ESTRANHA
Dizem os indígenas
que, com todas estas maquinetas,
nos roubam a alma.
Talvez seja por isso que eu desapareci,
já que foi roubada a minha alma.
E o meu corpo?
Ficou preso
neste retrato a preto e branco.
Vejam as minhas vestes pretas e pesadas.
Estes olhos grandes, igualmente negros,
numa cara estranha, fora de moda,
com a pele muito branca.
O que seguro nas mãos?
Para quem olho?
Como me chamo?
Ai, que vontade,
como eu gostava que tudo fosse diferente,
fosse eu a olhar para este retrato e,
sobre ele,
escrevesse a minha história de fantasmas.
POEMA DE MINHA AUTORIA
DIREITOS DE AUTOR RESERVADOS
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Comentários
Marta, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Emília
Um poema entre o preto e branco da vida...o corpo e a alma do ser...adorei e deixo um beijinho com carinho.
Sonhadora
http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt/
E não o que vai aí ficar,obrigada
Carla Granja