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20/09/2019

Quiosque abandonado Largo da Graça pedido de resgate à ATL


Exmo. Senhor Director Executivo
Dr. Vítor Costa


C.C. JF, PCML, AML e media

Serve o presente para sugerir à Associação de Turismo de Lisboa que desenvolva os melhores esforços no sentido de resgatar para a cidade o quiosque do Largo da Graça, que se encontra de novo abandonado e sem destino anunciado, apesar de sob a alçada da Junta de Freguesia de São Vicente.

Com efeito, este quiosque foi anunciado em 2013 como sendo o futuro “posto turístico da Graça” (ver foto1), mas, surpreendentemente e em contradição com o fim de utilidade pública então anunciado, acabaria por ser concessionado a uma firma de cervejas (foto2), que agora o desocupou.

Custa-nos assistir a mais este abandono de um quiosque histórico, pelo que apelamos aos V/bons serviços no sentido de o colocar ao serviço do Turismo de Lisboa, servindo efectivamente de posto de turismo naquela zona da cidade que, cada vez mais, é destino privilegiado de quem nos visita e quer saber o que de bom a Graça tem para mostrar.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Pedro Henrique Aparício, António Araújo, Virgílio Marques, Fátima Castanheira, Helena Espvall, Ana Alves de Sousa, Beatriz Empis, Irina Gomes, Carlos Moura-Carvalho, Alexandra Maia Mendonça, Luís Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Pedro Jordão, Jorge Pinto, Maria Maia, Pedro Machado e Bruno Palma

29/06/2017

Autocarros junto à Sé - vergonha - protesto - intervenção urgente, é preciso - proposta à CML


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina


C/c. Patriarcado de Lisboa, COMETLIS da Polícia de Segurança Pública, Comando da Polícia Municipal, AML, JF Santa Maria Maior, ATL e media

Como é do conhecimento de V. Exa., há já mais de duas décadas que se assiste a uma situação vergonhosa no bairro da Sé, situação que se tem vindo a agudizar nos últimos anos em virtude do “boom” turístico de que Lisboa tem sido alvo ao tornar-se um popular, e compreensível, destino “low cost”.

Falamos do congestionamento de trânsito junto à Sé de Lisboa, designadamente dos inúmeros autocarros de turismo de grande dimensão que ali transitam, param, entopem, estacionam de forma selvagem, poluem o ar e as vistas, e tornam num inferno o dia-a-dia da população, de forma aliás contraproducente para quem nos visita e é certamente avesso a situações terceiro-mundistas como a que relatamos e ilustramos (vide fotos actuais em anexo e nosso alerta em 2012; http://cidadanialx.blogspot.pt/2012/10/caos-inacreditavel-no-largo-da-se.html), até pelo simples facto de que estragam as “selfies”; situação impensável, para não irmos mais longe, nas imediações das catedrais de Madrid, Barcelona, Toledo, Salamanca ou Segóvia.

Neste âmbito, e porque se assiste à total passividade da Polícia em ordenar o trânsito e impedir a circulação e o estacionamento ad hoc destes autocarros nos bairros históricos da cidade, ou autuar conveniente e exemplarmente as empresas de transportes de turismo que assim procedem;

Vimos solicitar a V. Exa. que, (em sintonia com o Patriarcado de Lisboa e o Cabido da Sé de Lisboa, a Polícia Municipal, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior e a Associação de Turismo de Lisboa), faça implementar e cumprir, tão breve quanto possível, a proibição de circulação de autocarros de turismo na zona histórica de Lisboa, mormente em Alfama, fazendo direccionar os autocarros para a Avenida Infante D. Henrique, onde poderão estacionar junto ao novo terminal de cruzeiros, e os turistas poderão percorrer a pé toda a zona de forte pendor turístico (Sé, Alfama, Castelo).

Igualmente, parece-nos efectivamente desejável o plano da CML em avançar com uma zona de estacionamento para autocarros de turismo no Martim Moniz, assim a mesma seja possível em tempo útil.

Aproveitamos, a propósito do ordenamento do trânsito e da actividade turística, para alertar que a proibição de circulação de tuk-tuks na zona de Alfama/S. Cristóvão não está as er fiscalizada, circulando aqueles veículos sem constrangimentos policiais.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Bruno Palma, António Araújo, Ricardo Mendes Ferreira, Fernando Jorge, Rui Martins, João Oliveira Leonardo, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Albina Martinho, Inês Beleza Barreiros, Pedro Henrique Aparício, Jorge Pinto, Maria de Morais, João Mineiro, Maria do Rosário Reiche, José Maria Amador, Fátima Castanheira

Fotos da JF Santa Marior

06/12/2016

Vão abrir uma escadaria de pedra aqui!


Não só se desvirtua de uma penada o projecto de paisagismo de Keil do Amaral (alô DOCOMOMO, há alguém em casa?), como já se está mesmo a ver que o pinheiro da esquerda tem os dias contados...

Foto de Rosa Casimiro

...

Tiro e queda. Lá vai pinheiro abaixo:

28/06/2016

Museu Judaico de Lisboa avança, com gestão da Associação de Turismo


In Público (27.6.2016) Por INÊS BOAVENTURA
«A Câmara de Lisboa vai contribuir com um milhão de euros para o projecto e a Fundação Patrick & Lina Drahi, do dono da PT, com 1,2 milhões de euros. O museu, em Alfama, quer contar a história dos 800 anos da presença judaica em Portugal. [...]»

...

Tudo bem à ideia do museu. Tudo mal em relação a este projecto em concreto: é feio no que se refere ao prédio da esquina, a construir de raiz, é dissonante face à envolvente, é "marca de autor" desnecessária e contraproducente face ao anonimato que sempre está subjacente aos templos judaicos e toda a sua feitura, do projecto, é sui-generis: está aprovado tacitamente sem que ninguém o tenha aprovado formalmente. Era bom que os EEA Grants se dessem conta que este projecto é isso tudo. Por último, não me parece que seja normal que a ATL vire agora "construtora" (Pavilhão dos Desportos e agora o Museu Judaico), à la EPUL do tempo da gestão PSL da CML. Mas ok.

02/07/2015

Pavilhão Carlos Lopes poderá acolher espaço museológico dedicado ao atleta


In Público (1.7.2015)
Por Inês Boaventura

«A Câmara de Lisboa aprovou a celebração com a Associação de Turismo de Lisboa de um protocolo que "disciplina a recuperação e utilização" do imóvel no Parque Eduardo VII.

A Associação de Turismo de Lisboa (ATL), à qual a Câmara de Lisboa deliberou ceder o Pavilhão Carlos Lopes por um período de 50 anos, fica obrigada a manter a designação do imóvel, comprometendo-se ainda a “dialogar” com o atleta português para encontrar uma forma de lhe prestar no espaço a “justa homenagem pelos seus feitos e carreira”.

Esse tributo, diz-se no protocolo que vai ser celebrado entre o município e a ATL, poderá “incluir a exposição de objectos e peças, fotografias, exibição de filmes e informação aos utilizadores, em condições a definir”. A minuta desse protocolo, “que disciplina a recuperação e utilização futura do Pavilhão Carlos Lopes em regime de direito de superfície, para eventos de natureza diversa”, foi aprovada esta quarta-feira em reunião camarária, com o voto contra do PCP.

“Mudar de opinião muitas vezes é uma prova de inteligência. Ainda bem que o presidente da câmara mudou de opinião”, reage o vereador do CDS, que na semana passada tinha defendido que a requalificação do imóvel no Parque Eduardo VII incluísse a criação de um espaço museológico que albergasse o espólio de Carlos Lopes. Como essa ideia não foi na altura acolhida pelo executivo camarário, João Gonçalves Pereira anunciou que iria apresentar, em conjunto com o vereador social-democrata Fernando Seara, uma proposta nesse sentido.

Com o protocolo agora discutido, o executivo presidido por Fernando Medina acabou por se antecipar a essa iniciativa. “O presidente não quis escrever que é um espaço museológico mas a descrição que faz é de um espaço museológico”, diz o vereador do CDS, acrescentando que vê como “positiva” esta “mudança de opinião de uma semana para a outra”.

“Era de elementar justiça que este espaço fosse encontrado”, frisa o autarca, criticando que o espólio do atleta esteja hoje “enfiado na garagem em casa dele, em Torres Vedras”. Algo que, considera João Gonçalves Pereira, “só pode envergonhar qualquer português”.

No protocolo que vai ser celebrado com a ATL diz-se ainda que a câmara poderá realizar no Pavilhão Carlos Lopes “até 15 eventos por ano”, “sem custos de aluguer ou outros”. Caso esse limite seja ultrapassado, o município beneficiará de “um desconto de 25% sobre os preços de tabela no aluguer”.

“Estamos a pôr um remendo em pano velho”, avalia o vereador Carlos Moura, do PCP, considerando que aquilo que é proposto “não é satisfatório”. “A câmara tinha os meios, o projecto e os dinheiros do Casino de Lisboa”, nota o autarca, que continua a defender que o município devia assumir a requalificação e a gestão do imóvel histórico e não entregá-las a terceiros.

Quanto à possibilidade de no imóvel nascer um espaço museológico dedicado a Carlos Lopes, Carlos Moura manifesta algumas dúvidas. “Corremos o risco de de hoje para amanhã termos o espólio exposto num centro de congressos. Não é a coisa mais indicada."

Venda da antiga Feira Popular aprovada

Também aprovada nesta reunião de câmara foi a proposta relativa à realização de uma hasta pública para a alienação dos terrenos da antiga Feira Popular, por um valor base de 135,7 milhões de euros. Na votação do documento, que esteve em discussão na reunião da passada semana mas só agora foi votado, PSD, PCP e CDS abstiveram-se.»

01/04/2014

Ainda a propósito dos cruzeiros:


Em artigo recente do Público, «Lisboa está entre os destinos preferidos dos passageiros de cruzeiros» (http://fugas.publico.pt/Noticias/332542_lisboa-esta-entre-os-destinos-preferidos-dos-passageiros-de-cruzeiros). Não duvido e gosto de sabê-lo.

Contudo – e há sempre um mas nestas coisas – talvez fosse assaz interessante (e mais relevante) que a APL tivesse tornado público o estudo (que está muito bem feito) na sua totalidade para que se falasse igualmente não só sobre as criticas (muito pertinentes) que constam do inquérito realizado pelo Observatório do Turismo de Lisboa, como as propostas de resolução que também por lá constam.

Mormente as críticas ao estado de abandono da cidade (edifícios degradados e espaço público degradados, estacionamento caótico, falta de limpeza das ruas); à falta de instalações sanitárias nos percursos principais (a maior parte dos visitantes de cruzeiros é de meia-idade); à falta de sinalética entre terminal de cruzeiros e pontos turísticos; à ausência de estacionamento e/ou transporte individualizado (tendo em conta os idosos que são transportados); ao assédio a turistas na Baixa (venda de estupefacientes); à falta de organização dos serviços na chegada (táxis, autocarros, etc.); à pouca capacidade de escoamento de passageiros e armazenamento de bagagens; à falta de informação (antes e depois do desembarque); à ausência total de mapas da cidade e guias atualizados (na rua e em papel), bem como em escala compreensível; à falta de informação, no local, dos vários pontos históricos; à falta de guias que abranjam zonas históricas, mas também zonas novas (parque das nações é referido) e arredores (Cascais, Sintra, Estoril, praias, Almada (Cristo Rei) – para os turistas, Lisboa inclui Almada a Sintra; à falta de guias turísticos locais com adequado conhecimento dos locais a visitar ou com sugestões de visita; à ausência total de mapas da cidade e guias atualizados (na rua e em papel), que abranjam zonas históricas, mas também zonas novas (o Parque das Nações é referido) e arredores (Cascais, Sintra, Estoril, Caparica); à falta de guias turísticos locais com adequado conhecimento; à falta de informação sobre transportes a utilizar; à falta de informação de percursos preferenciais (menos inclinação, elevadores, etc.); à falta de informações úteis como farmácias, sanitários, centros comerciais, polícia.

Curiosamente, o item ”terminal de cruzeiros” é desvalorizado pelos passageiros de cruzeiros, ou seja, é indiferente a sua arquitectura É mais importante a capacidade de escoamento e o “antes-depois”, ou seja, a informação, acolhimento e encaminhamento, ou seja, a cidade.

Já no que toca aos factores mais valorizados, foram-no a cultura e o que diferencia Lisboa do resto do mundo: fado, calçada, pessoas. Pois…

Conclui-se que o imenso potencial das centenas de milhares de visitantes é desperdiçado. São visitantes de curta duração e de necessidades especiais e a cidade tem de se adaptar a esse nicho. O terminal de cruzeiros é uma melhoria mas não é preponderante no aproveitamento do potencial. Autarquias e turismo de Lisboa têm um grande trabalho para aproveitar, economicamente, este potencial.


Foto: Público

02/10/2013

Congratulações pelo restauro do Arco da Rua Augusta e da estátua de D. José I

Resposta da ATL:

...


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa


Serve o presente para congratularmos a CML e V. Exa. em particular pela recuperação do Arco da Rua Augusta e da estátua de D. José I, dois restauros que tardaram muitos anos para acontecer e que não podiam tardar mais. Lisboa agradece, e ninguém poderá dizer o contrário.

Com efeito, nós próprios pugnamos por ambos os restauros desde a nossa fundação, i.e., desde há 11 anos a esta parte. Inclusivamente, criticámos severamente as instâncias estatais responsáveis por ambos os monumentos quando por diversas vezes anunciaram publicamente datas e orçamento para o restauro do Arco Triunfal, por ex., para logo a seguir as datas e as verbas se esfumarem como por encanto.

O estado físico quer do Arco quer da estátua era a todos os títulos deplorável e confrangedor para a cidade e para todos, pelo que o seu restauro, melhor dito, a devolução de ambos a um estado de decência mínima é uma vitória da CML (e da ATL), em primeiro lugar, mas também é da cidade.

Pelo facto apresentamos os nossos agradecimentos.

No entanto, cumpre-nos apontar alguns pormenores que, não parecendo, se revestem de grande importância para quem esteja atento aos detalhes:

1. Arco da Rua Augusta

1.1. Pombos - Não entendemos como não se colocou nenhum dispositivo que evite ao máximo a presença de pombos, o que nos faz temer pela necessidade de nova obra a muito curto-prazo.

1.2 Caixa do elevador - Não entendemos como não se projectou de outra forma o encaixe do elevador de acesso à sala do relógio, de modo a evitar-se a presença daquele imenso elemento espúrio (ainda que rebocado a branco para se confundir com a pedra...) no topo do telhado a tardoz do edifício do STJ.

1.3 Esculturas - Tememos pelo efeito corrosivo a médio prazo na pedra da colocação durante a obra de pregos e acoplados metálicos aos elementos escultóricos do Arco a fim de um mais fácil manuseamento dos andaimes então montados.

1.4 Lajes - Não entendemos a precipitação em substituir-se os losangos em mármore partidos sob o Arco por laje em lioz de tez esbranquiçada, o que provoca uma indisfarçável dissonância com o resto do piso e que, a nosso ver, não é consentâneo com a envergadura que se pretende de toda a operação de restauro.

1.5. Miradouro - Sugerimos a substituição dos corrimãos em aço inoxidável, existentes no troço sala do relógio-miradouro por outro tipo de material que seja mais resistente ao calor (sob a acção directa do Sol vai ser difícil alguém segurar-se-lhes...), e apelamos ao bom senso de V. Exa. para se evitar a tentação de ali se vir a abrir qualquer tipo de esplanada.

1.6 Relógio - Regozijamo-nos com o novo ímpeto dado pela CML (ATL) ao restauro do relógio e ao mecanismo do sino, mas chamamos a atenção para a necessidade de, a curto-prazo, a CML (ATL) ter de providenciar uma nova desmontagem de todo o mecanismo do relógio a fim de se corrigirem as deficiências herdadas e proceder à inevitável remontagem minuciosa do mesmo e à efectiva calibragem dos ponteiros, para que o relógio não volte a estar em perigo de ruptura a médio-prazo com tem estado desde o célebre 'restauro' de há nem 5 anos.

2. Estátua de D. José I

Continuamos sem compreender como é que neste caso (não estamos perante esculturas da Antiguidade...) não foram recuperados os elementos decorativos em falta/mutilados do conjunto alegórico da base da estátua (fotos em anexo, por Miguel Jorge), elementos que, recorde-se, não foram quebrados ou vítimas da ferrugem há centenas ou milhares de anos, mas selvaticamente mutilados ao longo dos últimos 20 anos.

A nosso ver, esta era/é a oportunidade certa para se refazer os dedos quebrados, a trompa, os arreios, etc. - recorde-se, a este propósito, que com o crescendo da delinquência (e não sanção dos delinquentes), a partir de agora, se abre um grave precedente: a cada escultura que se parta ou roube um elemento decorativo, nada será reconstituído.

Apelamos a V. Exa. a que reveja esta situação, a fim de podermos ter esperança de que não só a nossa melhor estátua como todas as outras estátuas mutiladas na via pública de Lisboa num passado recente (Marquês de Pombal, Largo da Armada, Entre-Campos, etc.) possam voltar ao seu esplendor.

Na expectativa, aceite os nossos melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Luís Serpa, Pedro Formozinho Sanchez, Pedro Fonseca, Fernando Jorge, Jorge Lopes, Rossana Ballabio, Luís Marques da Silva, Jorge Lopes, Carlos Matos, Nuno Caiado, Júlio Amorim, Virgílio Marques e Miguel de Sepúlveda Velloso

18/04/2013

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios: Praça do Comércio (MN)
















Monumento Nacional ou Terreiro de Feirantes? Finalmente os portugueses assentaram arraiais no Terreiro do Paço. Viva a Feira do Terreiro do Paço?! Foi assim que esteve esta praça emblemática de Portugal nas férias da Páscoa.

15/04/2013

Trabalhos com vista ao restauro do Arco da Rua Augusta estiveram suspensos por ordem do Património


In Público (15/4/2013)
Por Inês Boaventura

«A obra vai custar metade do previsto, diferença que a ATL atribui a um “empolamento defensivo das estimativas iniciais”

A Associação Turismo de Lisboa (ATL) iniciou a montagem dos andaimes com vista ao restauro do Arco da Rua Augusta, actualmente ainda em curso, antes de submeter o projecto à aprovação da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), o que levou esta entidade a determinar a suspensão dos trabalhos no início do ano.

Segundo uma informação assinada por técnicos da DGPC, essa determinação foi transmitida por Isabel Cordeiro, directora-geral daquela entidade, a responsáveis da Câmara de Lisboa e da ATL numa reunião realizada em 23 de Janeiro. Os técnicos acrescentam que nos dias 29 e 30 foram ao local “para averiguar do cumprimento da decisão”, tendo sido informados pelo “responsável pela montagem dos andaimes” que essa operação “fora suspensa, por ordem superior, desde 25 de Janeiro”.

Esta versão dos factos é desmentida pela ATL, que, respondendo a perguntas do PÚBLICO, confirmou a realização da referida reunião, mas garantiu que nela “foi feita uma discussão global sobre a questão do restauro e abertura do arco”. “Não nos foi dito, nem formal nem informalmente, para suspender a montagem dos trabalhos. Nem nessa altura, nem antes, nem depois”, garante o dono da obra através de uma agência de comunicação.

A montagem dos andaimes também mereceu uma reacção do Ministério da Justiça, com sede no Terreiro do Paço, tendo a sua secretária-geral enviado a Isabel Cordeiro (no fim de Janeiro) um ofício solicitando-lhe que a informasse, “o mais urgentemente possível”, sobre “as medidas de segurança adoptadas para a manutenção da integridade do edifício (...), de forma a impedir a intrusão nas instalações, muito facilitada pelos andaimes já colocados”. “Em momento nenhum esta secretaria-geral foi consultada ou mesmo avisada das referidas obras”, continua Maria António Anes.

Só a 24 de Janeiro é que o director-geral da ATL enviou formalmente à DGPC “a proposta do adjudicatário da empreitada de restauro do monumento”, em relação à qual solicitava um parecer “com a máxima urgência”. Nessa missiva, Vítor Costa sublinhava que a proposta enviada se referia a um concurso lançado “para execução do projecto elaborado pelo Estado através da extinta Frente Tejo”. Questionada pelo PÚBLICO sobre se considerava esse parecer desnecessário e se tencionava começar a empreitada sem ele, a ATL respondeu que “a obra de restauro tem por base um projecto entregue pela DGPC à CML para ser implementado”, acrescentando que numa reunião realizada a 17 de Janeiro técnicos da DGPC informaram “que, apesar de o projecto ter vindo da DGPC, esta considerava que tinha de se pronunciar formalmente sobre o mesmo antes de se iniciar a intervenção”.

A documentação entregue por Vítor Costa mereceu os reparos de quatro técnicos superiores da DGPC. Estes frisaram que não tinham sido enviados o programa do concurso e o caderno de encargos e que na proposta do adjudicatário da obra (a empresa CaCo3 em consórcio com a HCI) não havia qualquer referência à substituição de caixilharias — rubrica que constava do caderno de encargos antes elaborado pela sociedade Frente Tejo.

Dizia-se ainda ser “essencial a integração dos trabalhos de iluminação e segurança que faziam parte do projecto-base”.

Na mesma informação escrita, os técnicos constatavam que, ao contrário do que estava previsto, “a equipe projectista [Atelier15, do Porto] e a tutela” não tinham sido chamadas pela ATL para participar “na fase de concurso”. Destacava-se ainda a importância de ambas as entidades participarem na fiscalização da obra, “no sentido de assegurar a qualidade da intervenção”, algo que acabou por se verificar a partir de 18 de Março.

Os técnicos da DGPC chamaram ainda a atenção para a “discrepância entre os valores calculados no projecto-base e os valores apresentados na proposta da empresa” a quem a ATL adjudicou a obra e entre os prazos de execução previstos em cada um deles. No projecto-base, o orçamento era de mais de 930 mil euros e o prazo era de um ano. Na proposta que avançou, o orçamento era de 480 mil euros e o prazo de sete meses.

Numa segunda informação escrita, elaborada já depois de a ATL ter enviado informação complementar entretanto solicitada, técnicos da DGPC dizem que a análise do caderno de encargos permitiu concluir que “o dono da obra assumiu decisões unilateralmente no que concerne ao projecto e suas alterações sem prever o acompanhamento e consulta da DGPC ou do Atelier15”.

“O projecto em execução é rigorosamente o que foi elaborado para o Estado e aprovado pela DGPC”, contrapõe a ATL. Quanto às discrepâncias de valores mencionadas, diz-se que “vários projectos, como este, elaborados pela Parque Expo para a Frente Tejo foram executados por valores muito inferiores aos previstos inicialmente, sem quebra de qualidade”, acrescentando-se como explicações o “previsível empolamento defensivo das estimativas iniciais” e a “conjuntura de crise que o mercado das obras atravessa”. Quanto às caixilharias e instalações eléctricas, refere-se que “estão incluídas na empreitada de construção civil”.»

11/04/2013

Arco da Rua Augusta pronto no fim do Verão


In Público (11/4/2013)
Por Inês Boaventura

«A Associação Turismo de Lisboa vai pagar as obras de limpeza e restauro do arco e a instalação do elevador, num total de 896 mil euros

A intervenção no Arco da Rua Augusta, incluindo a operação de limpeza e restauro que arrancou em Março, mas também a instalação de um elevador para permitir o acesso ao topo do monumento, deverá estar concluída no “final do Verão”. Essa é a expectativa da Associação Turismo de Lisboa (ATL), que vai custear as obras, orçadas em mais de 800 mil euros.

Em resposta ao PÚBLICO, a ATL, associação financiada principalmente pelo município, informou que a empreitada de limpeza e restauro começou “após a aprovação pela Direcção-Geral do Património Cultural a 5 de Março”, prevendo-se que termine “até ao fi nal do Verão”. A obra foi adjudicada à empresa CaCo3, em consórcio com a HCI, após terem sido consultadas cinco “empresas especializadas”.

Está em causa um investimento de 470 mil euros, que será suportado pela ATL “com capitais próprios”, montante que poderá aumentar, caso se decida introduzir “uma solução anti-aves” que está em estudo.

Quanto à instalação de um elevador para permitir o acesso ao salão de abóbadas, que alberga a maquinaria do relógio do arco, e ao miradouro existente no topo, a ATL informou, através de uma agência de comunicação, que o custo previsto é de 426 mil euros. Esse valor inclui não só a instalação do equipamento, mas também “substituição das caixilharias, recepção, bilheteira e exposição sobre a história do arco”.

Segundo a ATL, “já foram realizadas algumas pequenas obras preparatórias no edifício do Supremo Tribunal de Justiça [STJ]”. “O elevador foi encomendado e as restantes obras serão iniciadas em breve. Esperamos ter tudo concluído no final do Verão”, acrescentou aquela entidade. Isto, apesar de a proposta ontem aprovada por unanimidade pela Câmara de Lisboa apontar o dia 31 de Agosto como a data até à qual o STJ tem de desocupar parte das suas instalações na ala norte do Terreiro do Paço, para permitir»

21/01/2013

Harboring Tourism: International Symposium on Cruise Ships in Historic Port Communities


Uma conferência com muita relevância para o caso de Lisboa - basta ver o impacto visual, e não só, que os enormes navios de cruzeiro têm na zona ribeirinha histórica como é Alfama. Será que vai alguém a representar o Porto de Lisboa ou a ATL ou ainda a CML? Em Lisboa ainda estamos na infância da boa gestão de turistas/turismo: primeiro gastamos milhões a atrair turistas e só depois é que pensamos como gerir os milhões de turistas que invadem monumentos, transportes públicos, etc. www.wmf.org
 
Harboring Tourism: International Symposium on Cruise Ships in Historic Port Communities
 
Wednesday, February 6-Friday, February 8, 2013
 
Charleston, South Carolina, USA
 
World Monuments Fund, the National Trust for Historic Preservation, and the Preservation Society of Charleston are hosting an international symposium on cruise tourism in historic port communities, in cooperation with the International Council of Monuments and Sites, the Center for Responsible Travel, and the Coastal Conservation League. Called "Harboring Tourism: A Symposium on Cruise Ships in Historic Port Communities," it will be held in Charleston, South Carolina, from February 6-8, 2013.

The symposium will examine approaches to cruise tourism in historic port communities around the world. The symposium will address the challenges of developing policies that benefit local communities by ensuring an effective balance of economic, environmental, and social concerns with the protection of heritage resources that provide distinction and attract visitors. By creating sustainable strategies for cruise industry development and management, historic port communities can encourage tourism and preserve local character. Participants from around the world are invited to attend the symposium and contribute ideas. Conference proceedings will be published and made available electronically.
The symposium will be hosted in historic Charleston, which has been at the center of an ongoing debate about the impact of the cruise industry on historic ports. Concerns over the effects of increased cruise tourism led the National Trust to put Charleston on "watch status" in 2011, and the Historic District was included on the 2012 World Monuments Watch to highlight these concerns and prompt discourse about how best to balance heritage management and cruise ship tourism.

Conference Details
  • The conference will be held at the historic Francis Marion Hotel
  • The registration fee for the conference is $350  
Current members of the Preservation Society of Charleston, the National Trust for Historic Preservation, and students will be eligible for a discounted registration fee of $300. Registration includes: Wednesday evening reception; breakfast, lunch, and dinner on Thursday; and breakfast on Friday.  
 
Registration 

Please visit PreservationSociety.org or call 843-722-4630 to register and for information on speakers and schedules.

05/09/2011

Porquê Lisboa?

In Diário de Notícias (3/9/2011)


«Mais do que estar na moda, Lisboa é um destino turístico que marca tendências e que dita a moda.

E por que razão Lisboa e não outra cidade? A resposta é simples: porque Lisboa, para além da sua beleza natural e patrimonial, é uma cidade segura, tem uma excelente relação preço /qualidade, possui um clima ameno ao longo de todo o ano, e oferece excelentes infra-estruturas, o mesmo será dizer que existe sempre uma Lisboa à medida das expectativas de cada visitante.

Graças à riqueza e à diversidade da sua oferta, a capital portuguesa é procurada tanto por quem pretende fazer um city break como por quem viaja em trabalho, ou pretende conciliar as duas situações. É sempre possível fazê-lo em Lisboa.

A capital portuguesa está também nas preferências das grandes marcas internacionais, que a elegem frequentemente para gravar os seus vídeos promocionais. E, ao dizer isto, estou a falar concretamente de marcas de reconhecido prestígio como a Aston Martin, a Absolut ou a Ford... mas podia citar muitas outras marcas dos mais diversos produtos.

Mas a eleição da nossa cidade como cenário para gravações não se limita à publicidade. Estou a lembrar-me de casos recentes envolvendo, por exemplo, a TV Globo, que filmou cenas de uma telenovela brasileira em Lisboa, assim como da estação norte-americana de televisão ABC, que enviou uma equipa composta por dezenas de pessoas para filmar cenas de um reality show, com uma audiência de milhões de telespectadores no país e no estrangeiro.

Extrapolando esta realidade para o País, podemos afirmar, sem margem para dúvidas, que Lisboa é a força motriz da economia portuguesa. No ano passado, por exemplo, perto de um terço das receitas nacionais de Turismo foi gerado na Área Metropolitana de Lisboa (AML), a qual foi ainda responsável por mais de 23 por cento das dormidas a nível nacional e por mais de 29 por cento das receitas.

Este sucesso advém, sobretudo, do esforço promocional que Lisboa tem vindo a desenvolver junto de mercados emissores consolidados e emergentes, nos quais dá a conhecer a diversidade da sua oferta turística. Da riqueza do seu património à gastronomia, do calendário anual de eventos às infra-estruturas aptas a receber os mais diversos eventos, Lisboa revela-se como um destino de eleição, onde cada turista ou visitante pode e deve vivenciar uma experiência única.

Viver a cidade é, em suma, a proposta que Lisboa faz a quem a visita.

VITOR COSTA Director-geral do Turismo de Lisboa»

28/06/2011

"Ask me Lisboa" but only after my lunch!

"Ask me Lisboa"... but only after my lunch!

É normal que o posto de informação na RUA AUGUSTA - repito, RUA AUGUSTA - feche para almoço?! Isto é uma vergonha para o Turismo de Lisboa (capital de Portugal, certo?).

14/01/2010

Exclusivo publicitário da Red Bull pode inviabilizar prova no Tejo, admite Costa

In Público (14/1/2010)
Por Ana Henriques


«Câmara de Lisboa contava obter receitas com o aluguer de espaços entre Algés e Alcântara, mas não sabe se o acordo aceite pelo Turismo lhe permite explorar essas áreas


O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, admitiu ontem que existe uma cláusula contratual relativa ao exclusivo publicitário da corrida de aviões Red Bull que pode vir a inviabilizar a prova na capital, prevista para Setembro.

O autarca falava no final de uma reunião de câmara em que todos os vereadores da oposição criticaram, com veemência, o contrato "leonino" firmado entre a Associação Turismo de Lisboa (ATL) - de que o município faz parte - e a Red Bull, com vista à realização do espectáculo aéreo. Diz o documento que as Câmaras de Lisboa e de Oeiras terão, juntamente com a ATL, de pagar à Red Bull 3,5 milhões de euros pela corrida, assegurando também todas as suas necessidades logísticas. O acordo é bastante diferente daquele que vigorou nas anteriores edições, que tiveram lugar no Douro. As Câmaras de Gaia e do Porto nunca pagaram mais de 400 mil euros cada uma aos organizadores da prova, cujo risco comercial esteve sempre do lado de uma empresa privada, a Extreme, que intermediava o negócio.

Já as autarquias de Lisboa e de Oeiras, que se preparam para acolher a edição deste ano, vão ficar dependentes do apoio de patrocinadores para conseguirem reunir pelo menos parte significativa dos 3,5 milhões. Só que o contrato assinado pela Associação de Turismo de Lisboa estabelece que o exclusivo publicitário da área onde se realiza a prova, entre Alcântara e Algés, pertence à Red Bull - tal como os direitos de transmissão televisiva. Toda a área ou apenas uma parte? Redigido em inglês [ver caixa], o documento levantou ontem grandes dúvidas quer aos vereadores quer a António Costa, que vai pedir esclarecimentos à ATL.

A Câmara de Lisboa contava obter receitas alugando espaços nesta zona - a restaurantes, por exemplo - ou cedendo-os a patrocinadores. "A clarificação desta cláusula é crucial", observou ontem o presidente da autarquia. "Se a Red Bull tiver o exclusivo de toda a área, isso implicará um custo para a câmara que não podemos considerar". E tal inviabilizaria a realização do evento em Lisboa? António Costa respondeu que sim.

Para o vereador do CDS-PP, António Carlos Monteiro, todo o processo tem sido conduzido de forma "pouco transparente e absolutamente leviana", com consequências gravosas para o erário: "Este contrato estabelece que a carne fica do lado da Red Bull e os ossos do lado da câmara". O seu colega do PCP, Ruben de Carvalho, mostrou-se também preocupado: "O contrato entre o Turismo de Lisboa e a Red Bull é inaceitável". Já o vereador social-democrata Victor Gonçalves exigiu um estudo de viabilidade financeira do evento.

As objecções fizeram com que a votação do assunto na câmara tivesse sido adiada para a semana que vem. Quanto à Red Bull, continua a manter-se em silêncio, invocando a confidencialidade prevista no contrato.»

25/12/2009

ELÉCTRICO 28: «501 MUST-TAKE JOURNEYS»

O Eléctrico 28 foi seleccionado pela editora inglesa OCTOPUS como uma das 501 MUST-TAKE JOURNEYS do mundo. A crescente atenção dada aos eléctricos clássicos de Lisboa deve ser tomada muito a sério por todos nós. É urgente planear o regresso de algumas das linhas encerradas no passado de que é exemplo o Eléctrico 24 (Cais do Sodré / Campolide). Tanto a CARRIS como a CML e a ATL devem colaborar no sentido de aumentar a oferta de eléctrico clássico de modo a antecipar o aumento de turistas em Lisboa. Esta é uma questão estratégica tanto para o desenvolvimento da Mobilidade como do Turismo.

LISBON TRAM LINE 28

Lisbon’s Tram Line 28 takes you across four of the seven summits upon which Lisbon stands, in the course of a classic journey through some of the most interesting areas of this historic city. In 1873, a mass public transport company called Carris began operations, gradually introducing electric trams and new routes across the city. Although most lines today use modern, articulated vehicles, Line 28 uses remodeled vintage beauties, which are entered at the front and exited at the rear. The trams depart every seven minutes or so from Largo Martim Moniz, making their way up the Mouraria hill to Largo da Graça, before trundling down through Alfama, the oldest, most beautiful and best known part of the city.

The next port of call is Baixa, the lower city, which was rebuilt in French neo-classical style after the earthquake of 1755, by the Marquês de Pombal. Climbing uphill again, the trams pass through the old city centre, replete with theatres, and on through the traditional nightlife areas, the Bairro Alto and the Bica, haunt of writers and artists. Rattling and clanking their way up and down the hills, through narrow streets, the trams pass many important sites, including handsome churches, the Parliament building and the Cathedral, before finally reaching the Cemitério dos Prazeres - Cemetery of the Pleasures – where members of Lisbon’s noblest families are buried.

This trip is great fun. The trams are often crowded – people sometimes even hitchhike by hanging onto the outside as it rattles along. It’s noisy with laughter, chitchat and occasional shouts of abuse at cars blocking the way. The bell rings to alert people and traffic to the tram’s presence, and there are frequent stops. Your best bet is to buy a pass allowing you multiple journeys, in order to jump on and off whenever you want.

in 501 MUST-TAKE JOURNEYS, Octopus, London 2009


Nota: Ainda de Portugal foram seleccionadas as seguintes viagens: Tua Railway, Vicentine Coast e Walking the Levada do Caldeirão in Madeira.