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14 de outubro de 2014

Assembleias arciprestais lançam linhas pastorais para a Diocese deAveiro




Para conhecer a exortação apostólica "Evangelii Gaudium", do Papa Francisco, mas também para ver mais de perto o bispo concedido a esta Igreja de Aveiro, milhares de cristãos diocesanos já se reuniram em assembleias arciprestais, iniciando-se, deste modo, um movimento a partir das bases, para colher e compilar sugestões para o Plano Diocesano de Pastoral dos próximos anos.
Marcadas desde Maio passado, era claro o intuito deste trabalho, à semelhança do já experimentado por ocasião da preparação do programa pastoral que veio a chamar-se Missão Jubilar, nos 75 anos de Restauração da Diocese: ouvir os cristãos da diocese, o Povo de Deus no seu conjunto, para preparar um caminho de acção pastoral para ser vivido por todos.
Ao conhecer-se a nomeação de D. António Moiteiro para bispo de Aveiro, ficou claro que seria uma bela oportunidade para o Pastor Diocesano começar a calcorrear os caminhos da diocese conhecendo as ovelhas do rebanho confiado e também para ficar a par do sentir diocesano em relação à acção pastoral. 
Assim, nos dez arciprestados da diocese já decorreram os dois encontros (em Aveiro decorre hoje, e na próxima quarta-feira; em Ílhavo, o segundo encontro é esta quinta-feira). Para já, bem mais de mil pessoas se reuniram para ouvir a apresentação que o Prelado fez da exortação do Papa, na qual este lança as linhas de acção pastoral para a Igreja nos próximos tempos. No segundo encontro, decorreram trabalhos de grupo para, a partir do II Sínodo de Aveiro e da "Evangelii Gaudium", se dar resposta a algumas questões em vista à elaboração do plano diocesano de pastoral.
A tomada de consciência da missão da Igreja, a partir do mandato de Jesus foi o ponto do partida de D. António Moiteiro que percorreu alguns números dos cinco capítulos que compõem a exortação papal. Especial enfoque dado à urgência da evangelização e ao novo ardor dos "discípulos missionários" necessários para que o querigma seja anunciado a todos sem excepção.  
Do que se foi ouvindo e colhendo nestes encontros, a família, a catequese para todas as idades e a formação cristã em geral têm sido os âmbitos de acção mais sublinhados pelos diocesanos. 
Porque aquilo que diz respeito a todos deve ser pensado e reflectido por todos fica assim dado o primeiro passo para que a nossa diocese volte a ter um plano pastoral diocesano conjunto que ajude todos a viver o seu ser em Cristo, assumindo, cada um, a sua missão de ser anunciador e testemunha da alegria do Evangelho. 

Colaboração para o Jornal Correio do Vouga

10 de maio de 2009

Arcebispo quer pastoral diocesana dinâmica e não acomodada


“Dei Verbum" será base de trabalho do próximo ano pastoral

O Arcebispo de Braga pediu ontem que toda a pastoral arquidiocesana seja mais dinâmica e não acomodada e que tenha em conta a «centralidade» da Palavra de Deus. D. Jorge Ortiga falava no Conselho Pastoral Arquidiocesano que reuniu para preparar o ano pastoral 2009-2010 que terá como base de trabalho a Constituição Dogmática do Concilio Vaticano II, “Dei Verbum”.
No Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, D. Jorge Ortiga, acompanhado por D. António Couto, reuniu com os conselheiros para estabelecer a base de trabalho pastoral para o próximo ano, o segundo de um triénio dedicado à Palavra de Deus.
Na palavra de abertura dos trabalhos, o Arcebispo Primaz deu conta que o novo contexto moderno, terminado que está o «plurissecular regime de cristandade», deverá «provocar uma atitude de quem reconhece que vivemos em terra de missão», impelindo a Igreja a viver com uma «consciência missionária».
Desse modo, D. Jorge Ortiga desafiou a igreja arquidiocesana a «efectuar uma verdadeira conversão pastoral colocando a Palavra no centro do tempo que nos toca viver». Aliás, o prelado foi adiante ao dizer que «urge tornar nova a pastoral», não sendo possível contentar-se com pequenas adaptações, nem com conservações, «como se continuássemos no tempo da cristandade».
Outra das ideias deixadas pelo também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) foi a de que a «Palavra edifica a comunidade e que a verdadeira comunidade é a Palavra existente num determinado espaço». Para o prelado a Palavra não permite que a acção pastoral seja estática, mas «permanentemente desafiada a respostas que valem se carregadas da conversão».
Reconhecendo que a Palavra de Deus edifica comunidade, o Arcebispo referiu também que o centro dessa passa pela centralidade do «primeiro anúncio», embora haja a necessidade de «conjugar a primeira evangelização com a evangelização permanente». «A indiferença religiosa está presente em muitos contemporâneos, mas também caracteriza a vida de muitos praticantes que não conseguiram celebrar um verdadeiro encontro com a pessoa de Jesus», lamentou.
Por isso, D. Jorge Ortiga desafiou a «encontrar formas novas e prioridades muito concretas» para o anúncio da Boa Nova, sabendo, igualmente, que esta é para todos.

Cristianismo tem papel público
O presidente da CEP não terminou a sua palavra de abertura sem apontar o dedo a um certo “neutralismo” que alguns quadrantes da sociedade vão exigindo da Igreja. «Existe laicidade e respeitamos todos os contextos. Só que não podemos aceitar um neutralismo, pois acreditamos na universalidade da Boa Nova», afirmou.
Com estas palavras D. Jorge Ortiga defendeu o «papel público» do cristianismo que não pode ser ignorado. «Os cristãos, conscientes de uma laicidade inclusiva, sabem propor, com modelos modernos, uma originalidade de vida que sendo diferente não é algo de residual e arcaico, quase uma espécie em vias de extinção, mas segredo de um verdadeiro humanismo», frisou.

Próximo ano pastoral
para “acolher a Palavra”

Na reunião do Conselho Pastoral Arquidiocesano, o padre Sérgio Torres, apresentou o documento que servirá de base para o programa pastoral de 2009-2010. O objectivo geral será “acolher a Palavra” e procurará ser concretizado por meio de alguns objectivos específicos, concretamente pela dinamização do plano pastoral sobre a Palavra de Deus, pelo estudo e reflexão sobre a “Dei Verbum”, pela celebração do Ano Sacerdotal, promulgado por Bento XVI, e pela celebração dos 300 anos do Lausperene na Arquidiocese.
Os conselheiros abordaram ainda a questão das linhas de acção e ficaram a conhecer uma proposta para a vivência dos tempos litúrgicos do ano, baseada na “Dei Verbum”.
O Conselho Pastoral não terminou se que os presentes fizessem uma avaliação do trabalho desenvolvido pelo organismo nos últimos três anos, já que este conselho termina funções e, em Setembro, será nomeado outro. avaliação destacou que houve uma participação muito positiva os conselheiros. O padre Sérgio Torres afirmou mesmo que foi dos melhores Conselhos Pastorais da Arquidiocese.

15 de fevereiro de 2009

Conselho Arquidiocesano de Pastoral



D. Jorge Ortiga reafirma
necessidade de pastoral bíblica

D. Jorge Ortiga reafirmou ontem de manhã ao Conselho Arquidiocesano de Pastoral reunido em Braga, a necessidade e urgência de uma pastoral mais bíblica, colocando a Palavra de Deus como nascente que deve chegar a todos os recantos do tecido eclesial. Com a presença de D. António Couto, a reunião contou com uma apresentação da carta pastoral “Tomar conta da Palavra”, publicada pelo Arcebispo Primaz a 3 de Janeiro, dia em que completou 21 anos de ordenação episcopal.
No início dos trabalhos, aludindo a essa nota pastoral, D. Jorge Ortiga pediu que o Conselho Pastoral coloque as linhas mestras, os objectivos, as estratégias e os meios que ajudem e predisponham a Arquidiocese a acolher a Palavra de Deus, uma vez que é essa que «convoca, congrega, compromete, provoca comunhão, e dá um novo rosto à vida dos cristãos e das comunidades», expressando no mundo «um estilo de vida que distingue».
Por isso, para o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) a pastoral tem de ser mais bíblica, fazendo com que os cristãos se encontrem com a Palavra, abandonando outras coisas.
Em relação ao caminho já percorrido na Arquidiocese, na linha do trajecto estabelecido no triénio pastoral em curso, o Arcebispo de Braga não crê que seja o suficiente e por isso, destacou a necessidade de estabelecer um «programa pastoral interpelativo e motivador» capaz de, com a Palavra, «encher a liturgia, motivar o compromisso eclesial e dar profundidade à comunhão».
Sobre as dimensões da pastoral da Igreja, o prelado disse que «não há um antes ou primeiro, nem um depois ou secundário», mas «trata-se de uma única missão da Igreja que acontece no anúncio, na celebração, no compromisso e na vivência comunitária».
Apontando falhas a um modelo ritualista e sacramentalista da pastoral do passado, D. Jorge Ortiga defendeu, na abertura do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, que nos tempos actuais «a pastoral vale quando coloca todas as dimensões como igualmente prioritárias».
Segundo o padre António Sérgio Torres, pároco de S. Victor e secretário da Acção Pastoral, o encontro de ontem situou-se como continuação e alargamento do anterior conselho. Ambas as reuniões têm como finalidade preparar uma base de reflexão para que o Conselho Permanente possa elaborar um plano pastoral para 2009-2010.
Reunindo diversos representantes dos movimentos de apostolado e departamentos, o Conselho Pastoral realizado ontem, no Centro Cultural e Pastoral, serviu ainda para que o padre António Sérgio Torres fizesse a apresentação de um tema de carácter mais formativo.
Este tema, segundo o secretário da Acção Pastoral a nível da Arquidiocese, pretendeu reflectir sobre o que falta fazer em relação do documento emanado do Concílio Vaticano II, sobre a Revelação Divina, intitulado “Dei Verbum”.

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...