ESTRANHA
Dizem os indígenas que, com todas estas maquinetas, nos roubam a alma. Talvez seja por isso que eu desapareci, já que foi roubada a minha alma. E o meu corpo? Ficou preso neste retrato a preto e branco. Vejam as minhas vestes pretas e pesadas. Estes olhos grandes, igualmente negros, numa cara estranha, fora de moda, com a pele muito branca. O que seguro nas mãos? Para quem olho? Como me chamo? Ai, que vontade, como eu gostava que tudo fosse diferente, fosse eu a olhar para este retrato e, sobre ele, escrevesse a minha história de fantasmas. POEMA DE MINHA AUTORIA DIREITOS DE AUTOR RESERVADOS IMAGEM DA NET