Mariano Gonzalez - Internacional E40: Envergou a camisola da Selecção nacional da Argentina em 9 ocasiões ( 8 pelo Racing Clube e 1 pelo FC Porto). A sua estreia na Selecção principal do seu país aconteceu em 31 de Janeiro de 2003, em San Pedro Sula, no jogo amigável entre as Honduras e a Argentina, com resultado favorável aos argentinos por 3-1.
Enquanto atleta do FC Porto, voltaria a vestir a camisola alviceleste, para concretizar a sua 9ª e última internacionalização, em 20 de Agosto de 2008, em Minsk, no jogo amigável entre a Bielorrússia e a Argentina, que terminou com uma igualdade, sem golos.
Mariano tinha feito parte da Selecção argentina que participou nas Olimpíadas de Atenas de 2004, onde ganhou a medalha de ouro. Na Selecção principal esteve na fase final da Copa América de 2004.
Natural de Tandil, cidade argentina da província de Buenos Aires, começou a sua carreira no Racing Club de Avellaneda, clube que o lançou na I Divisão do futebol argentino, aos 21 anos de idade, disputando 64 partidas, com a obtenção de 14 golos.
Considerado uma promessa do país das pampas, partiu para Itália, em Julho de 2004 para representar o US Palermo, da Série A, onde jogou regularmente durante a primeira época. A segunda temporada não lhe correu tão bem, começando a perder espaço no plantel. Foi por isso emprestado ao Inter de Milão (2006/07), não tendo conseguido fixar-se na equipa principal, onde predominavam Stankovic e Luís Figo.
Jovem jogador de selecção, rápido, boa técnica e rigoroso tacticamente, o FC Porto viu nele um futuro promissor, conseguindo-o por empréstimo, com opção de compra, em Julho de 2007.
Estreou-se oficialmente de dragão ao peito em 12 de Agosto de 2007, em Leiria, em jogo da final da Supertaça Cândido de Oliveira, que o FC Porto viria a perder para o Sporting, por 1-0. Mariano começou no banco, entrando aos 77 minutos, rendendo Raúl Meireles, numa tentativa de reverter o resultado que já era desfavorável.
Na sua primeira época teve um rendimento razoável, participando em 35 jogos (21 CN, 6 TP, 1 TL, 1 ST e 6 CE), apontando 2 golos. No final da época o FC Porto accionou a cláusula de opção, comprando o seu passe ao Palermo.
As épocas seguintes não foram, no entanto, nada fáceis para este internacional argentino. Jogador de enorme fragilidade anímica, era facilmente permeável ao ambiente pesado e algumas vezes hostil, impostos por uma parte da massa adepta, tornando-o num «mal amado» ou «patinho feio». A verdade é que Mariano Gonzalez produzia exibições de uma enorme inconstância. No mesmo jogo, era capaz de criar lances verdadeiramente fantásticos como logo a seguir cair na mediocridade, provocando o desespero ao mais calmo dos adeptos.
A sua entrega ao jogo, o seu espírito de sacrifício, a sua solidariedade e o seu rigor técnico, conquistaram a admiração e a aposta do treinador Jesualdo Ferreira, que nunca se conformou com a forma com que os adeptos o «mimavam». Deu-lhe por isso muitas mais oportunidades do que a outros que nunca conseguiram impor-se.
Em 2008/09 participou em 40 jogos (24 CN, 6 TP, 3 TL e 7 CE); Em 2009/10 participou em 32 jogos (18 CN, 4 TP, 4 TL, 1 ST e 5 CE) e em 2010/11, com André Villas-Boas no comando técnico da equipa, participou apenas em 14 jogos (10 CN, 2 TP e 2 TL), completando ao serviço do FC Porto 121 jogos e 11 golos.
Livre de compromissos e sem espaço no plantel, Mariano assinou pelo Estudiantes de La Plata, regressando à Argentina mas levando no coração o amor assumido pelo FC Porto.
Palmarés ao serviço do FC Porto:
2 Campeonatos nacionais (2008/09 e 2010/11)
3 Taças de Portugal (2008/09, 2009/10 e 2010/11)
2 Supertaças Cândido de Oliveira (2008/09 e 2009/10)