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terça-feira, 16 de abril de 2013

Amélie


Já viu uma jornalista tímida? Prazer, sou eu. Um dos mais belos exemplares da espécie. Meu nome é Mariana, mas pode me chamar de Amélie. Amélie Poulain. Escolhi ser jornalista porque gosto de observar pessoas, seus movimentos, a cidade. Mas não curto falar, me aproximar demais, interagir, fazer perguntas. Ok, eu sei que você vai dizer que jornalista tímido deveria nascer morto, mas eu prefiro o meu mundo seguro.

Meu mundo seguro é o meu blog. É nele que eu falo das minhas observações. Das pessoas, seus movimentos, da cidade. Ou melhor, não falo, escrevo. É minha conexão com o tal mundo externo. As pessoas me leem e, vez ou outra, deixam lá um comentário. Sei que minhas palavras podem ajudar as pessoas. E eu gosto de ajudar as pessoas.

A proposta da minha amiga me deixa, claro, preocupada. Ou melhor, me deixa desesperada. Repórter? Sei. Fazer perguntas? Sei. Olhos nos olhos do entrevistado? Sei. Logo agora que eu estou quase curada das minhas crises de pânico, ela me vem com essa. É lógico que ela sabe que eu estou precisando de grana. Salário razoável? Sei.

Ser repórter de verdade é um puta desafio para mim. Lembra o dia em que tive de ler um poema em voz alta. Acho que na 5ª série. Além de escrever, agora vou ter que falar. Posso pular esta segunda parte? Não, não posso.

Uma coletiva de imprensa. Melhor que a estreia seja assim, porque vai ter um monte de gente na sala e eu posso só ouvir e sumir sem ser notada. Só três pessoas? Coletiva com só três repórteres? Pausa para a taquicardia. Exercícios de respiração. Quero meu mundo de volta! Pedem para eu começar e eu... (mais exercícios de respiração) pergunto! E o cara responde. E eu faço uma segunda pergunta e essa coisa de estabelecer diálogo com um estranho me deixa eufórica. Lembrou meu primeiro selinho. Na 7ª série. Ou 8ª, sei lá.

Um repórter mais velho disse certa vez que dor de barriga faz parte do ofício. Que ansiedade é coisa boa de viver. Que até o povo experiente passa por isso. Ok, eu tô curtindo conhecer o mundo real, mas confesso que tinha orgulho de ser tímida. Ou melhor, tinha um puta orgulho. Um dos mais belos exemplares da espécie.


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quinta-feira, 7 de março de 2013

O amor nos tempos da pauta


Ele dá uma cantada tão criativa quanto os seus textos: você vem sempre em coletiva?
Ela mexe no cabelo para chamar a atenção dele. Nem vê o fone de ouvido sair voando.

Ele faz a barba, compra uma segunda calça, lava enfim o All Star.
Ela começa a usar o perfume francês que ganhou de jabá.

Ele finge que não entende uma resposta do entrevistado só para perguntar a ela.
Ela faz que perde a caneta só para pegar uma emprestada dele.

Ele acha linda a caligrafia dela, mesmo sem entender uma palavra escrita no bloquinho.
Ela suspira toda vez que ele diz “um, dois, três, gravando”.

Ele anota para ela seu e-mail. Vai que ela precisa escrever um frila a quatro mãos.
Ela anota para ele seu celular. Vai que ele tem uma dúvida de Português no sábado à noite.

Ele divide com ela o último croissant do coffee break. Uma mordidinha dele aqui, uma mordidinha dela ali.
Eles esquecem o deadline.

Ele arranca o microfone da mão do assessor na coletiva e faz uma declaração de amor para ela.
Ela atualiza o perfil no Face. Em um relacionamento sério. Se é que relacionamento entre jornalistas pode ser algo, assim, sério.


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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Blog Desilusões perdidas sob ameaça de censura


Em novo atentado à liberdade de expressão, o blog Desilusões perdidas corre o risco de ser tirado do ar. A razão: uma ação impetrada na Justiça pelo Sindicato Nacional das Coletivas de Imprensa (Sindicolim). A entidade considerou ofensiva a frase “coletiva de imprensa é uma grande suruba”, publicada pelo blog em post do último dia 17 de outubro. “O senhor Duda Rangel, que se diz jornalista, ultrapassa os limites da ética e do bom gosto, e faz ofensa despropositada à coletiva de imprensa. É este o dito humor inteligente do Brasil?”, protestou o sindicato em nota.

A ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, intrometeu-se no assunto e também divulgou uma nota, de apoio ao sindicato. “Repudiamos com veemência o caráter sexista do post. A coletiva, enquanto palavra feminina, é associada à libertinagem, à prática orgiástica. O senhor Duda faria a mesma associação caso fosse um substantivo masculino? Por que não o ‘fechamento é uma grande suruba’? ou ‘o plantão é uma grande suruba’?”

Ressalto que não é a primeira vez que tentam calar o Desilusões perdidas. No fim de 2010, uma ONG de defesa do filé mignon ao molho madeira ameaçou levar o blog aos tribunais, alegando que o prato é “sistematicamente ridicularizado nos posts, sempre ligado à boca-livre dos jornalistas”. A ONG chegou a falar em “bullying gastronômico”. A estratégia intimidadora não avançou.

Este ano, outro post foi motivo de repúdio de uma entidade civil, mas a tentativa de ferir a livre expressão também fracassou. No texto “Sete passos para um jornalista ambientalmente responsável”, de 11 de janeiro de 2011, a coluna do jornalista Diogo Mainardi foi comparada ao lixo que leva muito tempo para se decompor. O presidente da Associação Brasileira de Apoio ao Lixo que Leva Muito Tempo para se Decompor revoltou-se: “Tudo bem que a gente é lixo pesado, prejudica o planeta, mas ser comparado à coluna do Mainardi também já é um desrespeito”.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Coletiva de imprensa


Coletiva de imprensa tem credenciamento na porta da sala Esmeralda. Topázio. Rubi. Tem press kit montado às pressas. Tem recepcionista com cara de sono. Com cara de sapato apertado.

Coletiva tem microfone que não funciona, tem microfonia, tem entrevistado que fica com aquela porra de Alô, um, dois, três, testando, som, som. Testando.

Tem coletiva que é um fiasco. De crítica e público. Tem coletiva com transmissão ao vivo pela TV, corre-corre, gravadores amontoados na mesa, fios emaranhados no chão. Cinegrafistas se esforçando pra conviver em harmonia. Olha o meu tripé aí, pô.

Tem fotógrafo que conta piada sem graça enquanto a entrevista não começa. Tem o engraçadinho que grita Vai começar, vai começar só pra ver colega correndo desesperado. Tem assessor de imprensa pedindo silêncio uma, duas, três, cinco, dez vezes.

Coletiva tem repórter que demora meia hora pra fazer uma pergunta, divaga, fala da própria vida. Que faz três perguntas numa só. Que chega atrasado e faz pergunta que já foi feita. Que clama preferência porque está num link. Que sussura uma pergunta exclusiva no ouvido do entrevistado ao fim do evento.

Tem repórter que quer fazer a pergunta mais inteligente. Que ganha o dia se o entrevistado lhe diz Muito boa sua questão. Tem repórter que não abre a boca. Que dorme de boca aberta. Que baba. Tem repórter concentrado nos e-mails. No Sudoku.

Tem repórter que puxa o saco da entrevistada famosa, Dani querida pra cá, Carol linda pra lá. Tem repórter que pede autógrafo pra mãe. Pra tia. Pra rifar na redação.

Coletiva tem croissant frio, carpaccio de todo tipo. Suco de laranja de caixinha. Tem repórter que pega canapé com guardanapo pra bancar o fino. Tem quem pega com a mão mesmo. Tem pão de queijo malocado no bolso. Tem filé mignon ao molho madeira!

Tem assessor que pede um espaço bacana para o repórter. Tem repórter que pede um jabá bacana para o assessor.

Tem celular que toca quando deveria estar desligado. Entrevistado que derruba o microfone com a mão falante. Tem discussão, provocação. Tem assessor que diz Deu, né, gente? Só mais uma pra acabar, ok? Então, tem alvoroço entre a reportaiada. Braço erguido, indicador esticado. Aqui. Aqui. Voz que atropela voz.

Coletiva de imprensa é uma grande suruba.


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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Simpatias para jornalistas


Para o diploma voltar a valer:

Pegue o diploma que você tinha plastificado para usar como toalha em refeições rápidas. Junte a ele um baralho de truco virgem, um livro de Marshall McLuhan e pétalas de duas rosas amarelas. Guarde tudo em uma gaveta e feche com chave. Costure uma foto do doutor Gilmar Mendes na boca de um sapo e enterre o sapo no lixão mais nojento que conhecer. Se milhares de jornalistas fizerem a simpatia, há grande chance de a PEC do diploma ser votada no Senado.


Para fazer a puta matéria e ganhar um Prêmio Esso:

Está amarrado? Sua carreira não progride? Livre-se da preguiça que te impede de sair às ruas para fazer grandes reportagens. Em uma bacia, coloque três copos de água, pedaços limpos de papel do seu bloquinho de anotações e pétalas de quatro rosas brancas. Molhe uma toalha amarela na água e a passe por todo o corpo. O ritual de purificação liberta o repórter de energias negativas, como o Google e o ar-condicionado da redação.


Para filar um rango mais decente em coletivas:

Se você não suporta mais comer canapezinho ou filé ao molho madeira com arroz e batatas, prepare um carré de cordeiro com cuscuz marroquino, harmonize com um Bordeaux tinto e leve tudo a uma encruzilhada. Velas especiais dão um charme à oferenda. Infalível. Em poucos dias, vai chover boca-livre chique. E, para não pagar mico à mesa, faça um curso de etiqueta, mesmo porque ainda não inventaram simpatia com este objetivo.


Para casar com alguém de outra profissão:

É uma simpatia três em uma. Ao casar com um(a) não-jornalista, você também atrai mais dinheiro e um parceiro mais estável (emocionalmente, profissionalmente, sexualmente e outros advérbios de modo). Mas não se trata de uma simpatia fácil. Depende de muita reza, muita vela, muito mel e muito sacrifício para trocar os deliciosos bares de jornalista por baladas cheias de gente careta e com um papo chato do caralho.


Para arrumar um emprego:

Descole uma imagem pequena de Santo Antônio do Bom Emprego, aquela em que ele segura uma pastinha com seu portfólio de matérias publicadas. Coloque o santo de cabeça para baixo em um copo de água e retire a pastinha de suas mãos. Só livre o danado do afogamento e lhe devolva o portfólio quando conseguir o emprego. Se em uma semana você não for chamado nem para uma entrevista, esqueça simpatias e melhore sua rede de contatos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Angústias de um assessor de imprensa


Será que o pessoal vem pra coletiva, inclusive os jornalistas mais importantes? Uns já confirmaram presença, mas isso não quer dizer muita coisa. Porra, São Pedro, tanto dia pra chover! Justo hoje? O trânsito já deve estar um caos. Morro de ódio quando só aparece jornalista esfomeado, que só vem por causa do brunch. Aliás, preciso checar se está tudo certo com a comida. Este fornecedor vive me dando dor de cabeça. E o rapaz do som que não chega pra arrumar o problema com o microfone? É sempre assim: o microfone nunca funciona e o rapaz do som só conserta o problema em cima da hora. Será que o cliente vai estar de bom humor hoje? Será que não vai me encher com aquele papo de só responder perguntas sobre o serviço que estamos lançando, que não quer falar sobre os problemas técnicos e de atendimento? Mas jornalista, explico a ele, quer saber de tudo, principalmente das coisas ruins. Mas o cliente não entende, acha que temos controle absoluto da situação. A chuva está aumentando. E o press kit que ficou uma bosta? Devia ter pensado em um presentinho melhor. Com certeza os jornalistas acham que vão ganhar um celular de última geração. Vão odiar receber mais um pen drive. Eu falei pro cliente liberar mais dinheiro pro jabá, mas ele também não entende isso, não entende que jornalista gosta de jabá bom e não de pen drive. E o rapaz do som? Já estou começando a ficar nervoso. E o cliente? Falei pra ele vir mais cedo pra gente repassar o Q&A. Depois, fala um monte de merda e a culpa é do assessor. Ah, a comida! Tomara que o croissant não esteja duro e sem recheio. Meu Deus, e este trovão? A cidade já deve estar alagada! Será que até o meu cliente está com o carro boiando? A coletiva vai ser um fracasso! Já estou até vendo a Sala Esmeralda com uns cinco ou seis jornalistas. Só os esfomeados.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quem?


O jornalista desinformado chega ao bolo de repórteres em volta do entrevistado. Atrasado. Não fala nada. Apenas estica a mão com o gravador. Finge escutar as respostas. Franze a testa. Faz cara de conteúdo. Cochicha no ouvido do colega ao lado: “qual o nome dele mesmo?”. Volta a ouvir as palavras do entrevistado, que apenas passeiam por sua mente, flutuam. Ameaça fazer uma pergunta: “mas, senador, senador...” quando é interrompido por um repórter mais rápido, que faz a pergunta, para a alegria do jornalista desinformado. Troca o gravador de mão. Mantém a cara de conteúdo. Cochicha no ouvido de outro colega: “de que partido ele é mesmo?”. Pensa na festa de logo mais, pensa que vai encontrar a Mariana, do suplemento cultural. Um fotógrafo pisa no seu pé. Ele nem percebe. Esboça nova intenção de fazer uma pergunta, pergunta importante, claro, de impressionar a todos, mas outro repórter o interrompe. Simula ficar nervoso, como se a ele não fosse concedido o democrático direito de expressão. Troca o gravador de mão novamente. Olha para o relógio. Pensa que a Mariana está solteira. Sorri. Sorri ainda mais com o fim da entrevista. Recolhe o gravador. Suspira. Aproxima-se de outro repórter: “o senador falou de reforma política ou tributária?”. Fica assustado com a resposta grosseira, aperta as sobrancelhas, mas insiste na busca da informação: “reforma agrária?”.

quarta-feira, 2 de março de 2011

20 cagadas imperdoáveis de um assessor de imprensa


1. Exigir que o jornalista deixe seu assessorado ler e aprovar a matéria antes da publicação.

2. Ligar várias vezes para a redação para saber quando a matéria vai sair.

3. Confundir o mailing do Maxpress com uma metralhadora de uso exclusivo de um cego.

4. Prometer uma mesma pauta exclusiva a três jornais diferentes.

5. Ser mais chato do que vendedor da Telefônica ao fazer um follow-up (release não é Detecta, nem Speedy).

6. Desconhecer a rotina de uma redação e ligar bem na hora do fechamento, na hora da reunião de pauta ou na hora em que o pauteiro está tentando seduzir a estagiária.

7. Achar que o assessor é um mero distribuidor de releases; não entender nada de estratégia e planejamento.

8. Ser refém da maldita centimetragem.

9. Mostrar desconhecimento do negócio de seu assessorado quando questionado por um jornalista.

10. Confundir “cultivar relacionamentos” com “puxar o saco”.

11. Acreditar quando o dono da agência disser que lá você terá a qualidade de vida que não tinha na redação.

12. Vender uma pauta sobre os negócios ambientalmente responsáveis de seu cliente a uma revista de Jardinagem.

13. Servir filé mignon ao molho madeira na coletiva de imprensa de lançamento de um restaurante vegetariano.

14. Enviar uma imagem em baixíssima resolução quando o repórter pedir uma com, pelo menos, 300 dpi.

15. Ficar falando um monte de merda (mais do que o assessorado) ao acompanhar uma entrevista.

16. Convocar uma coletiva apenas para dizer que sua cliente, uma ex-BBB, mudou a tintura do cabelo.

17. Presentear o repórter com um vírus, que estava num release bem promíscuo anexado ao e-mail.

18. Agendar uma entrevista com o jornalista e esquecer de avisar o assessorado.

19. Escrever um release bem tosco (longo, chato, sem foco, cheio de erros de português), digno de virar piada na redação.

20. Tentar convencer o jornalista de que o peixe que você está querendo vender é um delicioso filé de salmão quando não passa de uma pescadinha safada (e congelada).

Leia também: 30 cagadas imperdoáveis de um jornalista

sexta-feira, 26 de março de 2010

Manual de etiqueta para jornalistas em coletivas de imprensa


1) Quando chegar atrasado a uma coletiva, não encha o saco dos colegas para saber o que já aconteceu de interessante. Você vai ficar com fama de mala. Da próxima vez, acerte melhor o relógio suíço que você comprou no camelô por cinco Reais.

2) Em coletivas pela manhã, mesmo que você esteja morrendo de fome, nunca ataque a mesa do brunch antes do final da entrevista. Se não resistir, seja sutil: maloque um croissant por baixo da mesa, segurando-o em um guardanapo.

3) Se for rolar almoço e você descobrir que o cardápio é filé mignon ao molho madeira, cuidado para não soltar um “Caralho, filé mignon ao molho madeira de novo?”. É uma indelicadeza. Saiba que esta pode ser a principal (ou até mesmo a única) refeição do seu dia.

4) Se cada jornalista tiver o direito de fazer apenas uma pergunta, não tente dar uma de malandro e emendar cinco questões em uma só. Até porque o entrevistado não vai se lembrar das abobrinhas que você falou no começo da pergunta.

5) Se não tiver porra nenhuma de relevante para perguntar, fique de boca fechada. Sente lá no fundão e faça cara de conteúdo.

6) Se a coletiva for longa e bater aquele puta sono, não durma. Tente se distrair de alguma forma, brincando de tetris no celular ou, no caso dos homens, olhando para a bunda das meninas que trabalham em TV.

7) Se a coletiva for com algum famosão, tipo estrela do cinema ou de uma banda de rock, controle-se para não parecer mais um fã do que um jornalista. Nem pense em pedir um autógrafo para depois rifá-lo entre os amigos de redação e descolar uma grana.

8) Lembre-se de que jornalistas gestantes, idosos, sem carteira assinada ou que ganham o piso de cinco horas NÃO têm preferência na hora de fazer a pergunta.

9) Quando acabar a coletiva, não embarque no empurra-empurra de repórteres que querem se aproximar do entrevistado para fazer uma pergunta exclusiva. É mais fácil você tomar uma microfonada na orelha do que conseguir um furo numa coletiva.

10) Se o entrevistado for grosseiro ao responder sua pergunta, não discuta com ele. Nem prometa pegá-lo na porrada na saída do evento ou publicar uma matéria caluniosa.