Enfim, a fama. Só fica faltando a fortuna...

Lembro vagamente, logo que me mudei para cá, de alguém ter comentado sobre um programa de rádio narrado em português. Como já faz sete anos e aquele alemão Al vive a me perseguir (o Alzheimer), nem registrei o fato.

Semana passada encontrei uma conterrânea do Quadradinho numa festa de aniversário e ela comentou que é jornalista e faz umas matérias para a rádio. Não, eu não me ofereci para ser entrevistada, tá ? Ela disse que costuma entrevistar brasileiros com casos "interessantes" e, já que não conhecia nenhuma outra enfermeira brazuca em Vancouver, perguntou se eu topava falar (eu já gosto POUCO de falar, então...).

O resultado, com uma voz esganiçada que muda de tom e de ritmo a cada fração de segundos, pode ser conferido na Radio Canada International , basta clicar em "português" e na matéria mais recente.

Quando ouvi, fiquei decepcionada. Sempre achei que eu daria uma boa jornalista, caso quisesse mudar de profissão, mas com aquela voz, sem chance. Nem se eu fosse irmã gêmea da Fátima Bernardes !

Agora vou ficar esperando as próximas, quem sabe ela entrevista alguma brasileira que faça escova progressiva por aqui e aí eu aproveito e levo o Pacotinho de Cachos Rebeldes (tão rebeldes que deram para ficar dourados sob o sol e aí como é que eu me explico ? Tentei dizer que o vizinho é sueco, mas não colou. O Marido Gringo já disse que só mora chinês por perto, então o mistério do Pacotinho de Madeixas Aloiradas permanece).

Seis Meses !

Hoje faz seis meses que comecei a escrever minhas bobagens no blog. Graças a um amigo querido que já voltou para Brasília, que "abriu" a conta para mim e me ensinou o básico. Sempre gostei de escrever cartas, depois e-mails para amigos distantes, contando as aventuras e ironias da vida. Quando eu morava em São Luís (MA), já escrevia meia dúzia de cartas por semana, descrevendo o assassinato encomendado (por mim) da perereca que apareceu na minha cozinha, o incêndio lá em casa (nunca antes ou depois ri tanto na vida), a caótica visita da Xuxa ao hospital, minha relação de pânico e ódio com insetos, répteis e anfíbios maranhenses e por aí vai. Os amigos acabavam repassando os e-mails para frente, então era mais fácil colocar tudo num mesmo lugar, onde todos eles pudessem ler.

Nunca pensei que pessoas do Uruguai, de Portugal, de Angola fossem me encontrar. Não conheço ninguém que more por lá ! Agora "conheço" virtualmente a Simone da Suíça, que aprecia minhas besteiras. Não sou uma pessoa curiosa, mas quem será que lê o Crônicas do Iglu na Suécia ou na França ?

O mundo dos blogs me levou a conhecer alguns que já elegi como favoritos: Drops da Fal, Megeras Magérrimas, Cozinha da Gi, Odisséia Literária... Além de alguns blogs de brasileiros exilados em terras geladas, como eu (Queila e Wellington, por exemplo). Bem que eu tentei colocar os links aqui, mas eles devem estar em greve e decidiram não aparecer.

Quem sabe um dia vou sair um pouco da minha ignorância cibernética e aprender a colocar fotos, templates personalizados, links organizados... O Marido Analista de Sistemas aqui em casa não faz milagres.