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Mostrando postagens com o rótulo Dualismo; corrupção; cobra.

MENOS DOUTORA JANAÍNA, MENOS!

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Tudo bem: a gente anda nervoso com a política. Mas convenhamos: a cena da doutora Janaína Paschoal, nessa semana, em ato pelo impeachment, transformou a solenidade do direito em uma peça inflacionada de dramática impetuosidade. Não à toa, sua imagem viralizou nas redes sociais como faísca em pólvora seca. O léxico religioso de sua fala é óbvio, seja pelo conteúdo (dualista), seja pelos gestos (exagerados), seja simbologia (resumida na imagem da cobra). O dualismo é o modo de abreviar as coisas unicamente a dois pontos de vista: o certo e o errado, o puro e impuro, o sagrado e o profano, o bem e o mal. Trata-se de uma visão de mundo muito sedutora e contagiante: todos queremos esboçar algum significado único, agregador, que nos dê familiaridade e segurança diante do que é múltiplo, inóspito e até mesmo caótico. Por isso, o dualismo é, em geral, o modo de pensamento binário de quem tem pouca vontade cognitiva, de quem se acomoda no raso e tem forte propensão à preguiça e ao ...