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11 de dezembro de 2017

Descobrir o essencial!



Diante do Senhor que vem, reconhecemos que os nossos caminhos não são os seus (cf. Is 55, 9) e somos impelidos a converter-nos, a mudar de rota, a mudar de orientação da vida para voltar para o Senhor.
Trata-se, além disso, de descobrir o essencial. João é símbolo da essencialidade e simplificação: os textos falam da sua sobriedade de alimento e da sua pobreza no vestir. A essencialidade da sua mensagem espiritual está ligada à essencialidade do seu viver, do seu corpo, voz, espera.

Luciano Manicardi, Comentário à Liturgia Dominical e Fesiva. Ano B.

13 de outubro de 2017

Um Deus que serve!


EVANGELHO – Mt 22,1-14. XXVIII Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e os cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’. Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio; os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos. O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos, que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade. Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes’. Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados. O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial. E disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’. Mas ele ficou calado. O rei disse então aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí haverá choro e ranger de dentes’. Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos».



Esta parábola ajuda-nos a não nos enganarmos sobe Deus. Muitas vezes, pensamos Nele como um Deus que chama a servi-lo e, pelo contrário, é Ele que nos serve. Muitas vezes tememo-lo como o Deus dos sacrifícios e, no entanto, Ele é o Deus que toma a peito a nossa alegria. 
Pensamos Nele distante, marginalizado, contudo Ele está no coração da vida, dentro desta sala do mundo, como uma promessa de felicidade. E prefere a felicidade dos seus filhos à sua fidelidade. Porque a alegria é como uma escada de luz que pousa no coração e se eleva até Deus.

Ermes Ronchi e Marina Marcolini, in “A Esperança que nasce da Palavra”  

1 de março de 2017

Palavra para a Quaresma - Papa Francisco




"A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão."

leia aqui a Mensagem do Papa Francisco e do Bispo de Aveiro
http://paroquiagloria.org/v2/?p=5290

16 de junho de 2012

A semente é a Palavra

 
A semente é a Palavra
que tem em si a irresistível força
de nascer, de florir e de crescer.

A semente é a Palavra
não é preciso puxar por ela
para que irrompa da terra.

A semente é a Palavra
que não precisa que o agricultor
esteja vigiando o desabrochar.

A semente é a Palavra
que aparece sempre depois
da desaparição do semeador.

A semente é a Palavra
é pequena, mas capaz
de fecundar o solo onde cai.

Só por si nasce a semente
da Palavra de Deus,
rosto vivo em Jesus.
Cresce e madura, dá fruto e dá flor
erguendo-se, bem alto, ao tamanho do amor.

A palavra de Deus
grão pequeno e vigoroso
é semente de amor.
Persiste e cresce em cada momento
mas sempre liberta nas asas do tempo.
 
Pe. JAC



 

Quem ouve… pratica!

A Palavra do Senhor,
Vivida e praticada
É a condição maior,
Para uma vida inteira dada.

Escutar com atenção
Praticar no dia-a-dia
É nossa grande missão
Para viver com alegria.

Como espada de dois gumes
Como pão que nos sustenta
Quem a ouve e a escuta
Vive dela e se alimenta.

Ser família de Jesus
É uma graça sem igual,
Tão fácil e tão especial:
É Ele que nos conduz.

Fala-nos, Senhor Jesus,
Porque és nosso bom pastor
És também a nossa Luz
Verdade, Vida e Amor.Pe. JAC

1 de dezembro de 2011

Advento 2011. Prudentes ou Insensatos?

Vós estais perto, Senhor;
a vossa palavra é caminho da verdade.
São firmes todos os vossos mandamentos.
Vós existis desde toda a eternidade.


Se a Palavra da Vida que escutamos, que é Palavra-Pessoa, Jesus Cristo, Verbo, Logos, Dabar de Deus, não se faz vida em nós, corremos sempre o risco de um dia nos dizerem “Não vos conheço”.
O critério averiguador da qualidade do nosso seguimento de Cristo é efectivamente a prática da Palavra escutada, fazendo-se vida nas nossas vidas.
Seremos prudentes ou insensatos na medida em que a Palavra de Deus se faz “luz dos nossos passos e luzeiro dos nossos caminhos”.
Estamos sempre a tempo de começar, mesmo neste começo de Dezembro.
Em Dezembro, pode cair a chuva, vir as torrentes e soprar os ventos… se a casa que somos, porque “templos do Espírito Santo”, resistir é porque estamos plena e firmemente enraizados em Cristo, e o temos como “rochedo da nossa Salvação”.
Dou graças a Deus por todos os que ouvem a Palavra e a põem em prática.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos homens.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos poderosos.

Abri-me as portas da justiça:
entrarei para dar graças ao Senhor.
Esta é a porta do Senhor:
os justos entrarão por ela.
Eu Vos dou graças porque me ouvistes
e fostes o meu salvador.

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz.
Salmo 117 (118), 1.8-9.19-21.25-27a

19 de março de 2010

A Caminho da Páscoa: um Grande Fim de Semana!!!


Um fim de semana em cheio. Neste caminho para a Páscoa, vejo-me, em amplitude máxima, em plenitude, a desempenhar o meu ministério diaconal, concretamente no anúncio da Palavra de Deus.
Hoje, dia de S. José, com os cristãos da Borralha, numa festa da catequese para todos os pais. É bom confrontar a vida, com a do pai adoptivo de Jesus, o homem justo e obediente, que faz da vontade de Deus a sua vontade. Deixo a seguir as minhas ideias partilhadas, numa celebração de acção de graças.

Em Águeda começa a celebração do Senhor dos Passos, e neste primeiro dia, os nossos olhos voltam-se mais especialmente para a Mãe, a Senhora da Dores, Mãe da Solidariedade e do Bom Conselho. Partilharei depois aqui as minhas ideias apresentadas.
Amanhã, em duas celebrações, encontro-me com os cristãos, em celebrações da Palavra. Uma em A-dos-Ferreiros, outra no Gravanço. Com eles, poderei contemplar o Deus do perdão. "Ninguém te condenou? Nem eu te condeno".
Domingo volto a anunciar a Palavra de Deus, no Sermão do Encontro, e no Sermão do Calvário. Com isto vou abrindo-me à luz da Ressurreição, pela qual devemos ler todos estes passos de Cristo.

Por agora rezo e agradeço ao Senhor por tudo isto. Porque tudo isto faz parte da minha vida, do meu caminho, do meu ministério. E eu agradeço. E peço que rezem por mim, para que seja bom e fiel transmissor e anunciador da Palavra de Deus, que é Jesus Cristo.

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1. Celebramos a festa litúrgica de S. José, dia dedicado com plenitude de sentido, ao Pai. Aos nossos e aos de todos.
Humanamente falando, hoje temos uma belíssima oportunidade de agradecermos os pais que temos. Pelo que eles foram para nós, pelo que serão no futuro, mas, particularmente, pelo que eles são no presente, neste tempo que nos é dado viver.
Todos nós somos filhos, todos devemos a nossos pais uma gratidão incomensurável.

2. Teologicamente falando, este dia surge como oportunidade para olharmos S. José, pai terreno de Jesus, como modelo e exemplo da paternidade, mas também como exemplo de fé e de confiança nas promessas e nas palavras de Deus.
Olhamo-lo como personagem singular da história da salvação. Ele foi escolhido para ser o pai adoptivo de Jesus.

3. O Evangelho de Mateus faz-nos olhar S. José pelo prisma da fidelidade e do consentimento ou assentimento à vontade de Deus.
O evangelista fala depois do nascimento de Jesus. Conta em modo directo esse nascimento, dando relevo à figura de José.
Face ao mistério da incarnação – no qual Maria concebe Cristo pela virtude e pela força do Espírito Santo – José, esposo de Maria, não querendo difamá-la resolveu repudiá-la em segredo. Não é de estranhar, humanamente falando, esta reacção de José, que, apesar de ser um bom e justo judeu, não compreende ainda os desígnios de Deus neste nascimento milagroso.
Mas nessa altura, a epifania, a revelação de Deus, por meio do Anjo, vem colocar as coisas em ordem. “Não temas receber Maria pois o que nele se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus”. Deus diz a José como vão ser as coisas. E o texto termina: “José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara”.

4. Aqui está o ensinamento que podemos retirar deste grande santo da Igreja. José faz da vontade de Deus a sua própria vontade. Ele aceita o plano. Não porque não tem outra saída, mas porque confia, porque sabe que Deus tem um plano de salvação para a humanidade.
José faz-se deste modo instrumento de Deus na execução do plano salvador, não só porque aceita a vontade de Deus, mas porque a sua vida, daí em diante, estará em estreita relação com o Filho e com a Mãe.
José soube ser verdadeiramente Pai, ainda que adoptivo, ou seja, não biológico. Foi José, com Maria, que educou, que esteve perto, sempre presente, sempre ao lado de Jesus. E quando não esteve ou deixou de estar, particularmente depois da morte de José, encontrou a melhor forma e sinal de estar perto do Filho e de Maria.

5. Não me quero alongar mais. E porque hoje é dia de agradecermos os pais que temos permitam-me terminar com uma história a este respeito: é a história do nó!

História do Nó

Era uma vez, uma família normal e natural. Um casal, ainda jovem, com um filho que estava no 2.º ano da escola.

No final do período, os pais foram convocados para uma reunião com a directora de turma. Nessa reunião a professora falou aos pais da importância destes dedicarem tempo e atenção aos seus filhos, ao seu crescimento e às actividades em que eles estão envolvidos.


A certo momento, o pai da nossa história pediu a palavra e disse que, infelizmente, por causa da ocupação profissional, tinha pouco tempo para estar com o seu filho, e às vezes, passava dias sem falar com ele.

Mas, contou também a forma que encontrou para manifestar e mostrar ao filho quanto o amava e gostava dele. Disse o pai: “todas as noites, quando chego a casa, mesmo já cansado do trabalho, vou junto da cama do meu filho, que já dorme, e dou-lhe um beijo. Ao mesmo tempo, faço um nó no lençol. Este foi o sinal que combinamos para que ele, ao acordar, se lembre que estive junto dele e que lhe dei um beijo de boa noite”.

Na sala, todos ouviram emocionados a história.

No final da reunião, a professora, em conversa com esse pai, agradeceu o testemunho e ficou extremamente admirada ao ver que esse senhor era pai de um dos seus melhores alunos.

Moralidade: A relação de pai e filho é fundamental para um crescimento saudável e harmónico. O amor, o carinho, a presença, a proximidade do pai são fundamentais no processo de crescimento, mas neste, também os sinais e as provas de amor e afecto têm um lugar fundamental.

(ideias partilhadas na celebração do dia litúrgico de S. José)

JAC

18 de dezembro de 2009

20.º dia de Advento. Ó Menino Deus, vem resgatar-nos com o poder do teu braço!



Chegamos à segunda dezena de dias de preparação para o Natal. E já está a acabar. É tão curto, mas tão cheio e tão profundo… que deixa pena. E esta iniciativa – apesar de dar trabalho (quanto me custou hoje escrever este texto!!! O tempo não dá para tudo!) – tem-se revelado fantástica e enriquecedora. Todos temos aproveitado, com certeza…

Mas como tempo de preparação que é, é bom e salutar que o Advento passe para que, mais depressa, chegue o motivo da nossa preparação: Jesus Cristo, o Emanuel, Deus-connosco, o Menino Deus.

Estamos no que podemos chamar “Semana Santa do Advento” que iniciamos ontem, a Novena do Menino, que em tantas terras se celebra.

E a própria liturgia muda de tom. Tudo se orienta para o Natal. Todos os olhos se concentram em Jesus, o Prometido, a Promessa. Somos convidados a viver com mais alegria, pondo-nos também na pele daqueles que viveram in loco o nascimento de Jesus – Maria, José, Zacarias, Isabel…

Os Evangelhos apontam já para o nascimento de Jesus, e as leituras elencam relatos e anúncios das promessas de Deus no AT, que também se direccionam para Jesus, o Messias da descendência de David. A própria liturgia das Horas, em jeito lírico, abre portas ao Natal, concretamente com as conhecidas “Antífonas do Ó” (Hora de Vésperas).

Ora, todas estas alterações devem também fazer mudar o nosso coração. É grande o mistério do Natal. Aquilo que peço hoje, para mim e para quem quiser abraçar o desafio, é que deixemos espaço para que ele aconteça na nossa vida: o Natal é o mistério do Deus rebaixado e do homem elevado!...
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Natal: Deus rebaixado, homem elevado


O Natal é muitas coisas. Nas suas origens está a festa romana do solstício de Inverno, como um convite a celebrar a vida que cresce, a natureza que vence a obscuridade, a noite e a morte, o sol que volta a ser potente e pujante. É festa de reencontro e de calor, festa de exuberância, de potência e de um certo excesso.
Não está radicalmente mal, que estes dias sejam para todos, cristãos incluídos, dias de excesso. Não se pode é deixar permitir que o excesso se reflicta apenas na comida e na bebida, nos presentes e no consumismo, não se repercutindo, mais que tudo, nos bons desejos e nas boas vontades.
Para os cristãos, o fulcro é a celebração da festa da presença intensíssima do Filho de Deus e esses bons desejos devem encher-se e incluir a fraternidade.
Deixar que o Menino nasça verdadeiramente no coração de cada um, deixar que Ele inunde a nossa vida de bênçãos e de graças – Ele que é a Bênção e a Graça – é o mais importante nesta quadra.
Que se aproveite este tempo para uma sentida e vivida reunião familiar. Que o Natal seja também e fundamentalmente festa da família, de encontro e de partilha à volta da mesa da refeição.
O tempo litúrgico do Natal é curto, cinge-se a alguns dias. Mas é grande o mistério que nele e por ele se celebra: o mistério da Encarnação do Verbo – mistério grande de Deus que se rebaixa para elevar o homem. Tudo concentrado no simples e singelo quadro do Presépio que podemos e devemos adorar.
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Comprometo-me a abrir as portas do meu coração a Cristo. Grito como João Paulo II: “Aperite portas Redemptori” (Abri as portas ao Redentor). Vivamos o Natal. Não o deixemos passar ao lado.

Com as palavras do padre Tolentino de Mendonça rezo para que seja Natal em mim e em Ti! E com estas palavras e porque de hoje a oito dias é Natal desejo já para todos um Santíssimo Natal com a bênção da presença do Menino no teu coração!



O Natal não é ornamento: é fermento
É um impulso divino que irrompe pelo interior da história
Uma expectativa de semente lançada
Um alvoroço que nos acorda
para a dicção surpreendente que Deus faz
da nossa humanidade


O Natal não é ornamento: é fermento
Dentro de nós recria, amplia, expande


O Natal não se confunde com o tráfico sonolento dos símbolos
nem se deixa aprisionar ao consumismo sonoro de ocasião
A simplicidade que nos propõe
não é o simplismo ágil das frases-feitas
Os gestos que melhor o desenham
não são os da coreografia previsível das convenções


O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!
Entre a noite e o dia
Entre a tarefa e o dom
Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo
Entre a palavra e o silêncio que buscamos
Uma estrela nos guiará.

Tolentino de Mendonça

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Amanhã reflectimos na capela

4 de junho de 2009

Pencostes - Vamos dançar?


Recebei o Espírito Santo.”
(Jo 20, 22)

No pairar sobre as águas e nas chamas de fogo,
no sopro primeiro e no forte vento,
no balbuciar da primeira palavra e na abundância das línguas,
Tu vens, ó Espírito, dançar a festa da vida
e entretecer esta história de homens e mulheres,
eternamente aprendizes da Tua surpresa.

Andamos esquecidos de dançar,
e de ouvir a melodia que sopras cada manhã.
Ainda que corramos de um ao outro lado dos dias,
os pés andam pesados e as asas prenderam-se
nas amarras de tantas coisas tornadas essenciais.
Frágeis e receosos diante da grandeza que nos confias,
presos aos barro que emperra os passos
e desejosos de uma mão que molde os sonhos,
custa-nos a Tua discrição que parece ausência,
como um jogo de escondidas
onde ganha quem se perde,
e perde quem não se deixa encontrar por Ti.

Convidas para a dança da vida
com a alegria e o encanto do apaixonado no salão de baile.
Passo a passo nos ensinas
a encontrar asas na estátua de pedra
em que os corpos se tornaram,
e abres as pétalas da flor que não ousava abrir-se.
Rodopias connosco e em nós
e dás aos nossos sonhos a consistência dos milagres
às nossas palavras o dom do entendimento,
aos nossos gestos o fermento da paz e do perdão.
Contigo gravamos nos corações
o constante palpitar de amor que Deus tem por nós
e como fica rubra a sua face quando nos convida:
“Queres dançar Comigo?”


autor: P. Vítor Gonçalves
retirei daqui

12 de maio de 2009

Grupos bíblicos do Norte peregrinaram ao Sameiro



Jornada de formação e convívio centrada em S. Paulo

Mais de duas centenas de pessoas ligadas a diversos grupos bíblicos da região Norte estiveram ontem no Sameiro, em Braga, num encontro de formação e convívio promovido pelo Secretariado Nacional de Dinamização Bíblica. Com o tema “S. Paulo, Apóstolo da Palavra”, o dia teve uma pequena peregrinação na escadaria da basílica, uma Eucaristia, variadas encenações bíblicas e ainda oração do terço, na cripta, contando ainda com a presença dos frades capuchinhos António Martins, Luís Gonçalves, Manuel Arantes e Herculano Alves.
O encontro, que ocorreu pelo segundo ano consecutivo no Sameiro, teve como finalidade promover a interacção das pessoas dos grupos bíblicos do Norte, assim como «homenagear e olhar mais profundamente a figura de S. Paulo, o Apóstolo da Palavra», disse frei Luís Gonçalves. Assim, o santuário bracarense recebeu cristãos provenientes de grupos bíblicos da Arquidiocese de Braga e, ainda, das dioceses de Viana do Castelo, Porto, Aveiro e Coimbra.
Este encontro é uma proposta que os Capuchinhos fazem nas diversas semanas e cursos bíblicos que orientam em território nacional. Começou com uma peregrinação desde a estátua do Papa João Paulo II até à cripta do santuário. Neste percurso, segundo o frade da comunidade de Barcelos, foram lidos textos de S. Paulo acompanhados de reflexões. A caminhada contou ainda com uma largada de balões, que continham pequenas frases retiradas das 13 cartas paulinas incluídas no cânone bíblico.
A Eucaristia, ao final da manhã, foi presidida pelo padre Provincial e, nela, foi realçada e valorizada a liturgia da Palavra, com a realização de uma apresentação de dons, antes das leituras, para destacar que a Palavra de Deus é «pão», «livro», «semente», «espírito e vida da Igreja» e «água que sacia as sedes humanas».
Na homilia, o padre António Martins afirmou que «a salvação não está na política ou nas ciências, mas na fé em Cristo ressuscitado». Segundo o Provincial capuchinho «ser seguidor de Cristo implica desinstalar-se para dar respostas aos mundo moderno».
Relevante na celebração foi ainda o facto de o responsável pelo Secretariado Nacional de Dinamização Bíblica ter apelado à generosidade e à partilha dos presentes para que ajudassem um grupo de jovens de Barcelos, que desenvolve acções missionárias em Timor. «Este peditório, apesar da crise que vivemos, ajudará a ultrapassar uma crise maior que vive a população timorense», disse o padre Manuel Arantes.
Dentro da dinâmica paulina da jornada, no ofertório, foram levados ao altar os símbolos que compõem o logótipo do Ano Paulino, concretamente as datas, a cruz, a chama, a Bíblia, a espada e as algemas,
Já da parte de tarde, o grupo bíblico “Nova Luz”, de Arcozelo (Barcelos) apresentou uma dramatização sobre a prisão de Paulo e Silas. Bento Vale, responsável pelo grupo, disse ao Diário do Minho que, em primeiro lugar o grupo existe para ler e meditar a Palavra de Deus e anexo a isso, surgem pontualmente, alguns trabalhos e representações externas, como foi o caso de ontem.

10 de maio de 2009

Arcebispo quer pastoral diocesana dinâmica e não acomodada


“Dei Verbum" será base de trabalho do próximo ano pastoral

O Arcebispo de Braga pediu ontem que toda a pastoral arquidiocesana seja mais dinâmica e não acomodada e que tenha em conta a «centralidade» da Palavra de Deus. D. Jorge Ortiga falava no Conselho Pastoral Arquidiocesano que reuniu para preparar o ano pastoral 2009-2010 que terá como base de trabalho a Constituição Dogmática do Concilio Vaticano II, “Dei Verbum”.
No Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, D. Jorge Ortiga, acompanhado por D. António Couto, reuniu com os conselheiros para estabelecer a base de trabalho pastoral para o próximo ano, o segundo de um triénio dedicado à Palavra de Deus.
Na palavra de abertura dos trabalhos, o Arcebispo Primaz deu conta que o novo contexto moderno, terminado que está o «plurissecular regime de cristandade», deverá «provocar uma atitude de quem reconhece que vivemos em terra de missão», impelindo a Igreja a viver com uma «consciência missionária».
Desse modo, D. Jorge Ortiga desafiou a igreja arquidiocesana a «efectuar uma verdadeira conversão pastoral colocando a Palavra no centro do tempo que nos toca viver». Aliás, o prelado foi adiante ao dizer que «urge tornar nova a pastoral», não sendo possível contentar-se com pequenas adaptações, nem com conservações, «como se continuássemos no tempo da cristandade».
Outra das ideias deixadas pelo também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) foi a de que a «Palavra edifica a comunidade e que a verdadeira comunidade é a Palavra existente num determinado espaço». Para o prelado a Palavra não permite que a acção pastoral seja estática, mas «permanentemente desafiada a respostas que valem se carregadas da conversão».
Reconhecendo que a Palavra de Deus edifica comunidade, o Arcebispo referiu também que o centro dessa passa pela centralidade do «primeiro anúncio», embora haja a necessidade de «conjugar a primeira evangelização com a evangelização permanente». «A indiferença religiosa está presente em muitos contemporâneos, mas também caracteriza a vida de muitos praticantes que não conseguiram celebrar um verdadeiro encontro com a pessoa de Jesus», lamentou.
Por isso, D. Jorge Ortiga desafiou a «encontrar formas novas e prioridades muito concretas» para o anúncio da Boa Nova, sabendo, igualmente, que esta é para todos.

Cristianismo tem papel público
O presidente da CEP não terminou a sua palavra de abertura sem apontar o dedo a um certo “neutralismo” que alguns quadrantes da sociedade vão exigindo da Igreja. «Existe laicidade e respeitamos todos os contextos. Só que não podemos aceitar um neutralismo, pois acreditamos na universalidade da Boa Nova», afirmou.
Com estas palavras D. Jorge Ortiga defendeu o «papel público» do cristianismo que não pode ser ignorado. «Os cristãos, conscientes de uma laicidade inclusiva, sabem propor, com modelos modernos, uma originalidade de vida que sendo diferente não é algo de residual e arcaico, quase uma espécie em vias de extinção, mas segredo de um verdadeiro humanismo», frisou.

Próximo ano pastoral
para “acolher a Palavra”

Na reunião do Conselho Pastoral Arquidiocesano, o padre Sérgio Torres, apresentou o documento que servirá de base para o programa pastoral de 2009-2010. O objectivo geral será “acolher a Palavra” e procurará ser concretizado por meio de alguns objectivos específicos, concretamente pela dinamização do plano pastoral sobre a Palavra de Deus, pelo estudo e reflexão sobre a “Dei Verbum”, pela celebração do Ano Sacerdotal, promulgado por Bento XVI, e pela celebração dos 300 anos do Lausperene na Arquidiocese.
Os conselheiros abordaram ainda a questão das linhas de acção e ficaram a conhecer uma proposta para a vivência dos tempos litúrgicos do ano, baseada na “Dei Verbum”.
O Conselho Pastoral não terminou se que os presentes fizessem uma avaliação do trabalho desenvolvido pelo organismo nos últimos três anos, já que este conselho termina funções e, em Setembro, será nomeado outro. avaliação destacou que houve uma participação muito positiva os conselheiros. O padre Sérgio Torres afirmou mesmo que foi dos melhores Conselhos Pastorais da Arquidiocese.

30 de março de 2009

Levar Cristo ao mundo




D. António Couto encerrou visita pastoral a Lomar

A mensagem do Bispo Auxiliar de Braga deixada ontem, na conclusão da visita pastoral à comunidade de S. Pedro de Lomar, foi incisiva para todos os cristãos daquela paróquia do arciprestado de Braga, particularmente para os 58 que receberam o Sacramento da Confirmação. «Não vos contenteis em guardar Cristo para vós», disse D. António Couto, para logo de seguida desafiar: «Levai Cristo ao mundo».
Ao grupo de pessoas, jovens e adultos, que recebeu o Crisma, o Bispo Auxiliar pediu compromisso e empenho no anúncio da Boa Nova ao mundo deste tempo, acompanhado de um «enamoramento» cada vez maior por Jesus Cristo. Durante a homilia, o prelado foi exortando que cada vez mais se vá conhecendo Jesus, no íntimo, no interior e não apenas no exterior.
Numa celebração de cerca de duas horas, houve tempo para D. António Couto reforçar a importância da Bíblia. Na Sagrada Escritura pode conhecer-se Jesus, mas também pela Sagrada Escritura se pode e deve anunciar Jesus. Por isso, é necessário primeiro conhecer a Bíblia e depois, a partir dela, falar de Cristo ao mundo.
Com D. António Couto estiveram, no presbitério, o padre Adérito Ribeiro e o padre António Mariz e, ainda o diácono permanente Lino Santos. A celebração foi animada pelo grupo coral paroquial e contou com a numerosa presença das crianças e adolescentes da catequese.
A celebração foi marcante e significativa para os presentes que encheram a igreja paroquial de Lomar. O grupo de 58 pessoas que recebeu o Sacramento da Confirmação teve oportunidade de, no momento de acção de graças, manifestar o seu contentamento e o seu agradecimento. «Obrigado por estarmos aqui e por confirmarmos a nossa fé» foram as palavras da mensagem encenada depois da comunhão.
De registar ainda, a entrega da Bíblia a uma família da comunidade, concretamente à família de Julieta Monteiro. A dinâmica da Bíblia na família já não é novidade, dentro do que tem sido as visitas pastorais às comunidades do arciprestado de Braga. Por isso, D. António Couto entregou em mão a Bíblia àquela família que agora, semana a semana, vai percorrer as casas dos cristãos de Lomar. A família de Brígida Correia é a próxima a receber, na Eucaristia dominical, a Bíblia.

Visita pastoral traz
novo alento à comunidade
No final da Eucaristia, o padre Adérito Ribeiro fez um balanço positivo da visita pastoral à paróquia de Lomar. Em concreto, «ficam desta visita as palavras cheias de sabedoria que D. António Couto proferiu», afirmou o pároco, que ressaltou o envolvimento de toda a comunidade nos dias da visita.
«O Bispo Auxiliar trouxe – afirmou o sacerdote – alegria, sinceridade e verdade na mensagem que comunicou e, por isso, estamos todos agradecidos».
Sobre a paróquia, o sacerdote fez saber que há o interesse de se construir um edifício destinado aos movimentos. Para isso, já existe terreno e projecto e, como tal, essa obra pode arrancar logo que existam as condições mínimas.
A paróquia de Lomar tem cerca de oito mil habitantes e uma geografia difícil: «tem quatro quilómetros de cumprimento e menos de um de largura», afirmou o pároco. Além disso, tem duas partes distintas: uma mais urbana e encostada à cidade e outra, mais rural e com outros tipo de problemas.
A visita a Lomar começou na sexta-feira com algumas visitas sectoriais. De tarde, o Bispo esteve com doentes e idosos, numa Eucaristia com a administração do Sacramento da Santa Unção. À noite, realizou-se a Assembleia Paroquial na qual marcaram presença os movimentos de apostolado e várias famílias.

13 de março de 2009

Sábado da segunda semana



Tantas vezes me ausentei
procurando em atalhos
a felicidade verdadeira.

Iludido pensei que a encontrei
mas depressa constatei
que era pura falsidade.

Por terra caído
levanto-me confiante
e volto a Ti de novo.

Esperas-me de braços abertos – bem sei –
volte quando voltar, lá estarás
para me abraçar.

E não ficas por aí:
fazes festa comigo,
festa de encontro e acolhimento
festa de família,
porque és meu Pai
e eu serei sempre Teu filho.

Eis-me aqui sempre de novo.

Sexta-feira da segunda semana


Revelas abertamente
o Teu modo de viver
e dizes aos teus amigos
de que forma vais morrer.

Não é uma morte em vão
senão geradora de sentido,
e dás a possibilidade
de seguirmos, imitando.

Queres-me como Tu.

Por isso, dá-me Teu amor e graça
a Tua presença serena
e farei irradiar de mim
uma casa fraterna
para fazer festa conTigo.

A festa do Teu Reino.

12 de março de 2009

Quinta-feira da segunda semana


Preferes sempre os mais fracos
os mais carentes e necessitados
os que sofrem injustiças
os que vivem atribulados.

Eu queria amar os mais pequenos
servi-los e querê-los como Tu
queria gastar-me servindo-os
ocupando-me com eles.

Não me quero acomodado
puxa por mim, Senhor,
e faz-me atento e solícito.

Quero partilhar com todos
o que de graça vou recebendo
para cumprir a justiça do amor.

10 de março de 2009

Quarta-feira da segunda semana


Pedes-me que sirva
não forçado ou oprimido
mas fazendo do serviço
a minha norma de vida.

Sabes com certeza
a minha avidez de poder
e por isso recomendas
que sirva próximos e distantes.

Peço-te que me faças simples,
tira de mim a arrogância e o orgulho
ensina-me o amor.

Faz-me andar contigo
e na Tua presença
poderei viver como Tu.

Terça-feira da segunda semana



Deus Pai
conheces as minhas incoerências
porque faço o que não digo ou acho bem.

Sofres quando a minha vida
não é repleta de actos de amor,

Sofres quando Te celebro
e não vivo nem testemunho a celebração.

Sofres quando olho sem ver
o sofrimento do mundo.

Murmuras ao meu coração
que seja autêntico e verdadeiro,
fiel e leal.

Eis-me, Senhor,
para me transformares pelo amor.

Segunda-feira da segunda semana



Meu Deus
queria um coração terno e delicado
desejoso de amar a todos
pressentindo as suas necessidades
mesmo antes dos seus pedidos.

Meu Deus
queria que fosses meu mestre do amor
que me livrasses do egoísmo
que dificulta escutar os irmãos.

Meu Deus
queria amar sem julgar
dar sem pedir
oferecer sem passar recibo
entregar-me incondicionalmente,
queria aprender de Ti
amando até ao fim.

Meu Deus
sozinho nada posso
conTigo conseguirei.

6 de março de 2009

Sábado da primeira semana



Sabes, Senhor,
os enganos que teço no coração
as vezes que selecciono pessoas
amando as que quero
e rejeitando as outras.

À lei do amor aos amigos
Tu anexas a do amor aos inimigos.

Isso é exigente
custa-me aceitar
custa-me perdoar.

Ajuda-me a usar de misericórdia
a ser clemente e compassivo como Tu.

Ensina-me a tolerância,
faz-me compreensivo
para desculpar as ofensas.

Eu queria amar como Tu
mas não consigo e não sei.
Usa com ternura
a Tua pedagogia em mim.

5 de março de 2009

Sexta-feira da primeira semana



A minha vida conTigo, enche-se de alegria
Pois arrancas a minha mesquinhez
Curas o meu pecado
E dás-me um coração novo
Humilhado e contrito.

Convidas-me a perdoar
E limpas o meu ódio e indiferença
Que me faz quebrar relações.

Faz-me viver perdoando
Na certeza de que o meu perdão aos outros
É sempre menor que o Teu perdão para mim.

Ajuda-me a ser tolerante
A não excluir ninguém
E a gerar um novo mundo
Pautado pela fraternidade.

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...