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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 28












WALDEMAR MOTA - Goleador Nº 28

Apontou 58 golos nos 76 jogos, em provas oficiais de carácter nacional, disputados durante as 12 épocas ao serviço do FC Porto (1926/27 a 1937/38).

Waldemar Mota da Fonseca nasceu no dia 18 de Março de 1906, na cidade do Porto. Portuense e portista de gema, vivia muito perto do Campo da Constituição e desde muito novo frequentou as escolas de formação do FC Porto, percorrendo todos os escalões.

A sua estreia como titular da equipa sénior do FC Porto foi apadrinhada pelo treinador húngaro Akos Teszler e aconteceu no dia 10 de Outubro de 1926, no Campo da Constituição, frente ao Salgueiros, jogo da 1ª jornada do Campeonato Regional do Porto, com vitória portista por 2-1.























O calendário competitivo da altura era muito limitado e apenas constituído pelo Campeonato Regional, do qual saía o campeão para disputar a prova nacional, o Campeonato de Portugal (prova precursora da Taça de Portugal), que se disputou até à temporada de 1937/38. Nesta provas regional, Waldemar Mota foi ainda mais eficaz na obtenção de golos pois, em 86 jogos apontou 119 golos.

Médio ofensivo, várias vezes utilizado como extremo, era um atleta dotado de técnica luminosa a que juntava voluntariedade, nervos de aço e remate temível. Foi um dos primeiros grandes símbolos do Clube, considerado ainda hoje um dos melhores futebolistas de sempre.

Formou com Pinga e Acácio Mesquita o famoso tridente ofensivo conhecido como «OS TRÊS DIABOS DO MEIO-DIA».



















Este goleador portista conseguiu igualmente um número notável de internacionalizações: 21! Feito tanto maior tendo em conta a escassez de jogos internacionais por essa altura. Foi o primeiro jogador Olímpico do FC Porto, no Amesterdão/1928, autor de um dos sete golos que alicerçaram a primeira grande presença do futebol nacional no estrangeiro. Foi também o primeiro capitão portista da selecção nacional. Na sua passagem pela equipa das quinas deixou a sua marca com a obtenção de 4 golos, 3 dos quais frente à Itália, na histórica vitória portuguesa por 4-1.

Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):
1 Campeonato da I Liga (1934/35)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; FC Porto - Figuras e Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; História Oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; European Football.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 20)

Hoje dou início a esta nova rubrica semanal, por sugestão do amigo Armando Pinto, do blog Lôngara - Actividade literária, que eu achei do maior interesse para complementar a recheada história do FC Porto.


O FC Porto é de há muito, um fornecedor de matéria-prima da melhor qualidade, para abastecer as selecções nacionais. Pena que alguns seleccionadores nem sempre tenham olhado, com olhos de ver, para apreciar e aproveitar os dotes técnicos de alguns predestinados que vestiram de azul e branco.


Ainda assim, são muitos os que por lá passaram e continuam a passar, espalhando o perfume do seu futebol.

A primeira vez que uma representação nacional de futebol entrou em campo com a camisola das quinas, aconteceu em 18 de Dezembro de 1921. Ricardo Ornellas foi um dos principais responsáveis pelo seu aparecimento.

A selecção portuguesa de futebol defrontou, em Madrid, a sua congénere espanhola e perdeu por 3-1. Desta equipa fez parte o portista Artur Augusto, um jogador de enorme capacidade técnica e invulgar capacidade de adaptação a qualquer lugar, dentro da equipa. Foi o percursor dos jogadores polivalentes e, durante a sua carreira, ocupou vários lugares, sempre com igual eficácia. Neste jogo ocupou o lugar de interior-direito, mas no Clube jogou a extremo-esquerdo, interior-esquerdo e mesmo a defesa-esquerdo.























O segundo internacional portista foi Balbino, numa equipa nacional constituída basicamente por jogadores de clubes de Lisboa, tal como as duas formações anteriores. 

José Balbino foi um bom interior-direito, várias vezes utilizado ao centro e à esquerda do ataque portista. Era um jogador robusto e ágil, apesar da sua baixa estatura. Era um dominador da bola por excelência, do melhor que terá passado pelo FC Porto e pelo futebol nacional. Pelos Dragões venceu o Campeonato de Portugal em 1921/22 e 1924/25.Na selecção foi apenas utilizado num jogo.




















O FC Porto precisou de esperar pelo 12º jogo da Selecção Nacional para ter o terceiro jogador internacional. Waldemar Mota, considerado um dos melhores futebolistas de sempre.O goleador portista conseguiu um número notável de internacionalizações: 21! Feito tanto maior tendo em conta a escassez de jogos internacionais por essa altura. Foi o primeiro jogador olímpico do FC Porto e também o primeiro capitão portista, da Selecção Nacional. Marcou quatro golos nos 21 jogos.























O quarto internacional portista foi o defesa-central Pedro Themudo, atleta de elevada estatura (perto de dois metros), revelou-se um atleta de eleição, numa carreira longa em que esteve sempre entre os campeões da época pioneira. Foi campeão de Portugal em 1924/25 e 1931/32. Os seleccionadores só o chamaram por uma vez!












Agradecimento especial ao amigo Armando Pinto pela amável partilha da imagem do Pedro Themudo.
(Continua)


Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa e FC Porto -Figuras & Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias