13 novembro 2008

torta de couve de bruxelas

 

Terças e quintas tem feira no centro da cidade. Na quinta ao passar numa banca vi um saco com couve-de-bruxelas orgânicas. Comprei e fiquei pensando no que fazer com elas.

Algumas eu limpei, cortei e coloquei nas verduras de Clara. Outras eu refoguei com alho e cebola para comer com bifes. E mesmo assim restavam muitas na geladeira.

Descongelei uma massa de empada. Forrei uma forma de quiche, assei por 10 minutos e reservei.

Entrementes lavei, limpei e cortei os repolhinhos ao meio. Descasquei e piquei alho e cebola. Juntei um bom pedaço de gengibre fresco, descascado e picado miudinho. Refoguei tudo em azeite por 3 minutos. Temperei com sal e pimenta do reino. Juntei 500 ml de caldo de verdura e vinho branco (50-50), deixei ferver por 5 minutos. Retirei os repolhinhos e deixei ferver um pouco mais. Depois coloquei 1 colher de sobremesa de amido além de 100 g de parmesão, fazendo um molho espesso.

Misturei tudo, acertei o sal e a pimenta, coloquei sobre a massa de quiche, polvilhei com um pouco mais de queijo e assei por uns 15 minutos a 180°C.
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Sobrou um pouco de massa, por isso eu fiz uma porção única numa forma de silicone de Clara (viu tia Sandra, já está sendo usada!).
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Clara não come os repolhinhos. Mas eu cozinho com outras coisas, que é para ela acostumar-se com o sabor. Ela acha bonitinho, coloca na boca e tira.
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Minha filha é nordestina mesmo. Ela gosta de mingau (tin-gau) de tapioca com leite de côco. Eu sempre misturo tapioca com aveia, germe de aveia, milho ou trigo integral e uso rapadura ou similar para adoçar.

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Novas palavras: tá quente (pegou no aquecedor e disse isso ontem!), me-ni-na, a-bi-ão subiu, ca-ssa (casa), um-ni-no (menino), quer peito (isso ela fala bem claro!), papai ta-a-lha (trabalhar), tá suzu (sujo), bumbum, tarro (carro), tuco (suco), pra-to
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11 novembro 2008

dentes estranhos

Quando nós chegamos na terrinha, Clara estava com a boca toda inchada e com quatro dentes tentando surgir. Ela ficou sem comer e meio enjoada.

Passou uma semana praticamente no peito. Todo mundo se preocupando, pois a menina nada comia, além do leite materno. E eu sumindo cada dia mais.

Daí depois de uma semana, nós fomos ao restaurante A Porteira. Na área de espera eles colocam pinga, torresmo e tripa frita para quem quiser se servir.

Minha cunhada chegou com um pedacinho de tripa e Clara logo pegou.

 

Eu deixei e ainda brinquei: isso é duro, vai rasgar o dente dela numa boa.

Enquanto nós comíamos queijo de coalho com melaço e paçoca, para depois nos deliciarmos com uma boa picanha.
 
 

Ela brincava com a prima. E comia tripa frita.

 

No outro dia os dois superiores sairam. Os outros dois que estavam aparente, sumiram.

E desde então eu creio que jabá é realmente uma ótima opção de mordedor natural.

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p.s.: a mesa é da sogra. o jantar foi lá. mas eu também sei caprichar.

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10 novembro 2008

comida de inverno

Existe uma coisa que se come muito aqui no inverno - pelo menos na minha família come-se! - e este foi o primeiro do ano de 2008.

Espero os próximos tradicionais gansos, para comer com repolho roxo, knödel, grünkohl e muito molho.



Minha sogra faz assim e eu também já fiz assim:

Você compra um ganso (congelado, polonês, pode ser do Aldi que é bom), descongela, retira os miúdos de dentro dele, corta um pouco da gordura, limpa a ave direitinho, corta as asas e o pescocinho do bicho e daí é só temperar por dentro com sal, pimenta do reino e artemísia seca, pode ser em pó. Quando você achar que já colocou bastante artemísia, você coloca um pouco mais. Depois disto você enfia umas duas maçãs e uma cebola cortada em 4 partes dentro do ganso, fecha com um palito, põe o ganso com o peito para baixo num refratário, junta mais ou menos 1 litro de água, tampa e põe no forno (180°C) por 1 hora.

Depois de 1 hora você destampa o refratário e retira parte do líquido, deixando mais ou menos uns 2 cm de líquido dentro do refratário. Deixe o ganso por mais 1 hora no forno, agora sem a tampa e regando-o de vez em quando com o líquido de dentro do refratário.

O líquido que você retirar, você resfria rapidamente para separar a gordura (que não será usada!). Com este líquido pode-se fazer um molho, basta reduzir e temperar direito.

Depois de uma hora você vira o bicho e deixa-o por mais 1 hora no forno que é para assar agora o peito e deixá-lo com a pele bem crocante.

O fígado você pode fritar e servir com uma salada de rúcula ou maché como entrada. Ou comer no outro dia. Ou até mesmo deixar congelado e juntar uns dois ou três para fazer uma "terrine de fois".

Bom apetite.