O titulo provocador só será verdadeiro se a tendência acontecer. É uma noticia da Reuters e quem me mandou esta noticia foi o meu camarada Daniel Médici: sempre que morre um primeiro-ministro britânico, um carro da Lotus vence um Grande Prémio nas semanas a seguir em que tais eventos acontece.
Segundo o jornalista Alan Baldwin, existe uma coincidência entre o desaparecimento de uma personalidade tão importante e a vitória de um carro da marca fundada por Colin Chapman. Quando Clement Attlee morreu, a 8 de outubro de 1967, Jim Clark foi o vencedor do GP do México, realizado quase duas semanas depois, e que foi também a corrida de encerramento dessa temporada.
Claro, em 1995 a Lotus desapareceu de cena, voltando apenas em 2010. Mas nessa altura, a equipa que iria herdar o nome, a Benetton, estava por lá, a vencer corridas com Michael Schumacher. E em 2002 a Benetton saiu de cena para dar lugar à Renault, que ficou com o mesmo nome até à temporada de 2012. Em 1995, quando morreu Harold Wilson, isso aconteceu quatro dias antes do GP do Mónaco. O vencedor? Michael Schumacher. Poucos meses depois, em outubro, foi a vez de Alec Douglas-Home, e isso aconteceu quinze dias antes do GP do Pacifico, outra corrida ganha por... Michael Schumacher.
Em 2005, outros dois primeiros ministros britânicos acabaram por morrer: James Callaghan e Edward Heath. O primeiro morreu a 26 de março, poucos dias antes de Fernando Alonso vencer o GP do Bahrein, a bordo do seu Renault. E a 17 de julho desse mesmo ano foi a vez de Heath, poucos dias antes de o piloto das Asturias vencer o GP da Alemanha.
E ainda há mais uma coincidência interessante: Mark Thatcher, o filho de Margaret, e que na sua juventude esteve interessado no automobilismo - e perdeu-se nas areias do deserto argelino durante um Rally Dakar - foi o representante da... Lotus na América do Norte.
A única coincidência não existente foi em 1965, quando Winston Churchill morreu. Mas mesmo ali há uma nuance: a primeira corrida após a morte do estadista foi o GP do Mónaco, a 30 de maio, e foi vencida pelo BRM de Graham Hill. Jim Clark estava ausente, pois disputava nesse mesmo dia as 500 Milhas de Indianápolis, a bordo de uma Lotus. E ele foi... o vencedor.
Assim sendo, temos de começar a olhar com maior atenção a Kimi Raikkonen e a Romain Grosjean. E como sabem, o piloto finlandês foi o vencedor da prova de abertura, na Austrália...