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23/05/2018

Verde lindo só mesmo nas 3-D


Uau, olha que linda zona verde junto ao novel terminal de cruzeiros! Afinal, verde só mesmo nas 3-D :-) estão a construir dois, de cada lado do edifício do terminal. Isto não aparecia no projeto. é sempre a mesma coisa: os projetos apresentados à população nunca correspondem à realidade. Dá-se a ideia de um jardim e na verdade é um parque de estacionamento estéril, sem zonas de estadia, de pedra preta (quente no verão) e ainda vão tirar mais espaço para dois monos... (fotos em http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=465308&page=92)

21/09/2017

O novo terminal de cruzeiros:


O novo terminal de cruzeiros de Lisboa entrou em funcionamento na segunda-feira, 19 de Setembro. (in negócios.pt)

07/06/2016

BARCELONA: "Los barrios más visitados por los cruceristas, como el Gótico, se transforman cada vez más en parques temáticos"
















Barcelona continua a questionar o modelo de Turismo que a tem vindo a destruir:

ccaa.elpais.com

Barcelona es el puerto base del Harmony of the seas, el crucero más grande del mundo y símbolo del debate entre beneficios económicos e impacto medioambiental para la ciudad.


http://ccaa.elpais.com/ccaa/2016/06/05/catalunya/1465138803_922939.html

10/07/2014

Carros não vão poder circular na Ribeira das Naus ao fim-de-semana e durante as férias escolares

No domingo, é assinalado o fim da segunda fase das obras nesta artéria da frente ribeirinha de Lisboa.
Por Inês Boaventura, Público de 9 Julho 2014 | Foto de Rui Gaudêncio

A primeira fase da obra de requalificação da Ribeira das Naus foi inaugurada em Março de 2013
O final da segunda fase das obras na Ribeira das Naus, em Lisboa, vai ser assinalado no domingo, com uma visita à Doca da Caldeirinha e à Doca Seca, estruturas centenárias que foram recuperadas no âmbito desta intervenção, e com um passeio de barco no Tejo. Mas a reabertura desta avenida ao trânsito, pela qual muitos automobilistas anseiam desde Abril, só vai ocorrer em Setembro, e mesmo aí apenas aos dias úteis.
Segundo foi anunciado esta quarta-feira pelo presidente da Câmara de Lisboa, durante uma reunião camarária que decorreu à porta fechada, a ideia é que esta artéria passe a estar fechada ao trânsito durante as férias escolares e os fins-de-semana. Para que, explicou António Costa numa mensagem transmitida ao PÚBLICO por um elemento do seu gabinete, “o maior número de pessoas, as crianças e as famílias, possam usufruir deste espaço espectacular”.
Os automóveis estão impedidos de circular no local desdeo início de Abril, devido à realização dos trabalhos da segunda fase da requalificação desta zona ribeirinha. A Rua do Arsenal e a Rua da Alfândega foram as alternativas então apontadas pelo município.
Cerca de três meses volvidos, o presidente da câmara faz saber que considera que “os esquemas e os hábitos de circulação que têm vindo a ser experimentados permitem, para já, optar por esta nova solução”, em que os veículos motorizados só podem transitar na Avenida Ribeira das Naus entre segunda-feira e sexta-feira à noite. E apenas depois de terminadas as férias escolares recentemente iniciadas.
Segundo foi transmitido por um elemento do seu gabinete, a circulação na frente ribeirinha poderá ter de sofrer novas alterações num futuro próximo, à medida que forem avançando outras obras previstas para esta zona de Lisboa, nomeadamente a construção do novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia,a criação de um parque de estacionamento no Campo dasCebolas e a requalificação do espaço público do Cais do Sodré. “São intervenções que eventualmente irão implicar condicionamentos no eixo ribeirinho”, faz saber António Costa.
Miguel Barroso, que em Maio criou uma página no Facebook chamada“Ribeira das Naus SEM Carros”, na qual se fazia uma apelo à autarquia para que deixasse a Ribeira das Naus “para as pessoas”, considera que aquilo que agora foi anunciado “é um pequeno passo”. “Se calhar é capaz de ser suficiente para que se chegue à conclusão que é melhor estar sempre fechado”, diz o arquitecto, a cuja causa já se associaram mais de mil pessoas.
“O trânsito adapta-se sempre nestas situações. Há um fenómeno de evaporação de tráfego, as pessoas arranjam alternativa de transporte”, afirma, sublinhando que “é um lirismo achar-se que vamos poder continuar todos a ir de carro de um lado para o outro em Lisboa”. Miguel Barroso não tem dúvidas de que as restrições à circulação automóvel na Ribeira das Naus vão “melhorar a qualidade deste espaço nobre”, além de irem contribuir, numa perspectiva menos imediatista, para “diminuir o tráfego na zona central e antiga de Lisboa”.  
O arquitecto vai mais longe e defende que o desejável seria ir mais longe, e limitar-se a circulação na Rua do Arsenal a transportes públicos. “A Baixa deve ser tudo menos um local de atravessamento”, conclui Miguel Barroso.    
Já o vereador do CDS, João Gonçalves Pereira, diz ver com bons olhos a solução que vai agora ser introduzida na Ribeira das Naus. Mais cautelosos são Carlos Moura, do PCP, e António Prôa, do PSD.
O autarca comunista frisa que esta avenida de Lisboa “é uma via extremamente importante na ligação entre as zonas Ocidental e Oriental da cidade”, pelo que o seu encerramento só deve ocorrer se se encontrarem “boas alternativas”. “É muito interessante a possibilidade de as pessoas apropriarem-se daquele espaço ribeirinho, mas temos que ter algum cuidado”, diz Carlos Moura, acrescentando que “não se pode prejudicar a mobilidade por causa do lazer”.
“A ideia parece-me interessante à partida”, diz por sua vez António Prôa, sublinhando no entanto que há dois aspectos que precisam de ser esclarecidos pelo município: se foi feito algum estudo de tráfego que sustente a solução a adoptar e se as alternativas existentes são as adequadas.


01/04/2014

Ainda a propósito dos cruzeiros:


Em artigo recente do Público, «Lisboa está entre os destinos preferidos dos passageiros de cruzeiros» (http://fugas.publico.pt/Noticias/332542_lisboa-esta-entre-os-destinos-preferidos-dos-passageiros-de-cruzeiros). Não duvido e gosto de sabê-lo.

Contudo – e há sempre um mas nestas coisas – talvez fosse assaz interessante (e mais relevante) que a APL tivesse tornado público o estudo (que está muito bem feito) na sua totalidade para que se falasse igualmente não só sobre as criticas (muito pertinentes) que constam do inquérito realizado pelo Observatório do Turismo de Lisboa, como as propostas de resolução que também por lá constam.

Mormente as críticas ao estado de abandono da cidade (edifícios degradados e espaço público degradados, estacionamento caótico, falta de limpeza das ruas); à falta de instalações sanitárias nos percursos principais (a maior parte dos visitantes de cruzeiros é de meia-idade); à falta de sinalética entre terminal de cruzeiros e pontos turísticos; à ausência de estacionamento e/ou transporte individualizado (tendo em conta os idosos que são transportados); ao assédio a turistas na Baixa (venda de estupefacientes); à falta de organização dos serviços na chegada (táxis, autocarros, etc.); à pouca capacidade de escoamento de passageiros e armazenamento de bagagens; à falta de informação (antes e depois do desembarque); à ausência total de mapas da cidade e guias atualizados (na rua e em papel), bem como em escala compreensível; à falta de informação, no local, dos vários pontos históricos; à falta de guias que abranjam zonas históricas, mas também zonas novas (parque das nações é referido) e arredores (Cascais, Sintra, Estoril, praias, Almada (Cristo Rei) – para os turistas, Lisboa inclui Almada a Sintra; à falta de guias turísticos locais com adequado conhecimento dos locais a visitar ou com sugestões de visita; à ausência total de mapas da cidade e guias atualizados (na rua e em papel), que abranjam zonas históricas, mas também zonas novas (o Parque das Nações é referido) e arredores (Cascais, Sintra, Estoril, Caparica); à falta de guias turísticos locais com adequado conhecimento; à falta de informação sobre transportes a utilizar; à falta de informação de percursos preferenciais (menos inclinação, elevadores, etc.); à falta de informações úteis como farmácias, sanitários, centros comerciais, polícia.

Curiosamente, o item ”terminal de cruzeiros” é desvalorizado pelos passageiros de cruzeiros, ou seja, é indiferente a sua arquitectura É mais importante a capacidade de escoamento e o “antes-depois”, ou seja, a informação, acolhimento e encaminhamento, ou seja, a cidade.

Já no que toca aos factores mais valorizados, foram-no a cultura e o que diferencia Lisboa do resto do mundo: fado, calçada, pessoas. Pois…

Conclui-se que o imenso potencial das centenas de milhares de visitantes é desperdiçado. São visitantes de curta duração e de necessidades especiais e a cidade tem de se adaptar a esse nicho. O terminal de cruzeiros é uma melhoria mas não é preponderante no aproveitamento do potencial. Autarquias e turismo de Lisboa têm um grande trabalho para aproveitar, economicamente, este potencial.


Foto: Público

17/01/2014

21/01/2013

Harboring Tourism: International Symposium on Cruise Ships in Historic Port Communities


Uma conferência com muita relevância para o caso de Lisboa - basta ver o impacto visual, e não só, que os enormes navios de cruzeiro têm na zona ribeirinha histórica como é Alfama. Será que vai alguém a representar o Porto de Lisboa ou a ATL ou ainda a CML? Em Lisboa ainda estamos na infância da boa gestão de turistas/turismo: primeiro gastamos milhões a atrair turistas e só depois é que pensamos como gerir os milhões de turistas que invadem monumentos, transportes públicos, etc. www.wmf.org
 
Harboring Tourism: International Symposium on Cruise Ships in Historic Port Communities
 
Wednesday, February 6-Friday, February 8, 2013
 
Charleston, South Carolina, USA
 
World Monuments Fund, the National Trust for Historic Preservation, and the Preservation Society of Charleston are hosting an international symposium on cruise tourism in historic port communities, in cooperation with the International Council of Monuments and Sites, the Center for Responsible Travel, and the Coastal Conservation League. Called "Harboring Tourism: A Symposium on Cruise Ships in Historic Port Communities," it will be held in Charleston, South Carolina, from February 6-8, 2013.

The symposium will examine approaches to cruise tourism in historic port communities around the world. The symposium will address the challenges of developing policies that benefit local communities by ensuring an effective balance of economic, environmental, and social concerns with the protection of heritage resources that provide distinction and attract visitors. By creating sustainable strategies for cruise industry development and management, historic port communities can encourage tourism and preserve local character. Participants from around the world are invited to attend the symposium and contribute ideas. Conference proceedings will be published and made available electronically.
The symposium will be hosted in historic Charleston, which has been at the center of an ongoing debate about the impact of the cruise industry on historic ports. Concerns over the effects of increased cruise tourism led the National Trust to put Charleston on "watch status" in 2011, and the Historic District was included on the 2012 World Monuments Watch to highlight these concerns and prompt discourse about how best to balance heritage management and cruise ship tourism.

Conference Details
  • The conference will be held at the historic Francis Marion Hotel
  • The registration fee for the conference is $350  
Current members of the Preservation Society of Charleston, the National Trust for Historic Preservation, and students will be eligible for a discounted registration fee of $300. Registration includes: Wednesday evening reception; breakfast, lunch, and dinner on Thursday; and breakfast on Friday.  
 
Registration 

Please visit PreservationSociety.org or call 843-722-4630 to register and for information on speakers and schedules.

10/09/2012

E o rio aqui tão perto...

Enquanto se remodela a rotunda do Marquês e se especula sobre um eventual abrilhantamento da Praça de Espanha, o Porto de Lisboa e a CML presenteiam-nos com o espetáculo abaixo ... em crescendo desde finais de 2007. Sim, sim! Já passou meia década desde o início das obras de reparação (expansão!) do cais do Jardim do Tabaco.

Quem sai de Santa Apolónia em direção ao Cais do Sodré tem o "prazer" de passar por este inqualificável cenário:



O cais e rio que estavam diretamente acessíveis de Alfama estão agora "protegidos" por estes tapumes


Todavia, aparentemente nada há para proteger


Ou melhor ... já houve




Mas o parque de estacionamento para escoar turistas está num brinco


Bom ... mais ou menos ...


Que o diga quem há 5 anos tinha esplanadas quase sobre a água e agora...

 



Depois de sairmos da ex-doca do Jardim do Tabaco, eis que encontramos a "Direção do Combate à Poluição do Mar" (medo!)


E passeio continua ao longo do parque de estacionamento da Marinha ...


Até chegarmos ao descampado frente ao terminal fluvial Terreiro do Paço
 

E as suas míticas saídas da estação do metro ... todas elas do lado do rio, claro! Afinal quem em Alfama precisa de utilizar o metro???



Uma das saídas apontada para ... nada?


Felizmente reduziram o trânsito do Terreiro do Paço ... de outra forma como poderíamos apreciar todo este deserto, perdão, espaço em sossego?

Chegados ao dito, é bom observar que afinal ainda há motivos para mais obras...


Mas felizmente esqueceram-se de alguns degraus que permitem a quem por ali passa descansar... sim, porque uns banquinhos na praça deviam claramente quebrar uma qualquer harmonia ...


Mas ainda falta um pouquinho ... há ainda umas fotos para tirar...
 

Ao descalçadão...



 Até chegarmos ao Cais do Sodré



Onde tentamos esquecer a experiência porque passámos... 

Obrigado Porto de Lisboa e CML.



PS: Estive quase para intitular o post: "E a faixa de Gaza aqui tão perto... " mas por respeito à dita contive-me.

04/08/2010

Arquiteto Carrilho da Graça venceu concurso para terminal de cruzeiros

In LUSA

«Lisboa, 30 de jul (Lusa) - O arquiteto Carrilho da Graça vai ser o autor do projeto para o novo terminal de Cruzeiros de Lisboa, anunciou hoje a Administração Portuária de Lisboa, na cerimónia de apresentação dos resultados do concurso da obra.

Foram 37 trabalhos que se apresentaram, mas foi Carrilho da Graça que convenceu, porque fez um projeto que envolve um "edifício relativamente pequeno, com uma volumetria delicada", justificou o júri composto pelo arquiteto catalão Juan Busquets e o arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, entre outros.

Além disso, "vai ser um espaço aberto ao exterior", explicou ainda o arquiteto.

Carrilho da Graça é o autor de obras como o Pavilhão do Conhecimento dos Mares, a Escola Superior de Comunicação Social ou a extensão do Palácio de Belém.

Agora será o responsável pelo terminal de cruzeiros de Lisboa, cuja primeira fase deverá estar concluída em 2013, num investimento de cerca de 30 milhões de euros, pagos pela Administração do Porto de Lisboa (APL), que lançou o concurso público, em conjunto com a autarquia lisboeta e a Ordem dos Arquitetos.»

...

Mas a revogação da prorrogação da concessão do terminal de contentores de Alcântara não torna ilegal tudo quanto diz respeito aos projectos para Santa Apolónia? Mais uma vez está-se a pôr o carro à frente dos bois. Não há pachorra.

02/06/2010

Salgado promete afastar-se do terminal de cruzeiros se o seu ex-atelier vencer concurso

In Público (2/6/2010)
Por Ana Henriques


«Oposição quer explicações do vereador do Urbanismo de Lisboa, que entregou o seu atelier de arquitectura ao filho em 2007 para evitar incompatibilidades


O vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, promete afastar-se do processo relacionado com a construção de um terminal de cruzeiros de Santa Apolónia, caso o atelier de arquitectura que fundou, o Risco, e que está neste momento nas mãos de um filho, seja escolhido para elaborar o projecto.

A notícia de que o Risco ia concorrer à concepção do terminal foi dada ontem pelo jornal i, que recordava os compromissos assumidos por Manuel Salgado em 2007, antes de ser eleito vereador. Na altura, para evitar eventuais incompatibilidades e afastar suspeitas de tratamentos de favor, o arquitecto desvinculou-se do atelier. Mais: assegurou que enquanto estivesse em funções, o Risco não aceitaria "encomendas de promotores privados de projectos sujeitos a licenciamento ou autorização da Câmara de Lisboa". Acontece, como frisa Salgado, que o projecto do terminal é promovido pela administração portuária, e não por um privado - e que, precisamente por essa razão, não está sujeito a licenciamento camarário. "Quando muito, está sujeito a parecer não vinculativo da autarquia", explica o vereador. Por outro lado, um dos membros do júri que irá seleccionar o projecto é designado pelos serviços camarários de Manuel Salgado.

O caso está a causar algum mal-estar entre os partidos da oposição, que tencionam pedir explicações ao principal responsável pelo Urbanismo de Lisboa

"Isto era escusado. O vereador pôs-se a jeito", comenta o líder da bancada do PSD na assembleia municipal, António Proa. "É dúbio se está ou não a cumprir o compromisso que assumiu antes de se tornar vereador." O presidente da câmara não comentou o caso, alegando que tinha acabado de chegar do estrangeiro. Também não foi possível ouvir a vereadora Helena Roseta, do Cidadãos por Lisboa.

"A obra do terminal de cruzeiros terá de ser apreciada pelo município". observa por seu turno o vereador do CDS António Carlos Monteiro. "Por que razão é que Manuel Salgado alterou o compromisso de transparência que assumiu", questiona.

"Trata-se de um concurso de ideias completamente anónimo", contrapõe Manuel Salgado. Ou seja, não é suposto o júri conhecer a autoria dos trabalhos que irá apreciar. João Bau, do BE, não conhecia o caso. "Mas não fico admirado", observa.»

01/06/2010



In Jornal i

19/04/2010

TCA / Reunião dia 16 com APL/ agradecimento e nota

Exma. Senhora Administradora
Dra. Andreia Ventura


Vimos por este meio agradecer à APL, na pessoa de V.Exa. a audiência simpática da passada Sexta-feira, facto que, apesar da ausência de última hora da Sra. Presidente, Engª Natércia Cabral, registámos com bastante agrado uma vez que no passado recente, designadamente sob a anterior Administração, o Fórum Cidadania Lx jamais teve oportunidade de dialogar directamente com a APL.

É também com agrado que registamos que a APL e este Movimento partilham de uma preocupação: não queremos uma cidade asséptica.

Contudo, serve ainda o presente para reafirmarmos a V.Exa. o que expusemos presencialmente: a nossa preocupação maior é o longo prazo, i.e. os efeitos perniciosos que poderão advir para Lisboa e para as futuras gerações ao decidir-se a APL pela prorrogação da exploração do terminal de Alcântara enquanto terminal de contentores, prorrogando por várias décadas uma exploração que, recordamos, é “provisória” desde 1984, em vez de o fazer apenas quando estivesse na posse de todos os estudos (a nosso ver indispensáveis) sobre o assunto, com respostas objectivas a questões como:

1. Não seria obrigação do(s) Governo(s) a implementação de um Plano Estratégico claro e objectivo sobre as reais necessidades do país em termos de terminal de contentores para as duas margens do Tejo, envolvendo as autarquias respectivas e decidindo em conformidade?

2. Não será o chamado fecho da Golada o investimento certo em termos de visão de longo prazo, relativamente ao terminal de contentores adequado para o Tejo, sabendo-se da possibilidade de escoamento por via ferroviária?

3. Qual a melhor solução para Alcântara, cruzeiros e náutica de recreio ou contentores?

4. Não deveria um país como Portugal, com a frente marítima que possui, investir com força, determinação e saber, à semelhança de Espanha e França, na indústria da náutica de recreio, cujas inúmeras potencialidades económicas para a cidade e o país, obviamente, estão por explorar (desde a construção de barcos – vide exemplo da Turquia – à organização de regatas) e que por isso estatisticamente esse sector “não existe”, de molde a ser melhor sopesada uma decisão de longo prazo sobre Alcântara e a Doca do Hespanhol? (a este propósito, porquê investir-se de raiz na Docapesca quando na Doca do Hespanhol se trataria de requalificar os equipamentos existentes?)

5. Por outro lado, a justificação para o prolongamento da concessão e ampliação da exploração do Terminal de Contentores de Alcântara sem concurso foi a previsão da breve saturação da capacidade actualmente instalada do TIR, face à procura prevista. Contudo, todos os cenários de crescimento futuro na movimentação de contentores em que se basearam as decisões para a urgência do investimento em Alcântara estão actualmente errados face à crise económica mundial. Consideramos, por isso, que a necessidade de ampliação do TCA deixou de ser urgente.


Face aos dados disponíveis, a concretização da ampliação do Terminal de Contentores de Alcântara e obras conexas deixou de ser prioritária face a outras intervenções em Lisboa. Estas condições que retiram a alegada pressão temporal permitem reponderar a necessidade do investimento previsto, permitindo também o estudo comparado da alternativa de localização, caso seja necessária face a novos cenários a definir, nomeadamente na chamada "Golada" na margem sul do Tejo.

Por último, não podemos deixar de referir, mais uma vez, que nada nos move contra a APL, as suas Administrações, ou, muito menos, contra a actividade portuária relativa aos contentores mas, unicamente, gostaríamos que quem de direito mudasse de paradigma e, antes de decidir, estudasse todas as possíveis opções e só depois optasse por aquelas consideradas as melhores a longo prazo, em termos económicos, mas também urbanísticos, estéticos, ambientais e de mobilidade.

Na expectativa de que estas nossas observações sejam bem acolhidas, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.


Paulo Ferrero, Luís Serpa, António Prôa e Rui Valada


C.C. Imprensa

25/03/2010

25 milhões para terminal de cruzeiros

In Jornal de Notícias (25/3/2010)
NUNO MIGUEL ROPIO

«Estrutura em Santa Apolónia pode estar concluída no final de 2013

Com dois pisos e estacionamento subterrâneo, o novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, Lisboa, terá um custo de 25,5 milhões de euros e poderá estar em funcionamento no final de 2013. Um projecto em tudo diferente do anterior, que tanto celeuma provocou.

Do famigerado estudo de construção que levou a Câmara de Lisboa, em 2007, a contestar as intenções da Administração do Porto de Lisboa (APL), relativamente ao novo terminal de passageiros em Santa Apolónia, desapareceu um edifício de 600 metros de cumprimento em frente ao rio, um hotel com dois pisos, uma área comercial e outra para escritórios.

O que permanece neste novo estudo, estimado em 25,5 milhões de euros e a estar concluído dentro de três anos? Somente um estacionamento subterrâneo, de um piso, com capacidade para 500 veículos. Serão mais de 7700 metros quadrados - bem inferiores aos 20 mil inicialmente pensados -, guiados por um conceito de interligação com Alfama, que manterá o interface com o metropolitano e comboio.

460 mil passageiros

Tudo com um único objectivo: responder ao aumento da procura do porto por cruzeiros. Este ano, tendo em conta o anúncio das escalas, prevêem-se 460 mil passageiros.

Segundo Natércia Cabral, presidente da APL, o equipamento resulta de um acordo com a Câmara Municipal de Lisboa (CML). "Não fazia sentido que a gare tivesse funcionalidades que os passageiros encontrariam na cidade", disse, ao JN, ontem, à margem da apresentação do concurso público de concepção para a elaboração do projecto do terminal, em Santa Apolónia. "A proposta que hoje apresentámos era a única que poderia funcionar", acrescentou, rejeitando comentar as anteriores intenções da APL, que motivaram fortes críticas, desde movimentos cívicos lisboetas a figuras como Miguel Sousa Tavares.

Para o presidente da CML, António Costa, o concurso marca o início "de uma nova era no relacionamento entre" o município e a APL. "O terminal de cruzeiros vai ser uma zona de reabilitação da Baixa e encosta de Alfama", considerou o autarca. »

...

In Público, aqui

...

Vá lá que o bom senso prevaleceu e aquilo que combatemos em primeira mão (AQUI), foi metido na gaveta.

Mas, pronto, querem gastar à viva força 25,5 M€ numa coisa nova só porque alguém entendeu que deve ser bonito a vista dos paquetes gigantes a cruzarem Alfama, e a vista daqueles para Alfama. Que interessa que já haja 2 terminais de cruzeiros em Alcântara? Contentores oblige. O país é rico.

Ficamos à espera do projecto. Avante!;-)

18/03/2010

LANÇADO HOJE O CONCURSO PÚBLICO PARA O TERMINAL DE CRUZEIROS QUE QUE DEVERÁ FICAR CONCLUÍDO EM 2013

Chegado por e-mail:


«O concurso público vai ser lançado hoje na Gare Marítima de Santa Apolónia. O projecto, segundo garantiu o ano passado o vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, já não incluirá a construção nem do hotel nem do centro comercial inicialmente previstos pela Administração do Porto de Lisboa (APL).

O custo estimado da obra é de 25,5 milhões de euros e até entrar em funcionamento o edifício que servirá de terminal deverá funcionar uma solução provisória, de acordo com a APL.

Segundo anunciou em Outubro a APL, o novo cais de Santa Apolónia, que irá conferir condições de atracagem a todos os navios actualmente a operar no mercado europeu, deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2011.

Na altura, a APL reconheceu que os actuais terminais estão subdimensionados para lidar com um grande volume de pessoas e bagagens e com as exigências de segurança que se intensificaram desde o 11 de Setembro.»

...

O outro projecto (que o ex-APL dizia serem uns bonecos que alguns tontos andavam a criticar...) era uma coisa inenarrável. Que haja concurso, tudo OK, simplesmente, continuo a não perceber porque se cede de mão beijada os terminais de cruzeiros de Alcântara e Rocha Conde d'Óbidos aos caixotões metálicos se gasta milhões em construções novas, fazendo entrar os paquetes arranha-céus até Alfama, continuo sem entender, quando se podia fazer um conjunto de alterações e adaptações àqueles terminais, cruzando na perfeição a chegada dos turistas com os museus logo ali defronte (MNAA, MO) e tendo condições de parqueamento e distribuição das centenas de autocarros que se prevê venham a existir sempre que um "paquetaço" ali atraque. Continuo sem perceber.


Fonte: MTG

17/10/2009

Novo cais de Santa Apolónia deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2011

In Público (17/11/2009)


«O novo cais de Santa Apolónia deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2011 conferindo condições de atracagem a todos os navios actualmente a operar no mercado europeu, afirmou à Lusa a Administração do Porto de Lisboa

A primeira fase das obras de cais do novo terminal de passageiros de Santa Apolónia já está concluída e a segunda fase deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2011, explicou a Administração do Porto de Lisboa (APL).

A APL refere ainda que vai lançar um concurso de ideias para a construção do edifício que servirá de terminal, que deverá estar pronto em 2013, prevendo-se que funcione até essa altura uma solução provisória.

A APL reconhece que os actuais terminais estão subdimensionados para lidar com um grande volume de pessoas e bagagens e com as exigências de segurança que se intensificaram desde o 11 de Setembro.

Segundo a APL, o novo terminal será um projecto de raiz que terá em linha de conta as necessidades actuais de mercado, nomeadamente, o acolhimento «com qualidade e eficiência» de grandes volumes de passageiros e respectiva bagagem.

Este tem sido um dos principais pontos críticos apontados pelos operadores de cruzeiros, que esperam que o novo terminal de Santa Apolónia se concretize o mais rapidamente possível.

Esta é também uma das dificuldades apontadas pela APL, nomeadamente, a nível das operações de embarque e desembarque dos navios de grandes dimensões que podem envolver 2 mil pessoas e 3 mil malas.

A APL considera que com o novo terminal de cruzeiros, Lisboa enquanto destino turístico poderá «crescer de forma mais consistente» no segmento de ‘turnaround’ (embarque/desembarque de passageiros).

De acordo com os dados da APL, o porto de Lisboa recebeu, até ao final de Setembro, 211 escalas e 316.183 passageiros.

A APL estima que até ao final do ano o porto de Lisboa receba 300 escalas e 407.500 passageiros, o que significará uma redução de 2,6 por cento no número de escalas e uma estagnação do número de passageiros.

«Para 2010, e face ao número de escalas anunciadas até à data, prevê-se um crescimento quer em termos de escalas quer de passageiros», refere a APL.

Lisboa é actualmente o quinto porto de cruzeiros a nível ibérico e o 60.º porto a nível mundial.

«É nossa convicção que Lisboa actualmente já é um destino atractivo», refere a APL.

Segundo um estudo da Associação de Turismo de Lisboa, em 2008, cada passageiro internacional de cruzeiro gastou em média 43,63 euros na sua escala em Lisboa.

A APL destaca, à semelhança de outros operadores de cruzeiros contactados pela Lusa, que os cruzeiros contribuem para a dinamização dos agentes de viagem de Lisboa com a organização de tours pela cidade e por outros destinos próximos como Alcobaça e Fátima.

«Lisboa como porto de escala é de grande interesse do ponto de vista das companhias de cruzeiros», refere a Costa Cruzeiros.

Segundo esta operadora italiana, para além das excursões para conhecer a cidade e a zona da Grande Lisboa, outro dos destinos procurados pelos passageiros de cruzeiros é Fátima.

Lusa / SOL»


Se é para verem uma Lisboa suja e a cair aos bocados ... logo ali em Alfama, então, força!

Cá estaremos para ver o projecto do novo terminal. Aliás, quero agradecer o facto de, finalmente, haver um concurso para o projecto ...

Só ainda ninguém explicou por que não remodelam as gares da Rocha de Conde d'Óbidos e de Alcântara. Os contentores são, portanto, mais importantes que os turistas?

08/05/2009

Terminal de contentores / Nota de imprensa


Caro(a) Amigo(a)


Congratulamo-nos com a aparente vontade de quem de direito em recuar, mas confessamos a nossa estupefacção pela manchete: "Acabou a guerra dos contentores. Lisboa vai ter um jardim". Isto porque uma coisa é o Projecto Nova Alcântara e outra é o Projecto de Ampliação do Terminal de Contentores de Alcântara, embora este esteja compreendido naquele.

Ora em nenhum momento as notícias fazem referência clara ao que de facto mudou ou vai mudar no tal projecto, que são dois em um; ou quando foi, ou será, isso decidido, e por quem. Apenas se faz menção ao tal "jardim", que aliás já se tornou um expediente de circunstância sempre que se quer ser "amigo" das populações.

O Nova Alcântara, recordamos, contém uma série de incongruências básicas e algumas omissões sérias (a quase impossibilidade, técnica e financeira, do desvio da linha de Cascais, a questão do leito de cheias, a impossibilidade de facto em se levar por diante o tal projecto das bacias de retenção uma vez que já se construiu no local!, etc., etc.) e continua a parecer-nos ser apenas o "embrulho" necessário ao negócio da ampliação do terminal de contentores e à urgência em levá-lo por diante.

Quanto aos contentores, reafirmamos a nossa posição ab-initio:

Nunca devia ter sido permitida a anterior renovação da exploração em Alcântara. Não deve ser permitida mais nenhuma ampliação nem renovação para o local, e antes, isso sim, aproveitando o hiato do prazo de exploração que ainda decorria, Governo e CML procurarem alternativas técnicas a que, a longo prazo, se permitisse libertar não só Alcântara, mas toda a sua frente histórica, dos mesmos, definitivamente, até porque não faltam bons exemplos lá de fora.

Já em relação à questão dos terminais de cruzeiros, ela é antiga e continua a ser tratada como se fosse uma questão menor. Recordamos ainda o seguinte:

As gares marítimas de Alcântara e da Rocha de Conde d'Óbidos são os locais ideais para ali atracarem os navios de cruzeiros. Por isso foram aí construídas e não noutro local. Os edifícios podem, de facto, ser exíguos e não permitir as condições de conforto e serviço aduaneiro necessárias aos tempos modernos, mas a APL dispõe de muito espaço junto às gares, hoje ocupado por ... contentores, para as necessárias intervenções, pugnado, claro está, pelo respeito à arquitectura e memória do local.

Alfama pode ter um cais secundário mas nunca o que a APL lhe quer fazer: construir um mega-terminal, compreendendo um centro comercial e um hotel, instalações da própria APL, mais um muro de 600m de comprido por 8m de alto, no que seria mais uma séria barreira entre a cidade, os cidadãos, e o rio. Para além disso, o projecto dado a conhecer ao público há cerca de 2 anos, contemplava ainda umas estruturas em passadiço, absurdas e gritantemente agressivas sobre a antiga Alfândega.

Acresce que, paralelamente e a seu bel-prazer, a APL tem quase pronto o alargamento do Cais do Jardim do Tabaco, que consiste em mais uma mega-placa de betão defronte ao rio!!

Pela nossa parte, esta é uma "guerra" que não acabou.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Luís Marques da Silva, João Chambers, António Branco Almeida, Jorge Santos Silva, Virgílio Marques, Artur Lourenço, Diogo Moura, José Arnaud, Alexandre Marques da Cruz e Pedro Gomes