Depois do chato e suporífero Grande Prémio da China, no Autódromo de Xangai, e da vitória categórica de
Lewis Hamilton, que o coloca a somente quatro pontos do seu título mundial, seria interessante saber o que se escreve na Blogosfera, especialmente no Brasil, pais onde o campeonato de 2008 terá o seu encerramento. Ainda por cima, com Felipe Massa a arriscar perder este campeonato...
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Lewis Hamilton até que foi bonzinho ao dizer que sua vitória no Grande Prêmio da China foi “moleza”. Foi um verdadeiro massacre, isso sim. Com exceção do treino livre do sábado de manhã – que sempre traz resultados estranhos –, o inglês terminou todas as sessões em primeiro lugar. Marcou a pole-position, escapou na frente na largada e venceu tranqüilamente, registrando a melhor volta pelo caminho. Baita performance.
Do outro lado do ringue, uma Ferrari que esteve completamente perdida em Xangai, com um carro mal acertado e que inspirava pouca confiança em seus pilotos. Ainda assim, Felipe Massa conseguiu minimizar o prejuízo cruzando a linha de chegada em segundo lugar e levando a decisão da temporada para Interlagos. A “sua” Interlagos, onde viveu o dia mais emocionante de sua carreira ao vencer o GP do Brasil de 2006.
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Depois da corrida, na entrevista obrigatória para a televisão, Massa estava com cara de poucos amigos e absoluto desânimo. Sua meta para a China era a de diminuir a diferença na tabela, e vê-la aumentada não foi fácil de digerir. Pouco depois, quando falou com os brasileiros, estava bem mais tranqüilo, sorridente e fazendo brincadeiras. O discurso seguia a linha do “lutar enquanto houver chance” e da “esperança é a última que morre”.
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A expectativa é de uma Ferrari superior em Interlagos e a equipe trabalha para obter uma dobradinha. Ainda assim, pode não ser suficiente para dar o título a Massa – Hamilton precisaria ficar abaixo do quinto lugar em caso de vitória do brasileiro. Mas as corridas recentes mostram que o inglês e sua equipe também falham. Como em Fuji, quando bastou ver um adversário à sua frente para Hamilton perder um parafuso e cometer um erro significativo. Ou mesmo em Xangai, quando a McLaren passou o ridículo de se embananar na montagem dos pneus no carro de Heikki Kovalainen, que vinha de uma quebra de motor na corrida anterior e sofreu um novo problema hidráulico na China.
É difícil, mas se acontecer no carro de Hamilton...
"Eram onze as arquibancadas do início da grande reta, imensas, completamente vazias. No lugar de pessoas, grandes outdoors que se prestam à divulgação da feira mundial do próximo biênio, a ocorrer na metrópole que abriga o circuito. É fato que os chineses não ligam muito para esse ocidentalismo chamado ‘corrida de automóvel’, de modo que o governo de Xangai, que mandou construir um autódromo moderníssimo e megalômano em troca de quase meio bilhão de euros (depositada na conta de Herr Tilke), aparentemente desistiu de bancar essa caríssima brincadeira após o término do contrato. A própria transmissão registrou que o restante das arquibancadas só foi preenchido pela paquidérmica delicadeza estatal, exatamente como nas Olimpíadas deste ano.
Não culpemos Xangai, nem, sequer, os chineses. O GP da China da noite passada foi – que me perdoem os maoístas – de uma burocracia soviética. O mais próximo que a Fórmula 1 já chegou de “um conto, declamado por um idiota, cheio de som, sem sentido algum” em tempos recentes. E sem fúria também.Isso é o que dá quando se coloca os carros para correr não em uma pista de verdade, mas em um imenso outdoor. (...)"
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O GP da China deixou a Ferrari de olhos em bico, muito por causa do domínio avassalador do Hamilton, que hoje levou o primeiro lugar e a melhor volta, para juntar à pole de ontem.Não só os carros vermelhos estiveram fraquinhos, como o inglês da Mclaren esteve imperial, irreconhecível para melhor, em comparação com a vaca-louca do Japão. Mesmo com tantos erros ao longo da temporada, a verdade é que no global tem sido o melhor piloto do pelotão. Se for para ele, o caneco fica bem entregue.Com sete pontos de vantagem, só mesmo um milagre é que tirava o título ao inglês na última corrida do ano, mas como o outro candidato é paulista e a corrida é na terra do samba, tudo é possível, afinal de contas há muita gente que afirma que Deus é brasileiro."
Monotonia. A palavra chave deste GP não poderia ser outra mesmo.
A China, melancolicamente sediou um dos GP´s mais monótonos desta temporada. Pau a pau com a Malásia, não por acaso, no horizonte onde os olhos dos homens que controlam a categoria enxergam o futuro da F1.
O fato é que devo ser pé frio. Foi só assumir a torcida por Massa e pela Ferrari – na falta de um bom carro e um bom piloto na Williams – e nada funcionou mais.Nesta madrugada a equipe de Maranello não foi nem sombra ante a superioridade da McLaren de Lewis Hamilton.
Kovalainen não conta. Mesmo tendo vencido sua primeira corrida, é melhor esquecer muito bem esquecido esta temporada. Durante todo o fim de semana – os treinos de sexta não importam – Lewis sobrou. Tanto que fez pole, melhor volta e ganhou a corrida.
Massa e Kimi tiveram problemas de equilíbrio nos carros vermelhos. E mesmo quando, de tanque mais vazio o carro se equilibrava e rendia melhor, bastava Lewis ser avisado pelo rádio ou pelas placas e lá ia o inglês baixar novamente os tempos e manter a diferença dentro dos sete segundos. Estabelecendo assim a verdade chinesa: Lewis Hamilton sobrou!
(...) Agora, só resta Interlagos. Foi um campeonato marcado por erros e corridas estranhas, muitas vezes decididas fora das pistas. Hoje a corrida foi mais tranqüila e Hamilton aproveitou o seu domínio para vencer novamente e espantar, parcialmente, o fantasma que lhe atormenta desde o ano passado. O inglês tem os mesmos sete pontos que tinha de vantagem com relação a Kimi Raikkonen no ano passado, mas não restam dúvidas de que psicologicamente Lewis está melhor posicionado em comparação a 2007. Massa pode usar o seu retrospecto para vencer em Interlagos, mas não depende unicamente de si para ser campeão. Resta torcer para que o fantasminha de 2007 volte a atormentar Hamilton no Brasil.
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