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14 de setembro de 2017

"Devo muito mais porque recebi muito mais..." (entrevista ao Correio do Vouga)


A paróquia de Nossa Senhora da Glória e outras pessoas que se quiseram associar despediram-se do P. José António Carneiro no sábado, dia 9 de setembro, com a celebração da Eucaristia e um convívio à volta da mesa. Antes de regressar à arquidiocese de Braga, o sacerdote natural de S. Torcato-Guimarães respondeu a três perguntas do Correio do Vouga. 

1.       Oito anos na Diocese de Aveiro. Certamente, não é ainda o momento do balanço, mas com que estado de espírito deixa a nossa diocese?

José António Carneiro - Parto da diocese de Aveiro com o coração cheio. O meu estado de espírito é, pois, de profunda gratidão e imenso encanto. Parto feliz mesmo que, humanamente já me custe a partida. Foi, absolutamente, uma bênção para mim, uma manifestação da Providência Divina esta minha estadia em Aveiro nestes quase oito anos, quase dois em Águeda e quase seis na Sé. 
Devo exprimir aqui a minha profunda e reconhecida gratidão a D. António Francisco dos Santos, mesmo esmagado pela dor da sua repentina partida, uma vez que neste percurso ele foi inteiramente providencial. Sem ele, estou certo, não teria surgido a possibilidade de vir para Aveiro. Devo isso a D. António Francisco. Parte do que sou hoje, portanto, devo-o ele. 
Portanto se a gratidão me invade nesta hora de regresso a Braga, também sinto profundamente a consternação e a tristeza pela perda daquele que foi, em Aveiro, o meu bispo, e antes e depois disso, felizmente, um grande amigo, um pai em quem sempre pude confiar. 


2.       Presumimos que aprendeu algo em Águeda e Aveiro, como sabemos, pelas diversas manifestações, que muitas aprenderam consigo – e por isso lhe agradecem. Como padre, em duas ou três frases, o que leva de Aveiro?

Levo tanto que não é nada fácil sintetizar. Garanto que, na contabilidade ente o deve e o haver, o dado e o recebido, eu devo muito mais porque recebi muito mais de todos.
Vivo a vida e tenho procurado viver o ministério sacerdotal com a consciência que sempre podemos e devemos ensinar e aprender uns com os  outros. Tento, por isso, ser mestre mas sem deixar de ser aprendiz. Levo, pois, a generosidade das pessoas, a sua bondade, a capacidade de acolher, e de sorrir, assim como a alegria e o espírito positivo frente às agruras.
Levo reforçada a vontade e a abertura para a aventura da missão, que é um estado permanente, de fazer-se ao mar ou à ria, de amarras soltas, como dizia d. António Francisco, na sua despedida de Aveiro.
Levo a experiência de ter feito parte, sobretudo pela Missão Jubilar, de uma Igreja que peregrina, que anuncia, que grita constrói a paz, que visita, que veste a camisola, que é ousada e criativa, mobilizadora, solidária, que faz festa, que conta com todos, que tem lugar para todos, que precisa de todos e que vive em estado permanente de missão. 


3.       Com que expetativas encara a nova missão em terras de Fafe?

O meu regresso à diocese de Braga faz-se não sem algum receio, mas com muita esperança, confiança e entusiasmo. Por vários motivos. 
Todo o meu ministério de padre exerceu-se em Aveiro. Ora estou certo que a adaptação pastoral a novas realidades e a novas geografias irá impõr-se porque apesar de fazermos parte da mesma Igreja de Cristo o modo como se vive pastoralmente é divergente de zona para zona.Também é relevante o facto de ser pela primeira vez na minha vida nomeado pároco in solidum. Essa responsabilidade da missão partilhada solidariamente com outro padre, é uma oportunidade e sempre um desafio para um testemunho de comunhão sacerdotal feito de palavras e sobretudo de ações. 
Ao mesmo tempo sei do dinamismo vivido na diocese de Braga e com certeza o arciprestado de Fafe onde irei trabalhar em duas paróquias não será exceção. 
Conto com a ajuda de todos e o auxílio de Deus, pelo seu Santo Espírito que nos constitui discípulos missionários. Vou para continuar a ser, como em Aveiro, transparência de Deus, rosto de misericórdia e sinal do amor de Deus por todos. Vou, agora mais ainda com a inspiração e a profunda admiração, e por que não dizê-lo até, com a intercessão, desse Bispo D. António Francisco dos Santos que tão bem soube imitar o coração do Bom Pastor, que se não deu às prestações, mas todo inteiro e até ao fim. 




outra notícia aqui

14 de outubro de 2014

Assembleias arciprestais lançam linhas pastorais para a Diocese deAveiro




Para conhecer a exortação apostólica "Evangelii Gaudium", do Papa Francisco, mas também para ver mais de perto o bispo concedido a esta Igreja de Aveiro, milhares de cristãos diocesanos já se reuniram em assembleias arciprestais, iniciando-se, deste modo, um movimento a partir das bases, para colher e compilar sugestões para o Plano Diocesano de Pastoral dos próximos anos.
Marcadas desde Maio passado, era claro o intuito deste trabalho, à semelhança do já experimentado por ocasião da preparação do programa pastoral que veio a chamar-se Missão Jubilar, nos 75 anos de Restauração da Diocese: ouvir os cristãos da diocese, o Povo de Deus no seu conjunto, para preparar um caminho de acção pastoral para ser vivido por todos.
Ao conhecer-se a nomeação de D. António Moiteiro para bispo de Aveiro, ficou claro que seria uma bela oportunidade para o Pastor Diocesano começar a calcorrear os caminhos da diocese conhecendo as ovelhas do rebanho confiado e também para ficar a par do sentir diocesano em relação à acção pastoral. 
Assim, nos dez arciprestados da diocese já decorreram os dois encontros (em Aveiro decorre hoje, e na próxima quarta-feira; em Ílhavo, o segundo encontro é esta quinta-feira). Para já, bem mais de mil pessoas se reuniram para ouvir a apresentação que o Prelado fez da exortação do Papa, na qual este lança as linhas de acção pastoral para a Igreja nos próximos tempos. No segundo encontro, decorreram trabalhos de grupo para, a partir do II Sínodo de Aveiro e da "Evangelii Gaudium", se dar resposta a algumas questões em vista à elaboração do plano diocesano de pastoral.
A tomada de consciência da missão da Igreja, a partir do mandato de Jesus foi o ponto do partida de D. António Moiteiro que percorreu alguns números dos cinco capítulos que compõem a exortação papal. Especial enfoque dado à urgência da evangelização e ao novo ardor dos "discípulos missionários" necessários para que o querigma seja anunciado a todos sem excepção.  
Do que se foi ouvindo e colhendo nestes encontros, a família, a catequese para todas as idades e a formação cristã em geral têm sido os âmbitos de acção mais sublinhados pelos diocesanos. 
Porque aquilo que diz respeito a todos deve ser pensado e reflectido por todos fica assim dado o primeiro passo para que a nossa diocese volte a ter um plano pastoral diocesano conjunto que ajude todos a viver o seu ser em Cristo, assumindo, cada um, a sua missão de ser anunciador e testemunha da alegria do Evangelho. 

Colaboração para o Jornal Correio do Vouga

12 de outubro de 2012

Diário da Missão Jubilar. As sombras da confiança!





Diário da Missão Jubilar 18


Às vezes, o tempo assusta...
Passa depressa e o sol parece nem ter tempo para brilhar...
A chuva já cai e chão fica escorregadio e alagado.
Sentimo-nos quase descalços, num exercício de perícia e equilíbrio...
Abrimos os braços para abraçar a confiança de que não estamos sós...
E eis que a luz do coração que procura Cristo, transforma a sombra na certeza da presença Daquele está sempre connosco.




Vem viver a festa connosco! 
Vive esta hora!




Pe. JAC

10 de outubro de 2012

Diário da Missão Jubilar. Escolher o essencial!




Diário da Missão Jubilar 16

Marta, Marta que andas atarefada... 
Maria escolheu a melhor parte, escolheu o essencial!



Essencial não é negar as dúvidas e os receios... É Acreditar mais além.
Essencial não é recusar a parar... É ser capaz de recomeçar sempre.
Essencial não é passar os dias... É crescer com cada dia.
Essencial não é sentir o coração cheio... É ter o coração aberto a acolher...
Essencial não é saber o objetivo da missão... É viver a missão como objetivo.
Essencial não é ser mais um... É todos sermos um.
Tu és essencial.



Pe. JAC

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...