou-me que isso podia dar uma ideia errada», revelou depois, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.
Carlos Cruz prepara site sobre caso Casa Pia [foto E. Calhau]
O ex-apresentador de televisão afirmou também que o site não vai ser a sua única incursão na Internet: «Não nos podemos esquecer do poder cada vez maior das redes sociais, por isso vou também criar perfis em algumas. Isso das redes sociais, é assim tipo aqueles sites em que temos de estar inscritos, mas em que usamos sempre um nome falso por causa da polícia, e em que trocamos fotos de terceiros com os nossos amigos, não é? Não? Então tenho de estudar o assunto um bocadinho melhor para perceber como se faz». Cruz explicou ainda que o recurso à Internet surge como forma de se defender do que denuncia como uma campanha pessoal contra si: «Tenho de me valer do que posso, porque estou numa posição muito isolada. Reparem que eu praticamente não tenho acesso à televisão, a não ser quando quero, praticamente não apareço em jornais ou revistas, a não ser quando me apetece, praticamente não tenho qualquer hipótese de editar um livro, a não ser quando o desejo». O ‘Sr. Televisão’ frisou, no entanto, não ser sua intenção pressionar o tribunal que o está a julgar, afirmando que «tal nunca me passaria pela cabeça, preferia antes que se chegassem ao pé de mim com um ferro em brasa e…»
Questionado sobre o que esperava da decisão do tribunal, que deverá ser conhecida a 9 de julho, o antigo apresentador manifestou-se preparado para tudo: «Este é um processo que esconde muitas verdades e muitas mentiras. Mas é gato escondido com rabo de fora. Olha que giro, rabo de fora, que era como estavam os miúdos quando... eh, nada, esqueçam o que eu disse». Carlos Cruz terminou as suas declarações da mesma forma que acabou a entrevista à TVI, com um jogo de associação direta de ideias a diversas pessoas: o ator Carlos Miguel ‘Fininho’ («Parecia um puto, e gostava dele por causa disso»), o Poupas («Gosta muito de brincar com crianças, temos isso em comum»), o pequeno Saul («Vi-o no outro dia, está enorme... já não tem tanta graça»), o Cláudio Ramos («Se, quando ele estava nas “Noites Marcianas”, me dissessem que um de nós ia ser envolvido num escândalo que envolvia sexo homossexual, não preciso de lhe dizer em quem é que eu apostava, pois não?») e o dirigente desportivo Gilberto Madaíl («Partilhei com ele um grande triunfo, mas os mais pequeninos nunca os partilhei com ninguém»).
Netos das vítimas da Casa Pia pedem que sentença seja emitida em letra tamanho 18
12 janeiro, 2010
Familiares vivos receiam que processo só conheça o seu desfecho depois do fim do mundo em 2012.
Um grupo de netos das alegadas vítimas do processo Casa Pia entregou hoje um pedido no Tribunal Criminal de Lisboa para que o despacho de sentença deste julgamento possa ser produzido em Times New Roman tamanho 18. «Temos receio de não conseguir ler o documento, porque somos já todos pessoas com mais de 60 anos. Queremos poder saber o desfecho deste caso que dura há anos e anos, honrando a coragem dos nossos avós, que o denunciaram ainda antes de nós nascermos», afirmou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Bruno Vanderlei, nome fictício de Carlos Seabra, eletricista especializado na aplicação de eletrobombas e automatismos e morador no n.º 22 da Rua de Cima de Chelas, em Lisboa, e neto de Teotónio Amaral, vítima de abusos sexuais com identidade protegida desde 2003 sob o nome Valentim Machado e que denunciou o caso aos 22 anos, antes de morrer no ano passado com 77.
Os netos e bisnetos dos arguidos manifestaram entretanto a sua concordância com esta ação. Galocha Cruz, filha de um neto de Carlos Cruz e de uma bisneta da Bota Botilde, transmitiu-a mesmo pessoalmente aos netos das vítimas, enquanto lhes oferecia alguns rebuçados e chupa-chupas e lhes fazia festinhas na cabeça. Os familiares de ambas as partes convergiram ainda quanto à preocupação de que o processo não esteja concluído antes de 21 de dezembro de 2012, data que marcará o fim do mundo de acordo com o calendário maia. «Depois do fim do mundo não sei se vou conseguir vir a todas as audiências», lamentou Vanderlei.
A entrega do requerimento aconteceu hoje, no decurso da 2371.ª audiência integrante da 39.ª sessão do 68.º ciclo respeitante à 57.ª série da 271.ª ronda do julgamento do processo Casa Pia. Se tiver acolhimento, será a primeira vez na história da Justiça portuguesa em que um despacho judicial é transcrito num tamanho de letra tão grande, ultrapassando assim o despacho de arquivamento do caso dos hemofílicos que envolveu a ex-ministra Leonor Beleza, em que foi usado o tamanho 16 para que o documento pudesse ter mais páginas e parecesse uma coisa séria, disfarçando assim a forma atabalhoada e condenada ao fracasso como foi conduzida a acusação e o protecionismo habitual dado do poder judicial em relação ao poder político.
Um grupo de netos das alegadas vítimas do processo Casa Pia entregou hoje um pedido no Tribunal Criminal de Lisboa para que o despacho de sentença deste julgamento possa ser produzido em Times New Roman tamanho 18. «Temos receio de não conseguir ler o documento, porque somos já todos pessoas com mais de 60 anos. Queremos poder saber o desfecho deste caso que dura há anos e anos, honrando a coragem dos nossos avós, que o denunciaram ainda antes de nós nascermos», afirmou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Bruno Vanderlei, nome fictício de Carlos Seabra, eletricista especializado na aplicação de eletrobombas e automatismos e morador no n.º 22 da Rua de Cima de Chelas, em Lisboa, e neto de Teotónio Amaral, vítima de abusos sexuais com identidade protegida desde 2003 sob o nome Valentim Machado e que denunciou o caso aos 22 anos, antes de morrer no ano passado com 77.
Os netos e bisnetos dos arguidos manifestaram entretanto a sua concordância com esta ação. Galocha Cruz, filha de um neto de Carlos Cruz e de uma bisneta da Bota Botilde, transmitiu-a mesmo pessoalmente aos netos das vítimas, enquanto lhes oferecia alguns rebuçados e chupa-chupas e lhes fazia festinhas na cabeça. Os familiares de ambas as partes convergiram ainda quanto à preocupação de que o processo não esteja concluído antes de 21 de dezembro de 2012, data que marcará o fim do mundo de acordo com o calendário maia. «Depois do fim do mundo não sei se vou conseguir vir a todas as audiências», lamentou Vanderlei.
A entrega do requerimento aconteceu hoje, no decurso da 2371.ª audiência integrante da 39.ª sessão do 68.º ciclo respeitante à 57.ª série da 271.ª ronda do julgamento do processo Casa Pia. Se tiver acolhimento, será a primeira vez na história da Justiça portuguesa em que um despacho judicial é transcrito num tamanho de letra tão grande, ultrapassando assim o despacho de arquivamento do caso dos hemofílicos que envolveu a ex-ministra Leonor Beleza, em que foi usado o tamanho 16 para que o documento pudesse ter mais páginas e parecesse uma coisa séria, disfarçando assim a forma atabalhoada e condenada ao fracasso como foi conduzida a acusação e o protecionismo habitual dado do poder judicial em relação ao poder político.
Reviravolta no Processo Casa Pia: Ferreira Diniz confundido com o Pai Natal
25 dezembro, 2008
Testemunhas trazem novidades imprevistas ao mediático caso.
O Processo Casa Pia conheceu ontem um inesperado desenvolvimento, quando os quatro ex-alunos da instituição que acusavam Ferreira Diniz de abusos sexuais entregaram uma carta no Tribunal de Monsanto a ilibar o médico. «Os miúdos reconheceram que se tinham enganado e que quem tinha verdadeiramente abusado deles tinha sido o Pai Natal», revelou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, uma fonte anónima de nariz vermelho, quatro patas e hastes na cabeça.
Os acusadores explicam ainda na missiva, de acordo com a mesma fonte, como foi possível confundirem 'o médico do Ferrari' com o 'estafeta do trenó': «Eles na verdade nunca viram a viatura em que ele se deslocava, porque habitualmente estavam de costas, virados para a parede...» No documento entregue em tribunal, as alegadas vítimas dizem também que esta época natalícia tem sido traumatizante, pois vêem o seu abusador «em qualquer superfície comercial em que entrem, e sempre com crianças sentadas no seu colo».
Em consequência deste surpreendente volte-face, foi já emitido um mandato de captura para o Pai Natal, que se suspeita possa estar neste momento a circular incógnito na União Europeia usando o seu verdadeiro nome, São Nicolau. Até ao momento, foram já presos preventivamente 361 indivíduos que correspondiam à descrição, entre os quais o Major Valentim Loureiro, mas neste caso apenas para diversão dos agentes da Polícia Judiciária que realizaram a detenção.
A Coca-Cola, patrocinadora do Pai Natal, anunciou entretanto que retirou o apoio à conhecida personagem, esperando-se ainda que, nas próximas horas, Bento XVI emita um comunicado em que apresentará as desculpas públicas da Igreja Católica pelo envolvimento de mais um dos seus membros num caso de pedofilia.
Com a entrega dos presentes na noite de Natal em risco, e com o Menino Jesus a não querer levantar o rabinho das palhas onde está deitado e estendido há mais de 2000 anos, foi o juiz Rui Teixeira quem ontem desempenhou esse papel. «Não me custou nada, foi só vestir a minha t-shirt dos Pink Floyd, pôr um casaco vermelho e lá fui eu! Desde que me tiraram das mãos esta coisa da Casa Pia que andava a precisar de um entretém», afirmou o magistrado.
O Processo Casa Pia conheceu ontem um inesperado desenvolvimento, quando os quatro ex-alunos da instituição que acusavam Ferreira Diniz de abusos sexuais entregaram uma carta no Tribunal de Monsanto a ilibar o médico. «Os miúdos reconheceram que se tinham enganado e que quem tinha verdadeiramente abusado deles tinha sido o Pai Natal», revelou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, uma fonte anónima de nariz vermelho, quatro patas e hastes na cabeça.
Os acusadores explicam ainda na missiva, de acordo com a mesma fonte, como foi possível confundirem 'o médico do Ferrari' com o 'estafeta do trenó': «Eles na verdade nunca viram a viatura em que ele se deslocava, porque habitualmente estavam de costas, virados para a parede...» No documento entregue em tribunal, as alegadas vítimas dizem também que esta época natalícia tem sido traumatizante, pois vêem o seu abusador «em qualquer superfície comercial em que entrem, e sempre com crianças sentadas no seu colo».
Ferreira Diniz inexplicavelmente confundido com Pai Natal [foto E. Calhau]
Em consequência deste surpreendente volte-face, foi já emitido um mandato de captura para o Pai Natal, que se suspeita possa estar neste momento a circular incógnito na União Europeia usando o seu verdadeiro nome, São Nicolau. Até ao momento, foram já presos preventivamente 361 indivíduos que correspondiam à descrição, entre os quais o Major Valentim Loureiro, mas neste caso apenas para diversão dos agentes da Polícia Judiciária que realizaram a detenção.
A Coca-Cola, patrocinadora do Pai Natal, anunciou entretanto que retirou o apoio à conhecida personagem, esperando-se ainda que, nas próximas horas, Bento XVI emita um comunicado em que apresentará as desculpas públicas da Igreja Católica pelo envolvimento de mais um dos seus membros num caso de pedofilia.
Com a entrega dos presentes na noite de Natal em risco, e com o Menino Jesus a não querer levantar o rabinho das palhas onde está deitado e estendido há mais de 2000 anos, foi o juiz Rui Teixeira quem ontem desempenhou esse papel. «Não me custou nada, foi só vestir a minha t-shirt dos Pink Floyd, pôr um casaco vermelho e lá fui eu! Desde que me tiraram das mãos esta coisa da Casa Pia que andava a precisar de um entretém», afirmou o magistrado.
Processo Casa Pia perto do fim, mas arguidos defendem que o julgamento ainda é uma criança
24 novembro, 2008
Procurador do Ministério Público foi a figura do dia, mas arguidos também se fizeram notar.
Tiveram hoje início as alegações finais do processo de pedofilia da Casa Pia, mas apesar de o mesmo já durar há mais de cinco anos, há quem considere que não passou tempo demais. «Cinco aninhos? Ui, ainda tem pelo menos mais outros cinco pela frente até ficar no ponto», comentou o apresentador de televisão Carlos Cruz, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, antes de começar a chorar. Também Manuel Abrantes, antigo provedor da instituição, fez questão de esclarecer que, por ele, o processo teria demorado ainda mais tempo: «Recordei tantas boas lembranças nestes longos meses que durou o julgamento... Bons tempos, os que passei na Casa Pia, bons tempos. Hoje em dia, todos os meus parceiros sexuais têm barba».
Esta fase processual arrancou com a intervenção do procurador do Ministério Público João Aibéo, que discorreu longamente sobre a sua convicção da culpa dos arguidos, considerando-se o sujeito processual que lidou com mais factos. Esta afirmação motivou um dos momentos de maior agitação da manhã, com o ex-embaixador Jorge Ritto a pedir que lhe trocassem aquela frase «por miúdos». O antigo motorista Carlos Silvino ofereceu-se para o fazer, «como no antigamente», mas foi mandado calar pelo advogado Hugo Marçal. Outro episódio de particular tensão ocorreu quando a proprietária da famosa casa de Elvas, Gertrudes Marçal, se queixou de que a burca que usa há cerca de cinco anos não a deixava «ver puto».
Nas alegações apresentadas por Aibéo, foi destacado o depoimento do pedopsiquiatra Pedro Strecht, recordado pelo procurador como «uma pessoa que deu a cara», frase que provocou um evidente burburinho no banco dos arguidos, que sorriram e trocaram entre si várias frases em voz baixa, tornando impossível para a assistência perceber algo mais do que as palavras dar e cu.
João Aibéo terminou a sua intervenção lembrando que, com o arranque deste período decisivo para o desfecho do processo Casa Pia, é provável que venham a suceder-se posts diversos num elevado número de blogues sobre o caso, mas que dificilmente algum terá tantas referências subtis e parvas a pedofilia quanto este.
Tiveram hoje início as alegações finais do processo de pedofilia da Casa Pia, mas apesar de o mesmo já durar há mais de cinco anos, há quem considere que não passou tempo demais. «Cinco aninhos? Ui, ainda tem pelo menos mais outros cinco pela frente até ficar no ponto», comentou o apresentador de televisão Carlos Cruz, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, antes de começar a chorar. Também Manuel Abrantes, antigo provedor da instituição, fez questão de esclarecer que, por ele, o processo teria demorado ainda mais tempo: «Recordei tantas boas lembranças nestes longos meses que durou o julgamento... Bons tempos, os que passei na Casa Pia, bons tempos. Hoje em dia, todos os meus parceiros sexuais têm barba».
Esta fase processual arrancou com a intervenção do procurador do Ministério Público João Aibéo, que discorreu longamente sobre a sua convicção da culpa dos arguidos, considerando-se o sujeito processual que lidou com mais factos. Esta afirmação motivou um dos momentos de maior agitação da manhã, com o ex-embaixador Jorge Ritto a pedir que lhe trocassem aquela frase «por miúdos». O antigo motorista Carlos Silvino ofereceu-se para o fazer, «como no antigamente», mas foi mandado calar pelo advogado Hugo Marçal. Outro episódio de particular tensão ocorreu quando a proprietária da famosa casa de Elvas, Gertrudes Marçal, se queixou de que a burca que usa há cerca de cinco anos não a deixava «ver puto».
Nas alegações apresentadas por Aibéo, foi destacado o depoimento do pedopsiquiatra Pedro Strecht, recordado pelo procurador como «uma pessoa que deu a cara», frase que provocou um evidente burburinho no banco dos arguidos, que sorriram e trocaram entre si várias frases em voz baixa, tornando impossível para a assistência perceber algo mais do que as palavras dar e cu.
João Aibéo terminou a sua intervenção lembrando que, com o arranque deste período decisivo para o desfecho do processo Casa Pia, é provável que venham a suceder-se posts diversos num elevado número de blogues sobre o caso, mas que dificilmente algum terá tantas referências subtis e parvas a pedofilia quanto este.
Morgado investiga ligação entre casos Apito Dourado e Casa Pia
15 junho, 2007
Escutas podem envolver presidente do Sporting em rede de tráfico de crianças.
A Procuradora-Geral Adjunta Maria José Morgado está a analisar diversas escutas telefónicas, realizadas recentemente no âmbito do Processo Apito Dourado, que sugerem uma ligação entre este caso e o denominado Processo Casa Pia.
Filipe Soares Franco é um dos nomes sob investigação, uma vez que existem diversas conversas suspeitas envolvendo o presidente sportinguista. Numa das escutas, a que o Jornal do Fundinho teve acesso em exclusivo, Soares Franco surge a dizer «Vejam lá quanto é que os ingleses querem pelo miúdo, mas aviso já que não é barato», após o que o seu interlocutor - um homem não identificado - afirma «Putos como aquele temos aos cabazes cá em casa».
Algumas das chamadas interceptadas sugerem mesmo que estaremos na presença de uma rede de tráfico de menores especializada em tendências fetichistas, uma vez que são por várias vezes usadas expressões como «belos pés».
A Procuradora-Geral Adjunta Maria José Morgado está a analisar diversas escutas telefónicas, realizadas recentemente no âmbito do Processo Apito Dourado, que sugerem uma ligação entre este caso e o denominado Processo Casa Pia.
Filipe Soares Franco é um dos nomes sob investigação, uma vez que existem diversas conversas suspeitas envolvendo o presidente sportinguista. Numa das escutas, a que o Jornal do Fundinho teve acesso em exclusivo, Soares Franco surge a dizer «Vejam lá quanto é que os ingleses querem pelo miúdo, mas aviso já que não é barato», após o que o seu interlocutor - um homem não identificado - afirma «Putos como aquele temos aos cabazes cá em casa».
Algumas das chamadas interceptadas sugerem mesmo que estaremos na presença de uma rede de tráfico de menores especializada em tendências fetichistas, uma vez que são por várias vezes usadas expressões como «belos pés».