SAUDADE
Desaparecido Sempre que leio nos jornais: «De casa de seus pais desapar’ceu...» Embora sejam outros os sinais, Suponho sempre que sou eu. Eu, verdadeiramente jovem, Que por caminhos meus e naturais, Do meu veleiro, que ora os outros movem, Pudesse ser o próprio arrais. Eu, que tentasse errado norte; Vencido, embora, por contrário vento, Mas desprezasse, consciente e forte, O porto do arrependimento. Eu, que pudesse, enfim, ser eu! - Livre o instinto, em vez de coagido. «De casa de seus pais desapar’ceu...» Eu, o feliz desaparecido! Carlos Queirós O meu comentário??? Por vezes, temos essa vontade.... Desaparecer... Recomeçar noutro lugar.... Noutro mundo..... Partilhar outras ideias, outras verdades.... Não muda o Vento.... As histórias ficam sempre gravadas na memória... E há sempre a Saudade... Nunca desaparece................